Grupo Vencedor – Dentro de dois meses começa a montagem da primeira fábrica de leite em pó de Mato Grosso do Sul, pertencente ao Grupo Vencedor, que será a maior indústria de laticínios do estado. Com investimento de R$ 30 milhões o empreendimento está localizado em Terenos, numa área de 43 hectares, com previsão de gerar 300 empregos diretos. Para viabilizar o empreendimento o governo do estado concedeu incentivos fiscais que podem chegar a 88% de isenção do ICMS conforme a linha de produtos. A unidade é projetada para beneficiar 600 mil litros de leite por dia, o que correspondente à metade da produção estadual, estimada em 1,2 milhão de litros, deverá entrar em operação, em dois anos. (A Crítica/MS)
Captação/MG – O índice de captação de leite, em Minas Gerais, aumentou 2,14% em junho se comparado com maio. A alta pode ser justificada pelo maior investimento na alimentação concentrada (farelos e grãos). A iniciativa foi impulsionada pela valorização do leite registrada entre abril e maio. O resultado do incremento foi sentido na cotação do produto. O preço médio, em julho caiu 7% (5,7 centavos por litro), recuando para R$ 0,75 o litro, em pleno período de entressafra. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No acumulado do primeiro semestre do ano, o volume recebido por laticínios e cooperativas no Estado foi 4,34% maior que o do mesmo período de 2009, mas ainda 2,4% menor que o acumulado em igual período de 2008. (Diário do Comércio/MG)
ICPLeite – De acordo com o Índice de Custo de Produção de Leite da Embrapa Gado de Leite (ICP Leite/Embrapa), a queda no preço da alimentação concentrada – farelos e grãos – e mineral para a pecuária de leite está beneficiando os criadores. Em junho, o ICPLeite/Embrapa apontou queda de 3,39% no valor dos insumos em relação ao mesmo mês de 2009. O grupo concentrado caiu 8,77% e o sal mineral cedeu 10,48%, na mesma comparação. Os principais produtos que favoreceram a redução foram o sorgo em grão, cujo preço caiu 3,9% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2009, o milho que teve redução de 20,3%, tornando-se a melhor opção para o produtor de leite. (Diário do Comércio/MG)
Derivados – No segmento de derivados, os queijos foram os únicos produtos a ter valorizações em junho. No atacado o queijo mussarela teve média de R$ 10,45 por quilo, aumento de 1,5% em relação a maio. O queijo prato foi cotado à média de R$ 12,29 o quilo, alta de 1,9% no período. Já o preço médio do leite longa vida teve novo recuo em junho, de 2,6% frente ao mês anterior, a R$ 1,59 o litro. O leite pasteurizado teve média de R$ 1,28 o litro, queda de 1,2% frente a maio, e o leite em pó foi cotado à média de R$ 10,06 o quilo, redução de 3,4%. (Diário do Comércio/MG)
Preços – A disparada no preço do leite está batendo o ritmo da inflação neste ano e azedando o orçamento das famílias brasileiras. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou elevação de 3,22% entre janeiro e julho, a bebida subiu quase cinco vezes mais: 15,25%. De seis derivados do produto observados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), todos ficaram mais caros em 2010. Além do clima, que influenciou a produção, o mercado doméstico aquecido — impulsionado pelo consumo da crescente classe média — pressionou fortemente a indústria e empurrou os valores para cima. Nem os ganhos de produtividade nos currais conseguiram aplacar a pressão sobre os pr odutos lácteos. (Correio Braziliense)
Leite/MA – Num investimento inicial de R$ 2 milhões, o empresário Francisco Veloso Júnior, proprietário da Tapuio Agropecuária Ltda., sediada em Taipu (RN), promete dinamizar o setor de laticínio maranhense com a aquisição de uma indústria em Santa Inês, que para entrar em funcionamento só depende da licença ambiental e do Selo de Inspeção Federal (SIF). Ao que tudo indica, essa pendência burocrática será resolvida ainda em agosto e a empresa começa a operar em setembro. Beneficiando tanto o leite de búfalas quanto de vacas, o Maranhão será abastecido com produtos nobres, principalmente queijos. A cidade fica numa posição geográfica estratégica (entroncam ento das BRs 316 e 222), permitindo abastecer, também, capitais e interior do Piauí e Pará. (Maranhão Hoje)
Produção/MA – O empresário Francisco Veloso diz que é incompreensível como o Maranhão, reunindo o segundo maior rebanho de bovinos do Nordeste, perdendo apenas para a Bahia, e sendo o segundo maior criador de búfalos do Brasil, perdendo apenas para o Pará, ainda não tenha dinamizado sua indústria de laticínios. Ele acredita que os criadores de búfalos até hoje não se dedicaram muito à produção do leite porque não tinham a quem fornecer. O mesmo deve acontecer com os criadores de bovinos, já que estes também reclamam da falta de bons compradores. (Maranhão Hoje)
Leite de Búfala – Francisco Veloso diz que os produtos fabricados a base de leite de búfalas tende a ser bem consumidas também no Maranhão, a exemplo de que já ocorre da Bahia ao Ceará, a partir de uma campanha de conscient ização de que são mais nutritivos, saborosos e saudáveis. Ele diz que alguns queijos fabricados com leite de búfala chegam a ser quatro vezes mais caros, mas, nem por isso são menos consumidos, já que nos lugares onde são vendidos o público consumidor conhece sua importância nutritiva. (Maranhão Hoje)
Preços/MT – O preço do leite pago ao produtor em 2010 caiu mais uma vez em julho e a tendência é de que a queda continue pelos próximos meses. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a queda em julho (referente à produção entregue em junho) foi de 6,16% em relação ao mês anterior, para uma média de R$ 0,7242/litro no país. A situação é atípica, já que na entressafra o preço ao produtor tende a subir. O veterinário Carlos Augusto Zanata, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) argumenta que pelo menos dois fatores contribuíram para o recuo dos preços, sendo um deles o aumento da importação de leite em pó. Outro fator é a queda no consumo do leite longa vida, que representa 75% do mercado de leite fluído do país. (Expresso/MT)
Importações – O volume dos produtos classificados em NCM 04, importados nos últimos cinco anos pelo Brasil, 51% veio da Argentina. E, o Uruguai é responsável por 30% de nossas importações, no mesmo período. Volumes significativos também vieram da França (5%); Estados Unidos (4%) e Paraguai (4%). Veja na tabela abaixo, as importações mensais de lácteos provenientes da Argentina, de 2005 a junho de 2010. (www.terraviva.com.br)
Leite/SP – Os preços do leite ao consumidor devem voltar a subir. Devido à maior oferta, por conta da produção interna e da importação, os valores ficaram sem aumentos e até caíram nos últimos 50 dias. Agora os preços tendem a sofrer reajustes nos supermercados. A culpa é da queda da temperatura e das chuvas recentes registradas no Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores de lácteos. Para comerciantes de Ribeirão Preto ouvidos pela Reportagem, os preços do leite devem subir até 10% até o fim da primeira quinzena de agosto. “Vai depender da quantidade de produto em estoque”, comenta um deles. “Ou seja, quanto mais leite armazenado, menor será o reajuste dos preços”. (A Cidade)
Leite/CE – A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Recursos Hídricos do Crato está realizando um trabalho de incentivo à produção de leite no município, por meio da Cooperativa de Leite, no sítio Malhada. Com isso, 22 pecuaristas já estão Associados, fornecendo uma média de 600 litros de leite diariamente. A meta é que essa produção chegue até 600 litros de leite por hora, e o município chegue a abastecer boa parte do mercado regional, também com o processamento de iogurte e queijo. Até o momento, um dos principais incentivos tem sido o plano de aquisição da Conab, que está comprando parte do leite e distribuindo junto às escolas do município. (Monólitos Post/CE)
Negócios
Pão de Açúcar – O grupo Pão de Açúcar divulgou ontem o balanço e anunciou lucro líquido de R$ 62,3 milhões entre abril e junho, incluindo as operações da rede Ponto Frio. No mesmo período do ano anterior, o resultado foi de R$ 131,7 milhões, sem os números das lojas da cadeia de eletrodomésticos. Em termos co mparáveis, o lucro do grupo foi de R$ 82,5 milhões, uma queda de 37,4% na comparação anual. O lucro da maior varejista do país ficou abaixo da média das previsões de cinco analistas consultados pela Reuters, que apontava para ganho líquido de R$ 147 milhões. (Reuters)
Chocolate – A Chocolates Kopenhagen investiu R$ 6 milhões na campanha de comemoração dos 60 anos do seu doce Nhá Benta, responsável por 30% do seu faturamento. Esse valor inclui ações de marketing e desenvolvimento de um novo sabor do doce recheado de marshmallow coberto por chocolate. (Valor Econômico)
Setoriais
Preços – O Índice quadrissemanal de Preços Recebidos (IqPR) pelo produtor rural paulista teve queda de 3,28% na terceira semana de julho. O levantame nto é de pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA). Na semana, o IqPR-V – produtos vegetais – fechou com variação negativa de 5,74%, e o IqPR-A – produtos de origem animal – encerrou em alta de 2,81%. Seis produtos apresentaram alta de preços (três de origem vegetal e três de origem animal) e 13 apresentaram queda (dez de origem vegetal e três de origem animal). (Agência Estado)
Fertilizante – O faturamento do setor de fertilizantes deve crescer 28,1% neste ano no Brasil. A disponibilidade de crédito agrícola, a recuperação externa dos preços e a fraca base de comparação com 2009 são os principais motivos da aceleração, segundo avaliação da consultoria Lafis. A produção interna esperada para este ano, de acordo com a consultoria, é de 9,1 milhões de toneladas. Já as importações somam 13,8 milhões. As vendas internas de fertilizantes podem atingir 23,1 milhões de toneladas, um aumento de 2,7% em relação a 2009. Para Mar celo Balloti, analista da Lafis, o biênio 2011 e 2012 terá crescimento de 5,7% e 2,3%, respectivamente, na produção interna. A importação deve aumentar 29,6% e 9,2%, devido à demanda crescente. (Folha de SP)
Renegociação – Atingidos por um cenário de estreitamento das margens, baixa capacidade de endividamento e reduzido fluxo de caixa, produtores de grãos começam a renegociar algumas dívidas de custeio da safra 2009/10, além de débitos de investimento e passivos repactuados em anos anteriores. O Ministério da Agricultura finaliza estudos técnicos para convencer o Ministério da Fazenda a adotar um prazo de carência nos débitos rurais, apurou o Valor. Mesmo com a oposição de parte do governo, o fato é que as margens encolheram na safra 2009/10. Em alguns casos, empataram ou ficaram negativas. Câmbio desfavorável, preços em queda, estoques de alimentos em alta e previsão de superoferta com nova safra recorde pressionam os resultados . (Valor Econômico)
Ferramenta – A Fundação Getúlio Vargas (FGV) prepara um projeto que prevê a criação de uma ferramenta de balizamento de preços para o mercado do agronegócio (Conseagro), como soja e carnes, por exemplo, semelhante ao que já existe hoje para a cana-de-açúcar, o Consecana. (Agência Estado)
Economia
IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou alta de 0,15% em julho, mantendo a tendência de queda observada em junho – quando houve alta de 0,85%, após avanço de 1,19% em maio. Tanto os preços no atacado quanto no varejo contribuíram para essa desaceleração. A pesquisa mensal divulgada hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60% no indicador geral, teve alta de 0,20%, ante variação de 1,09% em junho. A aceleração foi creditada ao índice de Bens Finais, que apresentou queda de 0,34% em julho contra recuo de 0,42% em junho. O subgrupo foi influenciado pela categoria de alimentos processados, que teve variação negativa de 0,30% em julho e queda de 2,48% em junho. (Valor Online)
Globalização e Mercosul
Queijo – Os queijos artesanais da Wyke Farms, em Somerset, no oeste da Inglaterra, são verdadeiras preciosidades e dizem que a reputação se deve ao trabalho de Nigel Pooley. Seu trabalho é aproximar o queijo do nariz e identificar qualquer sinal de deterioração. Há alguns meses, com medo de perder um olfato tão sensível e bem treinado, a empresa resolveu colocar o nariz do técnico no seguro. Foi o p rimeiro caso de “nariz de queijo” segurado no Lloyd”s. “Por ano, passam pelo meu olfato 12 mil toneladas de queijos da Wyke Farms”, conta Pooley, também responsável por avaliar o leite da empresa. Ele acredita que o que lhe valeu o emprego na Wyke foi um ato “heroico” na década de 80: trabalhando para outro laticínio, durante uma inspeção, foi capaz de detectar uma contaminação séria em milhares de litros de leite. (O Estado de SP)
FAO prevê aumento de 2% na produção mundial de leite
Segundo a FAO, em seu “Food Outlook” de junho, a produção mundial de leite em 2010 deve alcançar 712 milhões de toneladas, um aumento de 2% frente ao ano passado. A produção deve crescer acima de 3% em países em desenvolvimento, especialmente na Ásia, entretanto, deve se manter em países desenvolvidos. Na Argentina, Austrália, Nova Zelândia e União Europeia, importantes exportadores de lácteos, a produção deve manter-se constante.
Na Ásia, a previsão de crescimento é de 4%, para 262 milhões de toneladas. E apesar do El Niño, as condições climáticas foram favoráveis. A produção na Índia foi revisada pra cima da previsão de novembro de 2009, e deve crescer 6%. Na China, o equilíbrio entre oferta e demanda está sendo restaurado à medida que a confiança dos consumidores, após o escândalo da melamina em 2008, tem se recuperado. A produção no país deve crescer próxima aos 6%, em razão dos baixos preços pagos aos produtores e restrição de oferta de alimento.
Na África, a produção de leite continua estagnada para o ano de 2010. No Oeste do continente, os rebanhos foram afetados negativamente em razão das secas. No Leste, as condições climáticas também têm afetado as pastagem e disponibilidade de água, restringindo a produção de leite.
Na América do Norte, segundo informação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de leite dos EUA foi estimada em 86 milhões de toneladas, em razão da melhora da relação de troca do preço da ração por quilo de leite produzido e uma redução na taxa de abates de vacas.
A produção na Europa segue previsão de estagnação em 2010, já que os produtores europeus e comerciantes de lácteos ainda estão se adaptando às novas condições do mercado, como a dissociação dos subsídios aos produtores e regulação das cotas de produção. Na Rússia e Ucrânia, o frio tem afetado o desenvolvimento das pastagens, e por consequência, a produção de leite.
Na América do Sul, onde sistemas de produção a base de pastos prevalecem, estima-se que a produção deva crescer 1,3%, totalizando 60 milhões de toneladas. Na Argentina e Uruguai, apesar das condições de clima favoráveis, é esperado um decréscimo na produção em razão do alto preço da ração e baixos preços aos produtores. Já a produção brasileira deve apresentar leve alta em relação a 2009.
Por fim, na Oceania, em virtude da seca causada pelo El Niño, a produção de leite para a safra 2009/2010 deve ser menor que as 26 milhões de toneladas produzidas na safra anterior. É previsto um crescimento de 1% na produção neozelandesa, entretanto a produção australiana deve apresentar um recuo de 6%.
As informações são da FAO, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.