Notícias do dia 13.10.09

Entre os fatos de destaque divulgados pelo Selectus na semana anterior estão: as importações de leite e derivados em setembro de 2009; o Ministério Público sugeriu a criação de uma cooperativa para por fim à venda irregular de leite em Itumbiara/GO; as importações de leite e derivados em outubro de 2009; o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite) ganha nova diretoria; de exportador, Goiás virou importador de leite; laticínios alagoanos conquistam o Selo de Qualidade Comprovada em Produtos Lácteos; Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL) se reúnem, em Goiânia (GO); as exportações e importações de lácteos em setembro de 20 09 e audiência pública para discutir a portaria 71 da Anvisa. (www.terraviva.com.br)

Balança Lácteos – Veja, abaixo, as tabelas abertas do saldo da balança comercial de produtos lácteos. Primeira tabela: saldo comercial em setembro de 2009 comparado com setembro de 2008; Segunda tabela: saldo comercial em setembro de 2009 comparado com agosto de 2009; Terceira tabela: saldos acumulados de janeiro de 2009 a setembro de 2009 comparados com o mesmo período de 2008. (www.terraviva.com.br)

 

Preço  – O preço do leite pasteurizado registrou queda de 8,76% em setembro, sendo a principal contribuição individual do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última semana. Na análise por capitais, todas apresentaram recuo, sendo que o Rio de Janeiro e Curitiba foram os destaques com as maiores reduções, de 12,68% e 11,22%, nesta ordem. No acumulado do ano, porém, o produto registra alta de 14,24%. Na mesma base comparativa, Porto Alegre registra variação nos preços acima da média nacional, de 19,33%, assim como Distrito Federal (17,64%), Goiás (16,51%), Curitiba (15,37%), Belém (14,52%) e Rio de Janeiro (14,25%). Em contrapartida, o preço do leite em Recife e Fortaleza apresenta, em nove meses, alta de 7,91% e 8,57%, respectivamente. Nos últimos 12 meses, o preço do leite pasteurizado subiu 18,12%, sendo que Porto Alegre se destaca novamente, com alta de 24,92%. Nesse período, Rio de Janeiro registrou acréscimo de 22,51%, enquanto Belém, Goiás, Curitiba e São Paulo também tiveram taxas acima da média nacional, de 22,31%, 19,22%, 19,30% e 18,84%, respectivamente. Com a queda mensal do preço do leite, os derivados também ficaram mais baratos, com destaque para o leite fermentado, cujo preço caiu 2,65% em todo o Brasil, considerando os nove primeiros meses do ano. (InfoMoney)

Preços/RS – Os produtores receberam, em setembro, R$ 0,56 por litro, valor similar ao custo médio de produção. Por isso, a Fetag pretende pedir agilidade à Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia na análise do projeto de lei 262/20 08, que propõe incentivos fiscais a indústrias que exerçam parâmetros recomendados pelo Conseleite. A medida faria diminuir a discrepância entre valores indicados e remuneração praticada. Segundo o assessor de política agrícola da Fetag, Airton Hochscheid, o Conseleite indicava R$ 0,57 para o leite padrão, mas muita gente recebeu R$ 0,45. A diferença entre o maior e o menor preço chega a 80%, embora o Conseleite recomende que esse intervalo não ultrapasse 25%, disse Hochscheid. (Correio do Povo/RS)

Incentivos/RS – A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, assinou convênio, por intermédio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, com 32 municípios gaúchos. A finalidade é a implementação do Arranjo Produtivo para o Leite, dentro do projeto de desenvolvimento da bacia leiteira. O Estado repassará R$ 500 mil, sendo R$ 15,625 mil para cada município, que entrará com a contrapartida de R$ 4,27 mil, através de dotações orçamentárias próprias ou de bens e serviços, desde que economicamente mensuráveis e tendo por limite os percentuais estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. (Agência Safras)

Leite/Argentina – O ministro da Agricultura, Julián Dominguez, anunciou que compensará 1.800 produtores de leite, com mais 18,6 milhões de pesos, pagando-se 20 centavos por litro de leite, para produtores de até 12 mil litros diários, e que receberão a compensação para os primeiros 3 mil litros. Anunciou também a criação de uma subsecretaria para o leite, demonstrando a importância do setor lácteo para o Governo Nacional. Informou que a Argentina foi inscrita em uma licitação pública internacional na Argélia, ofertando 10 mil toneladas de leite em pó. (Ambito.com)

Soprole – A Soprole informou aos produtores que haverá um aumento nos preços, na ordem de 15 pe sos por litro de leite, a partir de 1º de novembro. A empresa explicou que o reajuste foi possível diante do “aumento dos preços das commodities lácteas observadas no mercado internacional”, permitindo à indústria chilena “exportar com margens positivas”. (Fedeleche)

Preços/Chile – De acordo com o presidente da Federação Nacional de Produtores de Leite (Fedeleche) Dieter Know, o aumento da oferta de leite nos últimos três meses do ano, deve contribuir, em algum momento, para a queda do preço ao consumidor, mas, não será pelas salvaguardas impostas pelo governo, ou pelo aumento dos preços anunciados pela Soprole. Os preços dos lácteos no mercado interno estão se mantendo estáveis. Em agosto as indústrias anunciaram queda nos preços ao produtor, mas que não chegaram aos supermercados. O acadêmico, Alejandro Chandia, lembra que o valor pago pela matéria prima, nem sempre tem relação com o preço final do produto. (Fedeleche )

Leite/Chile – Ainda é cedo para comemorar, muito menos dar a crise como finda, mas as salvaguardas de 15% impostas pelo governo, e o aumento de 15 pesos por litro, anunciado pela Soprole a partir de 1º de novembro, foram as melhores notícias para o setor lácteo chileno, em 2009. No entanto, a solução “definitiva” virá do outro lado do Pacífico. Mais especificamente, dos resultados do leilão da Fonterra, que ao negociar, no último evento, o leite em pó integral a um preço médio de US$ 3.022, acumulou alta de 66% de julho para cá. Isto pode significar que o pior para o setor lácteo mundial ficou para trás. Analistas projetam um preço de US$ 3.500 no início de 2010. Isso pode representar um preço de 165 pesos chilenos pelo litro de leite, mudança considerável, em relação aos 115 que os produtores chegaram a receber no meio do ano. (El Cronista)

 

Negócios

Premium – Dentro do mercado mundial de alimentos, o segmento que apresenta maior potencial de crescimento é o dos produtos chamados de “premium”. E é dentro dessa categoria que o presidente da Agência de Promoção das Exportações (Apex), Alessandro Teixeira, pretende dar maior ênfase na promoção dos produtos brasileiros. “Existe a categoria de commodities, que representa volume e é um mercado importante. Agora, dentro dos alimentos em geral, o Brasil tem um grande espaço para crescer no segmento de alto valor agregado e é onde pretendemos atuar mais”, disse Teixeira. A Apex destinou, no ano passado, R$ 280 milhões, na promoção dos produtos brasileiros no exterior, valor que deve fechar 2009 próximo de R$ 400 milhões. Para Teixeira, o Brasil pr ecisa ser mais agressivo, especialmente em alimentos, setor que notadamente o País é um dos mais reconhecidos do mundo. (Agência Estado)

 

Setoriais

Prorrogação – Estimuladas com o reaquecimento do mercado de tratores e colheitadeiras neste segundo semestre, indústrias de máquinas e implementos agrícolas querem a prorrogação do juro reduzido do Finame Agrícola, linha do BNDES para aquisição de bens de capital. Válida até dezembro deste ano, a taxa de 4,5% ao ano puxou os negócios e diminuiu a ociosidade junto com o programa Mais Alimentos. A decisão está nas mãos do Ministério da Fazenda. Na visão das empresas, o benefício teria de ser estendido pelo menos até junho de 2010, quando se encerra o ano agrícola. (Correio do Povo/RS)

Agronegócio/MG – As exportações mineiras do complexo soja, no período de janeiro a setembro, cresceram 101,06%, de US$ 230,2 milhões, em 2008, para US$ 463 milhões. O volume aumentou 161,61%. Já as exporta ções da leguminosa pelo Brasil registraram uma expansão de 2,14%, alcançando quase US$ 16 bilhões. O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, explica que a expressiva expansão dos embarques possibilitou o salto na receita, pois o preço internacional teve retração média superior a 23%. De acordo com Albanez, as exportações do agronegócio mineiro, no segundo semestre, vêm apresentando crescimento contínuo, e sinalizam para a recuperação gradativa do mercado externo para aquisição dos produtos agropecuários mineiros. (Agência Safras)

Soja/EUA – Os novos dados de produção de soja dos Estados Unidos indicam safra recorde, uma notícia pouco confortável para os brasileiros, que estão iniciando o plantio. O consumo norte-americano também será recorde, o que ameniza um pouco o excesso de oferta. O Usda apontou ontem para uma safra de 88,5 milhões de tonela das de soja nos EUA, abaixo ainda dos 90 milhões previstos pelo mercado. Já as exportações sobem para 35,5 milhões de toneladas. O consumo total do país, incluindo as exportações, vai a 86,2 milhões de toneladas. Para Daniele Siqueira, da AgRural, a aceleração das exportações se deve ao grande volume de compras da China. Nas quatro primeiras semanas desta safra, os EUA já negociaram 57% do que vão vender durante toda a safra. Em 2008, haviam vendido 32% nesse período. Com os novos dados do Usda, a estimativa de produção mundial de soja sobe para 247 milhões de toneladas e a de milho, para 793 milhões. (Folha de SP)

Grãos/AR – É a primeira vez neste século que a safra argentina terá uma forte queda. Segundo boletim do Instituto de Estudos Econômicos da Sociedade Rural Argentina (SRA) a safra 2009/2010, o gasto total com os principais cultivos, soja, milho, trigo e girassol, terão uma queda de 32,6% em relação ao ano anterior. Segun do Ernesto Ambrosetti, da SRA, a área plantada será 5% menor em relação ao ano passado. Os investimentos e a superfície caem em decorrência da grande volatilidade do mercado internacional e a forte intervenção do Governo. Também haverá economia no uso de fertilizantes e defensivos agrícolas, com reduções de até 60%. (La Nación)

 

Economia

Previsão – O mercado elevou pela segunda semana seguida sua previsão para o crescimento econômico brasileiro no próximo ano e voltou a reduzir o prognóstico para a inflação, segundo o relatório Focus do Banco Central divulgado nesta terça-feira, 13. A principal mudança no cenário para 2010 ficou com a Selic em dois dígitos, em meio a uma forte expansão econômica. A estimativa para a taxa básica de j uros no final do próximo ano foi elevada de 9,75% para 10,25%. Já no fim deste ano permaneceu em 8,75%. O prognóstico para 2010 foi elevado para crescimento de 4,8%, ante alta de 4,5% na semana anterior. Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, o mercado prevê taxa de 4,29%, ante 4,31% da última previsão. O prognóstico para a inflação no ano que vem permaneceu em 4,4%. Os dois números do IPCA estão abaixo do centro da meta do governo, de 4,5%. (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Alimentação – O relator especial da Organização das Nações Unidas para o direito à alimentação, Olivier de Schutter, conhecido por seus ataques à produção de etanol, visitará o Brasil na semana que vem. O objetivo da visita, segundo a ONU, é examinar como anda a discussão no país sobre a inclusão do direito à alimentação na Constituição. “A adoção desse tipo de emenda confirmará a liderança do Brasil na implementação legal do direito à comida”, comunicado divulgado pela ONU. No entanto, Schutter quer tambem “identificar” como funcionam as políticas brasileiras de estímulo à agricultura familiar e o impacto “da agricultura exportadora, e da produção de etanol em particular, sobre a redução da pobreza nas áreas rurais”. Em um aviso ao Brasil, a ONU diz que o relator, em visita a outros paises, deu “especial atenção a questões de acesso à terra e concentração agrária”. Schutter é um relator independente, que não reflete a visão dos países da ONU em geral. (Valor Econômico)

FAO – Os preços dos alimentos no mercado mundial devem continuar altos e instáveis no médio prazo, e uma repetição do que ocorreu em 2007 e 2008, quando atingiram um pico, é uma possibilidade realista, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). De 2006 a 2008, segundo a organização, os preços de alimentos básicos subiram cerca de 60%, enquanto as cotações dos grãos chegaram a duplicar. Com o pico alcançado em meados do ano passado, houve tumultos em alguns países. Embora tenham registrado um retrocesso, os preços continuam altos e não devem cair para os níveis vistos em 2006, diz o documento, publicado por ocasião de um fórum realizado em Roma. (Folha de SP)

Subsídios/UE – Os principais países europeus produtores de leite querem uma ajuda suplementar europeia de 300 milhões de euros em 2010, para ajudar a cadeia láctea, anunciou o ministro da agricultura austríaco, Nikolas Berlakovich. Este foi o acordo obtido em Viena, pelos países que representam 75% da produção de leite na Europa, e será uma reivindicação única na reunião da União Europeia (UE), no dia 19 de outubro. Os recursos serão utilizados na estocagem e utilização de produt os lácteos na alimentação animal. (Agrisalon)

Distribuição/França – Em entrevista, o presidente da Federação das Distribuidoras (FCD), Jérôme Bédier, assegurou que a distribuição é favorável a preços mínimos estabelecidos pelos governos, em tempos de crise, e que é essencial a existência de um sistema que assegure renda ao agricultor. No entanto, não aceita acusações de abusos generalizados cometidos pela distribuição, como vem sendo divulgado pela imprensa. A distribuição vem aplicando a Lei da Modernização da Economia (LME), e que pode em alguns aspectos, ter problemas de interpretação. Mas, que as autoridades deveriam ouvir as instâncias técnicas do Departamento de Concorrências e Combate a Fraudes (DGCCRF), antes de darem declarações públicas. Enquanto isso, já está em andamento no Parlamento francês a criação de uma força tarefa para analisar a LME, que possui itens inaceitáveis, de aco rdo com alguns parlamentares. (Agrisalon)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
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