Notícias do dia 06.05.2010

Preços/PR – Em alta desde janeiro, os preços do leite ao produtor registraram, no primeiro quadrimestre de 2010, a maior elevação dos últimos 15 anos. No Paraná, a variação foi de 24%. O preço médio do litro do leite em abril foi de R$ 0,75 no estado. A valorização é significativa, mas não exagerada, garante Maria Silvia Digiovani, assessora da Comissão Técnica de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), avaliando que as cotações estão se recuperando das quedas do ano passado. O aumento é comum neste período do ano, quando começa a entressafra, concorda Fábio Mezzadri, veterinário da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). (Gazeta d o Povo)

Leite/PR – No mês passado, ao lado do feijão, o leite foi um dos produtos que mais pressionou o custo da cesta básica no Paraná. Ao consumidor, a valorização acumulada nos quatro primeiros meses do ano chegou a 39%, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab. O litro do leite longa vida, que no final do ano passado custava menos de R$ 1,5, hoje chega a quase R$ 2 na média estadual. Na comparação com igual período de 2009, quando o litro do produto custava a em média R$ 1,65, a valorização é de 21%. Questões tributárias também influenciam nos preços. O leite longa vida, que até o início do ano era isento de ICMS no comércio, voltou a pagar o imposto no final de janeiro de 2010 por determinação da lei estadual 16.386. (Gazeta do Povo)

Preços/MG – O preço do leite vem subindo, desde o início do ano, apesar da entressafra só começar agora. No sul de Minas os produ tores estão otimistas. Na Cooperativa agropecuária de Santa Rita do Sapucaí, o lucro dos cerca de 550 pecuaristas está maior. O litro do leite que abril de 2009 não passava de R$ 0,68, no mês passado subiu para R$ 0,80. “Na verdade nesse ano nós tivemos uma recuperação mais cedo, já nos fins de janeiro e fevereiro o mercado de leite começou a reagir. O que possibilitou a melhora significativa de preços” diz o criador Carlos Henrique Carvalho. A expectativa dos produtores é que os preços continuem altos. É que agora começa a entressafra, período em que a oferta de leite diminui. Para o produtor Rubens de Faria que entrega nove mil litros de leite todo o mês para a cooperativa, este é o momento de recuperar as perdas dos últimos anos. (Globo Rural)

Leite/RJ – O governador Sérgio Cabral disse ao Valor Econômico que há um dado silencioso e revolucionário na pauta econômica no agronegócio, na bacia leiteira do estado. Zeramos o ICMS d o nosso produtor, estabelecemos uma cesta de crédito, em que as cooperativas são obrigadas a investir em modernização, e temos hoje oito novos laticínios. Em 2006, a produção de leite estava abaixo dos 400 milhões de litros por ano, e agora estamos em 600 milhões e pretendemos chegar a um bilhão em 2011. O agronegócio passa a ser um ponto importante. Compramos equipamentos para manutenção de estradas vicinais no interior e pegamos empréstimo de US$ 40 milhões com o Banco Mundial para saneamento em agrovilas de pequeno porte, gerando uma valorização da área rural. (Governo do Estado do RJ)

Leite/MT – Foi assinado um convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural e a Prefeitura de Nova Xavantina (MT) para a instalação de uma mini-indústria de pasteurização do leite no município. O prefeito Gercino Caetano Rosa se mostrou preocupado com os produtores, após o ministério público proibir a venda de leite in natura. “Com a proibiç ão, não vimos outra saída a não ser tentar criar uma cooperativa para os produtores de leite, e garantir a mini-indústria para os mesmo poderem continuar vendendo seu leite dentro da lei”, explica Gercino. (Notícias NX)

PL – O Projeto de Lei nº 1359/2009, de autoria do deputado Nelson Pereira, foi aprovado na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, na terça-feira (27). O texto proíbe a comercialização de leite sem informar quantas vezes o produto foi pasteurizado. De acordo com especialistas, o alimento só pode passar, no máximo seis vezes, por este processo. Mais que isso, pode causar problemas à saúde. Com relatoria do deputado Ângelo Ferreira, o projeto foi aprovado por unanimidade na CCLJ. O relator se colocou a favor do texto já que ele não apresenta nenhum resquício de inconstitucionalidade e dada a relevância do projeto. O material segue agora para apreciação nas comissões de Finanças, Orçamento e Tributação; Admini stração Pública; e Cidadania e Direitos Humanos. (Portal Vermelho)

Queijo Cheddar – A principal bolsa mundial de derivativos, a Bolsa Mercantil de Chicago (CME), vai permitir a negociação de contratos sobre o queijo cheddar americano. Os contratos serão negociados a partir de 20 de junho na plataforma eletrônica CME Globex sobre um volume de 20 mil libras (cerca de 9 mil quilos) do produto. “Clientes como os industriais e os produtores de queijo pediam este contrato para cobrir suas necessidades em matéria de risco”, explicou Tim Andriesen, o diretor da divisão de matérias-primas agrícolas do CME. A bolsa de Chicago já negocia contratos de leite e soro de leite em pó. De acordo com a CME, o consumo de queijo nos Estados Unidos vem crescendo. O tamanho do mercado doméstico do produto é estimado entre US$ 5,5 bilhões e US$ 6,3 bilhões. (G1)

 

Negócios

Fusões – Foram registradas 208 fusões e aquisições no Brasil nos primeiros quatro meses de 2010, segundo levantamento da KPMG. O número cresceu muito em relação às 135 do mesmo período de 2009, ano marcado pela crise econômica. O volume, porém, é menor que os 225 registrados no primeiro quadrimestre de 2008, quando o mercado vinha extremamente aquecido e estimulado pela onda de IPOs (ofertas iniciais de ações) do ano anterior, que deu fôlego às compras e vendas de empresas ocorridas naquela época. A quantidade de operações fechadas em abril (48) caiu em relação a março (59), sinal de que os próximos meses devem ser menos aquecidos. (Folha de SP)

Encontro/RN – O VIII Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (ENEL) que será realizado nos dias 15, 16 e 17 de junho, é uma auspiciosa oportunidade para a tro ca de ideias e experiências entre produtores e a oportunidade de conhecer vários elos da cadeia do leite. Criado em 2003 pelo SEBRAE/RN o ENEL tem o objetivo de aproximar o produtor de leite e agroindústrias artesanais, da indústria de máquinas, fornecedores de insumos, e laboratórios de análises. Neste ano haverá um espaço reservado à exposição de Máquinas, Equipamentos e Insumos. As indústrias de laticínios terão também a oportunidade de apresentar seus produtos, promover degustações e realizar contatos com compradores. (Faculdade Pio Décimo)

Reciclagem – Até domingo a Coca Cola Brasil e suas franqueadas nos estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará, reeditam 4ª Semana Otimismo que Transforma, campanha desenvolvida pela agência DPZ. Durante 01 semana, R$ 0,025 de qualquer embalagem de todo o portfólio Coca-Cola Brasil serão revertidos para os projetos sócio-ambientais do Instituto Coca-Cola Brasil. São mais de 150 p rodutos da Coca-Cola Brasil, que inclui águas, chás, refrigerantes, sucos, energéticos, hidrotônicos e lácteos, que gerarão recursos para os programas Valorização do Jovem; Educação Campeã; Reciclou, Ganhou (com atuação no CE, RN, PI e BA). (Notícia Capital)

 

Setoriais

Preços – O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado – registrou em abril a primeira variação negativa mensal desde julho de 2009. A queda, de 1,2%, foi determinada pelas oscilações no grupo formado por 14 produtos de origem vegetal, que, em média, recuou 2,23%. O grupo composto por seis produtos de origem animal, por sua vez, subiu. A alta média de 1,37% foi puxada pel as valorizações dos leites B (4,3%) e C (2,89%). Apesar da queda de abril, o IqPR acumula variação positiva de 23,46% nos últimos 12 meses. Nesse período, os vegetais acumulam ganho médio de 32,25% e os produtos de origem animal, de 1,49%. (Valor Econômico)

Safra – O oitavo levantamento da safra de grãos 2009/2010, divulgado nesta quinta, dia 6, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima a produção de 146,81 milhões de toneladas, o que deve consolidar um novo recorde faltando apenas dois meses para o fim deste ciclo. Essa projeção é 8,7% superior aos 135,13 milhões de toneladas do ciclo 2008/2009 e 0,4% maior que o levantamento divulgado no mês passado. A soja e o milho representarão juntos, cerca de 122 milhões de toneladas, ou 83,1% de toda a safra. (Agência Brasil)

Plano Safra – O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse ontem que os recursos para o Plano de Safra 20 10/11 podem atingir a marca de R$ 120 bilhões. Segundo a Agência Brasil, o ministro informou que a disponibilidade de crédito vai oscilar entre R$ 115 bilhões e R$ 120 bilhões. Desse total, a agricultura empresarial deve ficar com uma fatia de R$ 100 bilhões. “Vai depender de quanto será destinado à agricultura familiar”, afirmou Rossi. Na safra 2009/10 foram disponibilizados R$ 108 bilhões aos produtores. (Valor Econômico)

Produção – Apesar das críticas ao Código Florestal, setores ligados ao agronegócio já estão percebendo que é possível aumentar a produção de alimentos sem a necessidade de abdicar das áreas de proteção ambiental, só com investimentos para aumentar a produtividade. – Podemos continuar produzindo sem precisar desmatar, só com a intensificação do uso da terra – afirma Glauber Oliveira, presidente da Associação de Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja). Oliveira, que participou do Fórum Estadão Centr o-Oeste, em São Paulo, afirmou que em todo o Mato Grosso existem 26 milhões de hectares de pastagens, já degradadas, que podem ser utilizadas para produção de alimentos e de biocombustíveis. (O Estado de SP)

Economia

Cesta – Leite, tomate e feijão são destaque de produtos com preços em alta da cesta básica do brasileiro em abril, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O aumento desses itens foi determinante para o encarecimento das cestas na maioria das 17 capitais pesquisadas. Os valores médios do leite e do tomate subiram em 16 cidades e do feijão, em 15 capitais. As maiores elevações do leite foram observadas em Salvador (12,78%), Florianópolis (8,25%), Curitiba (7,56%) e Porto Alegre (7,18%). Apenas em Manaus (-1,74%), o produto ficou mais barato. Desde março, o preço do leite vem aumentando na maioria das capitais, em parte pela quebra da produção devido ao excesso de chuvas em algumas regiões produtoras. (Agência Estado)

IGP-DI – Depois de desacelerar em março, a inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em abril. O índice, que havia registrado 0,63% em março, foi de 0,72% no mês passado, segundo divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (6). Conforme a fundação, as principais influências para a alta nos preços foram alimentos como o leite e o feijão. Entre os índices que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) variou 0,68% em abril contra 0,52% em março. Os destaques no grupo foram o leite in natura, que subiu 9,9% em abril após alta de 8,39% em março; e o feijão em grão, que teve desaceleração no mês, mas mesmo assim subiu 23,86% em abril – em março, a alta havia sido 26,04%. (G1)

 

Globalização e Mercosul

Fórum I – O Fórum Mundial de Agricultura (WAF, em inglês) vai destacar o papel da América Latina no desafio de dobrar a produção de alimentos até 2050, além do abastecimento mundial de fibras, biocombustíveis e água. Tradicionalmente o evento acontece nos Estados Unidos e em países da União Europeia, mas neste ano será sediado na América Latina. Líderes políticos e da iniciativa privada, ex-políticos influentes e grandes players do agronegócio brasileiro e de países como Argentina, Colômbia, Uruguai, Chile, México, Peru e Costa Rica participarão do encontro, que vai acontecer nos dias 12 e 13 de maio, em Brasília, e será presidido por James Bolger, ex-primeiro Ministro da Nova Zelândia. (Globo Rural)

Fórum II – O Fórum levantará temas polêmicos, como o embate entre alimento e combustível, a segurança alimentar, a sustentabilidade da agricultura, os investimentos no agronegócio, a gestão de recursos naturais, o impacto do livre comércio, a tecnologia e aceitação da biotecnologia, o aumento da demanda e a redução da disponibilidade de água doce, os exemplos e os avanços em bioenergia, além da relação entre a agricultura e a mudança climática. (Globo Rural)

Alimentos – A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) estima que até 2050 o mundo terá 9 bilhões de habitantes que demandarão o dobro de alimentos. A melhora na renda da população, principalmente em países em desenvolvimento, vai elevar a demanda por produtos mais sofisticados e a exigência dos consumidores por maior qualidade, preços viáveis e responsabilidade ambiental. O desenvolvimento da produção agrícola para atender a estas exigências é hoje um dos principais desafios do agronegócio. O resultado da Regional da América Latina do WAF será uma carta de recomendação aos governos da região sobre os investimentos e medidas necessários para adequar as políticas agrícolas, com base em um entendimento comum de objetivos e responsabilidades. (Globo Rural)

Investimentos – Os investimentos estrangeiros diretos (IED) tiveram uma queda severa na América Latina no ano passado por causa da crise financeira mundial, mas a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) acredita que ao longo do ano de 2010 os aportes financeiros para a região crescerão de 40% a 50%. Com isso, diz a agência da ONU prevê uma recuperação que permitirá à região retomar os níveis de IED realizados em 2007, com receitas superiores aos US$ 100 bilhões. Em 2009 o IED que chegou à América Latina foi de US$ 76,6 bilhões, 42% a menos em relação ao recorde obtido em 2008, quando alcançou US$ 131,9 bilhões. O Brasil cont inuou a ser o maior beneficiário, seguido por Chile, México, Colômbia e Argentina. (Valor Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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