Notícias do dia 05.11.09

Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em outubro/2009 o valor de R$ 0,701 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,672 para o Leite C Cota. A média de outubro/2008 a outubro/2009 ficou em R$ 0,698 para o Leite B e R$ 0,643 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 56 laticínios em 48 municípios. (www.terraviva.com.br)

Preços I – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro a outubro de 2009, e igual período de 2008, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil. (www.terraviva.com.br)

 

 

Preços II – O levantamento de preços pagos aos produtores de leite realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que houve queda de quase 4,5 centavos por litro, ou de 5,95%, de setembro para outubro, referente à produção entregue em setembro. Esses números se referem à média ponderada por estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA. A baixa mais expressiva, de 5,6 centavos por litro, foi registrada em Santa Catarina, com o leite negociado a R$ 0,6342/litro. Na Bahia, os preços caíram com menos força, pouco menos de 1 centavo, com a média a R$ 0,6474/litro. Em Goiás, houve queda de 3 centavos, em Minas Gerais, pouco mais de 4 e em São Paulo, recuo de 5. Os preços devem continuar em baixa, segundo 85,5% dos representantes de laticínios/cooperativas que participam da pesquisa. Esses compradores captam 92,6% do leite da amostra do Cepea. (Cepea)

Produção/SP – O secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, cobrou hoje melhorias na gestão e um limite na produção para minimizar as constantes crises no setor leiteiro. “É preciso identificar os gargalos, avaliar os fundamentos, ter planejamento e gestão. Não adianta produzir demais”, disse Sampaio na abertura do fórum sobre cooperativismo, realizado na Feira Internacional da Cadeira Produtiva do Leite (Feileite), na cidade de São Paulo. Para o secretário, além dos problemas estruturais, outros, conjunturais, como a desvalorização do dólar, prejudicam o produtor. Sampaio avalia que a balança comercial do setor lácteo deverá ter um déficit entre US$ 80 milhões e US$ 90 milhões em 2009, ante um superávit de mais de US$ 300 milhões em 2008. (Agência Estado)

Leite/SP – Com um preço não remunerador de R$ 0,63 o litro pago ao produtor paulista, Sampaio considera que o desafio é encontrar uma produção sustentável de leite, já que São Paulo é o maior consumidor e não é o maior produtor. “São Paulo consome 7 bilhões de litros e só produz 2 bilhões, temos um espaço para crescer, mas, claro, com gestão e produção sustentável”, afirmou. Como sugestão de uma produção sustentável com redução de custos, o secretário de Agricultura sugeriu aos proprietários de cana que criem vacas leiteiras em áreas vagas de suas fazendas. “Toda fazenda tem uma área sobrando. Por que não produzir leite e utilizar o bagaço da cana como alimento para os animais?”, indagou o secretário. (Agência Estado)

Produção/RS – Durante os meses de estiagem neste ano, as pastagens foram afetadas e a produção de leite chegou a cair mais de 40% em alguns municípios gaúchos. Com a chuva provocada pelo El Niño, o campo nativo se recuperou e as pastagens cultivadas já são usadas para alimentar os animais. Como conseqüência do aumento da oferta de leite, o preço pago ao produtor gaúcho no último mê s reduziu em 8% e a tendência é de novas quedas. Para o consumidor, os preços do leite fresco e do longa vida seguem caindo nos supermercados de Porto Alegre. No entanto, segundo a Fundação Getúlio Vargas, o acumulado do ano ainda aponta alta de quatro vezes a inflação do período. (Rádio Gaúcha)

Captação – De agosto para setembro deste ano, o aumento no volume de leite captado pelas empresas ultrapassou 5%. Mesmo assim, no acumulado de 2009, o volume ainda é 4,5% menor que o do mesmo período do ano passado. Mesmo que o ritmo de aumento na captação de leite se mantenha em 5% ao mês para os meses de outubro, novembro e dezembro, o acumulado de 2009 ainda será 0,65% menor que o de 2008. Segundo pesquisadores do Cepea, a possível menor captação em 2009 está atrelada ao baixo volume produzido no início do ano – o volume captado nos quatro primeiros meses de 2009 foi 7% inferior ao dos quatro primeiros meses de 2008. (Notícias A grícolas)

Derivados – Considerando-se o mercado atacadista do estado de São Paulo, as quedas dos preços têm sido sucessivas para os principais derivados de leite pesquisados pelo Cepea. O leite UHT já acumula desvalorização de 33,76% na parcial deste semestre, o queijo mussarela, de 19,6%, o leite pasteurizado, de 12,41%, e o leite em pó (embalagem de 400g), de 6,5%. O UHT no atacado paulista teve média de R$ 1,41/litro em setembro – em junho deste ano esse produto era negociado a R$ 2,13/l (em termos nominais). (Notícias Agrícolas)

Selita/ES – Começa a funcionar dia 7 de novembro a primeira fábrica de leite em pó do Espírito Santo. O investimento de R$ 12 milhões da Cooperativa de Laticínios Selita vai aumentar a capacidade de 300 mil para 500 mil litros de leite por dia, e passará a produzir leite em pó desnatado, integral e em pó instantâneo, além do soro de leite em pó e do leite condensado em embalagem UHT. “Com essa nova unidade, daremos início a um trabalho para aumentarmos a captação de leite. A fábrica tornará a cooperativa ainda mais competitiva e atenderá à demanda de leite da região, funcionando como estabilizador de preços nos momentos de excesso ou redução de oferta”, afirmou o presidente da Selita, Walber Heckert. Os equipamentos vieram todos da Argentina. O processo de montagem da fábrica durou um ano e meio, sendo que toda a estrutura é vertical e possui 28 metros de altura. (A Gazeta)

Leite/RS – Será inaugurada, nesta sexta-feira, em Pedras Altas (RS), a agroindústria de beneficiamento de leite “Mãe Natureza”, instalada no assentamento Nossa Senhora da Glória, formado por 131 famílias que produzem 2 mil litros por dia. O projeto é resultado de uma cooperação entre agricultores brasileiros e franceses, com o objetivo de contribuir para a melhoria das condições de vida das populações do campo. Foram inve stidos R$ 456,5 mil na construção de 165 m2 que possui capacidade para transformar, inicialmente 500 litros de leite/dia, em queijos, iogurtes e bebida láctea. Os recursos são do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), Fundação France Libertes, Associação Holos França-Brasil e Associação Soleil (departamento da Mayenne, França). (MDA)

 

Negócios

Marca própria – A oferta de produtos de marca própria em supermercados, farmácias e atacadistas cresceu 22,7% este ano, em relação a 2008, segundo estudo da Nielsen. O total desses itens nas prateleiras do varejo aumentou de 45.438 para 55.752. O segmento em que houve maior expansão no número de produtos com marca própria foi eletroeletrônicos (alta de 88,6%). Em têxteis, o aum ento foi de 48,2% e em alimentos, de 7,8%. (Valor Econômico)

Marcas – Para muitos brasileiros, algumas marcas são sinônimo de leite. Três se mantêm no pódio: Parmalat (14%), Ninho (12%) e Itambé (11%). Empate técnico, considerando-se a margem de erro de dois pontos para cima e para baixo. De acordo com Adriana Muratore, diretora de marketing da Parmalat Brasil, a empresa tem trabalhado para compreender melhor os fatores que decidem a compra. A companhia segue promovendo a bebida láctea Zymil com sabor. A Itambé também lançou novidades na premium. E, a Ninho marcou, em 2009, sua entrada no segmento de leites líquidos com a versão longa vida. A Ninho (27%) e a Itambé (19%) destacam-se com menções no Nordeste. A Parmalat está melhor no Sudeste (22%) e também na classe A/B (21%), ao contrário de Ninho e Itambé, mais citadas entre as classes D/E (19% e 14%, respectivamente). (Folha de SP)

Unilever – A gigante dos bens de consumo Unilever superou expectativas do mercado nesta quinta-feira com a divulgação de alta de 3,6 % no volumr de vendas. A companhia garantiu que sua recuperação continuará no quarto trimestre e em 2010. O segundo trimestre consecutivo de alta no volume de vendas, segundo o presidente-executivo, Paul Polman, aconteceu em meio a um aumento de gastos em marketing e cortes de preços de produtos selecionados. Além disso, a empresa está sendo apoiada por queda nos preços das commodities, como embalagens. A Unilever, terceira maior fabricante de alimentos e produtos de consumo do mundo, informou que todas as regiões e categorias mostraram crescimento e que está caminhando para restaurar crescimento nas vendas em volume em 2009, sem prejuízo de margens ou fluxo de caixa. (Reuters)

 

Setoriais

Milho – O volume das exportações brasileiras de milho cresceu 27% de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2008 e alcançou 5,44 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secex, e esse incremento se deve principalmente a um programa governamental que subvenciona o transporte do produto, conhecido como PEP. Com o auxílio da ferramenta, a expectativa é que os embarques, que atingiram 817 mil toneladas em outubro, mantenham esse nível mensal até o fim do ano. (Valor Econômico)

Exportações – Entre os 15 principais produtos agropecuários exportados pelo país, dez registraram aumento de preços médios entre setembro e outubro, com destaque para o suco de laranja. No entanto, em geral os preços continuam inferiores na comparação anual. (Valor Econômico)

Fosfertil – Marcantes desde setembro de 2008, a retração da demanda e a que da dos preços de fertilizantes no mercado brasileiro voltaram a prejudicar os resultados da Fosfertil no terceiro trimestre de 2009. Em balanço enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a maior fabricante de matérias-primas para a produção de adubos do país informou que sua receita líquida alcançou R$ 679 milhões entre julho e setembro, 38,2% menos que em igual intervalo do ano passado. A empresa fechou o período com resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) negativo de R$ 121,3 milhões, ante lucro de R$ 503,6 milhões no terceiro trimestre de 2008. Com isso, registrou prejuízo líquido de R$ 122 milhões, contra lucro de R$ 276 milhões de julho a setembro do ano passado. (Valor Econômico)

Safra – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje a primeira estimativa para a safra de grãos 2010, que aponta uma produção de 139,3 milhões de toneladas, volume 3,8% maior que o da safra 2009 que, segundo o instituto, está projetada em 134,1 milhões de toneladas. A projeção para a soja é de uma produção de 63,7 milhões de toneladas, com alta de 11,8% ante a safra anterior. Para o milho na primeira safra, a estimativa é de colheita de 33,1 milhões de toneladas, com queda de 2,2%. Deve ocorrer expansão na safra do feijão das águas (primeira safra), para 1,9 milhão de toneladas, com alta de 13,9%. Estão previstas quedas na safra do arroz em casca (11,9 milhões de toneladas, com queda de 5,1%) e no algodão em caroço (2,7 milhões de toneladas, queda de 8,1%). (Agência Estado)

Rastreabilidade – O “chip do boi”, dispositivo de identificação desenvolvido pelo Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S/A (Ceitec), produto 100% nacional e destinado à rastreabilidade bovina, chega à última fase de testes antes da produção em escala comercial. Os testes de campo serão realizados na Fazenda Experimental da E pamig, em Prudente de Morais, dia 5. Durante o evento será assinado contrato de cooperação técnico-científica entre o Ceitec e a Epamig, pelo prazo de seis meses. O Ceitec se compromete a fornecer os brincos e leitor, além de dar suporte técnico. A Epamig disponibilizará os animais para receberem o brinco do Ceitec. A rastreabilidade bovina é uma obrigatoriedade para o produtor que deseja exportar carne para União Europeia (UE). Atualmente, das 1.717 propriedades brasileiras aptas a exportar para a UE, 611 estão em Minas Gerais, e, estar apta a exportar para o bloco europeu significa também poder fornecer carne para os outros países, já que as exigências da UE são as mais rigorosas. (O Leite)

 

Economia

PIB – O Brasil fechou 2007 com crescimento de 6,1% no PIB sobre 20 06, conforme revisão divulgada ontem pelo IBGE. O último resultado do PIB de 2007 que havia sido divulgado pelo instituto mostrava alta de 5,7%. O número foi alcançado principalmente pelo bom desempenho nos setores de Serviços (6,1%), Indústria (5,3%) e Agropecuária (4,8%). Segundo o economista do IBGE Roberto Olinto essa foi a maior expansão desde 1986 (no Plano Cruzado). Segundo o IBGE, o total das riquezas naquele ano atingiu R$ 2,661 trilhões – valor per capita de R$ 14.183,11 para cada brasileiro. Já a inflação medida no período pelo IPCA foi de 3,7%, contra 4,2% de 2006. (Correio do Povo/RS)

Inflação – O álcool foi o principal vilão da inflação na capital paulista em outubro, conforme levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A gasolina, por sua vez, apresentou variação de 1,45% em outubro e respondeu por 0,04 ponto porcentual (15,05%) da t axa geral do IPC do mês. A pressão de Transportes foi superada apenas pelo impacto trazido pelo grupo Habitação à inflação paulistana. Na outra ponta da inflação medida pela Fipe, foi importante o alívio gerado pelo grupo Alimentação, que mostrou deflação de 0,45%, ainda amparada principalmente por um recuo de 10,36% no preço do leite tipo longa vida. Apesar de o grupo apresentar uma queda média inferior à de 0,63% de setembro, respondeu por um alívio de 0,10 ponto porcentual (-40,89%) para o IPC de outubro. (Agência Estado)

Cesta – A alimentação básica ficou mais cara em outubro para as famílias de baixa renda em 13 das 17 capitais do país nas quais o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) faz mensalmente a tomada de preços para apurar o valor da cesta básica. Os aumentos variaram de 0,06%, em São Paulo, a 9,20%, em Goiânia. Houve variações negativas em Vitória (0,64%), Manaus (1,01%), Recife (1,10%) e Fortaleza (1 26%). O valor mais elevado para a cesta básica foi verificado em Porto Alegre (R$ 248,29). Em São Paulo, os produtos essenciais custaram R$ 230,03 e, em Florianópolis, R$ 226,37. As capitais mais baratas foram Aracaju (R$ 168,15), Fortaleza (R$ 170,29) e João Pessoa, onde a cesta básica pôde ser adquirida por R$ 175,19. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Superpotência – O jornal britânico Financial Times traz em sua edição desta quinta-feira um caderno especial dedicado a oportunidades de investimento no Brasil em que chama o país de “superpotência agrícola pronta para alimentar o mundo” mas aponta para deficiências no setores de infra-estrutura e educação. Lembrando que o país foi um dos que se saiu melhor na recessão, e que muitos de seus setores não foram sequer afetados. O FT afirma que se o Brasil mantiver o rumo de sua política econômica e social e se não houver outra grande recessão no mundo, o mais provável é que continue no caminho do crescimento, apresentando uma série de oportunidades de investimento em diferentes setores. “O sucesso demorou muito tempo a chegar e a noção de que o país está mudando está alcançando os brasileiros a um ritmo lento”, afirma a reportagem de abertura, explicando que a classe média emergente – que este ano, pela primeira vez, corresponde a mais da metade da população, segundo dados do governo – é uma das forças por trás deste crescimento. (BBC Brasil)

China – O Banco Mundial (Bird) elevou a projeção de crescimento da economia da China para este ano de 7,2% para 8,4%. Em 2010, a previsão para a China foi revisada de 7,7% para 8,7%. O Bird acha ainda que o superávit em conta corrente do país vai cair em cerca de 50% neste ano. Is so poderia servir como mais um argumento para Pequim resistir aos apelos do presidente dos Estados Unidos para que seja permitida uma valorização mais rápida da moeda chinesa. A queda no superávit pode ser um sinal de que a recuperação mais forte do que esperada na China estaria trazendo também algum reequilíbrio da economia. Para o Banco Mundial, “serão necessárias mais medidas de política econômica para reequilibrar o crescimento da China”. (Valor Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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