Notícias do dia 21.10.09

Preço/PR – A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de outubro de 2009 na sede da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), aprova e divulga o preço de referência realizado em Setembro de 2009 e a projeção do preço de referência para o mês de Outubro de 2009. O preço de referência final do leite padrão para o mês de Setembro/2009 calculado segundo metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, ficou em R$ 0,5889, menor R$ 0,0129 do que o valor projetado em 15 de setembro. A projeção do preço para outubro também cai R$ 0,0254, e ficou em R$ 0,5635. (FAEP)

Conseleite/MS – O Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul) em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, convida para a solenidade de criação do Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias de Mato Grosso do Sul, o Conseleite/MS, que será realizada às 9 horas, do dia 5 de novembro de 2009. De acordo com o presidente do Silems, Edgar Rodrigues Pereira, o Conselho Paritário vai mudar a realidade do setor leiteiro do Estado. O Mato Grosso do Sul produz hoje 1.650 milhões de litros de leite por dia e gera 16.500 empregos diretos. Do total de leite produzido 20% é distribuído como leite fluido (longa vida e saquinho), 10% transformado em leite em pó, 40% em queijo. 30% da produção é consumida no me rcado interno, e o restante exportado. (FIEMS)

Soprole/Chile – A Soprole informou novos preços aos produtores de leite, reajustando em 0,20 pesos o litro, com efeito retroativo a 1º de outubro. Esse anúncio substitui o anterior, que concedia 0,15 pesos por litro, a partir de 1º de novembro. A decisão, de acordo com a empresa, foi decorrente do “aumento de preços observados, em outubro, no mercado internacional de commodities lácteas”. Os produtores preparavam um protesto, porque as indústrias não estavam revertendo os aumentos, na mesma proporção em que impuseram as baixas dos preços internacionais. (Fedeleche)

 

Negócios

Cadeias Produtivas/RS – A saída para a estagnação da Metade Sul e da s regiões Norte e Noroeste do Estado está na adoção de uma política agroindustrial que privilegie os segmentos de produção animal, conclui um trabalho do pesquisador Carlos Paiva, da Fundação de Economia e Estatística (FEE). A tese baseia-se na maior agregação de valor das cadeias produtivas pecuárias em comparação às de grãos e no nível de processamento interno dos produtos. Enquanto apenas 47% da soja colhida no Estado é esmagada em solo gaúcho, o processamento da produção de leite, avicultura, suinocultura e pecuária de corte o percentual gira em torno de 80%. Paiva defende políticas públicas que completem essas cadeias estratégicas, e diz que mais importante do que um novo laticínio, por exemplo, seria a vinda, para o Estado, de uma fábrica de embalagens de leite longa vida. (Zero Hora/RS)

Danone – A Danone desenvolve outra novidade, o Activia com Suco, nos sabores Laranja e Pêssego. O produto chega às prateleiras dos supermer cados de todo o País em formato de garrafão de 900 gramas, com rótulo e tampa na cor laranja. “Activia com Suco é mais um produto revolucionário da nossa linha, em um formato que pode ser consumido várias vezes ao dia”, comemora Tatiane Brandão, gerente de Produto. A executiva da Danone reforça ainda que Activia com Suco tem o objetivo de intensificar ainda mais a presença da marca no dia a dia de seus consumidores. (Brasil Alimentos)

Balde Cheio – Lembra do Vaca na Corda? Pois bem, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e a Secretaria da Agricultura estão lançando, em Salgueiro, no Programa Balde Cheio, iniciativa para transferência de tecnologia a produtores de leite de Garanhuns, Águas Belas, Bodocó e Santa Maria da Boa Vista. (Jornal do Commercio/PE)

Mercadona – A distribuidora espanhola Mercadona retornou às prateleiras de suas lojas, 50 produtos, entre os mais de mil retirados no ini cio do ano. A justificativa para retirar os produtos foi a baixa rotatividade, gerando baixa rentabilidade, mas a voz do consumidor falou mais alto e a Mercadona foi obrigada a pôr de novo nas prateleiras os 50 produtos que os consumidores exigiam. Sem revelar quais as marcas irão voltar a rede garante que algumas variedades são marcas próprias. Segundo o canal Dis, a empresa já admite queda de 50% nos lucros esse ano. Em 2008, houve redução de 5% em relação ao ano anterior. (Hipersuper)

 

Setoriais

Rastreabilidade – A obrigatoriedade da rastreabilidade para bovinos e búfalos em todo território nacional foi aprovada em caráter terminativo pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal. A medida vale não apenas para as exportações, mas para todo proce sso produtivo. Com isso, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 135/2009 segue para o Plenário, onde ficará por cinco dias para possíveis recursos. Depois disso, deverá ir direto para a sanção federal. A medida permitirá o monitoramento do animal durante todos os estágios da sua vida. Com isso, espera-se aperfeiçoar os controles e garantias nos campos da saúde animal, saúde pública e inocuidade dos alimentos. (Jornal do Comércio/RS)

Agronegócio – A crise afetou de forma direta os principais mercados do agronegócio brasileiro, como os Estados Unidos e União Europeia. A demanda por alimentos chegou próximo às taxas negativas ou nulas. Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas brasileiras do agronegócio para o exterior totalizaram US$ 49,3 bilhões, 7,5% a menos que os US$ 53 bilhões contabilizados no mesmo período de 2008. Para os especialistas, o resultado poderia ter sido pior se não fosse à abertura de novos mercados fora do eixo dos Estados Unidos e Europa. Mas para os próximos anos o cenário deve melhorar. (Época Negócios)

Alimentos – Levantamentos recentes de vários órgãos internacionais, como o da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) apostam em um aumento da demanda de alimentos. E mais: todos apontam o Brasil como um dos principais produtores de grãos, proteína animal e biocombustíveis. O país, que já é um dos principais fornecedores mundial de alimentos, deverá ter participação ainda maior no cenário internacional nas próximas décadas. Do estágio atual ao patamar de celeiro do mundo, porém, o caminho a ser percorrido é longo. “Entre os desafios estão o câmbio, a carga tributária e a questão ambiental”, afirma Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Época Negócios)

Grãos/AR – Apesar das chuvas em boa pa rte das regiões de produção, a colheita de grãos 2009/10 deverá ficar em torno de 77,9 milhões de toneladas, substancialmente inferior à safra 2007/8, que produziu 89,2 milhões de toneladas. A queda afetará não apenas os produtores primários, mas todos os elos da cadeia agroindustrial, como transportadores e fornecedores de insumos. Um estudo realizado pelo CREA, Consórcios Regionales de Experimentación Agrícola, a queda de 13% desta safra em relação a dois anos atrás, é conseqüência da menor área plantada de trigo, milho e girassol. Não foi considerada a produção de 2008/9 que prejudicada pela seca, teve uma colheita 30% menor do que o estimado. Esses resultados deixam ociosos 40% da estrutura agrícola do país. Mas, a maior preocupação é com os preços. A média da tonelada dos grãos produzidos em 2007/8 foi de US$ 242,92, no ano seguinte baixou para US$ 203,78, e a estimativa para agora está em US$ 189,00. (La Nación)

 

Economia

PIB – O PIB deverá crescer 0,8% neste ano, na avaliação da Lafis, empresa especializada em dados econômicos setoriais, macroeconômicos e financeiros. Já a agropecuária, depois da expansão de 5,8% em 2008, deverá registrar baixa de 1,4%. A expectativa para 2010, no entanto, é de retomada da expansão econômica, com crescimento de 4,7%. O PIB agropecuário poderá crescer 4,4%, devido à expansão das demandas interna e externa. Em 2011, a agropecuária sobe 5,8%. (Folha de SP)

Alimentação – Há uma mudança importante na alimentação mundial, refletida na feira de Anuga que aconteceu em Colônia, Alemanha, na semana passada. A engenheira de alimentação Maria Júlia Alles, do Senai de Porto Alegre, anotou as mais marcantes. A primeira delas é a valorização dos orgânicos, que estiveram presentes não só em todos os setores, mas tiveram até pavilhão próprio. Cresceram também os alimentos práticos e de fácil consumo, semiprontos e já com as porções. Atenção especial às embalagens recicláveis ou naturais. Maria Júlia viu um iogurte em embalagem de cerâmica. A explicação é que ela custa apenas um centavo de euro a mais do que a de plástico e é natural. E, por fim, a variedade gastronômica. Uma curiosidade que chamou muito a atenção de Maria Júlia foi o retorno dos franceses à maneira antiga de fazer os queijos, nadando contra a corrente da indústria mundial, que está sempre em busca de novidades. Seu objetivo principal é tentar recuperar também o sabor antigo, que é uma das suas grandes especialidades. (Jornal do Comércio/RS)

Supermercados – Com crescimento estimado em 5,0% para este ano, o varejo de alimentos passa por um momento de retomada dos investimentos, após passada a fase mais crítica da crise econômica. Na sua quinta edi ção, a Convenção Paraibana de Supermercadistas (Consuper) espera movimentar cerca de 50 milhões de reais em negócios, que constitui um aumento de 30% em relação à edição anterior. Segundo Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que esteve presente na abertura da Consuper, o setor atravessou a crise econômica praticamente ileso. A manutenção da massa salarial e a relativa estabilidade do nível de emprego foram os grandes responsáveis pelo resultado. “Esse resultado positivo mostra que o consumidor brasileiro não efetuou cortes na alimentação, em alguns momentos chegou a incluir outros itens no seu orçamento”, informou Sussumu Honda. (Correio da Paraíba)

IPV – O Índice de Preços no Varejo (IPV) da Fecomercio fechou setembro com queda de 0,10%. Esta é a terceira retração do IPV no ano. Em 12 meses, o índice acumula alta de 0,91% – de janeiro a setembro deste ano, o acumulado é de 0,25%. Dos 21 grupos analisados pel o IPV, oito tiveram redução nos preços. O grupo Supermercados, com o maior peso no índice (32%), puxou pela segunda vez a queda do IPV em setembro. O setor passou de uma redução de 0,58% em agosto para outra queda, de 0,68%, em setembro. (Jornal da Tarde)

 

Globalização e Mercosul

Fertilizantes – A demanda mundial por fertilizantes nitrogenados e fosfatados se recuperou em relação ao ano passado, informou a norueguesa Yara International ASA, maior fabricante mundial de adubos. Segundo a empresa, as entregas globais das companhias às revendas cresceram 10% no terceiro trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2008. “Os fundamentos econômicos de longo prazo” ainda estão “sólidos” devido ao persistente crescimento do consumo mundial de grãos, afirmou a Yara, que chegou a registrar uma queda de 89% em seus lucros depois do colapso dos preços dos fertilizantes, a partir de setembro do ano passado, quando houve o aprofundamento da crise financeira. (Valor Econômico)

Doha – As negociações para a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) estão frustrando todos os envolvidos. Ontem, o diretor-geral da entidade, Pascal Lamy, fez um alerta claro: a conclusão da rodada pode ficar para pelo menos 2011 se o ritmo de negociação não for acelerado. “Há uma frustração coletiva em relação a Doha”, disse ao Estado o embaixador da França em Genebra, Phillip Gross. No fim de novembro, a OMC promove uma reunião ministerial. Mas já está claro que nenhum governo espera um avanço importante para o evento em termos de negociações. O Brasil, ainda assim, quer aproveitar o encontro para mobilizar os países emergentes em uma ação para deixar claro que não há como tolerar que a OMC permaneça nessa sit uação de indefinição. (O Estado de SP)

América Latina – A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse que a América latina deverá crescer, em 2010, 4%, nível bem abaixo dos registrados entre 2002 e 2007, e também insuficiente para reverter a deterioração dos indicadores sociais. O Cone sul, Brasil, Chile, Peru, Uruguai e até a Argentina deverão crescer mais, pois os países da América Central, inclusive México, além de estarem com as economias abaladas, sofrem com problemas políticos e sociais. Mas, o que mais preocupa a entidade é o aumento do desemprego, sem nenhuma proteção social, como as que existem na Europa. Acrescentou que o maior problema latino-americano para vencer a probreza é: a enorme desigualdade, a discrepância produtiva em relação a outras regiões do mundo e baixas taxas de investimentos. (Estratégia Online)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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