Preços I – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro de 2010, e igual período de 2009, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil. (www.terraviva.com.br)
Preços II – Os preços pagos pelo leite ao produtor, em janeiro, – referente à produção entregue em dezembro – permaneceram nos patamares do mês anterior. A média foi de R$ 0,5969/litro, leve redução de R$ 0,05, equivalente a 0,92%, em relação a novembro/09. O valor foi o mesmo registrado em janeiro de 2009, em termos nominais. A estabilidade, já esperada pela maior parte dos agentes do setor consultados pelo Cepea em dezembro, ocorreu principalmente devido à desaceleração da produção. A maior parte dos estados pesquisados apresentou estabilidade de preços em janeiro. (Cepea)
Pesquisas – É impressionante o afluxo de novas descobertas sobre a qualidade do leite e d e seus componentes, seja na manutenção da saúde humana (imunidade com beta-caroteno, vit A e vit E) ou no combate a doenças. O artigo de Jo Robinson, publicado na Medical Food News, Super Healthy Milk em 2009, fala sobre a qualidade do leite de vaca no combate ao câncer, pois contém o essencial Ácido Linoleico Conjugado (CLA), um ácido graxo precursor do ômega 3 e ômega 6. Também muito interessante foi a comprovação pelo Dr. Rob Berry, Dairy Specialist, de Manitoba, Canadá, de que existem diferenças genéticas entre as principais raças leiteiras para esta característica. As raças Simental, Holandesa e Jersey em sistema de pastejo produziram maior nível de CLA que em confinamento. Em relação ao período da lactação, todas produziram mais ômega 3 e ômega 6 no leite no terço inicial da lactação. Na comparação entre as raças, a maior produção de ácidos graxos essenciais foi, em todos os períodos e sistemas de alimentação, 30% superior para a raça Simental. (IEPEC)
Parmalat – A Parmalat, que deveria ter efetuado pagamento aos produtores de leite em Santa Helena no último dia 23, não cumpriu o acordo. Em reunião na manhã de ontem com o gerente Industrial, Eduardo Fernandes de Oliveira, e o gerente de Política Leiteira, Claudinei Ribeiro Chaves, ambos da unidade de Santa Helena, os produtores conversaram com o diretor de suprimentos em São Paulo, Arthur Gilberto Voorsluys. Ficou acertado que a empresa tentará efetuar o depósito de 16,25% do valor devido hoje. O resto dos 32,5%, que deveria ter sido pago dia 23, deve ficar para a próxima semana. (Diário da Manhã/GO)
Certificação – A reunião para determinar a certificação de Identificação Geográfica do Queijo de Coalho de Pernambuco foi, na cidade de Pesqueira, a 213 quilômetros do Recife. O “Encontro para Identificação Geográfica do Queijo Coalho do Estado de Pernambuco”, promovido pelo SEBRAE, teve como objetivo r epassar aos produtores do queijo, normas e detalhes sobre a certificação, que consiste na determinação de um padrão de qualidade e na indicação de proveniência do produto, por um selo. A medida visa diferenciar, agregar valor e dar mais apelo de mercado ao queijo. A mobilização reflete o grande potencial da região. Cerca de 70% do leite bovino do Estado é produzido no Agreste Meridional, A iniciativa faz parte do projeto de “Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Agreste de Pernambuco”, idealizado pelo Sebrae com o intuito de valorizar o patrimônio cultural da localidade, oferecendo alternativas para manutenção da atividade leiteira na região e na melhoria da qualidade de vida dos produtores. (Nordeste Rural)
Queijos/MA – Visando o crescimento da indústria láctea no Maranhão, foi dado início ao projeto de cooperação internacional firmado entre o Senai Nacional, Sebrae e a organização francesa ECTI. Os peritos franceses n a produção de queijos, Armand Flury e Roland Perrin estão em São Luís, ministrando o curso de Avaliação Sensorial. Por meio do treinamento, 25 técnicos serão preparados para identificar aroma, textura e sabor de queijos. Deste grupo, três serão contratados para executar uma terceira etapa do projeto que é a caracterização e catalogação dos queijos do Nordeste. Os técnicos deverão atuar como jurados do 1º Concurso Estadual de Queijos, que o SENAI-MA prevê para junho deste ano. (Federação das Indústrias do Maranhão/FIEMA)
Convênio – O projeto de transferência de tecnologia entre o Brasil e a França atende a cinco Estados: Maranhão, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Além dos treinamentos e do concurso de queijos, o projeto prevê a melhoria da unidade móvel do Senai, a intervenção em 24 empresas do Nordeste para melhoria do controle dos processos de fabricação (sendo 4 do Maranhão), qualidade e textura do queijo e ai nda irá desenvolver, junto com a empresa, novos produtos lácteos. (Federação das Indústrias do Maranhão/FIEMA)
Produção/CE – Pequenos produtores dos municípios de Quixadá, Choró, Banabuiú e Ibaretama serão os primeiros do Interior do Ceará a fornecerem leite de cabra para o Fome Zero, com início da entrega na próxima segunda-feira, dia 1º. No princípio, serão 400 litros por dia, mas a demanda poderá chegar a até 1,5 mil litros. 26 criadores já aderiram ao programa do Governo Federal e o leite será comprado pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Estado a R$ 1,20 o litro, e após o beneficiamento será distribuído nas escolas públicas da cidade. O assessor técnico da Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural (SAFDR), de Quixadá, Emanuel Barros da Silva, esclareceu tratar-se de uma estratégia desenvolvida pelo Banco do Brasil, em parceria com sua secretaria, por meio do Programa de Desenvolvimento Regiona l Sustentável (DRS). Além da garantia de compra do leite, os criadores estão recebendo, auxílio técnico na área de melhoramento genético, tanto para produção de carne como de leite. (Diário do Nordeste/CE)
Negócios
Alimentos – A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) vai reivindicar, em março, ao governo federal a desoneração de PIS/Cofins para alimentos e produtos de higiene. Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, um estudo sobre impactos dessa desoneração já foi apresentado ao governo. Ainda que não seja possível isentar todos os produtos, seria importante que parte deles tivesse o benefício. Honda defende que a desoneração seja para categorias de produtos de todos os segmentos de renda. Em média, o impacto de PIS/Cofins em alimentos fica próximo de 10% do preço. A Abras defende que benefícios tributários sejam concedidos para produtos de largo consumo, como alimentos e itens de higiene, em vez de direcionados a setores como indústria automotiva ou materiais de construção. (Agência Estado)
Supermercados – O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, afirmou que espera crescimento de 8% a 9% nas vendas reais do setor este ano. Em 2009, o crescimento das vendas reais dos supermercados foi de 5,51%. “A previsão para 2010 é inversa à do início do ano passado. O cenário macroeconômico do Brasil é positivo, com efetiva criação de empregos”, disse o representante da Abras, mencionando também o aumento da renda salarial. Honda citou a expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2010 e as perspectivas positivas para a safra agrícola como fatores que contribuem para o crescimento esperado para este ano. Segundo ele, se os preços ficarem e stáveis, haverá aumento do volume vendido e do faturamento dos supermercados. (Folha de Londrina)
Emifor – Serão inauguradas, em março, as obras de expansão da planta da Emifor Indústria de Alimentos S/A, localizada em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foram investidos, com recursos próprios, R$ 2 milhões. Quando entrar em operação, a capacidade de produção da fábrica saltará de 1,2 mil toneladas/mês para 2,4 mil toneladas/mês, avanço de quase 45%. Também para este ano, está prevista a inauguração de uma planta em Goiandira (GO), onde serão investidos R$ 5,8 milhões, subsidiados pelo governo daquele estado. Na nova fábrica serão produzidos macarrão instantâneo, caldo de carne em cubo e leite em pó. De acordo com o diretor comercial, Zanone Campos, o local é estratégico sob o ponto de vista logístico, principalmente para atender os mercados do Norte e Nordeste do país. (Diário do Comércio)
Produção – A Emifor produz, comercializa e distribui produtos alimentícios de alto valor agregado e giro rápido como o leite em pó, amido de milho, refresco em pó, café com leite, mistura para bolo, achocolatados em pó e capuccino. Com 126 mil funcionários diretos, a empresa estima alcançar em 2010, devido à ampliação da planta, 200 mil colaboradores. A empresa parou de exportar para América do Sul e Angola, em meados de 2009, por causa da desvalorização do dólar. “Nesse ano, com a recuperação da economia, voltaremos a vender para fora do país”, antecipou Zanone Campos. Entre os gargalos que afetam a empresa, o diretor comercial destacou a variação do preço dos insumos – cacau, leite e açúcar -, além do cipoal tributário que incide sobre o setor. “Só no início de 2010, o açúcar sofreu reajuste de 22%. O cacau deve ter aumento de 46%. O preço do leite, outra matéria-prima, deve se manter estável.” (Diário do Comércio)
< b>Chocolates – A indústria brasileira de chocolate comemora os bons resultados de 2009 e espera vendas ainda melhores neste ano. As encomendas do varejo para a Páscoa, no início de abril, estão entre 10% e 15% maiores do que no ano passado. Mas o principal insumo, o cacau, está mais caro e há previsões de alta entre 5% e 8% para o preço do chocolate no primeiro semestre. No ano passado, segundo a Nielsen, o brasileiro comprou 141.141 milhões de quilos de chocolate. O número é 2,9% maior que o de 2008 e resultou em um faturamento de R$ 3.435 bilhões – com alta de 8,6%. A diferença entre a evolução da quantidade e o total faturado está no preço. Na média, conforme as indústrias, o preço do chocolate para o consumidor subiu de 3% a 5% no ano passado. Para esse ano, as empresas já preveem uma alta ainda maior. (Valor Econômico)
Laep – A Laep Investments, dona da Parmalat, usará todos os meios disponíveis para deixar a casa mais arr umada para uma venda. A companhia anunciou ontem que, além de uma capitalização com injeção de novos recursos, converterá dívidas em ações. Com isso, quer agregar valor e ganhar tempo para negociar melhor seu futuro. A empresa emitirá 137 milhões de novas ações classe A, que dão direito à participação econômica no negócio, mas sem poder de controle. Com isso, a companhia praticamente dobrará o capital social, alcançando o limite autorizado. (Valor Econômico)
Vencidos – Cerca de 90% dos supermercados goianos comercializam produtos vencidos, segundo dados do Procon. Mais de 780 reclamações contra os estabelecimentos foram registradas no Estado ano passado e praticamente todas referem-se a prazo de validade. Goiânia lidera o ranking com 500 queixas no período e mais de cinco mil quilos de alimentos apreendidos. (Diário da Manhã/GO)
Inovação I – O Carrefour está inovando com a abertura de lo jas em lugares turísticos da França, com o nome de Carrefour Montanha. O público alvo é o turista e serão disponibilizados produtos de conveniência. A primeira loja abriu as portas na estância turística de “Les Menuires”, na região alpina de “Los Tres Valles”. (Hipersuper)
Inovação II – No frio um chocolate quente é sempre muito bem vindo. Graças a um novo conceito imaginado pelos fabricantes, prepara-se um chocolate quente como uma brincadeira de criança. São os pirulitos de cacau compacto, em bolas ou triângulos, mergulhados no leite quente, utilizando o palito para mexer. Fim dos problemas de dosagem e o pó que se espalha. Muitas casas especializadas em chocolate adotaram os pirulitos. Com aromas, baunilha ou nozes, eles podem ser comprados pela internet. O preço, em torno de 2 euros a unidade, é bem maior que uma colher de cacau em pó, mas, é decorativo, e pode enfeitar, por exemplo, uma festa de aniversário. (Le Monde )
Setoriais
Apreensão – O Ministério da Agricultura apreendeu, em 2009, 3,5 toneladas de produtos agropecuários não permitidos em bagagens, que chegaram ao Aeroporto Internacional de Brasília. Apesar do número de passageiros ter sido inferior no ano passado, o resultado é 16% superior ao registrado em 2008. “Isso mostra o trabalho do ministério, para assegurar o ingresso de produtos certificados e de origem autorizada, garantindo a sanidade agropecuária e a segurança alimentar no País”, explicou o coordenador-geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional, da Secretaria de Defesa Agropecuária, Oscar de Aguiar Rosa Filho. Entre os principais produtos retidos, da área animal, estão pescados (53,03%), laticínios (21,60%), embutidos (19,89%), carnes (4,33%) e produtos apícolas (1,07%). Já na área vegetal, as mudas de plantas ficaram em primeiro lugar, com (34,71%), sementes (25,02%) e frutos (23,82%). (Mapa)
Milho/PR – O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Paraná confirmou as expectativas e, em sua primeira estimativa para o plantio de milho safrinha no Estado nesta safra (2009/10), divulgada na quinta-feira, sinalizou que a área ocupada pelo grão no inverno deverá ser menor que a do ciclo passado. De acordo com levantamento dos técnicos do Deral, a área plantada deverá alcançar 1,4 milhão de hectares, ante 1,5 milhão em 2008/09. Se confirmada a indicação, a produção poderá atingir 6 milhões de toneladas. Na temporada passada, devido a problemas climáticos, o Paraná colheu uma safrinha de 4,4 milhões de toneladas. (Valor Econômico)
Economia
Desemprego/SP – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 12,8% para 11,9% da população economicamente ativa (PEA) na passagem de novembro para dezembro de 2009. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), houve uma queda de 6,9% no total de desempregados, o equivalente à saída de 94 mil pessoas do contingente de desempregados (1,2 milhão). O nível de ocupação cresceu 1,1%, com a abertura de 105 mil postos de trabalho. O comércio liderou o número de vagas abertas (64 mil), 4,4% acima do resultado de novembro, seguido pela indústria, com 47 mil postos de trabalho (2,9% do que no mês anterior). Em serviços, o quadro ficou estável. A pesquisa mostra que o rendimento médio dos ocupados teve uma queda de 1,8%, passando para R$ 1,258 em novembro. (Agência Br asil)
Confiança – O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, subiu 0,2% em janeiro ante dezembro, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa, embora positiva, é bem menor do que a apurada no mês passado, quando o ICI avançou 3,5% em relação a novembro. Na comparação com janeiro do ano passado, o ICI registrou alta de 56,0%. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Isenção – O Itamaraty pretende concluir neste primeiro semestre dois acordos para isentar de tarifa de importação o ingresso da futura produção do Haiti, informou o diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, ministro Carlos Márcio Cozendey. O objetivo das medidas é de estimular inve stimentos produtivos no país, a partir da abertura do mercado brasileiro. Os dois acordos respondem a compromissos assumidos pelo governo brasileiro antes do terremoto que arrasou o Haiti, no último dia 12. (Agência Estado)
PIB – A economia da Polônia cresceu 1,7% em 2009, segundo dados preliminares. O resultado faz do país o primeiro da União Europeia a apresentar PIB positivo no ano. Já a Lituânia apresentou retração de 15%, o pior resultado desde sua independência, em 1991. (Folha de SP)
Chineses – Um grupo de executivos da maior empresa estatal chinesa de comércio exterior na área do agronegócio visita Goiás amanhã e depois, com o objetivo de conhecer o potencial agrícola do Estado. O intercâmbio é resultado da visita do governador Alcides Rodrigues à China no mês de setembro do ano passado. O objetivo é intensificar o intercâmbio comercial de Goiás com a China para ampliar os negóc ios entre os países. (Diário da Manhã/GO)
Argentina – O Ministério da Indústria e do Turismo informou que começaram os encontros com empresários argentinos, em preparação para a primeira reunião da Comissão Ministerial criada em novembro passado por decisão dos presidentes Cristina Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva, para solucionar conflitos comerciais. A comissão será integrada pelos respectivos chanceleres e dos Ministros de Indústria e Economia de ambos os países. O secretário da indústria argentino, Eduardo Bianchi recebeu já vários setores afetados pelas licenças não automáticas impostas pelo Brasil, inclusive leite em pó, queijos, manteiga, dentre outros. (Infortambo )
Preços/AR – Dirigentes de Santa Fé, Córdoba, La Pampa e parte de Santiago del Estero, insistem em assinar um acordo, patrocinado pelo governo, onde as indústrias lácteas se c omprometem a pagar um valor fixo aos produtores, pelo menos por 6 meses. O Centro da Indústria Leiteira (CIL) e a Associação das Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (Pymes), disseram que o compromisso da indústria é fazer o melhor possível pelos produtores, e que deverão pagar em janeiro de 1 a 1,05 pesos pelo litro de leite. Este aumento supera em muito as previsões, mas o momento não é propício a subscrever um acordo de preços, em decorrência da volatilidade do mercado local e internacional. (La Opinión )