Notícias do dia 26.11.09

Cedrense – A Laticínios Bom Gosto anunciou nesta quarta, dia 25, a aquisição da Cedrense, de São José do Cedro, Santa Catarina. O investimento, no valor de R$ 64 milhões, inclui a compra de quatro unidades industriais, localizadas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, com capacidade de processamento de 550 mil litros/dia, para produção de leite Longa Vida (UHT), achocolatado, creme de leite, nata em pote, manteiga, requeijão, queijos, e linha light, composta pelos queijos minas, mussarela e prato, além de ricota e requeijão. Embora tivesse postos de recolhimento em Santa Catarina, a Bom Gosto ainda não operava no Estado. (Canal Rural)

Incentivos/SC – O fundador e diretor-presidente da Laticínios Bom Gosto, Wilson Zanatta, diz que a intenção é manter a marca Cedrense no mercado e assumir o investimento iniciado em No va Itaberaba, município de pouco mais de 5 mil habitantes no Oeste de Santa Catarina. O projeto, suspenso na fase de terraplanagem, prevê uma fábrica com capacidade de 1,6 milhão de litros de leite/dia e produção de leite em pó, leite microfiltrado e queijos, entre outros produtos. Segundo Zanatta, entre os fatores que contribuíram para o negócio, está a política de incentivos fiscais do governo do Estado, especialmente para queijos e iogurtes, e o modelo de produção da bacia leiteira do Oeste, a quinta maior do país, baseada em pequenas propriedades. (Diário Catarinense)

Bom Gosto – No início do ano, a Laticínios Bom Gosto já havia assumido a unidade industrial da Parmalat em Garanhuns (PE). Recentemente, adquiriu a fábrica da Nestlé em Barra Mansa (RJ). Com a aquisição da Cedrense passa a somar um volume de produção de 4 milhões de litros/dia, 24 unidades industriais no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio d e Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. A empresa é a 4ª maior em captação de leite no país e a 1ª em processamento de leite Longa Vida (UHT). Entre os projetos está a expansão para o exterior, com a inauguração de uma nova unidade industrial em Tapejara (RS), para processar 600 mil litros/dia, e a construção de uma fábrica no Uruguai, com capacidade inicial de 400 mil litros/dia. Será a primeira indústria brasileira de laticínios a se instalar fora do país. Ostenta uma média de crescimento anual de 86% entre 2000 e 2007. Neste ano, deve chegar a R$ 1,7 bilhão e projeta R$ 2,3 bilhões para 2010. (Canal Rural e Diário Catarinense)

Leite/MT – A Comissão de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) fará um levantamento a fim de identificar as potencialidades de cada região do Estado. O Mato Grosso ocupa a décima colocação no ranking nacional de produção de leite, com o volume de aproximadamente 650 milhões de litros/ano. Destes, 70% são destinados a fabricação de queijos, 20% de fluidos (liquido) e 10% transformados em bebidas lácteas. As principais bacias leiteiras estão localizadas nos municípios de Araputanga (Oeste), Jaciara (Baixada Cuiabana) e Terra Nova do Norte (Norte). Hoje, além de ser a principal atividade para muitos produtores, vemos que o pecuarista de médio porte que trabalha exclusivamente com gado de corte está transferindo investimentos para a produção de leite, utilizando-se desta diversificação de produtos na propriedade para cobrir as principais despesas. (AgroNotícias)

França – Cerca de trinta produtores de leite bloquearam um laboratório de análise de alimentos no norte da França, como forma de pressionar as indústrias a retomarem a negociação do preço do leite. O bloqueio está dentro do cronograma de protestos agendado pela Associação Independente dos Produtores de Leite (Apli) , que organizou a greve de leite de outubro. De acordo com o presidente da entidade, inicialmente serão bloqueados os 18 laboratórios franceses, e depois o movimento deve ir se intensificando. A Apli quer que o Centro Nacional Interprofissional da Economia Leiteira (Cniel), convoque uma nova rodada de negociações do preço do leite. Na Bélgica o preço já passa dos € 0,30 o litro, e na França os industriais estão presos ao acordo emergencial de junho, quando o valor foi fixado em € 0,28. (Agrisalon)

Oceania – A produção de leite na Oceania está abaixo do previsto. Condições climáticas adversas estão reduzindo a produção, e analistas calculam que a produção da Nova Zelândia deverá ser ligeiramente maior que a do ano passado. Na Austrália, as chuvas antecipadas, que puseram fim à seca que atingia a região nos últimos anos, vieram seguidas de temperaturas muito altas, que devem afetar a produção em toda a temporada. Os números de setembro divulgados recentemente apontam queda de 7,2 %, em relação a setembro de 2008. Isto faz com que o primeiro trimestre da temporada (julho a setembro) acumule queda de 3,9 %, se comparado com o mesmo período do ano passado. Com essa instabilidade na produção, indústrias e exportadores estão prorrogando entregas ou cancelando compromissos, e outros, estão procurando suprimento fora da região, para cumprir os prazos assumidos. (Usda)

Preços/Oceania – Os preços das commodities lácteas na Oceania estão firmes. A preocupação dos operadores do mercado é com a produção de leite. Os preços da manteiga e do leite em pó estão em níveis elevados. Mas, o queijo vem apresentando em alguns casos, preços bastante elevados, e provavelmente não haverá leite suficiente para produzi-los na segunda metade da estação. A produção de leite não está atingindo o volume projetad o pelas indústrias.. (Usda)

 

 

Preços/UE – A produção de leite na Europa, como um todo, até setembro, está 1,3% abaixo da produção de 2008. No último edital de compra, não houve oferta de manteiga ou butteroil, e nas duas últimas semanas não houve pedido de intervenção para manteiga ou leite em pó desnatado. Os subsídios ainda existentes são provenientes de contratos anteriores. Com isso os preços das commodities lácteas continuam firmes, exceto o soro, que está apresentando comportamento contraditório. Como a produção de queijos está baixa, o estoque de soro também caiu, e mesmo assim houve queda do preço mínimo. Mas, apesar disso, o preço máximo subiu. (Usda)

 

 

 

Negócios

Nestlé – A Nestlé inaugurou ontem, em Araraquara (SP), sua nova unidade de leite longa vida. Com investimento de R$ 120 milhões, a planta possui capacidade de produção de 100 milhões de litros por ano de leite premium com diferencial nutricional das marcas Ninho e Molico. De acordo com a empresa, a nova unidade deverá gerar 1,6 mil empregos diretos e indiretos. Lançados em abril no Estado de São Paulo, o Ninho Fortificado – leite integral enriquecido com ferro e vitaminas A, C e D – e o Molico A&D – desnatado enriquecido com vitaminas A e D – já estão no mercado carioca e chegarão aos demais Estados do Sudeste e Sul nos próximos meses. “Desde abril, quando ingressamos no mercado de leites premium, a Nestlé entrega ao consumidor leite de altíssima qualidade. Além disso, a fábrica será um estímulo para resgatar o potencial da bacia leiteira de Araraquara e região”, disse o presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita. O consumo de leite longa vida no país é de cerca de 5 bilhões de litros, segundo a Latin Panel. (Valor Econômico)

Setoriais

Milho – Depois de uma queda de 7% na área de milho na safra de verão 2009/10, os holofotes do mercado se viram para a safrinha. Cultura que a cada ano ganha mais importância para o abastecimento e para a renda do produtor, a safrinha, que será plantada a partir de janeiro em algumas regiões do país, pode ser recorde. Isso, mesmo num cenário em que a área fique estável, na casa dos 4,8 milhões de hectares registrados no período 2008/09. Se a notícia é boa porque garante o abastecimento das indústrias nacionais, também preocupa os produtores: uma safrinha cheia – d a ordem de 18,7 milhões de toneladas -, significa uma safra total perto de 52 milhões de toneladas e a necessidade de escoar cerca de 8 milhões para o exterior, segundo estimativas de analistas e da própria Conab. A tarefa pode ser mais difícil se o câmbio se mantiver valorizado como atualmente. (Valor Econômico)

Terra – O valor da terra continua subindo. Pesquisa da AgraFNP apurou que os preços médios nacionais em setembro-outubro foram a R$ 4.548 por hectare, superando em 5,04% o de igual período de 2008. (Folha de SP)

Seguro rural – Em sessão conjunta, Câmara e Senado aprovaram ontem em plenário um adicional de R$ 90 milhões para garantir o pagamento dos subsídios federais ao prêmio do seguro rural. Por lei, o Tesouro Nacional banca metade do custo das apólices rurais. O projeto de lei aguardava apreciação do Congresso desde o início de setembro. Mesmo com a suplementação tardia, os r ecursos serão insuficientes para cobrir a forte demanda dos produtores por proteção contra as intempéries. (Valor Econômico)

 

Economia

Desemprego – A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu para 7,5% em outubro, ante 7,7% em setembro, segundo divulgou nesta quinta-feira o instituto. O resultado apurado veio levemente acima do piso das previsões dos analistas ouvidos pela “Agência Estado”, que iam de 7,4% a 8,2%, com mediana de 7,6%. O rendimento médio real dos trabalhadores não registrou variação entre setembro e outubro ante setembro, e cresceu 3,2% na comparação com outubro do ano passado. Os técnicos do IBGE vão conceder entrevista coletiva ainda nesta quinta pa ra comentar os resultados. (Agência Estado)

IPCA-15 – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) fechou novembro bem acima da leitura de um mês antes – saiu de 0,18% para 0,44%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro de 2008, a taxa correspondeu a 0,49%. Influenciou na aceleração de um mês para outro o comportamento dos alimentos, que saíram de queda de 0,25% para acréscimo de 0,39%. “O tomate liderou a alta, com aumento de 26,99%, seguido pela gasolina, que ficou 1,36% mais cara”, destacou o organismo. Também passaram a custar mais a cebola (19,05%), a batata-inglesa (9,63%) e o álcool (9,13%), entre outros itens. No acumulado do ano, o indicador teve elevação de 3,79%, inferior aos 5,79% de mesmo período do exercício passado. (Valor Online)

Globalização e Mercosu l

Atacadistas – Diante das margens de lucro diminutas e da crescente concentração do setor de supermercados -três grandes grupos caminham para dominar o negócio-, os atacadistas de produtos alimentícios, de higiene e beleza e bazar começam a ver na internacionalização uma grande oportunidade de se fortalecer, expandir seus negócios e aumentar rendimentos. O grupo Tenda, de São Paulo, é pioneiro na estratégia. No próximo dia 29, abre as portas da sua primeira loja no exterior, em Luanda, capital de Angola. As vendas externas praticamente não têm peso nenhum nas atividades dos atacadistas no momento, porém podem significar até um bom reforço para a balança comercial do Brasil, na avaliação de Marcus Peçanha, diretor-executivo da consultoria em relações internacionais Interaction Times. Além de todo o continente africano, outros países que possuem poucas fábricas de produtos alimentícios são mercados atraentes para os atacadistas, diz o consultor: M éxico, leste europeu, Rússia e o Oriente Médio, por exemplo. (Folha de SP)

Acordo – Foi difícil e houve suspense até o último momento. Mas acabou saindo ontem a base do acordo comercial Sul-Sul entre emergentes, liderado pelo Brasil e Argentina e considerado “muito satisfatório” por ambos, num cenário em que a grande negociação global conhecida como Rodada Doha continua em coma. Ficou acertado um corte de pelo menos 20% nas tarifas aplicadas sobre produtos agrícolas e industriais entre os participantes, num acordo cobrindo 70% do comércio. O tamanho da redução tarifária é inferior ao que se discutia até recentemente, mas pode ser maior do que na Rodada Doha para as exportações nesses mercados em expansão. Dos 22 participantes da Sul-Sul, ficaram de fora o México, Chile e Tailândia. (Valor Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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