Produção – A Nova Zelândia (de 268 mil km²) produz 4,5 mil litros diários de leite por propriedade contra apenas 120 do Rio Grande do Sul (de 281 mil km²), segundo constatação feita pelo presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta, na recente visita da missão gaúcha que ele integrou. Lá são 12 mil produtores, aqui 70 mil. Lá os rebanhos possuem em média 370 animais em ordenha, sendo o ideal 800, aqui muitos mantêm em média menos de 20. Otimista em relação ao potencial brasileiro, Zanatta destacou que, enquanto na Nova Zelândia a suplementação alimentar para o rebanho leiteiro é inviável devido aos custos e por isso fica só no pasto, no Brasil, ela é acessível e possibilitando ganhos de produção. O presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta, destaca ainda outras diferenças do produtor da Nova Zelândia: a mentalidade empresarial, avaliando sempre os custos de produção, o planejamento de médio e longo prazos, que também deve prevalecer no Brasil em futuro próximo, e a busca constante de aumento da escala. (Jornal do Comércio/RS)
Tangará – A capixaba Tangará Foods, que fechou 2009 com um faturamento bruto de R$ 740 milhões, negocia com fundos de private equity uma injeção de recursos entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. No ano passado, a receita bruta da Tangará cresceu 44% sobre os R$ 514,2 milhões de 2008, e o lucro líquido foi de R$ 82,3 milhões, um aumento de 257% sobre os R$ 23 milhões de 2008. O lucro se deve às boas margens no mercado interno e ao bom desempenho das exportações, que já representam 58% da receita da Tangará e cresceram 14,5% em relação ao ano anterior. Para este ano, a expectativa é de um cresc imento de 20% no faturamento da companhia, com demanda significativa por lácteos no exterior. Apesar das várias áreas de atuação, os lácteos da marca Purelac, (soro, queijo, manteiga e leite em pó) ainda respondem pela maior parte da receita da Tangará. R$ 370 milhões em 2009, 75% disso no mercado doméstico. (Valor Econômico)
Preço/GO – O preço do leite subiu antes do período esperado. Hoje, no varejo oscila entre R$ 1,59 e R$ 1,89. Para o proprietário do Supermercado Ponto Final, Gilberto Soares da Silva, o produto subiu de R$ 1,20 para R$ 1,50, um reajuste de mais de 25%. “Não entendemos a razão do preço subir tanto na época da chuva. Não é normal”. O diretor do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado (Sindileite), Alfredo Luiz Correia, diz que o aumento é uma reação do preço do produto longa-vida, um balizador de mercado. Segundo ele, a explicação está na antecipação do período chuvoso no ano passado, que fez com que o s animais emprenhassem mais cedo e a safra fosse antecipada. O diretor do Sindileite afirma que, apesar da chuva, a qualidade do pasto para o gado também está menor porque o capim é afetado pela menor quantidade de radiação solar nas últimas semanas. “O mercado também está mais comprador e o preço do leite refrigerado nas cooperativas subiu de R$ 0,70 para R$ 0,90”, justifica. (O Popular/GO)
Conaprole – A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole) fixou o preço do leite para o mês de fevereiro, em 6,20 pesos por litro, o que implica um aumento de 4% em relação ao valor de janeiro. Wilson Cabrera, diretor da Cooperativa, explicou que o aumento é reflexo das melhores condições de negócios e à estabilidade do preço dos lácteos no mercado internacional. (El País Digital/El Espectador)
Danone – A maior fabricante de iogurte do mundo anunci ou que vai investir até um bilhão de euros em uma série de compras de pequenas e médias empresas para fortalecer sua presença nos mercados emergentes e que, não está em seus planos, reajustar o preço de seus produtos esse ano, porque a economia dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) não está se recuperando. De acordo com analista, a Danone que recebeu críticas ao mudar sua estratégia de negócios, terminou 2009, muito melhor do que começou o ano. A empresa reagiu corretamente à desaceleração percebida no segundo semestre de 2008, e se ajustou bem mais rapidamente que a concorrência, ao centrar suas vendas no aumento de volume e redução de preços. (Infortambo )
Terremoto – Levantamento dos danos causados às indústrias lácteas instaladas nas regiões atingidas pelo terremoto no Chile constatou que: 1. a “Quesos Chile Sur”,com capacidade para 400 mil litros/dia, não sofreu danos estruturais e está trabalhando normalmente. 2. A Surlat, com recepção diária de um milhão de litros, está com problemas em 3 das quatro linhas de processamento de leite UHT, mas continua com a produção de leite em pó, e espera fazer os reparos nas unidades UHT até o final da semana. A planta da Soprole, com capacidade para 95 mil litros/dia, continua operando normalmente, mas a captação caiu 13,89%, em decorrência de danos causados aos produtores, que não puderam ordenhar o rebanho. A fábrica Quillayes, de Victoria, que capta diariamente 140 mil litros, não sofreu danos, mas só tem combustível para funcionar a fábrica por quatro dias, e não tem combustível para distribuição de seus produtos (queijos). (El Austral/Temuco)
Índia – O maior produtor mundial de leite estima que sua produção 2008/09 tenha aumentado 5% em relação à campanha anterior, 110 milhões de toneladas. A met ade deste volume corresponde a leite de búfala. O aumento de 5% equivaleria à produção anual de leite da Espanha, por exemplo. Isso causaria um enorme impacto no mercado internacional. No entanto, o governo indiano está fomentando o consumo de leite entre a população, como principal fonte de proteína animal. Para isso, a Índia que já dobrou o volume de leite em 20 anos, incentiva o aumento de produção e estabeleceu um sistema de restrição às exportações. A meta é atingir, em 2012, entre 160 e 180 milhões de toneladas de leite produzidos. (Aproleche)
Crise – Um estudo revela que nas quatro regiões mais importantes, a crise econômica afetou mais fortemente os preços dos lácteos na União Europeia (UE), com uma queda de 61%, em relação aos valores máximos, que se deram entre o terceiro e quatro trimestre de 2007, quando oscilaram entre US$ 4.700 e US$ 5.600 a tonelada. As cotações da Oceania caíra m 57%, na Argentina 55% e nos Estados Unidos 51%. Agora olhando pelo lado da recuperação, em relação aos mínimos alcançados, entre US$ 2.000 e US$ 2.300, a UE e a Oceania, recuperaram 81% e 95%, respectivamente. Nos Estados Unidos, que caiu menos, a recuperação do valor é de 38%, e na Argentina a recuperação está em torno de 32%. (El Cronista)
Argentina – Dados oficiais da Argentina, apontam que nos onze primeiros meses de 2009, os volumes de lácteos exportados pela Argentina subiram 14%, em relação ao mesmo período do ano anterior, mas em valores, houve queda de 33%, na mesma comparação, ficando próximos aos valores de 2007. A média dos preços, em 2009, ficou em US$ 2.500 por tonelada, 39% menor do que a média de 2008, que foi de US$ 4.100. Em relação aos preços internacionais, em novembro de 2008 os valores na Argentina estavam 8% abaixo do mercado mundial, e hoje a diferença é de 32%, apes ar da recuperação dos preços e levando-se em consideração os ajustes cambiais. (Infortambo)
Negócios
Forno de Minas – A família Mendonça quer ressuscitar o pão de queijo e está trabalhando duro para isso. Na cozinha-laboratório da fábrica da Forno de Minas, em Contagem, recomprada em maio de 2009, a matriarca Dalva Couto Mendonça, 67 anos, diretora de produção, prova queijos selecionados, maturados no laticínio da empresa. O filho, Helder Couto Mendonça, diretor-presidente da Forno de Minas, a acompanha na degustação. Eles estão testando a principal matéria- prima a ser utilizada no próximo lançamento da marca, o pão de queijo gourmet, que será preparado com uma mistura de queijos especiais, de fabricação própria. O produto, que ter á sabor mais apurado do que o tradicional, chega ao mercado em maio, justo antes do inverno. E é apenas um no mix que os Mendonças pretendem oferecer ao mercado em 2010 – entre eles o pão de queijo light, o assado e congelado, os pães de batata recheados e a linha de massas prontas congeladas –, com investimentos de R$ 20 milhões. (O Estado de Minas)
Páscoa/RS – Os supermercados gaúchos deverão comercializar 9 milhões de ovos de chocolate e 4 milhões de caixas de bombons até a Páscoa, comemorada neste ano no dia 4 de abril. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) projeta um incremento nas vendas de 13,5% sobre o mesmo período do ano passado, sendo puxado pela linha infantil, onde o chocolate surge aliado ao brinquedo. Segundo pesquisa realizada pelos supermercadistas, pelo menos 50% das vendas de chocolates são definidas pelas crianças, que têm a opção de escolher o produto. No caso dos adultos, cresce o número de itens diet e light, contribuindo para alavancar os negócios. As estimativas apontam que 12% de todos os ovos produzidos no país serão comercializados no Rio Grande do Sul. Diante desse cenário, o faturamento do setor deverá somar R$ 90 milhões. (Correio do Povo/RS)
Sacolas – O Grupo Carrefour banirá a utilização de sacolas plásticas em toda a sua rede de lojas no Brasil nos próximos quatro anos. O anúncio oficial da decisão, uma das mais expressivas ações de sustentabilidade das grandes redes varejistas no país, será feito no próximo dia 15, na loja do Carrefour, em Piracicaba (SP). Segundo o diretor de Sustentabilidade do Carrefour, Paulo Pianez, a decisão vale tanto para as sacolas plásticas entregues ao consumidor quanto para os sacos plásticos utilizados dentro das lojas (Carrefour, Atacadão e Dia), para acondicionar frutas ou legumes. O banimento das sacolas plásticas é mais um capítulo na acirrada disputa entre as grandes varejistas do p aís por ações de sustentabilidade, que ganharam fôlego nos últimos anos. O Walmart, por exemplo, vem apostando no engajamento de sua cadeia de fornecedores para criar produtos 100% sustentáveis. O Pão de Açúcar, conhecido pelas ações de reciclagem que promove, ampliou sua rede de “lojas verdes” e também adotou uma série de procedimentos socioambientais. (Folha de SP)
Supermercados/SC – O segmento supermercadista catarinense registrou vendas positivas no primeiro mês de 2010. O resultado de janeiro foi de 5,33% ante o mesmo mês de 2009. Mas ficou abaixo do nacional, apurado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), de 8,56%. Em relação a dezembro do ano passado, houve queda de 28,68%, resultado que reflete a venda de final de ano que é sempre mais elevada. A pesquisa, junto a 50 das principais empresas catarinenses de todos os portes e regiões, foi feita pela WB Telecom para a Associação Catarinense de Supermercados (Aca ts). De acordo com o presidente da entidade, Adriano Manoel dos Santos, o mais importante é que o setor como um todo continua crescendo. – Ficamos abaixo do resultado nacional, mas estamos dentro da projeção para 2010, que é de 4% a 5% de crescimento – afirma Santos. (Diário Catarinense)
Inovação – A Parmalat Itália, lança em Portugal, o Creme de Leite Carbonara, como o próprio nome diz, tem sabor carbonara, e promete enriquecer as receitas de massas, quiches, carnes e molhos. O Creme Carbonara é um produto prático e versátil, especialmente indicado para a elaboração de pratos de massa. Com teor total de gordura de 21%, está disponível em embalagens de 200 ml. (Hipersuper)
Rastreabilidade – De onde vem o leite que você compra? Um professor da Brigham Young University desenvolveu um site em que os usuários descobrem de onde vem o leite que consomem. A partir da documentação da Agência Ame ricana de Segurança de Alimentos (FDA), o professor desenvolveu um programa de busca, que ao informar o código, o consumidor chega à fábrica onde o produto foi elaborado, e encontra também a relação de todos os itens processados na referida fábrica. O site é: http://whereismymilkfrom.com, e só é válido para produtos da indústria americana. (Agrodigital)
Setoriais
Milho – A previsão da consultoria Safras & Mercado para a safrinha de milho na região Centro Sul é de 20,3 milhões de toneladas. No ano passado, a safrinha rendeu 16,7 milhões de toneladas. (Folha de Londrina/PR)
AGF – A Conab vai usar R$ 380 milhões para comprar neste mês trigo, milho, feijão e café. A empresa vai utilizar R$ 119,1 milhões para realizar AGF de trigo, R$ 56 milhões par a milho, R$ 35,7 milhões para feijão e R$ 4,3 milhões para café. Além disso, outros R$ 165 milhões foram liberados para compra de café por meio de contratos de opção. (Valor Econômico)
Soja – A parceria da Embrapa com a Basf para o desenvolvimento da primeira soja transgênica brasileira foi apresentada ontem pela comitiva do Brasil na conferência da FAO, que discute o uso da biotecnologia no combate à fome e à pobreza. (Valor Econômico)
Economia
IPC-C1 – A inflação percebida entre as famílias de baixa renda desacelerou em fevereiro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 – (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda men sal de 1 a 2,5 salários mínimos. Segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice subiu 0,90% em fevereiro, após avançar 1,32% em janeiro. Das sete classes de despesas usadas para cálculo do IPC-C1, seis apresentaram decréscimo em suas taxas de variação de preços, de janeiro para fevereiro. Além de Transportes, este é o caso de Habitação (de 0,23% para 0,12%), Vestuário (de -0,10% para -0,58%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,19% para -0,01%), Educação, Leitura e Recreação (de 2,45% para -0,45%) e Despesas Diversas (de 0,25% para -0,13%). A única classe de despesa a apresentar aceleração de preços foi a de Alimentação (de 1,33% para 1,41%). (Agência Estado)
Indústria – A produção industrial brasileira avançou 1,1% entre dezembro de 2009 e o primeiro mês deste ano, com ajuste sazonal, e teve expansão de 16% na comparação com janeiro do ano passado. Em 12 meses, contudo, o indicador registra baixa de 5%, notou o Insti tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nota divulgada há pouco. No comparativo mensal o incremento de 1,1% conseguiu eliminar a variação negativa de 1% acumulada nos dois meses anteriores. Sobre a elevação de 16% no confronto anual, o resultado, avaliou o IBGE, refletiu a baixa base de comparação em razão dos efeitos da crise econômica internacional. (Valor Online)
Globalização e Mercosul
Chile – Quem vai a um supermercado no Chile, encontra várias gôndolas vazias. Mas as distribuidoras garantem que não faltam produtos. Existem problemas de logística. À falta de combustível, acrescentam-se os danos às rodovias. Outro agravante é o fato dos consumidores estarem estocando produtos em casa. Na hora do terremoto, os supermercados estavam fechados, mas no domingo, a população chegou, em massa, e as principais distribu idoras como Walmart e Cencosud, não tiveram tempo de reabastecer as lojas, porque os centros de distribuição precisavam de limpeza e reorganização. Farinha e lácteos podem ter problema, pela interrupção do fornecimento de energia, afetando a produção nos moinhos e as cadeias de frios. Mesmo assim, pode-se recorrer às importações para satisfazer a demanda da população. (Agrisalon )
Consumo/UE – De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelo Eurostat, em janeiro, o volume de vendas no varejo, comparado com dezembro de 2009, decresceu 0,3% na zona nos 27 países da União Europeia (UE27). No último mês do ano 2009, as vendas tinham aumentado 0,2% na UE27. Comparando os meses de Janeiro de 2010 e 2009, o índice caiu 1,6% na UE27. Numa análise mensal (Janeiro 2010 x Dezembro 2009), os dados do Eurostat indicam que o segmento “alimentos, bebidas e cigarro”, registrou queda de 0,3%. Os mai ores crescimentos ocorreram na Lituânia (7,1%), Portugal (+5,2%) e Estónia (+4,3%), e as perdas foram lideradas pela Dinamarca (-2,8%), seguida da Polônia (-1%) e Eslováquia (-0,6%). (Hipersuper)
Fundo/UE – Sacudida pela desconfiança dos mercados financeiros sobre a solidez do euro, a União Europeia estuda agora a criação de um fundo de socorro aos países do bloco que atravessem dificuldades econômicas, à imagem do que faz o Fundo Monetário Internacional (FMI). O rumor já circulava nas principais capitais europeias desde o início da crise na Grécia, mas ganhou corpo nas últimas semanas. O projeto faz parte da “Estratégia Econômica da União Europeia para os próximos dez anos”, um programa apresentado ontem, em Bruxelas. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, confirmou que as negociações estão em curso entre os parceiros europeus. “Nós faremos o anúncio assim que tenhamos tomado uma decisão.” (O Estado de SP )
PIB – A economia da zona do euro cresceu apenas 0,1 por cento no quarto trimestre de 2009 em relação ao terceiro e contraiu-se 2,1 por cento em relação a igual período de 2009, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira, confirmando a divulgação preliminar. A contribuição positiva de 0,3 ponto percentual do comércio líquido para o Produto Interno Bruto (PIB) do período contrabalançou a contribuição negativa de 0,2 ponto do investimento privado. O gasto do governo, o consumo das famílias e os estoques tiveram contribuição zero. Em 2009 como um todo, a economia da região teve contração de 4,1 por cento. (Reuters)