Notícias do dia 08.03.2010

Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em fevereiro/2010 o valor de R$ 0,695 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,608 para o Leite C Cota. A média de fevereiro/2009 a fevereiro/2010 ficou em R$ 0,719 para o Leite B e R$ 0,643 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 57 laticínios em 44 municípios. (www.terraviva.com.br)

Leite/MS – A Câmara Setorial do Leite apresenta nesta segunda-feira (8) uma proposta de remuneração d iferenciada pela produção e qualidade do leite em Mato Grosso do Sul. O evento ocorre às 8h30, na sala de reuniões da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur). Além desta alternativa de remuneração, que está prevista no Projeto de Desenvolvimento Integrado (PDI) da Câmara Setorial do Leite – órgão consultivo vinculado à Seprotur –, o encontro também pretende debater outras ações para o fomento do setor. Entre elas, medidas tributárias, isenções fiscais e estratégias para o aumento do consumo de leite beneficiado. (Gazeta News)

Queijos/França – As exportações de queijo, que representam 30% da produção francesa, caíram tanto em valor (-4,8%), como em volume (-1,7%), em 2009. A primeira causa apontada como responsável por essa queda é o preço da matéria prima, que na França, custa em média, 15%, mais que na Alemanha ou 9,5% mais que na Holanda. Desde 2003, a Alema nha tornou-se a maior exportadora europeia de queijos, em volume. E, em valor, a partir de 2006. A queda é particularmente importante em queijos que utilizam muito leite, como o Emmental, cuja exportação foi reduzida em 10%. Também, situação do Gruyère é particularmente delicada, porque é possível que a Comissão Europeia não conceda a ele o Certificado de Origem para a França, abrindo espaço para o Gruyère suíço. E, os Estados Unidos, um grande mercado potencial, possui uma legislação complicada. (Le Figaro)

Espanha – Industriais e produtores espanhóis pedem que o governo reúna urgentemente os distribuidores, porque o leite voltou a ser protagonista na guerra comercial entre as redes. Os varejistas não estão cumprindo o acordo firmado no ano passado. Os produtores estão em situação difícil, e em recente levantamento foi constatado que 70% dos produtores espanhóis desapareceram nos últimos 13 anos. Por isso denunciam o desequilíbrio existente na cadeia láctea, em prejuízo dos produtores, pedindo a intervenção governamental, para que se cumpram os contratos estabelecidos. (El Comercio Digital)

Colômbia – Um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, é tão importante como um com a comunidade europeia, pelo grande mercado que ambos representam. Mas o TLC com os Estados Unidos parece cada vez mais distante, diante de considerações sobre direitos humanos e proteção sindical. E, as negociações com a União Europeia emperraram quando o leite entrou na pauta. Os europeus exigiram que as tarifas fossem abolidas em 15 anos, e estabeleceram quotas para as compras de lácteos colombianos. Seriam concedidas, anualmente, até atingir o máximo de 5.500 toneladas de leite em pó; 2.310 toneladas de queijos; e 1.100 toneladas de outros lácteos. O governo colombiano recusou, com razão, a p roposta, pois, estaria sentenciando à morte as indústrias de laticínios do país. (La Pátria.com)

Preços/AR – Os preços dos lácteos, nos supermercados, estão novamente em alta na Argentina. A embalagem mais econômica da SanCor subiu 4,7% em 2010 e 61,1% nos últimos 12 meses. Também houve alta de 1,4% do queijo cremoso, nesse 1º bimestre de 2010, embora tenha havido queda de 3,6% no queijo ralado, e 3,9% na manteiga. (La Voz )

 

Negócios

Carrefour – O presidente do Grupo Carrefour Brasil, Jean-Marc Pueyo, anunciou que a companhia deverá ter crescimento entre 15% e 16% das vendas brutas este ano, na comparação com 2009. Segundo ele, a expectativa é de que sejam investidos aproximadamente R$ 1,25 bilhão para a abertura de 70 lojas, de todas as bandeiras, com um foco nas regiões Norte e Nordeste. Em 2009, o grupo registrou faturamento bruto de R$ 25,5 bilhões, mostrando crescimento 14% nas operações brasileiras. “No Brasil e na China, temos nossas maiores taxas de rentabilidade, por isso estamos ampliando investimentos aqui”, disse. O Carrefour quer estar em todos os estados brasileiros até o final de 2011. (Correio do Povo/RS)

Pão de Açúcar – O Grupo Pão de Açúcar espera encerrar 2010 com crescimento de pelo menos 15% nas vendas. A previsão leva em conta as lojas que serão abertas ao longo deste ano e os “bons resultados” obtidos em janeiro e fevereiro. O presidente do conselho de administração da companhia, Abílio Diniz, ressalta que a alta nas vendas leva em conta a continuidade do crescimento econômico, que traz aumento da renda e do consumo, e a integração da rede Ponto Frio e Casas Bahia. Diniz prevê ainda que a Copa do Mundo também deverá ajudar nas vendas. (Correio do Povo/RS)

Chokolah – Sabe qual é a novidade do Pão de Açúcar para essa Páscoa? Um ovo de chocolate orgânico!!! O lançamento da CHOKOLAH chega na versão 200g, tem sabor amargo e possui concentração de 62% de sólidos de cacau. Certificado pela Ecocert, a novidade é uma boa opção para presentear os adeptos da alimentação orgânica. (Nosso Impacto)

JBS – A JBS, maior produtora e exportadora de proteína do mundo, anunciou na noite de sexta-feira (5) um lucro líquido de R$ 127,9 milhões no quarto trimestre de 2009. Com o resultado, a companhia reverte o prejuízo de R$ 53,2 milhões visto em igual período do ano anterior. No acumulado de 2009, a JBS contabilizou um lucro líquido de R$ 129,4 milhões, cifra 399,7% superior ao de 2008. A receita líquida, no acumulado do ano, totalizou R$ 34,311 bilhões, 13, 1% maior que em 2008. Em comunicado, a companhia atribuiu o crescimento à conclusão da aquisição da Smithfield Beef, que parcialmente compensou a deterioração nas condições de mercado em função da crise global, e à redução nos preços de vendas das operações de carne bovina e suína nos Estados Unidos. No acumulado do ano, o Ebitda totalizou R$ 1,285 bilhão, com avanço de 11,2%. A JBS aproveitou a crise financeira para realizar aquisições e fortalecer sua estrutura, com o objetivo de sair do período de instabilidade mais forte e preparada. (Brasil Econômico)

Cencosud – O grupo varejista chileno Cencosud informou, dia 5, que acertou a compra da rede Supermercados Família em Fortaleza por US$ 33,1 milhões. A Cencosud disse em nota ao mercado que a Supermercados Família opera quatro lojas e um centro de distribuição, com previsão de vendas de US$ 140 milhões para 2010. A Cencosud tem negócios de supermercado, lojas de departamento e ce ntros comerciais no Chile, na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no Peru. (Brasil Econômico)

Lactalis – A francesa Lactalis tem agora quatro semanas para fazer uma auditoria nas finanças da Ebro Puleva, para encerrar definitivamente as negociações de compra da espanhola que fatura 1,2 bilhões de euros no mercado doméstico. Poucas semanas atrás, a Lactalis, mais conhecida por suas marcas, Président e Lauki, comprou a Forlasa, detentora do queijo manchego com denominação de origem, além das marcas El Ventero e El Gran Capitán. (Cindo Dias/Espanha )

Setoriais

Preços – O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, encerrou o mês de fevereiro em alta de 10,26%, mantendo a mesma tendência registrada em janeiro. Esse foi o valor mais alto registrado pelo índice desde seu relançamento, com novas ponderações, em fevereiro de 2007. A forte valorização foi puxada, principalmente, pelos ganhos médios registrados no grupo de produtos de origem vegetal (13,24%). O grupo de produtos de origem animal também apresentou alta (2,85%), porém, um pouco mais tímida em comparação aos vegetais. Os destaques positivos no grupo dos vegetais foram laranja para mesa (93,42%), tomate para mesa (75,62%), laranja para indústria (34,25%) e o feijão (17,50%). Entre os produtos de origem animal as maiores altas foram dos ovos (16,47%), frango (3,45%) e o leite tipo C (3,05%). (Valor Econômico)

Agronegócio – Durante participação no 31º Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx), em Londrina (PR), o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu uma agenda comum para e struturar os próximos passos do setor, e destacou como item principal dessa agenda, a pesquisa científica aplicada ao desenvolvimento de novas tecnologias de produção. Ele ressaltou que, mesmo com o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e instituições estaduais de pesquisa, é preciso outros investimentos na área para que os estudos avancem e se tornem mais eficientes. “Podemos trazer a biotecnologia e a nanotecnologia para a agricultura”, exemplificou. (Correio do Povo/RS)

Campo – Não será por falta de produtividade que o agronegócio brasileiro perderá força nos próximos anos. Para praticamente todas as cadeias mais importantes do setor, as projeções de longo prazo indicam ganhos progressivos de eficiência, suficientes para garantir o abastecimento doméstico e defender a posição de destaque do país no mercado internacional. O problema é que velhos riscos e gargalos, como câmbio e deficiências logísticas, mostram que nem só de produtividade vive o campo, e que para as profecias positivas se realizarem é preciso combatê-los. (Valor Econômico)

Economia

Exportações – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que o governo poderá rever as metas definidas para exportação neste ano, dependendo das medidas de estímulo aos exportadores que forem aprovadas pelo presidente Lula. Segundo o ministro, a expectativa é de que, sem um pacote de estímulo, as exportações atinjam pelo menos 180 bilhões de dólares em 2010. (Correio do Povo/RS)

IPC-S – A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou no início de março, devido a uma nova alta nos custos de alimentos. O indicador subiu 0,88 por cento na primeira prévia de março, ante alta de 0,68 por cento em fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. “A principal contribuição para o avanço da taxa do índice partiu do grupo Alimentação, cuja variação passou de 1,16 para 1,95 por cento”, disse a FGV em nota. Nesse grupo, 17 dos 21 componentes tiveram aceleração de preços, com destaque para Hortaliças e legumes, com salto de preços de 8,19 por cento. (Reuters)

IGP-DI – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,09% em fevereiro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a FGV constatou alta de 0,77%. Entre os componentes do IGP-DI, o que mede a evolução dos preços por atacado (IPA) foi o que pressionou a alta do índice global, ao passar de 0,96%, em janeiro, para 1,38%, em fevereiro. O índice relativo a bens finais subiu 1,32%, depois da variação de 1,33% registrada um mês antes, co m a contribuição dos alimentos in natura (de -1,52% para 7,07%). O índice dos bens intermediários subiu de 1,28% para 1,70%. O índice de matérias-primas brutas reverteu a queda de 0,13% registrada um mês antes e apresentou alta de 0,90%, em fevereiro. Os destaques para o avanço foram: laranja (de 14,86% para 51,80%), leite in natura (de -0,79% para 3,79%) e cana-de-açúcar (de 2,47% para 3,81%). (Agência Brasil)

 

Globalização e Mercosul

Alíquotas – A lista de 101 produtos que terão a alíquota do Imposto de Importação (II) elevada para as compras dos Estados Unidos inclui veículos, cosméticos, óculos, produtos do algodão, alimentos e soro de leite. A relação com as novas alíquotas foi publicada nesta segunda-feira (8) no Diário Oficial da União. Elas entrarão em vig or em 30 dias. O Brasil ganhou na Organização Mundial de Comércio (OMC) o direito de retaliar os Estados Unidos, já que o país concede subsídios à produção e à exportação de algodão. O valor pode chegar a US$ 560 milhões em importações de bens por ano. A secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola, explicará a escolha dos itens selecionados em uma lista de 222 produtos colocados em consulta pública no fim do ano passado. O imposto de importação para veículos, por exemplo, passou de 35% para 50%. Já os cosméticos, como cremes de beleza e xampus, passam a ter alíquota de 36%. O soro de leite passará a ser importado com alíquota de 48%. Como retaliação, o Brasil poderia subir as alíquotas em até 100%. (Agência Estado)

Exportador – O Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo. Na última década, o País já havia deixado para trás Austrália e China. H oje, apenas Estados Unidos e União Europeia vendem mais alimentos no planeta que o Brasil. Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC) apontam que o Brasil exportou US$ 61,4 bilhões em produtos agropecuários em 2008, comparado com US$ 54 bilhões do Canadá. Em 2007, os canadenses mantinham estreita vantagem, com vendas de US$ 48,7 bilhões, ante US$ 48,3 bilhões do Brasil. O ritmo de crescimento da produção brasileira de alimentos já deixava claro que a virada estava prestes a ocorrer. Entre 2000 e 2008, as exportações agrícolas do Brasil cresceram 18,6%, em média, por ano, acima dos 6,3% do Canadá, 6% da Austrália, 8,4% dos Estados Unidos e 11,4% da União Europeia. Em 2000, o País ocupava o sexto lugar no ranking dos exportadores agrícolas. (O Estado de SP)

Avanço – Uma série de fatores garantiu o avanço da agricultura brasileira nos últimos anos: recursos naturais (solo, água e luz) abundantes, diversidade de produtos, um câmbio relativamente favorável até 2006 (depois a valorização do real prejudicou a rentabilidade), o aumento da demanda dos países asiáticos e o crescimento da produtividade das lavouras. “Houve uma mudança nas vantagens comparativas em favor do Brasil, que teve um custo de produção baixo para vários produtos nesse período graças aos seus recursos naturais e ao câmbio”, disse o analista sênior da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Garry Smith. Para o sócio-diretor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, “o Brasil é hoje a única grande agricultura tropical do planeta”. Ele ressalta que o aproveitamento da terra é melhor na zona tropical. Em algumas regiões do Brasil, é possível plantar milho depois de colher soja, o que significa duas safras no mesmo ano. (O Estado de SP)

Brasil – Para o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Tom Shannon, que participou do encontro com empresários na Câmara Americana de C omércio (Amcham) em São Paulo, as relações entre os Estados Unidos e o Brasil mudaram de forma significativa, com a emergência do Brasil a potência mundial. “Hoje em dia temos uma relação que não é mais bilateral, é global. O Brasil não é mais um país emergente, para nós, já emergiu. Além disso, nossa relação não é mais só entre dois governos, mas envolve as universidades e toda a sociedade civil.” (Brasil Econômico)

AUS: boas expectativas para os próximos 5 anos

Os preços mundiais do leite deverão aumentar, e o preço na Austrália deve parar de cair e apresentar uma pequena recuperação de acordo com a Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics – ABARE).

O rendimento médio da produção leiteira na Austrália será de A$ 62.000 (US$ 56.070), comparado com A$ 76.000 (US$ 68.731) em 2008-09. A maior parte dessa redução ocorrerá em New South Wales e Queensland. Victoria, Tasmânia e South Australia estão apresentando melhor desempenho por causa das melhores condições climáticas, e esses estados impulsionarão o aumento na produção nos próximos anos.

Um extra de 770 milhões de litros leite será produzido por ano no país durante um período estimado de cinco anos, considerando a manutenção das condições climáticas favoráveis. Os produtores de leite do país coletarão 8,9 bilhões de litros de leite nesse ano financeiro – o menor volume desde 1997-98 e 5% menor do que no último ano financeiro. Esse volume deverá aumentar para 9,7 bilhões de litros em 2014-15.

Além disso, nos próximos cinco anos, o preço do leite deverá aumentar 4,52 centavos de dólar por litro. O preço do leite ao produtor na Austrália foi previsto em média em 35,5 centavos (32,10 centavos de dólar) por litro em 2010-11. O preço do leite deve continuar aumentando até o patamar de 36,3 centavos (32,82 centavos de dólar) por litro em 2013-14. Esses preços são cerca de 15 centavos (13,56 centavos de dólar) por litro menores do que há três anos, quando o valor do leite chegou a 52 centavos (47,02 centavos de dólar) por litro.

As exportações australianas de lácteos também devem aumentar 7% em relação a esse ano financeiro, e a previsão é de A$ 2 bilhões (US$ 1,80 bilhões) em 2010-11 considerando o câmbio atual.

Em 04/03/10 – 1 Dólar Australiano = US$ 0,90436

1,10536 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

As informações são do The Land,

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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