Importações – Os números preliminares da média diária de abril de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 116,65% maiores que a média de março de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)
Longa vida – O preço do leite longa vida apresentou aumento em todas as regiões do País em março, com alta de 10,51% no mês passado em relação à fevereiro de 2010. Na variação acumulada dos últimos 12 meses, o aumento foi de 13%. Apesar da expressiva alta, os índices não chegam ao patamar de maio de 2009, quando o crescimento foi de 14,31%. A região Centro Oeste apresentou a maior alta no preço, de 12,52%. A região Sul teve a segunda maior alta, 10,77%, puxada pelo aumento expressivo registrado no Estado de Santa Catarina, de 19,86%. Brasília foi a cidade onde houve maior aumento, 18,19%, seguida de Fortaleza, 18,06%, e de Natal, 15,37%. Na Grande Vitória e em Cuiabá, no entanto, não houve oscilação de preço. E em Salvador e Maceió houve queda de 5,6% e 1,35%, respectivamente. (Agência IN)
Preço/PR – O preço do leite longa vida, que aumentou, em Curitiba, 14,65% de fevereiro para março, deve cont inuar em trajetória de alta pelo menos até agosto. A taxa foi medida pela empresa de pesquisas GfK, que divulgou ontem os dados. Já a tendência foi apontada pela Comissão Técnica de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O período de entressafra e um aumento na demanda internacional estão entre as causas da alta. O aumento no preço do leite, em Curitiba, é maior que as médias da região Sul do País (10,77%) e que a nacional (10,51%). No Interior do Estado, o índice é menor (9,66%), mas também significativo. (Paraná Online)
Conseleite – Os valores de referência projetados pelo Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite) do Paraná apontam para novos aumentos. Em março, o preço para o leite padrão ficou em R$ 0,6473. Para abril, o Conselho prevê um aumento de 5,72%, para R$ 0,6843. No caso do leite pasteurizado, os preços projetados passaram de R$ 1,2069 em março, para R$ 1,2905 em abril (6,93% de aumento). (Paraná Online)
Preços/NZ – A Fonterra anunciou que pagará aos produtores, NZ$ 6,10 por quilo de Milksolids. Esse aumento foi possível graças à recuperação dos preços internacionais das commodities lácteas. O presidente da Cooperativa, Henry van der Heyden informou que a crescente demanda começa afetar os estoques. A Fonterra também manteve a decisão de distribuir entre NZ$ 0,40 e NZ$ 0,50 por ação. Mesmo que retenha entre NZ$ 0,10 e NZ$ 0,30 do valor, os produtores comemoram o ganho, principalmente os do Norte de Taupo, que estão sofrendo com o agravamento da seca, e perderão receita em decorrência da baixa produção. Diante da possível queda de oferta, a Fonterra já prevê aumentos progressivos aos agricultores, pelos próximos seis meses. (Rural News)
Produção/UE – As últimas previsões da Comissão Europeia (CE) para a safra 2009 /10 de produção de leite, apontam uma queda de 7%, em relação às quotas disponíveis, o que corresponde à não produção de 9 milhões de toneladas de leite na Europa. Na última campanha, 2008/2009, a queda havia sido de 5,4 milhões de toneladas. É bom lembrar, no entanto, que o período que se encerra agora, foi o início da liberação de quotas, tendo aumentado 1%. Mesmo assim as cotas estão sendo subutilizadas. (Agrodigital)
Negócios
Frimesa – Desde março a Frimesa está industrializando queijos tipo mussarela em sua indústria localizada em Aurora. Para transformar a unidade, que a princípio era de beneficiamento leite fluído, em uma moderna indústria de queijos a empresa investiu mais de R$ 600 mil. Em 2010 seu faturamento deve se aproxi mar de R$ 1 bilhão. “Nossa meta é agregar valor ao leite da região e continuar crescendo tanto em volume captado quanto na venda”, diz o presidente da Frimesa, Valter Vanzella, referindo-se a estratégia da empresa de evitar o transporte do leite captado na região até as fábricas localizadas no oeste do Paraná. (Assessoria de Comunicação da Frimesa)
Festa do Queijo/MT – A cidade de Curvelândia realiza de 13 a 16 de maio a 8ª edição da Festa do Queijo. O evento atrai milhares de pessoas todos os anos pra ver de perto o maior queijo frescal do mundo. Segundo o prefeito da cidade, Lair Ferreira, a Festa do Queijo incentiva o turismo rural e a agrega valor aos produtos da agricultura familiar. “Todo o leite utiliza do na produção do queijo é comprado de produtores da própria cidade. Dessa forma incentivamos a produção e valorizamos os pequenos produtores”, afirma. De acordo com o prefeito, em 2009 foram gastos sete mil litros de leite e foi produzido um queijo de 750 quilos. “Para este ano a expectativa é utilizar cerca de nove mil litros de leite e produzir um queijo que pese de 800 a 1.000 quilos”, destaca. Lair explica que o peso do queijo varia de acordo com o clima do dia. (24 Horas News)
Achocolatado – Mais um produto da indústria cearense – o leite achocolatado – ganha o mercado externo. A Companhia Brasileira de Laticínios (CBL), que produz lácteos com a marca Betânia, com sede em Fortaleza e fábrica em Morada Nova, celebrou contrato com o Governo de Angola para exportar, inicialmente, 40 contêineres de achocolatados. Segundo Jorge Parente, diretor comercial da CBL, esse contrato tem tudo para ser prorrogado. A CBL conversa com outro s países africanos para os quais quer vender seus produtos. (Diário do Nordeste)
Tortuguita – A marca Tortuguita, da Arcor, acaba de lançar no mercado a Tortuguita Gelatina, produto que une o chocolate ao leite a um recheio de gelatina sabor morango. A sobremesa tem benefícios como Zero Gordura Trans na porção, enriquecido com cálcio, ferro, fonte de vitaminas e livre de corantes artificiais. “Para o lançamento da Tortuguita Gelatina, fizemos pesquisas junto aos consumidores e tivemos excelente aceitação, tanto das mães como das crianças. Temos certeza que o produto será um sucesso”, enfatiza Gabriel Porciani, diretor de Marketing de Chocolates e Guloseimas da Arcor. (Brasil Alimentos)
Ingredientes – A Arla Foods Ingredients (Afisa), é uma sociedade entre a SanCor Cooperativas Unidas Limitada e a Arla Foods Ingredients, dedicada à elaboração de derivados do soro de leite. A SanCor fornec e a matéria-prima e a Arla a tecnologia para produção de ingredientes especiais. A fábrica inaugurada, em 2002, em Córdoba, passou por uma ampliação ao custo de US$ 37 milhões, aumentando a capacidade de 800.000 litros de soro/dia, para 2,3 milhões de litros/dia. A ampliação iniciada no primeiro semestre de 2009 permitirá a elaboração de 35.000 toneladas de produtos acabados, por ano. (Sunchales)
Setoriais
Mais Alimentos – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, anunciou ontem, em Ribeirão Preto, que o Programa Mais Alimentos passará a ser uma política pública permanente da Pasta e não mais um plano anual. O programa oferece um limite de crédito de R$ 100 mil para o pequeno agricultor, que pode ser pago em até dez anos, com até três anos de carência e juros de 2% ao ano. F oi exatamente esse programa o responsável pelo aumento das vendas de máquinas agrícolas em 2009. (Valor Econômico)
Plano Safra – O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou ontem que o governo destinará cerca de R$ 100 bilhões em recursos para o Plano de Safra 2010/2011. O valor que o governo destinará para a safra, já adiantado por Rossi em entrevista à Agência Estado, deve ficar perto dos R$ 95 bilhões da safra atual, dos quais cerca de 10% não serão tomados pelos produtores. ”O recurso oferecido (em 2009/2010) não foi totalmente tomado, primeiro pelo nível de endividamento do produtor, já que muitos perderam a capacidade de financiamento, e ainda porque muitos produtos estiveram em uma faixa de preço razoável e não precisaram de grande apoio”, afirmou o ministro. (Agência Estado)
Economia
Confiança – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) brasileiro registrou acréscimo de 3,5% em abril deste ano, na comparação com março, ao passar de 111,4 pontos para 115,3 pontos, em dados ajustados sazonalmente, segundo informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa, em abril, tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas com relação aos próximos meses ficaram mais otimistas. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,8%, alcançando 125,2 pontos – o maior nível da série histórica. O Índice de Expectativas (IE) elevou-se pelo segundo mês consecutivo (em 4,1%), retornando ao patamar de novembro passado. (Agência IN)
Superávit – A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 93 milhões na quarta semana de abril (entre os dias 19 a 25). Em quatro dias úteis, as exportações somaram US$ 3,022 bi lhões (média diária de US$ 755,5 milhões) e as importações, US$ 2,929 bilhões (média diária de US$ 732,3 milhões). Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Terras – Países detentores de terras e países que sabem que precisarão importar alimentos no futuro se enfrentam na ONU em relação à compra de terras. O escritório das Nações Unidas propôs uma espécie de acordo internacional para regular como a compra de terras por estrangeiros deveria ocorrer. Mas o projeto é atacado por todos os lados. O Brasil argumenta que o acordo é insuficiente para lidar com o fenômeno. Já para americanos e chineses, um acordo pode até ser debatido, mas não pode tornar-se um obstáculo aos investim entos. A ONU está elaborando um acordo baseado em sete princípios. A ideia é que o fenômeno não acabará e, portanto, a melhor estratégia é regulamentá-lo. Entre os princípios está a garantia de direito à alimentação, proteção do meio ambiente e transparência nos acordos. (O Estado de SP)
Acordo – O governo americano aceita debater o assunto. Mas deixa claro que não concorda com o que há sobre a mesa. Wesley Scholz, diretor de Investimentos do Departamento de Estado americano, acha que novas negociações são necessárias para um acordo. “Até 2050, vamos ter de dobrar a produção de alimentos no mundo, o que exigirá investimentos de US$ 83 bilhões por ano. Só os governos não darão conta dessa tarefa”, afirmou Scholz. A China, um dos principais investidores no mundo, segue o mesmo raciocínio. “Precisamos de investimentos na agricultura. Isso é um fato”, afirma o presidente da China National Agricultural Development Group Corporation, Zh eng Qingzhi. Pequim admite que será necessário um acordo internacional de investimentos agrícolas, com padrões que governos devem seguir. (O Estado de SP)
Transgênicos – O cientista Michael Hansen, da Consumers Union, a maior entidade de defesa de consumidores do mundo, sediada nos Estados Unidos, disse nessa segunda, dia 26, em São Paulo que vê como positiva a decisão brasileira de rotular os produtos que contenham mais de 1% de matéria-prima transgênica. De acordo com o cientista, a rotulação, além de possibilitar ao cidadão o direito de saber o que está consumindo, permite identificar com mais facilidade a causa de problemas de saúde, caso venham a ocorrer após o consumo. Segundo ele, mesmo que os produtos geneticamente modificados sejam testados rigorosamente, podem causar “efeitos adversos” após serem colocados no mercado. (Agência Brasil)
“Vaca Loca” – A Europa continua perdendo a luta contra a “vaca louca” – encefalopatia espongiforme bovina – (BSE, na sigla em inglês), ao mesmo tempo em que seus produtores exigem padrões mais rígidos para a entrada de produto brasileiro no mercado comunitário. O Valor apurou que a União Europeia (UE) registrou 81 novos casos de doença desde janeiro do ano passado, em meio a uma enorme discrição por parte de Bruxelas. A lista de doenças que atinge os rebanhos na Europa é longa. Só em 2009, foram registrados 1.116 casos de “língua azul”, uma doença infecciosa, não contagiosa, de notificação obrigatória, pois sua ocorrência impõe restrições à movimentação internacional dos animais e seus produtos. (Valor Econômico)
Barreiras – A União Europeia (UE) endureceu o tom contra a Argentina na área comercial, exigindo que Buenos Aires elimine a aplicação de licença não automática sobre produtos importados da Europa ou reduza significativamente seus “efeitos adversos”. O Valor apuro u que o comissário europeu de Comércio, Karel de Gucht, enviou uma dura carta ao ministro argentino das Relações Exteriores, Jorge Taiana, reclamando que Buenos Aires ampliou de 38 para 400 o número de produtos submetidos a licença não automática, atingindo em cheio exportações europeias. O Mercosul foi alvo também do comissário europeu, acusando o bloco de já ter “enviado uma mensagem muito negativa” com a alta de tarifas de importação para uma série de produtos lácteos, produtos têxteis e bolsas e mochilas, ocorrida no ano passado. (Valor Econômico)