Notícias do dia 27.11.09

Leite pela Vida – O Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) publicou edital para credenciamento de laticínios para participação no programa Leite pela Vida. O prazo de inscrição e apresentação dos documentos é até 2 de dezembro. De acordo com o coordenador do programa, Emerson Marinho, é necessário que os laticínios renovem os contratos anualmente junto ao instituto: “O processo de credenciamento vai garantir que o volume de 151 mil litros de leite/dia continue a ser distribuído normalmente, já que são os laticínios que realizam a captação, pasteurização e distribuição do leite aos municípios”. Atualmente, o “Leite pela Vida” atende a 193 municípios dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas. Por mês, o programa investe aproximadamente R$ 5 milhões, sendo 80% dos recursos do governo Federal e 20% do Governo de Minas. ( Governo do Estado de Minas Gerais)

ICMS/ES – O leite produzido no Espírito Santo vem perdendo mercado. Segundo a Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura do ES (Faes) o vilão é o ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro isentam de ICMS as transações do leite, no Espírito Santo a cobrança do imposto está delimitando o mercado consumidor, principalmente o carioca, maior importador e que responde por 35% de toda comercialização do leite capixaba. Os criadores reivindicam mudanças no imposto para nivelar o mercado comercial de leite e derivados. “Através da análise da assimetria da tributação do leite em estados vizinhos, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, será possível solicitar a equiparação do ICMS ao Governo, o que ajudará muito o produtor rural”, destaca Rodrigo Monteiro, presidente da Comissão Técnica da Faes. A produção de leite do Espírito Santo, hoje, está estável: um milhão de litros/dia, e o preço em queda, decorrente do excesso de produção e redução do mercado consumidor. (Portal do Agronegócio)

Leite/BA – O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, vai levar ao seu colega da Agricultura, Reinold Stephanes, a preocupação dos produtores de leite baiano com a crise que atinge o setor. “A Bahia tem condições de se tornar um dos maiores produtores de leite do país. O que falta é vontade política de apoiar os nossos produtores”, avalia o ministro. O setor já foi um dos mais importantes do agronegócio estadual, mas há 20 anos vem perdendo espaço para outros estados. Enquanto a produção nacional cresceu 80% entre 1990 e 2007, a Bahia não seguiu o mesmo ritmo, registrando 911 milhões de litros anuais, o que corresponde a menos de 4% do total produzido no país, não atendendo sequer a demanda interna, da ordem de 1,5 bilhão de litros. Em termos de produtividad e, a situação é ainda mais grave, registrando a quinta pior do país, à frente apenas de estados sem tradição na produção leiteira, como Amazonas, Roraima, Tocantins e Piauí. (Integração.gov.br)

 

Negócios

Supermercados – As vendas reais (descontada a inflação) no setor supermercadista subiram 7,27% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com setembro, as vendas tiveram alta de 8,02%. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o indicador aponta alta de 5,57% ante igual período de 2008. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo, medido pela Abras e pela GfK, registrou alta de 0,87% em outubro ante setembro, para R$ 261,57. Os produtos da cesta que registraram as maiores altas foram a cebola (31,50%), o tomate (8,07%) e o açúcar (7,54%). As maiores baixas foram identificadas no leite longa vida (queda de 11,32%), no queijo mussarela (baixa de 7,09%) e no creme dental (recuo de 4,06%). (Agência Estado)

Nestlé – Ao embarcar para a Suíça em outubro, Ivan Zurita, presidente da Nestlé no Brasil, sabia que teria pela frente, intensa agenda de reuniões com os acionistas. Historicamente, o mercado europeu, berço da Nestlé, sustentou muito do crescimento e dos lucros da companhia. Mas neste ano, as vendas da Nestlé, na Europa crescerão 3,5%, abaixo das promessas de 5%. A subsidiária brasileira superou a americano e alcançou o posto de segunda maior operação mundial da companhia. Europa e Estados Unidos são mercados maduros, nos quais convencer um consumidor a comprar mais um chocolate ou um novo tipo de iogurte torna-s e tarefa cada vez mais complexa e cara. No Brasil, a emergência de uma nova classe média torna a demanda gigantesca. Essas evidências fizeram Zurita chegar a Vevey com a proposta de elevar em 6% o faturamento da subsidiária brasileira, e sair com ousada meta de crescer organicamente 10% a partir do próximo ano. “Vamos trabalhar dobrado”, diz Zurita. E isso significa colocar em execução o maior plano de expansão da Nestlé brasileira desde 2001. (Revista Exame)

Mercado – Ivan Zurita elegeu duas áreas prioritárias para seu crescimento: o mercado da classe C, segmento no qual a Nestlé está presente há cerca de quatro anos, e os consumidores com mais de 60 anos de idade, terreno ainda inexplorado pela companhia. Zurita incumbiu cada uma das 17 unidades de negócios a criar pelo menos uma nova linha de produtos para esses dois públicos em 2010. Além de criar linhas e penetrar em novos mercados, os executivos da empresa têm o desafio de ex pandir negócios já existentes. A marca de sorvetes Garoto deve ser levada para a Região Nordeste. Duas cafeterias Nespresso, grife para consumidores de alta renda, serão inauguradas no Rio de Janeiro e em Campinas. E o número de vendedoras porta a porta, canal de distribuição alternativo para atingir a população da classe C, passará de 8 000 para 10 000. Pelos cálculos de Zurita, apenas essa última medida deverá render pelo menos 1 bilhão de reais em receitas extras para a Nestlé em 2010. (Revista Exame)

 

Setoriais

IqPR – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista – IqPR subiu 1,04% na terceira quadrissemana de novembro, informam pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, o índice geral transforma-se em negativo (0,50%). As quedas mais expressivas foram observadas nos preços do tomate para mesa (9,05%), do leite tipo B (4,66%), dos ovos (4,20%), da carne suína (3,18%) e da carne bovina (3,01%). (Maxpress)

Chuvas/RS I – Os temporais que castigam o Estado desde a última semana deixando famílias desabrigadas e regiões sem energia elétrica refletem agora na produção agrícola da Fronteira Oeste. Em São Borja, cerca de 10,5 mil hectares de lavouras de arroz estão submersos. Segundo a Defesa Civil, as perdas somam quase R$ 40 milhões. Os prejuízos na produção de trigo, leite e milho passam de R$ 1 milhão. (Zero Hora/RS)

Chuvas/RS II – Reunidos na manhã desta sexta-feira, em Frederico Westphalen (RS), os Prefeitos da Associação dos Municípios da Zona da Produção decidiram decretar situação de emergência de forma conjunta. A decisão foi tomada em função dos grandes prejuízos causados pela chuva na agricultura, nas estradas e também na produção de leite. Um levantamento das perdas será realizado individualmente pelos municípios, o qual será encaminhado depois ao Governo federal. Em Três Passos a água destruiu estradas, pontilhões e causou danos nas lavouras. O prefeito de Iraí, Mário Coelho da Silva, disse que serão necessários seis meses para recuperar 80% da malha viária destruída pelas fortes chuvas. As estradas em declive transformam-se em pequenos rios. Nos 20 municípios do Médio Uruguai, voltou a chover forte ontem, impedindo a circulação de máquinas e a tentativa de recuperar os estragos. (Rádio Luz e Alegria/RS)

Campo – Mesmo com as oscilações do clima que afetam as lavouras, 2010 deve ser o quarto ano de safra rentável. A projeção foi feita pelo diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, ontem, em reunião- almoço promovida pela Abimaq. Vaz acredita que o resultado irá reduzir o endividamento. Para a safra 2009/10, o banco liberou R$ 3,1 bilhões. Ele destacou que o BB está aberto para negociar novos prazos de financiamento. “Temos instrumentos para equilibrar a situação.” (Correio do Povo/RS)

Grãos/PR – A safra de grãos de verão do Paraná 2009/2010 é estimada em 20,5 milhões de toneladas ou 25% a mais que a anterior. O levantamento foi divulgado ontem pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A redução das chuvas em novembro permitiu o avanço do plantio. O destaque em produção é a soja que deve saltar de um volume de 9,3 milhões de toneladas para 13,3 milhões de toneladas. O chefe do Deral, Francisco Carlos Simioni, disse que os principais motivos que devem levar ao aumento da produção de soja são a comercialização ruim do milho e a recomposição da produtividade médi a de 2,3 mil quilos por hectare para 3 mil quilos por hectare. (Folha de Londrina/PR)

 

Economia

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou para 0,10% em novembro, ante a taxa registrada em outubro, quando subiu 0,05%. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de novembro. O Índice de Preços por Atacado – Mercado (IPA-M) também acelerou este mês, com avanço de 0,08% em novembro, em comparação com a alta de 0,04% em outubro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) teve alta de 0,14% este mês, após registrar elevação de 0,03% em outubro. Já o Índice Nacional dos Custos da Con strução – Mercado (INCC-M) registrou aumento de 0,18% este mês, em comparação com a taxa positiva de 0,13% em outubro. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Exportações – As exportações dos países em desenvolvimento caíram 32% no primeiro semestre, numa queda brutal após oito anos de expansão que ilustra como essas economias continuam “particularmente vulneráveis” a choques externos, diz a Organização Mundial do Comércio (OMC). Em estudo divulgado às vésperas de sua reunião ministerial, a OMC considera que o período 2000-2008 foi marcado pela contínua alta dos preços de commodities, pela emergência da China, Índia e Brasil como grandes nações comerciantes e pela aceleração da produção global (com atividades industriais sendo deslocadas para países com mão de obra mai s barata). Enquanto o comércio mundial de mercadorias quase triplicou entre 1990-2008, as economias em desenvolvimento multiplicaram o volume de seu comércio por 4,5 e os países desenvolvidos em apenas o dobro.A OMC destaca, contudo, que a demanda dos países industrializados ainda é fonte essencial de renda para as economias em desenvolvimento, absorvendo metade de suas exportações em 2008. Com a dura recessão que atingiu os Estados Unidos, Europa e Japão, as exportações dos países em desenvolvimento sofreram uma freada ainda mais brutal, levando em conta o ritmo em que cresciam até então. No primeiro semestre deste ano, a queda de 32% foi idêntica à registrada nas exportações dos próprios países desenvolvidos. África e Oriente Médio sofreram declínio de 50% nas exportações, países da Ásia, 25%, e a América Latina, 31%. Em valor, as exportações de combustíveis e produtos minerais caíram 50%, seg uidas por queda de 13% nos preços de alimentos. No total, os preços de exportação de produtos agrícolas, na qual o Brasil tem presença marcante, sofreram queda de 17%. (Valor Econômico)

Conseleite Santa Catarina

 

A diretoria do Conseleite-Santa Catarina reunida no dia 19 de novembro de 2009, na cidade de Campos Novos, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2009 e a projeção do preço de referência para o mês de Novembro de 2009. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio  em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Fonte www.senar.com.br)

 

Matéria-prima

Valores Finais em Setembro/09

Valores Finais em

Outubro/09

Valores Projetados para Novembro/09

I – Leite acima do padrão

0,6438

0,5760

0,5783

II – Leite padrão

0,5598

0,5009

0,5029

III – Leite abaixo do padrão

0,5089

0,4554

0,4572

 

Mercado internacional: preços mantêm sequência de altas

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 16 e 27 de novembro, mostraram novo reajuste para todos os produtos na Oceania e no Oeste da Europa, quando comparados à quinzena anterior. No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral foi cotado a US$ 3.987,5/ton (+3,24%), sendo que o valor máximo ultrapassou os US$ 4.000/tonelada.

Segundo informações do Dairy Industry Newsletter (DIN), os preços no mercado mundial aumentaram mais acentuadamente nas últimas semanas, devido à oferta limitada, demanda aquecida e os preços na União Europeia afetados pelo corte de subsídios à exportação. A oferta de leite na Nova Zelândia deve ser 0,6% superior em relação ao ano passado, mas menos do que o esperado, enquanto a oferta da Austrália no trimestre junho-setembro caiu quase 4% frente ao mesmo período do ano anterior.

A Califórnia, maior produtora de leite em pó dos EUA, sofreu uma contração de 5% na oferta de leite, e todos os preços nos EUA continuam subindo, com os mercados de proteína particularmente apertados. A procura tem sido impulsionada pelo excepcional aumento das importações chinesas. O mercado está à espera do próximo leilão online da Fonterra, com expectativas de novos aumentos de preços.

Na União Europeia, segundo o DIN, todos os subsídios à exportação foram agora reduzidos a zero, o que criou uma grande incerteza sobre o futuro dos preços, especialmente para a manteiga e o leite em pó integral. Para o leite em pó desnatado, o aumento dos preços mundiais tem sido rápido o suficiente para absorver a maior parte da redução dos subsídios à exportação.

Os preços do leite em pó integral variam entre US$ 3.775 e US$ 4.200/ton no Oeste da Europa, e entre US$ 3.400 e US$ 3.700/ton na Oceania.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó desnatado (US$ 3.437,5/t) teve alta de 4,2% em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.275/t e US$ 3.600/t. O soro de leite mostrou o reajuste mais leve, de 2,35%, no preço médio (US$ 1.087,5/ton), oscilando entre US$ 975/t e US$ 1.200/t.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 3.400/t, com valores entre US$ 3.200/t e US$ 3.600/t, um reajuste de 1,5% em relação à quinzena anterior. O queijo cheddar foi o produto com alta mais expressiva no preço médio (12,3%), fechando a US$ 4.350/t, com valores entre US$ 4.000/t e US$ 4.700/t.

O valor médio da manteiga foi de US$ 3.750/t na Oceania, 3,5% superior em relação à quinzena anterior, e US$ 5.125/t no Oeste da Europa, alta de 4,6%.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

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Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

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Equipe MilkPoint

Associação das Pequenas e
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