Notícias do dia 11.01.2010

 

Preço/RS – Após sequência de chuvas no Rio Grande do S ul, o preço do leite deve apresentar valorização a partir deste mês. A expectativa é dos produtores e deve-se às dificuldades na coleta, que resultaram em queda nos volumes. Para o assessor de Política Agrícola da Fetag, Airton Hochscheid, a reação em nível internacional do preço do leite em pó e a redução do desempenho desde novembro são determinantes para a alta. Segundo o Conseleite, o valor final do litro do leite padrão foi de R$ 0,5097 em novembro. Para dezembro, a projeção é de R$ 0,5077. Segundo o presidente do Sindilat, Carlos Feijó, a expectativa é de estabilidade em janeiro para o agricultor e de reajuste do valor da indústria para o atacado. Ele acredita que aumento para o produtor só em março. No caso do leite em pó, produto de exportação, explica Feijó, o preço está suscetível às mudanças do câmbio. Ontem, a tonelada do leite em pó na Europa custava entre 3,6 mil e 3,7 mil dólares, e na Oceania, até 3,6 mil dólares. A próxima reunião do Conseleite está marcada para o dia 18 de janeiro. (Correio do Povo/RS)

PGPAF – O Ministério do Desenvolvimento Agrário publicou portaria do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). O bônus previsto refere-se a dezembro de 2009 e vale de 10 de janeiro a 9 de fevereiro de 2010. O desconto é para 22 culturas como arroz longo fino em casca, feijão, girassol, leite e milho. (Correio do Povo/RS)

Cooperativas/RS – As cooperativas gaúchas de leite estão debatendo a criação de uma rede de integração para fazer frente ao ingresso das grandes empresas do setor (Nestlé e Italac) no Estado, apoiado por incentivos do governo estadual, segundo o diretor superintendente da Piá de Nova Petrópolis, José Mário Hansen, também vice-presidente do sindicato dos setor. Elas naturalmente não perderiam sua autonomia, mas cada uma se fortaleceria naquilo em que está tendo mais sucesso: a Piá em fermentados, a Santa Clara de Carlos Barbosa em queijos e a CCGL em leite em pó e assim por diante. Movimentação semelhante está ocorrendo em outros estados e poderá terminar em uma grande rede nacional de cooperativas. (Jornal do Comércio/RS)

Queijo – Produtores de leite fabricaram um queijo gigante de 760 quilos em Quixeramobim (CE), neste sábado (9). A região é considerada a maior bacia leiteira no estado. A iguaria foi exposta na terceira edição do Fest Leite e servida aos visitantes durante o evento na cidade. A receita contou com 8,2 mil litros de leite, 82 quilos de sal e outros ingredientes específicos para a produção de queijo. Dezesseis moradores de Quixeramobim participaram da confecção do queijo durante cerca de oito horas. Para a massa do queijo atingir o ponto ideal, a qualidade do leite foi considerado um fator importante. O leite foi doado por produtores da região, que têm produção de cerca de 100 mil litros de leite por dia. O queijo foi uma das atrações principais da terceira edição da feira de agronegócios de Quixeramobim. A pesagem oficial atraiu muitos curiosos e o queijo bateu o próprio recorde, que no ano passado chegou a 718 quilos. Apesar do tamanho, a iguaria não durou muito tempo. (G1)

Produção/CE – Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), o Estado do Ceará produz, diariamente, 1 milhão de litros de leite. A cada 50 litros produzidos, a pecuária cearense cria, direta ou indiretamente, um emprego em sua cadeia produtiva, que tem a mão de obra de 20 mil pessoas. Mas a indústria cearense ainda é obrigada a importar de outros estados mais 150 mil litros de leite por dia para produzir iogurtes, queijos e outros derivados. (Diário do Nordeste)

Laboratório/RS – A Univates, de Lajeado, tem novo laboratório para análise de leite. Com equipamentos de última geração, o centro ofe rece avaliação de proteínas, gordura, sólidos totais, sólidos não gordurosos e lactose, contagem de células somáticas, contagem total de bactérias, entre outros. O local atenderá à demanda da indústria no controle da matéria prima coletada no Estado com vistas à remuneração diferenciada dos criadores e à qualificação do manejo do gado. (Correio do Povo/RS)

Leite/UE – O preço médio do leite pago em novembro/2009 pelas principais indústrias lácteas da Europa, aos produtores foi de € 27,93/100 kg [menos de R$ 0,70]. Esse valor é 14,1% menor do que a média apurada em novembro/2008, embora seja maior que o preço de outubro/2009. No entanto, mesmo apresentando essa leve recuperação, está longe nos níveis de preços de 2008. Analistas calculam que a média geral de 2009 deverá ficar em torno de € 26,50/100 kg, isto é, quase € 8, ou 23% menos do que a média de 2008. (LDO Nederland)

Leite/Oceania – Analistas já prevêem que a produção neozelandesa na temporada 2009/10 fique entre -1,5% a +1%, em relação a 2008/09. Para a Austrália, a queda nas projeções ainda é mais acentuada, 4% em relação à última temporada. E, no cálculo do preço pago pela Fonterra, em novembro, houve uma queda de € 0,44, se comparado com o mês anterior, devido aos efeitos da valorização do dólar kiwi, em relação ao dólar americano. (LDO Nederland)

Leite/EUA – A produção de leite nos Estados Unidos, em novembro, está estimada em 1% menos que o mesmo mês de 2008. A redução de matrizes continua, e espera-se que a média de animais de 2009, seja 3% menor se comparada com o ano anterior. O Departamento de Agricultura Americano (Usda) reviu recentemente a previsão de produção de leite para 2009 e 2010, porque o ritmo de redução do rebanho diminuiu, provavelmente diante da expectativa dos produtores, na melhora dos preços do leite. A produção total de 2009 deve ser 0,8% menor do que a produção de 2008, e em 2010 deverá aumentar 0,9%. A queda no custo da alimentação do rebanho e aumento no preço do leite melhorou a rentabilidade da atividade, mas não o suficiente para provocar expansão. Em novembro o preço subiu, seguindo a tendência de alta iniciada em agosto, ficando em € 23,39 por 100 kg. (LDO Nederland)

 

Negócios

Mercado – Há um fenômeno relativamente recente no Brasil: a expansão do mercado dos solteiros, ou unipessoais. Eles são 11% dos 60,1 milhões de lares do Brasil, segundo o IBGE. O Rio Grande do Sul desponta como líder com 13,7% das famílias, não muito longe de estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Su l, com 13,6%, e Goiás, com 13,2%. A revista Versatile, que surgiu em Porto Alegre e hoje é editada em São Paulo, cita estudo do Programa de Administração no Varejo (Provar) segundo o qual a população das capitais cresceu 1,85% ao ano entre 1970 e 2000, contra 5,1% dos que moram sozinhos e que representam 10% dos habitantes das capitais. Quem percebeu o mercado de solteiros com muita clareza foi, entre outras empresas, a Cooperativa Piá de Nova Petrópolis, que lançou de forma inédita no Brasil no ano passado o leite tipo longa-vida em embalagem de meio litro. E fez sucesso. Tanto que recebeu vários prêmios. (Jornal do Comércio/RS)

Leite Moça – Para os que pediam uma opção menos gordurosa do Leite Moça, a Nestlé providenciou o Moça Light, com 0% de colesterol e, garante a empresa, com a mesma performance de sabor do produto tradicional. Vendido em embalagem de 395 gramas. Fabricado no Brasil há 88 anos, o Leite Moça é a marca referê ncia da categoria. (Folha de Pernambuco)

Vonpar – O grupo Vonpar, franqueado da Coca-Cola e distribuidora do portfólio Femsa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não descarta a possibilidade de fazer novas aquisições no primeiro semestre deste ano. “Estamos de olho no mercado e não deixamos de lado a possibilidade de novas compras”, afirmou o diretor, Daniel Weiler. Tudo indica que a Vonpar prepara-se para sair da lista de empresas de médio porte, após três aquisições seguidas ocorridas no último trimestre. Segundo ele, a empresa já estará presente na Páscoa de 2010 e, no segundo semestre, lançará novos produtos. A divisão de chocolates prevê faturar R$ 300 milhões em 2010. A expectativa é de fechar o ano com crescimento de 20% no faturamento da divisão, em relação a 2009. Com as duas unidades (alimentos e bebidas), o Grupo Vonpar terá um faturamento anual de quase R$ 2 bilhões em 2010. (DCI)

Parmalat – As ações da Parmalat Brasil dispararam na Bolsa de Valores, com as especulações sobre o destino da empresa. As ações ON da companhia fecharam com alta de 95%, cotadas a R$ 17,98. As unidades da Parmalat Brasil estão à venda já há algum tempo, e no início desta semana houve fortes rumores de que a empresa estaria prestes a fechar um acordo com a gigante JBS Friboi. Para analistas do setor, uma eventual compra até faria sentido para a JBS. A Laep negou qualquer acordo com a JBS, que, por sua vez, preferiu não comentar o assunto. Com um processo de reestruturação em curso, também sobraram poucos ativos operacionais disponíveis. Em 2009, a Laep acertou a venda das unidades em Garanhuns (PE) e Carazinho (RS) para a Bom Gosto e Nestlé, respectivamente. Ainda fazem parte do portfólio uma fábrica de bebidas e outra de biscoitos em Jundiaí (SP), duas unidades de lácteos, em Itaperuna (RJ) e Santa Helena de Goiás (GO), além de dois centros de distribuição no Estado do Rio, um em Jundiaí e outro em Salvador, segundo informações do site da empresa. (O Estado de SP)

Setoriais

Exportações – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estimou que as exportações do agronegócio terão um crescimento de 5% neste ano. Segundo ele, embora as exportações, de uma maneira geral, tenham recuado em 2009, o agronegócio se manteve praticamente estável, com queda de 0,4% no volume embarcado. “A crise não afetou as exportações agrícolas. A agricultura continua firme e, como a perspectiva é de retomada, nós acreditamos na possibilidade de aumento de 5% este ano”, disse. O incremento das vendas deve ocorrer nos setores de algodão, açúcar, etanol e carnes. Na avaliação do ministro, o setor de grãos, especialmente a soja, deve manter o mesmo ritmo de crescimento de 2009. Stephanes destacou ainda que a Ásia p assou a ser o maior importador de produtos agrícolas do Brasil, com destaque para a China. O bloco responde hoje por 30,4% do total. A participação da União Europeia caiu de 33,1% em 2008 para 29,3% em 2009. (G1)

Agronegócio – A queda no valor dos principais produtos agropecuários exportados pelo país levou a uma redução de US$ 5,05 bilhões no saldo da balança comercial do setor em 2009 em relação ao resultado de 2008. O ano fechou com saldo de US$ 54,9 bilhões, 8,4% inferior ao verificado no ano anterior. Embora o volume exportado tenha se mantido estável (retração de 0,4%), a redução dos preços internacionais dos produtos levou a uma queda de 9,8% no valor das exportações. Na visão do governo, é positivo o fato de as quantidades exportadas em um ano afetado pela crise financeira internacional praticamente não terem sido afetadas. “Houve diminuição de valor, mas não há muito como comparar. Antes da crise houve elevação anormal no s preços”, disse o ministro Reinhold Stephanes. Para 2010, as expectativas do governo são boas. De acordo com o ministro, os estoques dos principais produtos vendidos pelo Brasil estão baixos, o que deve aumentar a procura. (Folha de SP)

 

Economia

IPC – A inflação iniciou o ano em alta em São Paulo, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na primeira semana de janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,48%, na maior taxa desde a quarta semana de agosto, quando também ficara em 0,48%. No encerramento de 2009, a taxa foi de 0,18%. A principal influência de alta sobre o IPC veio dos gastos com alimentação, que subiram 0,44%, após uma sequência de três taxas negativas. A variação do grupo foi a maior desde a quarta semana de julho (0,90%). (G1)

 

Globalização e Mercosul

Venezuela – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, avisou ontem que colocará nas ruas a Guarda Nacional para evitar especulação nos preços do comércio devido à desvalorização da moeda local, o bolívar. “Não há razão para que ninguém aumente os preços de nada. Vamos aplicar a lei, partir para um plano ofensivo contra a especulação”, afirmou. Na sexta-feira, o governo venezuelano anunciou uma desvalorização cambial, com o bolívar passando de 2,15 por dólar para 2,60. A partir de agora, haverá na Venezuela dois preços oficiais do dólar: 2,60 para os artigos de primeira necessidade e 4,30 para os demais produtos, como os eletrônicos. Dessa forma, saúde, alimentos, máquinas, livros, artigos tecnológicos e todas as importações do setor público, além das remessas para o exterior, estarão sujeitos ao câmbio de 2,60 bolívares por dólar. Já artigos como automóveis, telecomunicações, fumo, bebidas, produtos químicos, petroquímicos e eletrônicos serão regidos pela taxa de câmbio de 4,30 bolívares por dólar. (Correio do Povo/RS)

China – As exportações da China cresceram 17,7% em dezembro, para 130,7 bilhões de dólares, mais do que se esperava, e deram fim a um ciclo de 13 meses de contração, segundo dados do governo divulgados ontem. Apesar da melhor demanda externa, o superávit comercial do país no ano de 2009 teve a primeira queda em seis anos. As expectativas do mercado eram de que as exportações da China tivessem um ganho de 5%. As importações também superaram as expectativas, dando um salto de 55,9% em dezembro ante igual mês do ano passado, para 112,3 bilhões de dólares. Economistas esperavam um aumento de 31%. O saldo comercial em dezembro totalizou 18,43 bilhões de dólares, levando o superávit do ano a pouco mais de 196 bilhões de dólares. (Correio do Povo/RS)

Commodities – A pauta exportadora do Brasil para os Estados Unidos sofreu uma reviravolta nos últimos anos. Hoje, mais da metade do que o País vende para o maior mercado do mundo são commodities. Levantamento da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB) apontou que, de janeiro a novembro de 2009, os manufaturados representaram 47% das exportações brasileiras para os EUA. É uma queda significativa em relação aos 67% de 2002, último ano do governo Fernando Henrique. Em 2002, 35% dos manufaturados exportados seguiam para os Estados Unidos. De janeiro a novembro de 2009, foram apenas 14%. A explicação para uma mudança tão expressiva na relação entre o Brasil e seu maior parceiro comercial não é simples. Existem razões conjunturais, como a crise, e estruturais, como real forte e a con corrência chinesa. (O Estado

Associação das Pequenas e
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