Notícias do dia 04.01.2010

Importações – Os números preliminares da média diária de dezembro de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 15,33% menores que a média de novembro de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.

 

 

Preços  – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro a dezembro de 2009, e igual período de 2008, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil. (www.terraviva.com.br)

 

 

Preços – Os preços pagos pelo leite aos produtores em dezembro, referentes à produção entregue em novembro, tiveram nova redução, agora de 3,5 centavos por litro, o que representou queda de 5,45% na média nacional, considerando-se sete estados: MG, RS, SP, PR, GO, BA e SC. A média dos preços brutos nestes estados foi de R$ 0,6024/litro. De agosto a dezembro, houve queda de 17,2 centavos por litro. Entretanto, a tendência baixista pode se encerrar em janeiro, caso seja mantida a sazonalidade típica. Para janeiro, a expectativa da maior parte dos agentes do setor consultados pelo Cepea (65% do total) é de estabilidade nos preços. (Cepea)

União – Jacques Gontijo, presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR/Itambé), confirmou que está em andamento o projeto de união das operações entre a Itambé, a Centroleite (GO), Confepar (PR) e as também mineiras Cemil e Minas Leite. A ideia seria criar “a maior empresa de lácteos da América Latina”, com captação de 7 milhões de litros por dia, faturamento de R$ 4 bilhões por ano, reunindo 40 mil produtores. Outro fator que tem motivado a formulação do negócio é conter o avanço de grandes indústrias de lácteos no País, que nos últimos anos vêm intensificando a consolidação do setor. O presidente da Cooperativa Central Mineira de Laticínios, Cemil, João Bosco Ferreira, confirmou para o Selectus que o trabalho está sendo desenvolvido pela consultoria Pricewaterhouse. (DCI e www.terraviva.com.br)

Laticínios/RS – Ainda que o resultado financeiro de 2009 não tenha sido tão bom quanto nos dois últimos anos, as indústrias gaúchas de laticínios projetam cenário promiss or. Tanto que, em janeiro, representantes do setor deverão definir o planejamento estratégico para 2010, quando consolidarão suas linhas de ação. Está assegurada a manutenção dos investimentos nos projetos em andamento para a ampliação de plantas industriais pelo Estado. A capacidade de beneficiamento na estrutura gaúcha deverá aumentar 30% em dois anos. Atualmente, as indústrias do Estado beneficiam oito milhões de litros ao dia, utilizando 57% da capacidade. Entre as estratégias para o próximo ano também está o acompanhamento sistemático da postura adotada por outros estados, principalmente no que diz respeito à questão tributária. (Correio do Povo/RS)

Exportações – Abrir mercado para as exportações de leite e de suínos para a China e de carne bovina para os Estados Unidos são as metas para 2010 do Ministério da Agricultura. De acordo com o superintendente do Mapa/RS, Francisco Signor, os países são importantes para que os segmen tos mantenham preços e escoem a produção. “Perseguimos a China, no bom sentido, porque é um mercado importante para lácteos e para carne suína”, salienta Signor. Para ele, o Estado precisa encontrar espaço para os suínos, porque o Rio Grande do Sul tem grande potencial, mas o mercado é restrito. No caso do leite, a preocupação é com a expectativa de alta na produção. “Vamos precisar do mercado externo para aliviar o preço.” (Correio do Povo/RS)

Europa – Sazonalmente, a produção de leite na Europa é fraca e a maior parte dos países está com volumes inferiores ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o mercado ainda se prepara para um estoque maior que a demanda. A maior parte dos produtos lácteos na Europa está com o preço menor que nos últimos meses, influenciado principalmente, pela debilidade do euro diante do dólar e o baixo consumo. Os negócios estão fracos devido às férias de final de ano, o que ajudará a manter os preço s em queda, melhorando a competitividade do produto europeu no mercado internacional.

 

 

Oceania – A produção de leite na Oceania está abaixo das previsões. Recente publicação da produção australiana no mês de outubro apontou queda de 7,8% em relação a outubro/2008. Cumulativamente, de julho a outubro, o volume foi 5% menor que no ano passado. Comerciantes já procuram em outras regiões, completar seus estoques para cumprir compromissos. No entanto, os preços estão estáveis, por enquanto. Mesmo com a instabilidade na produção, o mercado não está sendo pressionado, uma vez, que devido aos feriados de final de ano, a demanda é naturalmente reduzida. 

 

 

Negócios

Supermercados/RS – O setor supermercadista gaúcho encerrou 2009 com um ótimo desempenho, e segundo dados preliminares divulgados pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), obtiveram acréscimo de 10% nas vendas de Ano-Novo, na comparação com o mesmo período de 2008. Houve, também, crescimento de 9% nas compras no período de Natal. (Correio do Povo/RS)

Internet – As vendas de bens de consumo pela internet tiveram um crescimento de 28% no período de 15 de novembro até o último dia 24 em relação ao mesmo período de 2008, com o movimento de R$ 1,6 bilhão – contra R$ 1,25 bilhão um ano antes. Os dados foram divulgados pela consultoria e-bit. (Folha de SP)

Walmart – O Walmart vai lançar u ma campanha este ano para cortar bilhões de dólares em custos de sua cadeia de abastecimento por meio da integração das compras para suas lojas em diferentes países, processo que levará o grau de globalização de seus negócios a um novo estágio. O esforço faz parte dos planos da maior rede varejista do mundo para aumentar a compra diretamente dos fabricantes em vez de representantes ou fornecedores terceirizados. (Valor Econômico)

Setoriais

Atacado – Os produtos agropecuários recuaram 3,73% no mercado atacadista neste ano, menos do que os 4,74% registrados pelos produtos industriais. A deflação agrícola foi forte neste mês, quando o IGP-M apurou recuo de 1,47%. Soja, boi e leite estiveram na lista das quedas, enquanto laranja e café apareceram entre as principais al tas. (Folha de SP)

Chuvas/SP – Após dois dias de isolamento, a cidade de Cunha teve o acesso liberado por volta das 18h de sábado, quando recuaram as águas do Rio Jacuí, que ficou 5 metros acima do normal. Na zona rural, pelo menos 80% dos bairros permanecem isolados. “De 300 a 400 pontes foram arrancadas ou danificadas e de 600 a mil barreiras obstruem as estradas. Há locais onde nem a cavalo dá para chegar”, disse o prefeito Osmar Felipe Júnior. Cerca de 90% da produção de leite da cidade – entre 50 mil e 60 mil litros ao dia – está sendo perdida por falta de acesso dos caminhões que fazem a coleta e levam o produto às cooperativas locais. (O Estado de SP)

Economia

IPC-S – A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou ligeiramente no mês passado, encerr ando 2009 com patamar bastante inferior ao do ano anterior. O indicador teve alta de 0,24% em dezembro, ante elevação de 0,26% em novembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira. A desaceleração no mês partiu de menores altas dos preços de Alimentação, de 0,20%, e de Habitação, de 0,14%. As principais contribuições individuais de alta para o índice foram mamão papaia, cenoura, tarifa de táxi, alface e vagem, enquanto as principais quedas foram de batata-inglesa, tomate, limão, cebola e leite longa vida. Em 2009, as maiores elevações individuais de preços foram de aluguel residencial, cigarro, energia elétrica, açúcar refinado e batata-inglesa. Os maiores recuos foram de tomate, feijão carioquinha, passagem aérea, feijão preto e leite longa vida. (Reuters)

Confiança – O Índice de Confiança da Indústria, medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), cresceu 3,5% em dezembro, (dado com ajuste sazonal), indo a 113, 4 pontos. Trata-se do maior nível desde julho de 2008. O resultado marca uma recuperação expressiva em relação ao desempenho o início do ano, quando o indicador chegou a 75,1 pontos, segundo menor nível da série histórica iniciada em abril de 1995. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada registrou em dezembro a sua nona alta consecutiva e atingiu 83,8%, rompendo, após sete meses, o patamar de 80%. As previsões para os meses seguintes são favoráveis em todos os quesitos integrantes do componente de expectativas, principalmente em relação à produção, cujo indicador de 144,1 pontos é o maior da série histórica constituída desde 1980. (Folha de SP)

Projeção – A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 apresentou melhora na pesquisa semanal Focus divulgada hoje pelo Banco Central. No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um cre scimento de 5,08% para 5,20%. Para o PIB do ano passado, o mercado piorou levemente a projeção de uma retração de 0,22% para um recuo de 0,24%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 foi mantida em alta de 8%. Já a previsão para o resultado final da produção industrial em 2009 segue negativa, porém houve leve melhora, passando de um recuo de 7,62% para uma queda de 7,58%. (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Cuba – A produção de arroz de Cuba aumentou 44,6%, a de feijão desidratado, 9,6%, e a de leite, 10,8%, em 2009. São os primeiros resultados positivos do plano quinquenal do governo, lançado para reduzir em 50% os custos das importações com arroz, feijão e leite em pó, até 2012. Cuba gastou US$ 2,2 bilhões com a compra de alimentos e m 2008, incluindo 700 milhões para a aquisição de arroz e feijão e 250 milhões para a compra de leite em pó. Em 2009, a produção de arroz consumível foi de 300 mil toneladas, de feijão, 106.500 toneladas, e de leite, 587 milhões de litros em 2009, contra respectivamente 207.500 toneladas, 97.200 toneladas e 530 milhões de litros em 2008, informou o departamento Nacional de Estatísticas. (Reuters)

Argentina – A presidente Cristina Kirchner garante que a inflação de 2009 não ultrapassou a faixa de 8%. Economistas independentes, sindicatos e organizações de defesa dos consumidores calculam que a taxa real do país teria oscilado entre 15% e 18%, superada apenas pelo o Congo, com 31,2%, e pela Venezuela, com 28%, conforme dados do FMI. A consultoria Ecolatina informa que a recuperação da atividade econômica na Argentina em 2010 “acelerará a inflação.” (Correio do Povo/RS)

RS: indústria aposta em cenário melhor para 2010

Ainda que o resultado financeiro de 2009 não tenha sido tão bom quanto nos dois últimos anos, as indústrias gaúchas de laticínios projetam cenário promissor para 2010. Tanto que, em janeiro, representantes do setor deverão definir o planejamento estratégico para o próximo ano, quando consolidarão sua linhas de ação. Está assegurada a manutenção dos investimentos nos projetos em andamento para a ampliação de plantas industriais pelo Estado.

Entre as estratégias para o próximo ano também está o acompanhamento sistemático da postura adotada por outros estados, principalmente no que diz respeito à questão tributária. “Toda medida protecionista adotada pelo governo de São Paulo, por exemplo, tem reflexo no mercado gaúcho. Em 2009, trabalhamos para minimizar os efeitos. Isso funcionou, então temos de continuar assim”, observa o presidente do Sindilat, Carlos Feijó.

Conforme o dirigente, a capacidade de beneficiamento gaúcha deverá aumentar 30% em dois anos. O aporte ratifica a convicção das empresas no crescimento do mercado. “Com as plantas de beneficiamento da Brasil Foods, em Três de Maio, da Italac, em Passo Fundo, da Nestlé, em Carazinho e Palmeira das Missões, da CCGL, em Cruz Alta, e da Cosuel, em Encantado, o potencial de processamento diário de leite chegará a 18,2 milhões de litros no final de 2011”, aposta Feijó. Atualmente, as indústrias do Estado beneficiam 8 milhões de litros ao dia, utilizando 57% da capacidade.

O recebimento estável, entretanto, não aponta valorização do litro pago ao produtor em 2010. Segundo Feijó, as indústrias pagaram neste ano valores acima do recomendado pelo Conseleite, e a tendência é de manutenção da remuneração aos integrados, com a majoração dos preços em 20% no varejo até o mês de abril.

A pesquisadora Aline Barrozo Ferro, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, aponta que o aumento dos preços internacionais, em função dos baixos estoques, da redução das exportações americanas e do enxugamento na produção da Nova Zelândia e da Austrália, fortalecem a perspectiva otimista em relação ao mercado do leite. “Ao produtor, a tendência é de manutenção de preços.” No Rio Grande do Sul, conforme o Cepea, o preço médio ao produtor foi de R$ 0,56 em dezembro, queda de 1,3% em relação ao mês anterior.

As informações são do Correio do Povo

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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