RS: Programa “Mais leite” está em fase final de discussão

O Rio Grande do Sul possui 121 mil famílias que trabalham com produção de leite. Destas, uma minoria, estimada em 10%, conseguiu ascender a um padrão qualificado e rentável de produção, que gere ganhos de escala. Com o objetivo de organizar e dar sustentação à cadeia produtiva do leite o Programa de Desenvolvimento “Mais Leite” está em fase final de discussão na Câmara Setorial da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.

O programa se originou na necessidade que existe de desenvolver a cadeia e também pelo alto número de produtores rurais que ainda se dedicam à atividade, uma vez que o leite é um instrumento que estimula a permanência desses produtores no meio rural, que ajuda a manter jovens no campo. A atividade também auxilia no desenvolvimento de regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (idh) e funciona como opção de diversificação frente à atividade fumageira: “Hoje não mais de 10% dos produtores de leite estão num processo organizado e rentável de produção que os induz a permanecer na atividade”, explica o consultor da Câmara Setorial do leite, Ardêmio Heineck.

De acordo com dados do SINDILAT, a cadeia do leite movimentou 5,93 bilhões, representando 2,13% do PIB gaúcho, sem considerar o efeito econômico do giro do dinheiro na economia que o produtor recebe. O coordenador da Câmara Setorial do leite, João Milton Cunha, destaca que a intenção do programa é dobrar a produção de leite do Rio Grande do Sul no prazo máximo de 10 anos. O programa será alicerçado em seis pilares básicos; políticas públicas; alimentação; manejo; sanidade; genética e mercado.

Cada um desses pilares terá ações que serão trabalhadas simultaneamente com o intuito de demandar projetos como, por exemplo, o “Mais leite de Qualidade”, que está sendo viabilizado pelo Governo do Estado. Em maio deste ano foi realizado o Alinhamento Estratégico da Cadeia Produtiva do Leite, onde foi referendado o Programa de Desenvolvimento da cadeia, juntamente com mais 16 projetos de ações, entre eles, o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), o Mais Leite de Qualidade, Projeto de Assistência Técnica de Extensão Rural e Sucessão Familiar Rural, entre outros. Segundo João Milton o próximo passo é a discussão sobre o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva e o Estatuto de IGL – “Pretende-se encaminhar essas ações para a aprovação do Governador do Estado. Depois disso, com o consenso da Câmara, será remetido para a Assembléia Legislativa”, finalizou ele. (Seapa)

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