Notícias do dia 03.03.09

Pep – O resultado do 4º leilão de prêmio para o escoamento de leite de vaca in natura, realizado nesta terça-feira (3), pela Conab, negociou 28 milhões de litros. Para a região Centro-Oeste foram 3 milhões/l e para Sudeste 25 milhões/l. Na região Sul foram ofertados 65 milhões de litros, mas não houve compradores. O prêmio de risco foi de R$ 0,09 em um valor total negociado de R$ 2.520 milhões. No Centro-Oeste o valor foi de R$ 270 mil e no Sudeste R$ 2.250 milhões. (www.terraviva.com.br)

Portaria – O Diário Oficial da União publicou no dia 13/02/2009, a Portaria nº 103, de 12 de fevereiro de 2009, que estabelece grupo de trabalho para regulamentação da lei nº 11.265, de 03 de janeiro de 2006. (www.terraviva.com.br) .

Importações – Os números preliminares da média diária de fevereiro de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 31,81% menores que a média de janeiro de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. 

 

 

Argentina  – Em janeiro as exportações de lácteos argentinas caíram 32%. A principal causa foi a queda da demanda russa e venezuelana. Não é casual. Ambas as nações têm no petróleo sua fonte de renda, e foram atingidas pela crise financeira. A principal queda ocorreu nos queijos, principalmente pela falta de pedidos pelo mercado russo. Se bem que tenha tido crescimento das compras do Brasil e México, estas vendas não compensaram as compras russas. No item “outros lácteos”, que caiu 32% em relação a 2008, houve redução de pedidos pelo Brasil, Chile, Uruguai, Rússia, Estados Unidos e Canadá. Com relação ao leite em pó, em janeiro deste ano foram 24% menos que em 2008. As principais quedas se registraram no envio à Venezuela (-64%) e Argélia (-16%). Mas cresceram as remessas para o Brasil (+83%). O anúncio de um subsídio de 0,10 pesos/litro de leite para os produtores de até 3.000 litros diários gerou controvérsias. Para alguns é uma espécie de castigo à eficiência e ao esforço para melhorar a produção. Como em outras ocasiões, a bonificação estratificada acabará distorcendo o mercado. O anúncio chega num momento em que a queda sazonal permitirá um ajuste no preço do leite, e desta vez para cima. A queda que vem sendo constante desde a primavera poderá estar no fim, e alguns analistas já esperam uma recuperação no preço do leite ao produtor para as próximas semanas, na ordem de 5 a 10 centavos. (Infortambo)

Negócios

Frimesa – A Cooperativa com sede em Medianeira integrada pela Copacol, Copagril, C. Vale, Lar e Primato – movimentou 19% mais recursos no ano passado na comparação com 2007. O balanço foi divulgado na última semana. O faturamento chegou a R$ 694,1 milhões graças a uma melhoria nos preços dos produtos oferecidos ao consumo interno. “Cumprimos o cronograma de investimentos, crescemos na produção do frigorífico e agregamos valor aos derivados de lácteos e carnes. Foram nossas ações comerciais que puxaram toda a cadeia produtiva”, disse o presidente da Frimesa, Valter Vanzella. Foram comercializadas 230 mil toneladas de 339 produtos no mercado interno – 95% da produção. (Gazeta do Povo)

Pão de Açúcar – O grupo Pão de Açúcar anunciou que fechou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 102,3 milhões, ante R$ 112,7 milhões um ano antes. A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 398,1 milhões no trimestre passado, alta de 22,5% sobre o registrado no ano anterior. A margem passou de 7,5% para 7,7%. No ano, a empresa teve lucro líquido pro-forma de R$ 298,6 milhões, frente ao ganho de R$ 210,9 milhões em 2007. A receita líquida nos últimos três meses de 2008 somou R$ 5,143 bilhões, 18,8% em relação ao quarto trimestre de 2007. No ano, o faturamento líquido cresceu 21%, para R$ 18,033 bilhões. (InvestNews)

Gulfood – As 12 empresas brasileiras que participaram do pavilhão organizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira na Gulfood – maior feira de alimentos do Oriente Médio – poderão fechar negócios de US$ 55 milhões neste ano. Nos quatro dias do evento, realizado em Dubai (Emirados Árabes) na semana passada, os pedidos alcançaram US$ 15 milhões. Outros US$ 40 milhões foram encomendados para os próximos 12 meses. Apesar da crise financeira mundial, o movimento da feira foi além da expectativa. – Mesmo em momentos de crise, sempre existirá demanda para os alimentos – afirmou o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio. As companhias brasileiras fizeram mais de dois mil contatos com empresas de pelo menos 20 países. (Ministério da Agricultura)

 

Setoriais

Safra – O agravamento da crise deverá fazer com que o governo dobre o volume de recursos disponibilizados à agricultura na safra 2009/2010. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu à imprensa que o governo pode disponibilizar entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões em recursos para o financiamento da próxima safra. No início da temporada 2008/2009, em vigor, o governo disponibilizou R$ 55 bilhões aos produtores rurais. (DCI)

Balança  – O Brasil registrou em fevereiro o primeiro superávit da balança comercial no ano. Ao contrário de janeiro, quando o comércio brasileiro registrou déficit de US$ 518 milhões, as exportações no mês passado superaram as importações em US$ 1,7 bilhão. Os produtos agropecuários contribuíram para isso. Entre os destaques estão as vendas de soja, milho, carne bovina, café e algodão. Por causa do cenário econômico mundial, as exportações estão mudando de rumo. Ao invés dos tradicionais compradores americanos e argentinos, as vendas brasileiras têm crescido para os países asiáticos, principalmente China, índia e Coréia. Com o início da safra, o governo acredita em exportações ainda mais significativas. – Fatores climáticos e fatores sazonais com o início da safra brasileira devem ter efeito positivo nos próximos meses – diz Barral. Mas para o governo as vendas externas poderiam ser melhores se não fossem as barreiras comerciais. Nós esperamos negociar com a Argentina para suspender essas barreiras. A pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior investiga o aumento das importações de leite da Argentina, que em um ano cresceram 117%. A suspeita do setor produtivo é de que o país vizinho esteja comprando o produto da Europa a taxas mais baixas e revendendo para o Brasil. (Canal Rural)

Economia

Confiança – O Índice de Confiança da Indústria (ICI) na economia aumenta 1,3% em fevereiro. A taxa é uma das quatro menores desde 1995. O levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que, apesar da recuperação, a atividade econômica mantém ritmo fraco. Depois de subir apenas 0,8% em janeiro, o ICI mostra leve recuperação em fevereiro. Em uma escala de 0 a 200 pontos, o indicador subiu de 75,3, em janeiro, para 76,3 pontos, no mês passado. Entre as mais de mil empresas consultadas pela pesquisa, 23% apostam em uma recuperação dos negócios até julho, mas, para 37,7%, a previsão é o contrário disso. A confiança da indústria, segundo a FGV, está abalada, porque o ritmo da atividade econômica ainda está fraco. O nível de utilização de capacidade instalada fechou fevereiro em quase 77%, menor patamar registrado desde 2005. (Canal Rural)

Crise – A crise “vai piorar antes de melhora em nossa região e também a nível global”, disse Nicolas Eyzaguirre, chefe do Hemisfério Ocidental do FMI, durante a conferência dos ministros iberoamericanos de finanças, acrescentando que “o FMI poderá rever a projeção do crescimento global, dos atuais 0,5%, para algum número negativo”. Isso não ocorre desde 1970. Se bem que a América Latina esteja em posição melhor para enfrentar a crise financeira global, a má notícia é que o ambiente externo é mais extenso, mais profundo, e de uma duração maior que o projetado até agora, e que pode piorar ainda mais, antes de melhorar. Pamela Cox, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe diz que a crise global está freando o crescimento da região, mas não houve impacto no sistema financeiro, como na Europa. (Diario Financiero)

IPC – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade de São Paulo desacelerou para 0,27% no fechamento de fevereiro, depois da alta de 0,46% em janeiro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira. Na comparação entre os dois primeiros meses de 2009, alimentação recuou de 0,68% para 0,33%, despesas pessoais de 0,59% para 0,29% e saúde de 0,42% para 0,21%. Na contramão, os custos de transportes saíram do patamar negativo (-0,30% em janeiro) e alcançaram variação positiva de 0,34% em fevereiro, e os preços de habitação aumentaram de 0,21% para 0,37% no período em análise. (Reuters)

IPC-S – O alívio dado à inflação pelo fim dos gastos com educação e com a retração dos preços de alguns alimentos foi sentido em seis das sete capitais brasileiras pesquisadas no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apenas em Recife a inflação ficou estável (0,86%) em relação à mediação anterior. Em 28 de fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,21%, uma queda de 0,18 ponto percentual em relação à medição anterior. O resultado foi influenciado pelo desempenho de Belo Horizonte (0,12% para 0,04%), Brasília (0,15% para 0,07%), Porto Alegre (0,89% para 0,84%), Rio de Janeiro (0,42% para 0,16%), Salvador (de 0,45% para 0,03%) e São Paulo (0,29% para 0,16%). (InvestNews)

 

Globalização e Mercosul

Crescimento – Em consequência do tamanho da recessão, o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Joaquín Almunia, não descartou nesta terça-feira (3) uma revisão para baixo nas próximas estimativas de crescimento da União Europeia (UE). A Comissão Europeia tinha anunciado em janeiro que a expectativa era de um retrocesso de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 na zona euro e de 1,8% no conjunto da União Europeia. Para 2010, Bruxelas apostou em uma retomada do crescimento a 0,4% do PIB e a 0,5% na UE-27. (AFP)

Soja – Os Estados Unidos irão plantar sua maior área de soja da história no ciclo 2009/10, que começa a ser cultivado em abril. Se o clima for satisfatório, o desempenho das lavouras deve ajudar a recompor os estoques mundiais do grão, hoje próximos de 50 milhões de toneladas. A avaliação é do economista chefe do departamento de agricultura do país (USDA), Joseph Glauber, expressada durante o Agricultural Outlook Forum, na semana passada, em Arlington, estado da Virgínia (EUA). “Em 2009, pela segunda vez em nove anos, a produção mundial de alimentos será maior que o consumo”, disse. Conforme o USDA, os norte-americanos irão cultivar na próxima safra 31,2 milhões de hectares com soja, um incremento de 560 mil hectares. (Gazeta do Povo)

Brasil/Argentina – As barreiras protecionistas adotadas pela Argentina aos produtos brasileiros já afetam 10% do total exportado pelo Brasil ao país vizinho. A informação foi dada ontem pelo secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. Segundo ele, isso significa um potencial de US$ 1,5 bilhão em divisas, por ano, que deixariam de ser contabilizadas. Barral lembrou que Brasil e Argentina estão negociando um acordo que possibilite a volta do livre comércio bilateral. Essas conversas, destacou, estão ocorrendo em nível técnico, mas serão o principal tema de um encontro em São Paulo, em meados deste mês, entre os presidentes Lula e Cristina Kirchner. O secretário afirmou que, se for necessário, o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Argentina, para protestar contra o abuso na exigência de licenças não-automáticas e medidas antidumping a produtos brasileiros. Em uma paródia a um texto do escritor Nelson Rodrigues, “toda nudez será castigada”, Barral avisou, em tom de brincadeira: “Todo protecionismo será castigado”.A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) também alertou que poderá adotar restrições às importações de leite em pó e de farinha de trigo do país vizinho. A balança comercial do primeiro bimestre estampou uma queda de 46,5% nos embarques brasileiros para o país vizinho, em relação a igual período de 2008. (Diário da Manhã/GO)

EUA – O excesso de produção de leite sempre conduz à baixa dos preços. Por isso um especialista da Universidade de Cornell propõe um novo sistema de preços do leite que lembra as quotas européias. O objetivo seria controlar a oferta de leite para conseguir manter a estabilidade dos preços. Nesse novo sistema, seria estabelecido um percentual de crescimento para todos os produtores. Aqueles que ultrapassassem pagariam uma taxa extra. A arrecadação seria revertida em favor dos produtores que cumprissem a meta. (Infortambo)

Máquinas – A crise no campo provocou, durante 2008, o crescimento de 94,6% na exportação de máquinas agrícolas em relação ao ano anterior. O Brasil desbancou a Venezuela como principal comprador. “Em parte, isto mostra o impacto da queda da demanda interna no último trimestre, que foi parcialmente compensado pelo aumento das exportações”, assinalou a consultora do Instituto de Pesquisas Econômicas (IES). Os tratores foram os mais vendidos, seguidos por plantadeiras, colheitadeiras e pulverizadores. (El Diário)

Interleite Sul: referência em informação na Mercoláctea

Os mais influentes líderes do segmento lácteo do país estarão presentes na Mercoláctea Milk Fair, entre os dias 24 a 26 de março de 2009, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó. A Feira reunirá 150 expositores, oportunizará negócios da ordem de 80 milhões de reais, atrairá 20 mil visitantes e terá em sequência o Simpósio Interleite Sul 2009 (26 a 28/03), primeiro simpósio sobre produção competitiva de leite da região sul.

O Interleite é organizado pelo portal MilkPoint e acontecerá pela primeira vez no sul do Brasil. Uma bateria de 20 palestras, um painel e 12 sessões de perguntas marcarão a programação do evento. Desde 1994, o Interleite é referência em informação técnica qualificada sobre produção competitiva de leite, reunindo alguns dos principais especialistas do Brasil e do exterior. Este evento bianual, que teve oito edições de sucesso, decidiu lançar em 2009 a primeira edição com temática focada na região em que a produção mais cresce no país.

O Simpósio será um grande fórum para discutir as potencialidades e as soluções para o leite no Sul do país, com uma abordagem focada em sistemas de produção, custos e gestão, mercado e temas técnicos atualizados.

Estarão em foco as novidades e necessidades da cadeia produtiva do leite da região Sul do Brasil, através das 20 palestras, que abordarão as tendências para o mercado de leite, a competitividade e o Mercosul na produção leiteira, projetos de organização da cadeia produtiva, dinâmica de custos e uma visão do futuro do leite brasileiro, sustentabilidade na produção, melhoria da qualidade do leite na região sul, certificação, entre outros temas técnicos e mais específicos sobre produção leiteira. Esta edição inédita do Simpósio sobre Produção Competitiva de Leite será voltada para as necessidades da região Sul do Brasil.

As informações são da MB Comunicação, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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