Notícias do dia 25.06.2010

Oceania – Com a baixa produção de leite na Nova Zelândia no final do período, as indústrias fecharam para manutenção no inverno. A captação atual destina-se ao consumo interno de leite fluido e as atividades existentes são no sentido de enviar produtos para atender contratos já firmados e planejamento para a próxima safra. Em geral os níveis de estoque do mercado spot estão baixos há um ano. No início da próxima temporada, a produção deverá estar focada no leite em pó e manteiga, para atender contratos já firmados. Na Austrália, o clima ajudou a aumentar a produção no final da temporada, mas mesmo assim a produção da safra 2009/10 será menor do que a anterior. As chuvas atuais estão recompondo os reservatórios de água, mas, não atingiram níveis satisfatórios, tendo em vista os seguidos anos de seca. Mas, os produtores estão confiantes, uma vez que os preços estão bem acima dos praticados um ano atrás.  (Usda)

 

 

Europa – A produção de leite na Europa foi iniciada tardiamente, principalmente Irlanda e França, e está sendo destinada à fabricação de queijos, que está com a demanda interna firme, e exportações aquecidas, principalmente para a Rússia. Outras indústrias destinam a matéria-prima para atender também a firme demanda da manteiga, prejudicando a produção de caseínas, que estão com os preços bastante elevados. A grande produção de queijo aumentou a oferta de soro, que mesmo assim se mantém com bons preços, por estar substituindo o leite em pó desnatado na alimentação animal. Os preços dos lácteos estão firmes e em níveis elevados, e algumas das mudanças devem ser atribuídas a variações cambiais. (Usda )

 

 

 

Negócios

Nestlé – O sistema de vendas porta-a-porta da Nestlé já possui mais de 7,5 mil revendedores em todo o País. Com este modelo, além dos 3,2 milhões de lares que planeja visitar neste ano, a empresa espera alcançar mais 800 mil pessoas por mês com o “Nestlé Até Você”, na comunidade ribeirinha, na Amazônia. A intenção de ampliar o alcance da marca em famílias de baixa renda e, de certa forma, inacessíveis, fez a Nestlé chegar à Região Norte do Brasil por meio de uma solução considerada engenhosa: o barco “supermercado flutuante” com cerca de 300 produtos, navegando pelo Rio Pará, passando por 18 cidades do estado. Nas vendas porta-a-porta, prevê microdistribuidores em bairros carentes que recrutam mulheres da própria comunidade para trabalhar com a venda de produtos Nestlé. (DCI)

Carrefour – O Carrefour revelou detalhes do novo conceito de hipermercado, que será lançado no final de agosto, na França. Terá uma grande ilha central onde serão expostos produtos não alimentares de marcas como Canon, Asus, Orange Mobile ou TomTom, e na entrada da loja estará uma área de venda de produtos sazonais. Os balcões escuros irão destacar os produtos, contrastando-os com o resto da loja. Frutas e legumes serão expostos em balcões baixos e em caixas empilhadas. Na zona de charcutaria e queijos, os balcões deverão adotar um estilo original, com janelas, sendo que os produtos serão destacados com um novo sistema de luzes. (Hipersuper)

Doações – A Prefeitura de Ribeirão Preto irá enviar 20 mil latas de leite em pó para ajudar as vítimas das enchentes que atingiram Alagoas e Pernambuco. A doação é parte do que foi arrecadado junto à população para acesso ao show do cantor Roberto Carlos, ocorrido no ultimo sábado, no Estádio da Santa Cruz. (EPTV)

Lançamento – A Polenghi lançou nova versão do Polenguinho com duas unidades, com apenas 48 kcal em cada uma. O snack contém cálcio, proteínas e é preparado por meio do processo UHT, que dispensa a refrigeração. A Companhia diz ainda que o Polenguinho tem três vezes mais vitamina A do que 100 ml de leite. Para divulgar o novo produto, a empresa está promovendo uma série de ações de marketing, como patrocínios a eventos diferenciados como a São Paulo Fashion Week (SPFW). (Brasil Alimentos)

Laep – A Laep Investments informou que concluiu a operação, anunciada em janeiro, na qual o fundo GEM – Global Yield Fund fez um aumento de capital na companhia de R$ 126 milhões, com a emissão de 109.740.000 ações classe A. “Os recursos captados foram integralmente utilizados para reforço de capital de giro e readequação da estrutura de capital da companhia. A operação consistiu em importante passo no processo de reestruturação iniciado em setembro de 2008, especialmente na readequação do oneroso passivo.” (Valor Econômico)

 

Setoriais

Agronegócio/SP – O desempenho do agronegócio paulista, que atravessa um momento positivo e crescente, ajudou a segurar o déficit do estado, que subiu para 109,7%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA). As exportações do setor nos cinco primeiros meses de 2010 cresceram 23,4% em relação a igual período de 2009 e atingiram US$ 6,90 bilhões. A cana-de-açúcar, a pecuária e a citricultura estão entre as principais culturas de São Paulo. No entanto, a região também investe em grãos e, com isso, a colheita nesta safra deve crescer 3,7%. O saldo comercial do agronegócio p aulista saltou de US$ 3,37 bilhões para US$ 3,93 bilhões, no fechamento de janeiro a maio. No Brasil, o superávit do setor agrícola estava em US$ 18,66 bilhões e foi para US$ 20,91 bilhões, 12,1% superior a 2009. (NewsComex)

Soja/AR – A Argentina vive uma dependência de soja, ao contrário de Estados Unidos e Brasil que, apesar de avanços na área da oleaginosa, não abandonam o milho. Na safra passada, os argentinos semearam 19 milhões de hectares de soja, para apenas 2,6 milhões de área destinada ao milho. Ou seja, para cada hectare de milho semeado, outros 7,3 foram destinados à soja. Essa relação é bem diferente nos EUA. Para cada hectare de terra destinado ao milho, os norte-americanos plantam 0,88 hectare de soja. O Brasil, com a vantagem do plantio de milho safrinha, está no meio do caminho. Para cada hectare de milho, semeia 1,8 hectare de soja. O comportamento dos argentinos pode mudar um pouco na próxima safra, no entanto, e essa dependência diminuir, na avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). (Zero Hora/RS)

 

Economia

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na semana encerrada no dia 22 de junho. A exceção foi Brasília, que teve um aumento de 0,28% nos preços, superior aos 0,22% registrado na semana anterior. Entre as seis capitais que tiveram baixa, quatro registraram deflação: Porto Alegre (-0,20%), Recife (-0,12%), Rio de Janeiro (-0,05%) e São Paulo (-0,50%). Em Salvador e Belo Horizonte os preços aumentaram 0,20% e 0,26%, respectivamente, mas na semana passada, essas cidades tiveram altas de 0,39% e 0,37%. (Agência Brasil)

Globalização e Mercosul

Doha – Os líderes do G-20, que reúne as economias responsáveis por 85% da produção mundial, vão assumir hoje em Toronto compromisso que dá uma ligeira indicação do que pode ser a data para concluir a Rodada Doha: 2013. Eles vão prolongar por mais três anos, até o fim de 2013, o compromisso de não elevar novas barreiras a investimentos e ao comércio em bens e serviços, de não implementar medidas inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, 2013 é a data para a completa eliminação dos subsídios à exportação e para a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) europeia, pela qual a União Europeia gasta bilhões em subsídios aos seus agricultores. (Valor Econômico)

Safra/Europa – A safra agrícola europeia 2010/11 deve cair em relação à anterior, most ram estatísticas divulgadas nesta semana por comerciantes de cereais, agricultores e cooperativas. Os dados da Coceral, que representa os comerciantes, são os mais pessimistas e apontam para safra de 283,7 milhões de toneladas nos 27 países da União Europeia. O volume cai 3,3% em relação aos 293,4 milhões anteriores. Já os dados da Copa, que agrupa produtores e cooperativas, apontam para uma safra de 286 milhões de toneladas, com queda de 1,3% em relação ao período anterior. Daniele Siqueira, analista da Agência Rural, diz que a área plantada é praticamente igual à do ano passado, e o clima, de um modo geral, é favorável. (Folha de SP)

Preços internacionais fecham junho estáveis

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos entre 14 e 24 de junho, apresentaram-se praticamente estáveis para a maioria dos produtos na Oceania e no Oeste da Europa frente à quinzena anterior. Na média de junho das duas publicações quinzenais, porém, os preços apresentaram reajustes negativos para a totalidade dos produtos frente à média do mês de maio.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.575/t) apresentou leve alta de 2,1% em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.450/t e US$ 3.700/t. O valor médio do soro de leite foi de US$ 862,5/t, alta de 8,5% em relação à quinzena anterior, sendo cotado entre US$ 775/t e US$ 950/t – foi a maior variação entre os produtos exportados no Oeste da Europa. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 2.862,5/t, com preços variando entre US$ 2.725 e US$ 3.000/ton.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

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Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou estável, frente à quinzena anterior, em US$ 3.850/t, com valores entre US$ 3.700/t e US$ 4.000/t. O valor médio do leite em pó desnatado teve alta de 1,56%, ficando em US$ 3.250/ton, com preços variando entre US$ 3.000/t e US$ 3.500/t – foi o único produto da Oceania que apresentou variação positiva frente à quinzena anterior. O preço médio do queijo cheddar, como na quinzena anterior, fechou a US$ 3.950/t, com valores entre US$ 3.800/t e US$ 4.100/t.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

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O preço médio de exportação da manteiga no Oeste da Europa foi de US$ 4.487,5/t, apresentando leve alta de 1,7% frente à quinzena anterior. Na Oceania, o preço de exportação da manteiga ficou estável em US$ 4.050/t frente à quinzena anterior. Nas duas regiões, porém, houve reajuste negativo na média do preço de exportação de junho frente à média de maio. Na Oceania essa variação foi de -0,6% e no Oeste da Europa de -3,8%.

Comparação de médias mensais: maio X junho

Na média de junho das duas publicações quinzenais, os preços apresentaram reajustes negativos para a totalidade dos produtos frente à média do mês de maio.

No Oeste da Europa, na média de junho frente a maio, o preço do soro do leite foi o que apresentou maior reajuste negativo (-15,5%), seguido pelo leite em pó desnatado (-8%) e o leite em pó integral (-4,4%). Na Oceania, o leite em pó desnatado apresentou a maior variação negativa, de 7,9%, o leite em pó integral teve queda de 2,8% e o queijo cheddar apresentou leve variação de -1,9%.

As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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