Queijos – O programa Queijo Minas Artesanal está trazendo resultados positivos. As principais modificações identificadas no segmento são o aumento no valor dos produtos e a manutenção dos preços ao longo do ano. Em 2009, foram investidos cerca de R$ 105 mil na capacitação de técnicos, produtores e na manutenção das equipes participantes do projeto. Para este ano, o investimento previsto é de R$ 130 mil. Mesmo agregando valor à produção, a adesão ainda é pequena, apenas 122 produtores do Estado possuem a certificação. Os investimentos feitos na adaptação da produção às normas técnicas do programa e a formação de cooperativas são os fatores que ajudaram a agregar valor aos queijos artesanais. De acordo com o coordenador, Albany Arcega, os produtores que conseguiram adaptar a produção de queijos aos padrões exigidos pelo governo e efetuaram o cadastro no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estão aptos a comercializar o produto em todo o Estado. (Diário do Comércio)
Qualidade – Os queijos produzidos, pelas propriedades incluídas no programa: Queijo Minas Artesanal, possuem alto grau de qualidade, o que ajuda a impulsionar os preços no mercado. Além disso, a união dos produtores em cooperativas e associações tem colaborado para manter os preços estáveis. O valor médio do queijo artesanal, mesmo em período de alta produção, gira em torno de R$ 12 o quilo, enquanto os custos com a produção não ultrapassam R$ 7. Atualmente o programa é desenvolvido em 72 municípios localizados nas cinco principais regiões produtoras de queijos artesanais finos: Serro, Canastra, Araxá, Serrado e Campos das Vertentes. (Diário do Comércio)
Mussarela – As búfalas estão descansando. Neste período de entressafra, que vai da desmama dos filhotes até o nascimento da próxima cria , um ciclo que acontece normalmente entre novembro e janeiro, os animais não produzem leite. E é justamente no verão, época de maior demanda pela mussarela de búfala, um queijo leve e fresco, que deve ser consumido no prazo máximo de até sete dias. Para manter o mercado abastecido, alguns produtos são adulterados e fabricados com leite de vaca (mais abundante e barato), não indicada no rótulo. Foi por isso que a Associação Brasileira de Criadores de Búfalo lançou, em 2000, o Selo de Pureza 100% Búfalo, na época aprovado pelo Ministério da Agricultura. A empresa tem de passar por uma avaliação técnica, e seus produtos, por análise. Somente depois é concedida a permissão de uso do selo. (Folha Online)
Fraudes – Quatro vezes ao ano são recolhidos produtos derivados de leite de búfala no mercado e encaminhados para o Instituto de Biociência da Unesp, em Botucatu (SP). Lá, as amostras passam por um teste de pureza que detecta se há ou não presença de leite de vaca. Segundo Paulo Ramos, zootecnólogo responsável pelo procedimento, um trabalho similar feito no laboratório da universidade apontou que, dentre as marcas sem o selo de pureza, 20% apresentavam mistura. “Na entressafra, a mistura é muito maior”, diz a coordenadora do selo. “No começo do ano passado, cerca de 60% dos produtos analisados que não possuíam o selo apresentaram misturas de até 80% de leite de vaca.” “Para o bom conhecedor, a mussarela de búfala tem um aspecto mais fibroso. Uma bola se desfaz em camadas, mais ou menos como uma cebola. Quando feita com leite bovino, se esfarela”, diz Claudio Varella Bruna, engenheiro agrônomo, sócio e gerente do laticínio La Vera. Algumas empresas utilizam substâncias branqueadoras para camuflar a mistura. (Folha Online)
Bom Gosto – O presidente da Bom Gosto, Wilson Zanata, disse que possivelmente a construção da fábrica da empresa no Uruguai será iniciada em m aio ou junho. Em declaração á imprensa o empresário disse que foram concluídos os trâmites para a aquisição do terreno de 104 hectares onde será montada a estrutura, e neste momento está sendo trabalhado o projeto de gestão ambiental e a declaração de interesse nacional do empreendimento. O terreno permitirá a instalação de uma fábrica moderna, com investimento inicial de US$ 30 milhões. A planta, segundo informou, processará 600 mil litros de leite/dia. A previsão é de que as obras durem um ano e meio, começando a produção em 2012. (Visión Ciudadana )
Produção/Uruguai – Os produtores uruguaios avaliam que a entrada da Schreiber Foods na concorrência pelo leite produzido, irá dinamizar o mercado. A empresa que pretende captar entre 450.000 e 500.000 litros de leite. O presidente da Câmara Uruguai dos Produtos de Leite, Horácio Leániz, diz que a partir dessa nova fonte de demanda, a indústria que “quiser manter-se no mercado vai ter que melhorar o preço ao produtor”, e aquela em situação delicada “perderá o leite para empresas maiores. Esta é a concorrência que o produtor espera ocorrer, para melhorar o preço.” (El País)
Conaprole – O diretor da Conaprole, Wilson Cabrera, acredita que a queda ocorrida no preço do leite em pó no último leilão da Fonterra tenha sido uma pequena oscilação no mercado, e que apenas outros eventos irão indicar a tendência. Essa pequena oscilação de preço é o ideal. Durante seis meses o preço subiu, e provavelmente haverá uma estabilização em torno de US$ 3.000 a tonelada. A inquietação vem da Venezuela, e diz respeito à desvalorização da moeda ocorrida recentemente. Os compradores ainda não assimilaram as mudanças, e a situação ainda não está clara. (Observa.com)
Negócios
Programa/RS – Depois de dois anos de pesquisa e trabalho, o Programa de Desenvolvimento da Agro- pecuária do Vale do Taquari já rende bons frutos. A constatação é do médico veterinário espanhol Maurício de Los Santos, que visita a região esta semana para acompanhar o resultado da troca de experiências entre o seu país e os gaúchos proporcionada pelo projeto. Uma das propriedades visitadas pelo técnico foi a da família Petry, que mantém em Arroio do Meio uma produção de 660 litros de leite. Há cinco anos, Vilmar Petry, 40 anos, e a mulher Lovani Petry, 36 anos, optaram por iniciar o melhoramento genético dos animais. A família integra o projeto, que pretende reestruturar a cadeia produtiva do leite na região. – Hoje, vemos os resultados tanto na qualidade do gado quanto na produção. Antes, a média era de 25 a 30 litr os de leite por vaca ordenhada. Hoje, é de 35 a 40 litros – afirma Petry. (Zero Hora/RS)
Fibras I – Em todo mundo, os fabricantes de alimentos têm aumentado o lançamento de produtos com teores maiores de fibras. Segundo dados do Euromonitor International, o setor de produtos saudáveis no Brasil cresceu 852%, nos últimos 5 anos. Nos EUA, dados revelam que produtos com fibras, tiveram crescimentos, em 2008, de 10,2% nas vendas. No Brasil, as vendas de produtos com fibras tiveram alta de 11% em 2008, em relação a 2007 e em 2009, somente de janeiro a setembro de 2009, já batem os 9,2% segundo dados Euromonitor. “Os números mostram a tendência de um mercado impulsionado pelo esforço dos fabricantes em aumentar os aspectos nutricionais dos produtos, sem alterar o sabor”, diz Ijones Constantino, Diretor de Desenvolvimento Comercial para América Latina da Tate & Lyle. (Brasil Alimentos)
Fibras I I – Pesquisas científicas recentes sugerem que a inclusão de 20 a 30g de fibras diárias, para cada 1.000 Kcal ingeridas trazem benefícios para a saúde. “A ingestão diária de fibras está associada a uma digestão saudável e sensação de saciedade prolongada, retardando a sensação de fome e o consumo de mais calorias”, esclarece Lisa Sanders, PhD, RD, Cientista Nutricional, Tate & Lyle. Alimentos como cereais (matinais, barrinhas, massas secas, sopas), pães (bolos, tortas, biscoitos), produtos lácteos (iogurtes, sorvetes, pudins, leite com sabor) e bebidas (sucos, águas, refrigerantes), já podem se beneficiar da adição das fibras alimentares. (Brasil Alimentos)
Meio Ambiente – O instituto francês de defesa do consumidor UFC-Que Choisir, constatou que uma cesta de 14 produtos orgânicos com a marca do distribuidor (MDD) custa, em média, 57% mais que a mesma cesta com produtos MDD comuns. O instituto classificou de “indecentes” os preços, justo agora que o poder público incentiva a agricultura orgânica. A pesquisa realizada entre o dia 26 de setembro e 10 de outubro, em 1600 estabelecimentos, constatou, por exemplo, que a versão orgânica do leite semidesnatado, custa 45% mais que o semidesnatado comum. Outra pesquisa realizada em novembro encontrou os produtos orgânicos com os preços médios 72% superiores a similares convencionais. O discurso oficial diz que a diferença de preços é 20 a 30%. (Agrisalon)
Uruguai – A Agência Uruguai XXI informou que a multinacional norte-americana Schreiber Foods, comprou da General Mills, as fábricas de Belficor (produção de soro), DPU (uma sociedade de empresários uruguaios e General Mills para produção de caseína), construídas em parceria com a venezuelana Dulei (produtora de queijos), no Uruguai. As plantas, no valor de aproximadamente US$ 30 milhões, possuem alto nível tecnológi co. O vice-presidente da Schreiber Foods estima que, em quatro meses, deverão entrar em operação as fábricas de produção de queijo e caseína. As exportações deverão ser iniciadas em seis meses. Os executivos da Schreiber não veem motivo de preocupação a concorrência pela compra do leite. (La República/El País )
Sonae – A Sonae registrou um crescimento de 9% nas receitas, em 2009 face ao ano anterior, informou a companhia em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A companhia destacou “o sucesso do cartão do cliente; e os benefícios decorrentes da integração das lojas adquiridas ao Carrefour”. (Hipersuper)
Sonae Sierra – A Sonae Sierra anunciou o início das obras de expansão do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP), e faz parte da estratégia estabelecida para 2010, cujos investimentos totalizam cerca de € 116 mil hões. “Nesse valor estão contabilizadas as obras de ampliação do Shopping Metrópole, em São Bernardo do Campo (SP), e as primeiras fases de construção de empreendimentos, no Paraná, Minas Gerais e Goiás”, explica o CEO da Sonae Sierra Brasil, João Pessoa Jorge. A grande novidade em termos arquitetônicos da Alameda Parque D. Pedro é que se trata de um conceito inédito no Brasil, baseado na diversidade arquitetônica das fachadas das lojas. A arquitetura deste novo espaço permite que cada lojista, possa desenvolver e trabalhar a sua marca de forma individualizada. (Hipersuper)
Setoriais
Milho – O preço do milho segue em queda. Só no mês de janeiro, a redução ultrapassou 5%, segundo o indicador da Escola Superior de Agricultura (ESALQ). Especialistas acreditam que esse cenár io não deve mudar, por enquanto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma safra de milho de quase 50,5 milhões de toneladas, apenas 500 mil a menos que no ano passado. Este resultado, associado a uma colheita recorde nos Estados Unidos, pode pressionar ainda mais o preço. Isso sem contar o estoque de passagem: o país armazena mais de 11 milhões de toneladas do grão. Para amenizar o prejuízo dos produtores, o governo reajustou os preços mínimos. Nesta safra, nas regiões Sul e Sudeste, em Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal, o valor passou de R$ 16,50 para R$ 17,46. Em Mato Grosso, subiu para R$ 13,98. E no Nordeste, a partir de julho, chegará a R$ 20,10. (Canal Rural)
Seguro rural – O Ministério da Agricultura incluiu R$ 90 milhões no orçamento de 2010 para pagar o seguro rural contratado por 30 mil produtores em 2009, que não haviam sido liberados. “O projeto de lei foi aprovado em dezembro, mas não hou ve empenho”, disse o secretário executivo Gerardo Fontelles. A verba para 2010 é de R$ 238 milhões. (Correio do Povo/RS)
Economia
IPC – A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), subiu de 0,85% na segunda quadrissemana de janeiro para 1,16% na terceira leitura do mês. No mesmo período do mês passado, a inflação foi de 0,17%. Divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o IPC ficou dentro das projeções dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa de 1,05% a 1,31%, com mediana de 1,17%. Dos sete grupos que compõem o IPC apresentaram alta Alimentação (de 1,26% para 1,66%), Transportes (de 2,32% para 3,52%) e Educação (de 2,07% para 3,48%). Desaceleraram os grupos Despesas Pessoais (de 0,57% para 0,48%) e Saúde (de 0,29% para 0,14%). Vestuário acelerou a queda de preços de -0,42% para -0,49%. O grupo Habitação permaneceu estável (0,15%). (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Desemprego – O desemprego mundial disparou em 2009 (6,6%), atingindo 212 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no informe anual sobre Tendências Mundiais do Emprego. Na América Latina e no Caribe aumentou de 7% em 2008 para 8,2% em 2009. O relatório destaca que, enquanto no leste da Ásia o desemprego foi de 4,4%, no final de 2009, chegou a mais de 10% na Europa Central e no Sudeste (fora da União Europeia) e na Comunidade de Estados Independentes (com 10 das 15 ex-repúblicas soviéticas) e Norte da África. Na União Europ eia e demais economias desenvolvidas, entre os jovens o índice de desemprego ficou em 13,4% (10,2 milhões de pessoas). (Correio do Povo/RS)
Cesta/Venezuela – A cesta básica venezuelana subiu 22,8% em dezembro de 2009 em relação ao ano anterior, ficando em um valor que é o dobro do salário mínimo, segundo estudo divulgado pelo Centro de Documentação e Análise para os Trabalhadores (Cenda), tido como de oposição ao Governo. De acordo com a análise, o salário mínimo venezuelano de 959,08 bolívares só garante a compra de 49,8% dos produtos da cesta básica. “São necessários dois mínimos para cobrir a totalidade das despesas de alimentação”, aponta o Cenda. Pelo segundo mês consecutivo, os artigos da cesta que mais subiram foram legumes (21,8%) e açúcar (13,7%). Ovos, leite e derivados subiram 1,8%, enquanto carnes e derivados tiveram aumento de 1,4%. (EFE)
Soja/China – A indústria de soja da China aumentará em 6 milhões de toneladas sua capacidade de esmagamento neste ano, alcançando um total de 100 milhões de toneladas até o fim de 2010, afirmou um órgão oficial ontem. O país, maior importador de soja do mundo, adquiriu um recorde de 42,55 milhões de toneladas do grão em 2009, principalmente dos Estados Unidos e da América do Sul. As importações do país já respondem por mais da metade do comércio mundial de soja. (Valor Econômico)
Agricultores/UE – O Comitê das organizações agrárias e cooperativas (Copa-Cogeca) denuncia que os agricultores estão tendo impacto catastrófico na guerra de preços entre as cadeias de distribuição. Em comunicado encaminhado às autoridades da União Europeia (UE) eles pedem medidas que protejam os agricultores, e reequilibre o poder de negociação no funcionamento da cadeia alimentar, pois a renda do campo caiu 12,2% em 2009. (Frisona)
China – As trocas comerciais entre os Países de Língua Portuguesa e a China caíram 18,9% em 2009 para 62,46 mil milhões de dólares, segundo dados divulgados pela Agência Lusa. Apesar de negativas, os dados mostram uma ligeira recuperação, iniciada na segunda metade do ano. Nos primeiro semestre, as trocas comerciais registraram queda de 34,85% face a igual período de 2008. O gigante asiático vendeu para os oito países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) produtos no valor de 18,85 mil milhões de dólares. Os mesmos países adquiriam mercadoria no valor de 43,61 mil milhões de dólares. O Brasil continua a ser o principal parceiro lusófono da China. O comércio entre os dois países alcançou 42,39 mil milhões de dólares, menos 12,90% do que entre Janeiro e Dezembro de 2008. Angola é o segundo parceiro chinês. As trocas comerciais atingiram 17,06 mil milhões de dólares. Portu gal ocupa a terceira posição com um volume de trocas comerciais de 2,4 mil milhões de dólares. (Hipersuper)