Preços I – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro a abril de 2010, e igual período de 2009, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil. (www.terraviva.com.br)
Preços II – O preço do leite pago ao produtor em abril (referente à produção de março) teve novo salto significativo. Na média nacional do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que abrange os estados de RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA, o valor bruto do leite subiu 8 centavos por litro (ou 11,8%) frente ao mês anterior, passando para R$ 0,76/litro. Neste ano (janeiro a abril/10), o aumento no preço do leite chega a 27% – essa foi a maior elevação já observada pelo Cepea para o período, desde 1995. Em relação a abril de 2009, o acréscimo foi de 21,4%, em termos nominais. A valorização do leite ao produtor foi resultado da seguida redução na oferta do produto em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. No mercado de derivados, os preços também subiram em março, impulsionados, principalmente, pela menor oferta de leite. O leite UHT negociado no atacado de São Paulo teve média de R$ 1,71/litro em março, alta de 14,7% frente ao mês anterior e de 27,2% no ano (janeiro a março/10). O queijo mussarela valorizou 7,04%, passando para R$ 9,69/kg, e o queijo prato teve acréscimo de 2,4%, com média de R$ 11,44/kg. O leite pasteurizado foi cotado à média de R$ 1,27/litro em março, aumento de 4,9%. A maior média de preços do leite pago ao produtor, de R$ 0,7840/litro, foi verificada em Minas Gerais, onde houve alta de 12% (8,4 centavos por litro) de março para abril. Em Goiás, a média de preços foi de R$ 0,7676/litro, elevação de 12,3% (ou 8,4 centavos por litro) e, em São Paulo, de R$ 0,7524/litro, acréscimo de 13,04% (8,7 centavos por litro). No Rio Grande do Sul, houve alta de 11,8% no valor pago ao produtor (7,7 centavos por litro), com a média a R$ 0,7274/litro em abril. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 0,7455/l e, no Paraná, de 0,7494/l, aumentos de 8,5% (5,8 centavos por litro) e 10,7% (7,3 centavos por litro), respectivamente. Na Bahia, o preço médio foi de R$ 0,6616/l no mês, acréscimo de 10,3% (de 5,1 centavos por litro) frente a março.(Cepea)
Leite pela Vida – O Programa Leite Fome Zero – Um Leite pela Vida promove, a partir desta segunda-feira (3), capacitação para cerca de duas mil pessoas através de palestras, debates e de uma metodologia de ensino popular construtivista e participativa. O conteúdo abordará desde mudanças na Resolução Nº 37, que estabelece as normas que regem o Programa de Aquisição de Alimentos – Incentivo à Produção e ao consumo de leite (PAA-Leite) e a disseminação de informações sobre os trabalhos do Conselho de Segurança Alimentar (Consea) em Minas, até temas para despertar e valorizar o sentimento de pertencimento e práticas cidadãs. (Agência Minas)
Pesquisa – Sob o olhar científico dos acadêmicos Paula Ximênia e Péricles Kennedy, do 6º período de farmácia da Funorte (Faculdades Unidas do Norte de Minas), o queijo tipo Minas está sendo objeto de investigação da pesquisa intitulada “Análise Microbiológica de Bolores em queijos tipo Minas, produzidos artesanalmente e comercializados no Mercado Municipal de Montes Claros/MG”. O trabalho está sendo orientado pela professora Darlê Martins, que é bióloga e mestre em Biotecnologia pela UninCor de Três Corações (MG). Segundo ela, há estudos que relatam que o desenvolvimento de fungos nos queijos pode causar modificações nas suas características fisico-química, microbiológica e sensoriais e que em casos extremos, essas modificações podem comprometer a qualidade dos queijos. (Funorte)
Queijo Minas – A “Análise Microbiológica de Bolores em queijos tipo Minas”, não pretende desprestigiar o produto, mas identificar o problema para que comerciantes e o poder público possam buscar alternativas seguras e higiênicas para produzir, manusear, armazenar e comercializar este produto saboroso e típico da nossa cultura, afirmam os acadêmicos. Para Paula, o resultado po derá beneficiar toda a sociedade: – A população terá informações acerca do produto e poderá exigir mais qualidade e higiene, já os fabricantes e vendedores poderão oferecer um produto que, pelo valor nutritivo, seja de fato uma fonte de saúde – evidencia a acadêmica. (Funorte)
Nova Zelândia – A produção de leite na Nova Zelândia continua baixa para esse período. Existe certa preocupação com relação ao suprimento de matéria-prima para atender alguns compromissos já assumidos, principalmente leite em pó integral e manteiga. O volume produzido nesta temporada deverá ser ligeiramente maior que o da temporada passada, conforme as últimas previsões. A seca que atinge, na Ilha Norte, e as inundações, na Ilha Sul, anteciparam o fim da estação, com a necessidade de secar o rebanho, antes do esperado. A entrega de produtos acabados já começa a ficar comprometida. A Fonterra acaba de anunciar um aumento de NZ$ 0,40 por kg/milksolids (MS), o primeiro desde novembro do ano passado. (Usda )
Austrália – Na Austrália a produção se mantém bem abaixo da do ano passado, mesmo com a recente melhora das condições meteorológicas. Os estoques estão apertados, e a demanda por manteiga encontra-se alta. Os últimos relatórios indicam que os estoques mundiais são pequenos. Alguns clientes, céticos em relação aos preços do leite em pó desnatado, não negociaram o produto no último Leilão da Fonterra, e esperam que os preços recuem, no próximo mês. Com a baixa produção os preços melhoram para os produtores. Combinada com a queda nos preços dos grãos, a alimentação complementar melhora a produção. (Usda )
Europa – Com a melhora das condições meteorológicas, a produção de leite na Europa está crescendo. A indústria direciona a matéria-prima para a produção de leite fresco e queijos, para consumo interno, deixando os estoques de manteiga e butteroil apertados. A Autoridade Europeia para a segurança alimentar emitiu parecer científico dizendo que o risco potencial de contaminação da água e alimentos pelas cinzas do Vulcão da Islândia é insignificante na União Europeia. O anúncio feito pela China de que não importará produtos procedentes dos Estados Unidos, a partir de 1º de maio, devido a um problema de certificado de saúde, pode significar oportunidades de exportação para outros países. . (Usda )
Negócios
Cencosud – A varejista chilena Cencosud compra a rede Perini de Salvador, que possui oito lojas, quatro das quais instaladas nos principais shoppings da cidade, e uma indústria de pães, doces e gelados, que vende no interior de suas lojas, em locais tipo delicatesse. A empresa, direcionada para um público de alto poder aquisitivo, tem 1.000 empregados, e em 2009 faturou US$ 88 milhões. Projeta fechar 2010 com US$ 102 milhões. A compra faz parte dos planos do Cencosud de se expandir no Brasil. Em 2007 comprou a GBarbosa, e em março último fechou um contrato de compra e venda para controlar a Super Família Comercial de Alimentos. (Estratégia Online – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
Nordeste – Com a compra da Perini, a Cencosud passa a ocupar 20% do mercado regional, superando a Bompreço, controlada pelo Walmart, Pão de Açúcar e Makro. O Walmart deverá destinar boa parte dos cerca de um bilhão de dólares que tem para investir no Brasil, ao promissor Nordeste brasileiro. De acordo com a brasileira Selma Nunez, da Câmara de Comércio Chile-Brasil, estarão sendo licitadas obras de portos, rodovias e ferrovias na região, que irão impactar no consumo regional. O Nordeste também conta com sistema tributário especial, com benefícios fiscais, principalmente para estrangeiros, com carga tributária diferenciada. Estes elementos, além do dinamismo da economia propiciado pelo Mundial de 2014 e as Olimpíadas de 2016, tem levado empresas, como a Cencosud, a apostar no Brasil. (Diario Financiero – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
Setoriais
Alternativa – Em São P aulo, o farelo de algodão com 28% de proteína bruta está cotado, em média, em R$ 403,00/tonelada, 23% menos em relação ao pico de preço (setembro do ano passado). Com isso, as cotações retornaram aos patamares verificados no mesmo período de 2009. Somado a este fato, a melhor remuneração ao produtor de leite favoreceu a relação de troca. Atualmente, com um litro de leite é possível adquirir, em média, 10,5% mais farelo de algodão na comparação com abril/09. Em curto e médio prazos, no entanto, o mercado pode se aquecer em função do aumento da demanda com o início dos confinamentos e da entressafra. (Pantanal News)
Milho/MT – O Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) revisou para baixo sua estimativa de produtividade para a segunda safra de milho no Estado. Em março, a entidade previu um rendimento de 4.773 por hectare, volume que foi reduzido em 8,6% para 4.365 quilos por hectare. A falta de chuva foi apontada como a principal responsável por essa redução. (Valor Econômico)
Comercialização – O governo decidiu alterar as regras para a concessão de subsídios à comercialização da atual safra de grãos. Após, prolongadas negociações entre os ministérios da Fazenda e da Agricultura, o governo resolveu promover leilões regionalizados dos prêmios de comercialização, com valores diferentes para cada região produtora do país. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informou que os valores das subvenções serão estabelecidos de acordo com a distância das regiões produtoras, fixas e proporcionais – e não mais apenas por Estados. “Fizemos um acordo perfeito. Cedemos de um lado e a Fazenda cedeu de outro. O modelo anterior mantinha desigualdades”, diz. (Valor Econômico)
Mais Alimentos – A pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff deu como certas, ontem na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), medidas para beneficiar agricultores familiares. A ex-ministra da Casa Civil garantiu que o presidente Lula anunciará, hoje, o aumento do limite por produtor de R$ 100 mil para R$ 130 mil no programa de renovação da frota de tratores, o Mais Alimentos. Dilma ainda antecipou que o presidente criará uma nova possibilidade de financiamento no programa. Agricultores poderão se associar em grupos de até cinco integrantes para financiar um total conjunto de R$ 500 mil. (Correio do Povo/RS)
Soja – A produção de soja cresce 18% nesta safra, as exportações, 4%, mas as receitas recuam 12%. As estimativas são da Abiove, associação que reúne as indústrias do setor. O processamento interno sobe para 32,9 milhões de toneladas, com evolução de 7%. (Folha de SP)
Economia
Inflação – A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que as altas de preço mais expressivas no varejo, no IGP-M de abril, foram registradas em leite tipo longa vida (10,63%); batata-inglesa (16,62%); e tomate (15,25%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em álcool combustível (-11,49%); manga (-13,49%); e laranja lima (-25,51%). (Agência Estado)
Confiança – Após 14 altas consecutivas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 1,0% em abril ante março, segundo informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa é bem distante da apurada no mês passado, quando o ICI subiu 0,6% contra fevereiro. (Agência Estado)
Alimentos – Os gastos dos paulistanos com alimentos devem continuar aumentando nos próximos meses, em decorrência dos estragos feitos nas plantações pelas chuvas do começo de 2010. Com isso, deve manter-se a tendência de alta detectad a em março pelo Índice de Preços no Varejo (IPV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), que registrou um aumento de 1,03% nos preços dos supermercados e de 1,77% para os das feiras livres. (O Estado de SP)
Globalização e Mercosul
Agricultura I – O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, destacou na quarta, dia 28, a importância estratégica da agricultura para o bem-estar econômico e social dos países da América Latina e Caribe. – A agricultura repercute diretamente na capacidade de enfrentar os desafios socioeconômicos presentes nas zonas rurais – afirmou Diouf, na Cidade do Panamá, durante discurso na 31ª Conferência Regional para América Latina e Caribe. O diretor-geral acrescentou que os principais desafios para alcançar um desenvolvimento agrícola sustentável são responder à mudança climática, melhorar as infra-estruturas rurais, o acesso à água de qualidade, o marco institucional e os mecanismos de financiamento para as atividades rurais. – A fome aumentou em todo o mundo nos últimos três anos devido a investimentos insuficientes no setor rural, a crise econômica e financeira e, principalmente, por causa da alta dos preços dos alimentos. (FAO)
Agricultura II – Na Conferência Regional, os países membros da FAO discutem um programa de políticas específicas para a agricultura familiar. A organização busca converter esse setor em parte vital da solução ao problema da pobreza rural e quer reduzir a dependência das importações de alimentos que existe em alguns países da região. Um documento preparado pela FAO propõe que os governos apóiem a agricultura familiar implementando ações para estimular os mercados domésticos de alimentos básicos, aumentando a produtividade da agricultu ra familiar e desenvolvendo instrumentos de gestão e manejo de riscos. Algumas dessas medidas já foram implantadas pelos países, como resposta à alta dos preços dos alimentos. (FAO)
Aftosa – A FAO alertou sobre a necessidade de reforçar os sistemas internacionais de controle da febre aftosa, logo após a recente descoberta de três casos no Japão e Coréia do Sul. “A preocupação vem do fato de que mesmo as rigorosas medidas sanitárias adotadas pelos dois países foi insuficientes para interditar uma infecção em grande escala, provavelmente procedente do Extremo Oriente”, disse o veterinário Juan Lubroth. “Devemos nos perguntar se não estaríamos à beira de uma pandemia, como ocorreu em 2001, quando a doença se propagou da África do Sul à Inglaterra”, acrescenta Juan, causando enormes prejuízos. (FAO – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)