Notícias do dia 08.10.09

Exportações – Veja as exportações de lácteos em setembro de 2009 comparadas com setembro de 2008 e agosto de 2009. Em seguida, as exportações acumuladas de janeiro a setembro de 2009 comparadas com o mesmo período de 2008. (www.terraviva.com.br)

 

Audiência – O Deputado Leonardo Vilela PSDB/GO comunicou hoje que a Frente Parlamentar para Cadeia láctea em reunião com a Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados, definiu que a audiência pública para discutir a portaria 71 da ANVISA, que regulamenta a propaganda de alimentos com gordura saturada, sal, açúcar, será realizada no dia 15/10 às 09h30 no Anexo II – Plenário VI da Câmara dos Deputados. Essa audiência será exclusivamente para debater a portaria 71, com a presença da Anvisa e entidades de classe. (Selectus)

Pronater – O Plenário aprovou, nesta quarta-feira, o Projeto de Lei 5665/09, do Executivo, que cria o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma A grária (Pronater) e institui uma política para o setor (Pnater). A matéria será votada ainda pelo Senado. Aprovado na forma de substitutivo da Comissão de Agricultura, o projeto define como beneficiários os assentados da reforma agrária; os povos indígenas, remanescentes de quilombos e demais comunidades tradicionais: agricultores familiares ou empreendedores familiares rurais; silvicultores; aquicultores; extrativistas e pescadores. Entre os princípios da Pnater, destacam-se a promoção do desenvolvimento rural sustentável; a adoção de metodologia participativa; e a contribuição para a segurança alimentar. (Agência Câmara)

Leite/GO – O leite produzido em Goiás é de boa qualidade, com padrões superiores aos estipulados nas normas federais em função dos avanços profissio nais dos produtores. Essa conclusão é de um estudo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faeg), sobre a cadeia produtiva do leite no Estado de Goiás, que será apresentado durante o XIII Seminário da Pecuária Leiteira. Goiás possui 60 mil pecuaristas que produzem 2,8 bilhões de litros/ano. Desse total, 80% adotam a prática de resfriamento do leite em sua propriedade. “Isso é um dos principais fatores que garantem a qualidade do leite que é enviado à indústria”, afirma um dos responsáveis pela pesquisa, Edson Alves Novaes, gerente de estudos técnicos e econômicos da Faeg. (O Popular/GO)

Pesquisa – O estudo da Faeg comprova a pesquisa do IBGE, divulgado na semana passada, mostrando que Goiás perdeu a 2ª posição de maior produtor de leite do País, ficando em 4º. Além disso, a continuidade da pecuária leiteira goiana está ameaçada, pois 57% dos filhos dos produtores goianos pensam em abandonar o meio rural ou trocar de ramo. Mais de 70% dos produtores goianos têm como uma única fonte de renda da família a venda do leite. Para reverter esse quadro e estimular a pecuária leiteira em Goiás, hoje, durante o seminário, será assinado um termo de acordo entre o Sistema Faeg/Senar, indústrias e o governo do Estado, visando a criação de ações que proporcionem melhoria de renda aos pecuaristas. (O Popular/GO)

Importações – Em audiência com o ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, com o embaixador e chefe da Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentar, Sérgio França Danese e o diretor de Departamento do Mercosul, Bruno Bath, deputados da Frente Parlamentar da Cadeia Produtiva do Leite pediram a adoção de medidas para proteger os produtores brasileiros. Argentina e Uruguai, que respondem por mais de 70% das importações, são acusados de praticar “concorrência predatória”, e os parlamentares querem o apoio do Itamarati para impedir o acordo da Camex com o Uruguai de importar, este ano, 23 mil toneladas, 10 mil no 2º semestre, e três mil toneladas mensais da Argentina. “Muitos produtores serão desalojados caso ocorram mais importações. E, por causa da crise, dificilmente esses produtores conseguirão voltar para a atividade”, salientou o deputado Antônio Andrade, presidente da Frente. (camara.gov.br)

Fiscalização – De acordo com o deputado Antônio Andrade, “o leite externo subverte totalmente o mercado e quem paga a conta é o produtor. Eles se sentem penalizados com a forma que estão sendo feitas as importações. É contraditório: enquanto o país importa o leite, mais de quatro milhões de famílias brasileiras dependem da comercialização do produto,”, acrescentou Andrade. Segundo o ministro interino, é importante ter um diagnóstico correto das dificuldades do setor para preparar mecanismos mais claros que protejam os produtores. Os deputad os disseram ao ministro que já apresentaram Projeto de Lei à Comissão de Fiscalização e Controle, que torna públicas informações sobre quantidade e o valor de leite importado, além dos nomes das empresas importadoras. Para eles, esses dados serão fundamentais na fiscalização das importações. (camara.gov.br)

Produção – O Brasil possui 1,34 milhões de produtores. A produção anual brasileira é de 27,2 bilhões de litros de leite. Cerca de 80% da quantidade total é produzida por pequenos e médios agricultores, e cerca de 13,5 milhões vem da agricultura familiar. No país, o consumo per capta é de 141 litros de leite por ano. Os países desenvolvidos consomem acima de 200 litros. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica um consumo acima de 180 litros. (camara.gov.br)

Salvaguardas – A Presidenta Michelle Bachelet anunciou a aplicação de salvaguardas provisórias de 15% para alguns produtos lá cteos importados, procedentes da Argentina e Uruguai, medida amplamente solicitada e aguardada pelo setor lácteo chileno. “A Comissão de Concorrência, depois de analisar um conjunto de fatos, resolveu estabelecer a salvaguarda provisória pedida pelo Ministério da Agricultura”, disse a Presidenta, acrescentando que: “Desta maneira, junto com outras medidas de recursos financeiros adicionais, estou convencida de que os produtores de leite de nosso país poderão contar com instrumentos de apoio para enfrentar os efeitos da crise decorrente da queda de preços no mercado interno e externo”.Justificando a aplicação de uma sobretaxa de 15% sobre a importação de leite em pó e queijo gouda procedentes da Argentina e Uruguai, a ministra da Agricultura chilena, Marigen Hornkohl, lembrou que a medida foi necessária porque estava causando prejuízos aos produtores chi lenos. O alto nível de endividamento dos produtores, em bancos e com fornecedores de insumos, já define o dano atual. Novas quedas de preços, normal na primavera, iriam agravar a situação. Na análise do pleito, a Comissão de Concorrência observou que os preços internacionais do leite estão subindo lentamente, mas de forma persistente. Mantendo-se essa tendência a indústria )

Conaprole – Os números do último Leilão da Fonterra fizeram com que a Conaprole mantivesse a bonificação de inverno no pagamento do leite captado em setembro, quebrando a expectativa dos produtores que esperavam algum aumento. Reconheceu, no entanto, o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite, José Maria Alpuin, que a Cooperativa não vendeu seus produtos com os n ovos preços, além de pagar os melhores preços do mercado. Alpuin acrescentou que as pastagens estão boas e havendo novas chuvas, as condições de produção estarão melhores ainda. Lentamente o setor se recupera dos momentos críticos vividos meses atrás. Ainda assim, a captação de três milhões de litros/dia da Conaprole é 8% menor que a do mesmo período do ano passado. (El País Digital )

Subsídios/Suíça – Os baixos preços do leite e de outros produtos reduzem a renda dos agricultores suíços em 2009. Protestos em vários países europeus mostram um setor em crise, mas que ainda mama fortemente nas tetas do Estado. Na Suíça, a renda do trabalhador do campo deve diminuir 4,1%. O principal motivo é o preço do leite, que caiu mais de dez centavos por quilo em um ano. Também os preços de cereais, oleaginosas, beterraba doce, bovinos e suínos caíram. Por causa dos preços, o valor da produção caiu 5%, e a s subvenções totalizaram 2,9 bilhões de francos. Com isso, as contribuições dos cofres públicos representam cerca de 20% dos recursos do setor agrário suíço. Segundo a avaliação da Associação dos Agricultores Suíços, a tendência é piorar. A intenção do governo suíço de abrir o mercado agrícola à UE vai “acelerar dramaticamente” o processo de queda da renda no campo. (Swissinfo)

Subsídios/UE – Há algumas semanas ocorrem protestos em vários países europeus contra a queda do preço do leite. Diante disso a Comissão Europeia propôs aos países-membros a compra de cotas de leite de agricultores dispostos a abandonar o setor. As cotas introduzidas pela União Europeia em 1984, tenta impedir a superprodução e estabilizar os preços. Mas, vinte dos 27 países da UE pedem ampliação das compras “intervencionistas” pelo Estado e das subvenções às exportações de leite, o que é rejeitado não só pela comissária europeia de Agricultura, Mariann Fisc her Boel. Organizações de ajuda humanitária criticam especialmente os subsídios às exportações, que provocam queda dos preços em países em desenvolvimento. Só em 2009, a UE já gastou 900 milhões de euros em medidas para resolver a crise do setor leiteiro. Desde a reforma agrária de 2003, os produtores europeus já vinham recebendo “indenizações” anuais de 5 bilhões de euros para compensar a “prevista” queda do preço do leite, que agora está ocorrendo. (Swissinfo)

Alemanha – A Chanceler, Ângela Merkel, recebeu os representantes das principais associações do setor leiteiro, e ratificou o compromisso de seu governo na defesa dos interesses dos 100.000 produtores do país. Mesmo com esse apoio, o setor se mostra dividido acerca das soluções possíveis. Enquanto uns pedem o aumento das cotas, outros acreditam que a solução seria o aumento dos preços de intervenção, e subsídios às exportações. (Frisona)

 

Negócios

Elegê – Vaquinhas, em versão toy art, são brindes da Elegê para quem comprar 12 litros de leite UHT regular e um outro produto da marca. A promoção começa dia 13 e a intenção da empresa é popularizar os outros itens de seu portfólio, como iogurtes, queijos, creme de leite e bebidas de soja. (Valor Econômico)

Kellogg’s – Um estudo de mercado constatou que 57% dos consumidores preferem cereais com leite quente, um hábito que vem aumentando ano após ano, e apenas 27% opta por ingerir cereais com leite frio. Aproveitando a informação, a Kellogg’s acaba de lançar o Special K 3 Cereais e Mel, especialmente desenvolvido para ser consumido com leite quente. É uma combinação de aveia integral, tricô e arroz, com ligeiro sabo r de mel e apenas 2,5% de gordura. (Hipersuper)

Carrefour – Ontem o jornal Le Monde revelou que o grupo francês estaria estudando a venda de suas filiais da América Latina (Brasil, Argentina e Colômbia) para o Wal Mart. [Notícia veiculada pela 2ª vez, em menos de um mês]. O Carrefour negou imediatamente, dizendo que os negócios na França. Brasil e China são suas prioridades geográficas. Segundo analistas, a venda dessas filiais poderia estar ligada a pressão de acionistas majoritários, como o fundo de investimentos Colony Capital, que entrou com capital, em 2007, quando as ações valiam € 50, e que hoje estariam em torno de € 30. A reportagem do Le Monde também mencionou a resistência de membros do conselho na venda dos 289 hipermercados, 151 supermecados e outros 745 mercados. Um deles, que não quis se identificar, disse que isso seria “amputar uma perna do Carrefour”, que renunciaria a importantes mercados em crescimento. (El Cronista)

 

Setoriais

Máquinas – O Brasil exportou quase 55% menos máquinas agrícolas na comparação de janeiro a setembro deste ano com o mesmo período no ano passado. A informação foi divulgada nesta quarta, dia 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A expectativa é de uma leve recuperação do mercado externo até o fim do ano. Porém, isso não deve impedir o resultado negativo. (Agência Safras)

Economia

IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou para 0,25% na prévia encerrada em 7 de outubro, resultado superior ao apurado no IPC-S imediatamente anterior, que subiu 0,18% na quadrissemana encerrada em 30 de setembro. De acordo com a FGV, três classes de despesa apresentaram desaceleração de preços ou deflação mais forte. É o caso de Alimentação (-0,11% para -0,15%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,06% para 0,05%) e Despesas Diversas (de 0,80% para 0,75%). Entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S, os que apresentaram as altas de preços mais expressivas no índice de até 7 de outubro foram batata-inglesa (12,79%), gás de botijão (3,20%) e açúcar refinado (10,80%). Já os produtos que registram as quedas de preços mais intensas foram leite tipo longa vida (-11,10%), cenoura (-21,96%) e tomate (-5,99%). (Agência Estado)

IPC-3i – O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa, subiu 0,86% no terceiro trimestre deste ano, após avançar 1,15% no segundo trimestre, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre as sete classes de despesas pesquisadas, as principais contribuições para a desaceleraç ão de preços verificada entre segundo e o terceiro trimestre deste ano, foram dos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,26% para 0,53%) e Despesas Diversas (de 4,98% para 1,08%). Entre os produtos, as altas mais expressivas foram registradas em limão (240,90%), tarifa de eletricidade residencial (4,37%) e mamão papaia (61,77%). Já as quedas mais significativas foram nos preços de leite tipo longa vida (-15,04%), batata-inglesa (-19,43%) e cenoura (-21,61%). (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Confiança/Chile – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) chileno subiu em setembro, para 55,4 pontos, superando a barreira dos 50, nível considerado otimista. Foram 6,6 pontos de junho para cá. De acordo com analistas, o pessimismo que dominava o mercado em decorrência da crise global parece ter ficado para trás, melhorando a expe ctativa futura dos consumidores. (El Mercúrio)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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