Notícias do dia 16.11.09

Entre os fatos de destaque divulgados pelo Selectus na semana anterior estão: a queda dos preços internacionais e o dólar baixo comprometeram o resultado do setor lácteo no mercado externo; o leite avança em Santa Catarina; o leite Piracanjuba volta à mídia, com duas peças publicitárias; as importações de leite e derivados em novembro de 2009; as exportações e importações de lácteos em outubro de 2009; o comércio de lácteos com Brasil entrou em curto-circuito, segundo fontes de indústrias lácteas argentinas; a Fonterra anunciou reajuste no preço do leite; estudos feitos nos EUA e no Canadá revelam como leite e derivados, junto com uma dieta saudável, podem ajudar as pessoas a emagrecer e ganhar massa muscular; construção de um laboratório de análises de leite e produtos lácteos no Espírito Santo; o saldo da balança de lácteos em outubro de 2009; produtores de leite de Goiás reclamam da queda no preço e preços na Oceania e Europa. (www.terraviva.com.br)

Leite de Cabra – Líder nacional da produção de leite de cabra, os cerca de mil pequenos produtores paraibanos ganharam mais um incentivo. O Programa Leite, uma parceria do Governo do Estado e Federal, irá aumentar a partir deste mês a compra governamental dos atuais 14 mil litros/dia para 30 mil litros/dia. Apesar de ter apenas o 6º maior rebanho de caprinos da Região Nordeste, a Paraíba detém a maior produção de leite de cabra do país, com cerca de 20 mil litros/dia. O aumento da cota governamental e a procura mais intensa do setor privado vão ajudar a atingir a meta do Projeto Aprisco para 2012: produção de 60 mil litros/dia, o que representa um crescimento de 200%. O Aprisco articula o desenvolvimento sustentável e integrado da caprinovinocultura no Nordeste dos diversos segmentos. Além do leite e derivados, a gastronomia, o corte e as indústrias de curtume, calçados, assessórios e roupas. (Diário da Borborema)

Seminário/PB – A expansão do setor da caprinocultura leiteira nos próximos anos será um dos temas da IV edição do Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte (Sincorte), que será aberto hoje e vai até o dia 20 de novembro, em João Pessoa. Vai reunir pesquisadores dos Estados Unidos, Portugal, Tunísia, Uruguai, Quênia, França, Espanha e África do Sul e dos diversos estados do Brasil para debater as novidades científicas e tecnológicas do agronegócio da caprinoovinocultura no Brasil e no mundo. O evento promete estreitar as relações entre os produtores, a indústrias, as instituições de pesquisa, além da troca de experiências e informações que possibilitem inovações e venham a contribuir com o desenvolvimento da cadeia produtiva. (Diário da Borborema)

Leite/RO – Começa nesta segunda-feira, em Ji- Paraná, o II Rondônia Leite que vai reunir durante três dias especialistas de diferentes partes do País no berço da maior bacia leiteira da Região Norte para tratar de dois assuntos fundamentais: produtividade e sustentabilidade. Situar a pecuária leiteira da Amazônia no contexto nacional e mundial é a proposta do primeiro painel. Um dos temas mais importantes é a produção de leite e conservação ambiental. O assunto está diretamente relacionado com a sustentabilidade da pecuária na Amazônia. Produção de Leite com qualidade encerra o evento como tema do último painel, na quarta-feira. Com aproximadamente 700 milhões de litros produzidos por ano, Rondônia responde por 42% da produção do Norte do Brasil e envolve 35 mil produtores. (Naviraí Notícias)

Argentina – A província de Entre Rios firmou um convênio com entidades técnicas e científicas, para determinar custos e resultados de todos os elos da cadeia láctea, com base em parâmet ros científicos. (El Diario de Parana)

Bolsa? – O Leite na Bolsa? Mais que uma ideia, isto poderá se tornar uma realidade. De fato, o operador da Bolsa de Paris trabalha para lançar, no primeiro semestre de 2010, os três produtos lácteos mais negociados: manteiga industrial, leite em pó e soro de leite. A iniciativa foi proposta pelo Ministro da Agricultura, Bruno Le Maire, como forma de proteger os produtores das grandes variações de preço. O mercado a termo do leite não previne contra a volatilidade, mas permite geri-la melhor. O lançamento desse tipo de contrato é pertinente porque oferece uma visão geral dos preços por um período de dois anos, diz o consultor Gautier Le Molgat. Os produtores são favoráveis. (Le Figaro)

UE – A produção de leite no Oeste da França está cada vez mais ameaçada com a queda do l eite nos últimos três anos. A solução encontrada por Didie Frechou foi promover a liquidação de leite em uma grande rede de supermercados. Um bom negócio para produtores, indústria e distribuidores. Nós, produtores, decidimos nos esforçar e de tempos em tempos vamos aos supermercados mostrar nosso produto e know how. As fábricas colocam uma foto de nossa fazenda nas garrafas, esterilizam elas e as colocam à venda. Depois o supermercado tenta estabelecer uma relação de confiança com os consumidores, pagando um pouco mais para a gente. Didie comercializará sua produção em breve com o rótulo Leite dos Pirineus. A iniciativa é boa, mas, não o bastante para outros produtores. Precisamos de um preço maior, que nos permita investir e preparar para o futuro. Apesar da ajuda da União Europeia, muitos acreditam que a recente crise possa levar um terço dos produtores de leite europeus à falência. (UOL Mais)

OGM – O Alto Conselho de Biotecnol ogia (HCB, sigla em francês), recomendou que a expressão: “Sem OGM” só é aconselhável a produtos que contenham menos de 0,1% de traços de Organismos Geneticamente Modificados (OGM). No entanto haverá um período de transição, com tolerância de até 0,9% de OGM, como a legislação comunitária, para produtos de origem animal como leite, queijos e carnes, cujos produtores dependem da importação de países como Brasil e Argentina, onde a cultura transgênica é muito desenvolvida. Mas, deverão se adaptar às normas francesas em cinco anos. É a primeira recomendação do HCB, criado na França, em junho de 2008 pela lei dos OGM, que regulamentou a liberdade de consumir e produzir sem ou com OGM. Com base nessa recomendação o governo francês definirá a legislação sobre rotulagens. (Le Monde)

 

Negócios

Funcionais – As vendas de alimentos funcionais crescem muito mais do que as dos alimentos industrializados convencionais. Na Europa, expandem-se em 10% ao ano, em comparação com 6% dos outros alimentos. Nos EUA, os funcionais avançam 16%. Os demais, 3%. Segundo a definição científica, alimentos funcionais são aqueles que possuem efeitos benéficos à saúde além das propriedades nutricionais básicas. O poder dos alimentos funcionais pode vir de substâncias que eles mesmos possuem -exemplo das fibras e dos antioxidantes- ou da adição de ingredientes que alterem as propriedades originais dos alimentos (caso das bactérias contidas em iogurtes e leites fermentados). Alguns países, como a Austrália e a Nova Zelândia, proíbem os fabricantes de atribuir quaisquer efeitos benéficos de alimentos à saúde. Outros, como os Estados Unidos, não fazem nenhuma regulação prévia. Um terceiro grupo de países, como a Holanda e o Brasil, autoriz a, mas fiscaliza de perto esse mercado. (Folha de SP)

Brasil Foods – Ao mesmo tempo em que prepara para 2010 a entrada em operação de novas unidades e linhas de produção nas cidades de Três de Maio e Lajeado, no Rio Grande do Sul, a gigante do setor de alimentos Brasil Foods – empresa criada a partir da fusão entre Perdigão e Sadia – traça planos para priorizar a ampliação de suas operações fora do Brasil. Com isso, os investimentos de R$ 60 milhões na ampliação da planta de processamento de aves e suínos em Lajeado e de R$ 65 milhões em uma nova unidade de produção de leite em pó em Três Passos devem encerrar o ciclo de investimentos de curto prazo no Estado gaúcho. Os principais planos de crescimento da companhia não estão em território brasileiro: a ordem é prospectar oper ações, principalmente a partir da compra de empresas e marcas estrangeiras, segundo José Antonio Fay, diretor-presidente da companhia. Fay não detalha quais regiões estão na mira da companhia, maior empresa de alimentos industrializados do país, mas admite que a Ásia deve concentrar os esforços, sem descartar África, Europa e América Latina. (Zero Hora/RS)

Ahold – A Ahold, empresa holandesa de supermercados, disse por um porta-voz que está pronta para usar seu caixa de US$ 3,7 bilhões para fazer aquisições. Negócios nos EUA e Europa são mais prováveis, segundo observadores. (Valor Econômico)

Marcas – A estratégia de retirar 800 produtos das prateleiras, a maioria de grandes marcas, no início do ano, saiu caro à varejista espanhola, Mercadona, que perdeu boa parte de sua margem de lucro, devido à agressiva redução de preços. O grupo começa a rever sua estratégia comercial, com retorno das grandes marcas. (Hipersuper)

 

Setoriais

Milho – O milho que vai brotar no Brasil em 2010 terá algo de diferente. Especialmente para as lagartas. A expectativa é que mais da metade das plantas já serão geneticamente modificadas, com um gene embutido em seu DNA que as tornará resistentes ao ataque desses insetos. A safra de verão, que está sendo plantada agora, deverá ser 30% transgênica e a próxima, de inverno, 53%, segundo estimativas da consultoria Céleres. Na safra anterior – primeira em que o milho transgênico pôde ser plantado legalmente no Brasil – a taxa de adoção foi de 19%. “A velocidade com que essa tecnologia está sendo adotada é surpreendente”, avalia o economista José Maria da Silveira, professor da Universidade Estadual de Campinas e membro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, ONG ligada ao agronegócio. (O Estado de SP)

 

Economia

IPC-S – A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou para 0,20% na segunda prévia do mês, cuja coleta de preços foi encerrada em 15 de novembro, ante a taxa de 0,10% apurada no IPC-S imediatamente anterior, referente à quadrissemana encerrada em 7 de novembro. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Duas das sete classes de despesa contribuíram para a taxa maior do IPC-S. Segundo a FGV, houve término de deflação e queda menos intensa de preços em Alimentação (de -0,62% para 0,01%) e em Despesas Diversas (de -0,38% para -0,16%). Entre os produtos pesquisados para cálculo do índice, os que apresentaram as altas de preço s mais expressivas no IPC-S de até 15 de novembro foram tomate (23,48%), batata inglesa (17,71%) e cebola (17,44%). Já os produtos que registram as quedas de preços mais intensas foram leite tipo longa vida (-8,66%), manga (-35,90%) e mamão papaia (-14,12%). (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Fome – Líderes mundiais reunidos em uma cúpula sobre segurança alimentar em Roma aprovaram nesta segunda-feira, 16, uma nova estratégia para combater a fome global e ajudar os países pobres a alimentar suas populações, mas não definiram uma meta para a erradicação da fome nem se comprometeram com os recursos almejados pela agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A cúpula aprovou sua declaração final logo nas primeiras horas de reunião, em uma demonstração de consenso. Os países se comprometeram a aumentar substancialmente sua ajuda à agricultura para que as nações pobres, que reúnem cerca de 1 bilhão de famintos, possam se tornar autossuficientes. Porém a reunião não chegou a um acordo sobre a destinação dos 44 bilhões de dólares por ano para apoio agrícola que a FAO diz ser necessário. A agência também pediu que os países adotem o ano de 2025 como meta para a erradicação da fome, mas a declaração final não incluiu este objetivo. (Reuters)

Tecnologia – Brasil e 11 países africanos debateram ontem 35 acordos de cooperação em produção de alimentos. O mais recente prevê a transferência de tecnologia brasileira para desenvolver a agricultura em Moçambique. (Correio do Povo/RS)

Agronegócio – Desenvolver o agronegócio, tendo como referência o modelo brasileiro, e tornar-se independente nos setores de soja, gado de leite e cana-de-açúcar é o objeti vo do país africano Burkina Faso para os próximos 10 anos. A meta foi apontada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país, Alain Yoda, durante reunião com o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). – Sabemos que o Brasil é bastante desenvolvido na produção de soja, que nos interessa muito, pois o grão é útil tanto para a alimentação, quanto para a produção de biocombustíveis – ressaltou Alain Yoda. O secretário Célio Porto sugeriu à delegação africana conhecer projeto de produção de soja implantado na Venezuela, a partir de cooperação com o Brasil. Na área de gado de leite, foi recomendado à delegação burquinense visitar a cidade de Uberaba (MG), região que se destaca nos setores de pecuária leiteira. (Ministério da Agricultura)

Conflitos – A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, manterá defesa à indústria de seu país na reunião que terá quarta-feira em Brasília com o presidente Lula. Eles abordarão os crescentes conflitos comerciais entre os países. Medidas protecionistas argentinas afetaram 14% das exportações brasileiras ao país. (Correio do Povo/RS)

Argentina – O nível de endividamento dos produtores de leite na Argentina começa a preocupar a indústria. O sinal de alerta começou com o último monitoramento do setor, feito pela Sancor em setembro de 2008, quando os indicadores produtivos melhoraram, mas os problemas econômicos e financeiros foram agravados. Esse ano, com a seca o quadro se agravou. A falta de linhas de crédito específicas levou os produtores a tomarem empréstimos comerciais, com juros altos e prazos curtos, difíceis de serem liquidados. A intensificação foi a providência adotada por muitos estabelecimentos, para conseguir atravessar a crise. De acordo com Alejandro Galetto, da área de produção da Sancor, entre 1999 e 2008 a intensificaç ão dos gastos com alimentação suplementar, desde o plantio até a confecção e uso de reservas, passando pela compra de concentrados entre outros, aumentou 237%. (La Voz del Interior)

Confiança – De acordo com a última edição do Nielsen Global Consumer Confidence Index, o mundo está emergindo da crise econômica, junto com a confiança dos consumidores. A última pesquisa realizada entre 28 de Setembro e 16 de Outubro de 2009, Hong-Kong revelou o maior aumento na confiança dos consumidores no terceiro trimestre quando comparado com o 2.º, passando de 79 para 93 pontos. Em seguida vem a Coreia do Sul (+13 pontos) e Brasil (+12 pontos). Índia, Indonésia e Noruega continuam no topo da lista das nações mais confiantes, enquanto as nações mais pessimistas foram a Letônia e Japão. No terceiro trimestre a confiança só desceu em dois países: Espanha (-4) e Japão (-2). Segundo a Nielsen, em Outubro a confi ança do consumidor chegou quase aos mesmos níveis da primeira metade de 2008, e “mostra como a recuperação da economia acelerou nos últimos seis meses, especialmente no Brasil e em certos mercados Asiáticos,” destaca James Russo, vice-presidente da Global Consumer Insights, The Nielsen Company. (Hipersuper)

Brasil – Para muitos consumidores da Ásia-Pacífico e América Latina a recessão já é coisa do passado. 87% dos chineses disseram que o seu país está fora da recessão e mais de 60% dos cidadãos em Hong-Kong, Noruega e Austrália afirmaram o mesmo. E, metade dos brasileiros, indianos e chilenos também acredita que a recessão acabou. A confiança dos brasileiros foi a mais elevada na América do Sul. “Como último país a sofrer a recessão mundial e entre os primeiros a recuperar, o Brasil voltou essencialmente aos níveis pré-crise em termos de produção industrial. Aumentam o emprego e o consumo. Com razão, os brasileiros estão otimist as e confiantes em relação ao seu futuro. Os Jogos Olímpicos de 2016, juntamente com o Campeonato do Mundo de Futebol 2014, bem como projetos novos sobre energia asseguram um alto nível de investimento em infra-estruturas para os próximos anos”. afirmou James Russo, vice-presidente da Global Consumer Insights, The Nielsen Company. (Hipersuper)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
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