Notícias 28.10.2010

Leite/GO – A comissão de Crédito Rural e a comissão de Pecuária de Leite da Faeg se reuniram para discutir os temas mais importantes das respectivas comissões, fazer um balanço do ano e já planejar as ações para 2011. Na reunião da Comissão de Pecuária de Leite foi realizado um balanço das atividades durante o ano, também foi apresentado um painel do mercado considerando pontos com preços, vendas e qualidade do produto. Nos meses de agosto e setembro houve queda nas importações de leite, fato que favoreceu os preços para o produtor. As oscilações de preço durante o ano, não chegaram a ser dramáticas, mas causaram preocupação ao produtor. (Faeg)

< b>Preços/GO – Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Leite, Antonio Pinto, os preços pagos ao produtor começaram a ter sinais de recuperação em fevereiro desse ano, por volta de junho houve queda e agora já mostra sinais de alta. Porém as circunstâncias do setor levam a crer que o preço de leite vá se manter estável ou com possibilidade de queda até o final do ano. Também foi discutidas questões de qualidade do leite e bem estar animal. De acordo, com Antonio Pinto, tratar bem os animais é questão de respeito aos bens patrimoniais. “Quando o gado leiteiro é bem tratado ele produz mais e com mais qualidade. Além disso, o produtor de leite tem que zelar por todo o conjunto para garantir o bem-estar do animal, por isso deve também respeitar o meio ambiente”, diz. (Faeg)

Qualidade/GO – Segundo o presidente da comissão de Pecuária de Leite, para o ano que vem é preciso manter e melhorar a qualidade do leite produzido no E stado. Goiás está entre os primeiros Estados no ranking de melhor qualidade de leite do País, isso considerando os laticínios vistoriados pelo Ministério da Agricultura. (Faeg)

Soro de leite – Suplementação com Whey Protein, proteína pura do soro do leite, ajuda a diminuir a gordura corporal. Whey Protein é muito mais do que um suplemento esportivo, é um alimento funcional que pode melhorar a composição corporal. A última palavra em suplementação é o Whey Protein, uma proteína extraída do soro do leite, que entre seus inúmeros benefícios, se destaca pela queima da gordura. Por ser uma proteína solúvel, de fácil absorção, ela entra rapidamente no corpo e fornece os aminoácidos essenciais para a manutenção e ganho de massa magra (músculos), aumento do metabolismo e queima de gordura, durante e pós-exercícios. (Revista Fator Brasil)

Bebidas Lácteas – Comerciais de iogurtes funcionais e lei tes fermentados, que prometem regular o intestino e elevar a imunidade, vão bem além dos efeitos provados dos produtos. A discussão foi levantada pela EFSA (autoridade europeia para segurança alimentar). Depois de analisar mais de 800 pedidos da indústria, a agência declarou que não há comprovação científica suficiente para recomendar os produtos em larga escala. A EFSA também não permitiu que a Yakult incluísse em sua publicidade resultados de pesquisas recentes que associam a bebida à melhora de sintomas da gripe. A Anvisa, entretanto, não permite que a propaganda alardeie benefícios além de “contribuir para o equilíbrio da flora intestinal”. No ano passado, a agência proibiu a propaganda do Actimel que atribuía ao produto o poder de aumentar as defesas naturais do organismo. Faltam estudos que envolvam um grande número de pessoas. Também faltam marcadores para medir os efeitos dos produtos. (Folha de SP)

 

Negócios

Supermercados – As vendas nos supermercados do país aumentaram 4,83% no mês passado em comparação com o mesmo período de 2009. Na comparação com agosto de 2010, houve queda de 0,55% nas vendas. Entretanto, no acumulado dos nove meses deste ano foi registrada alta de 4,75%. O Índice Nacional de Vendas foi divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo o superintendente da entidade, Tiaraju Pires, a tendência é a de que as vendas fechem o ano com um crescimento entre 5% e 5,2%. (Correio do Povo/RS)

Mercado – A busca por uma alimentação saudável por grande parte dos consumidores tem engrossado a fatia de mercado dos produtos lácteos, em especial os que apresentam baixos teores de gordura e açúcar. Nesta linha, o frozen yogurt – sorvete de iogurte – vira febre no setor de franquias e produtos tradicionais, a exemplo da coalhada, são reformulados para atender o varejo. Nos balcões refrigerados dos supermercados é possível achar uma variedade de coalhada doce misturada com frutas in natura e salgada com temperos diversos. É este o segmento de mercado da Mr. Meal, empresa de Londrina especializada em coalhada, que chega a supermercados, padarias, lojas de conveniência e de produtos naturais, em potes de 230 gramas e de 480 gramas com o nome de Koalhada. (Folha de Londrina/PR)

Femsa – Para alcançar crescimento de 7% em seu faturamento no ano de 2010, o Grupo Fomento Econômico Mexicano S.A. (Femsa), o maior distribuidor da marca Coca-Cola, pretende crescer em mercados emergentes por meio de aquisições. E o Brasil pode estar nos planos da empresa. Fontes da empresa revelam que o modelo a ser seguido dever ser semelhante ao da aquisição que aconteceu no Panamá, quando a Coca-Cola na América La tina chegou a um acordo preliminar para comprar a produtora de laticínios Grupo Indústrias Lácteas. O Grupo Indústrias Lácteas produz leite, iogurte, sorvete e sucos em três fábricas, e é o maior comprador de leite do Panamá. Possui 1,8 mil funcionários. A transação vai marcar a primeira investida da Coca-Cola Femsa no mercado de laticínios. (DCI)

Setoriais

Estiagem I – A falta de chuvas nas principais regiões produtoras de soja, no início da safra 2010/2011, continua preocupando os agricultores brasileiros. A semeadura das lavouras está em ritmo lento, reflexo do prolongado período de estiagem. Segundo o boletim Custos e Preços, divulgado pela Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apesar das chuvas ocorridas em outubro, o volume ainda foi insuficiente para que o solo apresente a umi dade adequada para o desenvolvimento da semente. (Globo Rural)

Estiagem II – Os dados do boletim mostram também que a estiagem interrompeu a tendência verificada desde junho de queda nos preços do leite. Nas regiões pesquisadas, o preço pago ao produtor pelo leite subiu 1,6% em relação ao mês anterior. Em Minas Gerais, principal bacia leiteira do país, o preço subiu 1,8%. O clima seco e a falta de chuvas diminuem a qualidade da pastagem, prejudicando a produção das vacas. Além disso, o aumento do preço da ração, em função do aumento dos preços do milho e da soja, também influencia no ritmo da produção de leite. (Globo Rural)

Preços – O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, encerrou a terceira quadrissemana de outubro em alta de 3,65%. Foi a nona variação positiva consecutiva do indicador, mas a menor desde a registrada na segunda quadrissemana de setembro. Nas médias ponderadas, houve ganhos tanto no grupo formado por 14 produtos de origem vegetal (4,06%) quanto naquele composto por seis produtos de origem animal (2,63%). Quinze entre todos os itens pesquisados subiram, com destaque para batata (43,65%), feijão (33%), amendoim (18,36%) e laranja para mesa (11,85%). A maior retração foi a do tomate para mesa (4,62%). (Valor Econômico)

PIB/MG – O valor do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais deve ser em 2010 de R$ 94,7 bilhões, 8,8% maior do que em 2009, segundo relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), contratado pela Secretaria de Agricultura de Minas e pela Federação da Agricultura do Estado. O estudo considera atividade básica, agroindústria, Insumos e Distribuição. Na produção básica, as atividades agrícolas se destac aram puxadas pela alta do faturamento do café (29%), laranja (76%) e carvão vegetal (59%). Na área animal, os maiores crescimentos foram na pecuária leiteira e na suinocultura, ambos com aproximadamente 20% de alta de faturamento. (Valor Econômico)

 

Economia

Desemprego – A taxa de desemprego nas sete regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) poderá cair a um dígito até o fim do ano, segundo avaliação de Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese. “É possível que a taxa de desemprego fique abaixo de 10% em dezembro. Isso não seria surpresa, porque tradicionalmente há maior geração de empregos nesta época devido às festas de fim de ano.” Em setembro, o indicador recuou para 11,4%, após registrar 11,9% em agosto e 12,4% em julho. Em setembro de 2009, a taxa era de 14,1%. A expectativa é que a taxa média de desemprego se situe próxima a 12% em 2010, ficando abaixo da registrada no ano passado (14%). (Valor Econômico)

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve alta de 1,01%, em outubro, desacelerando de 1,15% um mês antes. Com peso de 60% no IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) saiu de elevação de 1,60% em setembro para 1,30% um mês depois. Os produtos agropecuários subiram mais, de 4,56% para 4,70%. Os produtos industriais, no entanto, desaceleraram, de 0,67% para 0,19%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com contribuição de 30% no indicador geral, registrou um ritmo mais marcado de elevação, deixando o 0,34 de setembro para 0,56% em outubro. Entrando com 10% na formação do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) verificou ampliação de 0,15%, segui ndo o 0,20% de setembro. (Valor Online)

Globalização e Mercosul

Agrícola – A União Europeia condiciona a abertura de seu mercado agrícola para exportações brasileiras a um acesso irrestrito ao mercado de compras governamentais no Brasil e ao fim do “Buy Brazilian”. A proposta de amplo acesso ao bilionário setor de compras governamentais foi apresentada por Bruxelas no âmbito das negociações UE-Mercosul. Ontem, a UE elevou ainda mais o tom das acusações e criticou o Brasil por estar descumprindo os compromissos adotados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no G-20. Bruxelas “apelou” para que o governo adote medidas para retirar imediatamente o programa de incentivo às indústrias nacionais. (O Estado de SP)

Milho/México – O governo do México afirmou ontem que o país deverá produzi r 25 milhões de toneladas de milho este ano, uma alta de 24% em relação à produção da safra passada, quando o país enfrentou forte seca. O México é um grande produtor de milho branco, mas precisa importar a variedade amarela todos os anos, utilizada na alimentação do gado. (Valor Econômico)

Exportação de leite pode cair 10% com alta do câmbio

As exportações de leite podem ter queda de até 10% neste ano por conta da alta do câmbio e dos baixos valores atribuídos às comercializações de lácteos em outros países. Entretanto, o setor está otimista em relação ao mercado interno e espera fechar o mês de outubro com o preço do leite estável ou em alta, podendo atingir patamares de R$ 0,70 centavos o litro do leite.

O setor pretende fechar o ano com um aumento na produção de aproximadamente 3%, em comparação aos 27,5 milhões de litros obtidos em 2009, segundo Jorge Rubez, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de leite (Leite Brasil). “Este ano temos a expectativa de aumentar a produção em 3%, e para o ano que vem, levando em consideração que este semestre não foi muito bom para o produtor, e que não há sobra de matéria-prima, estamos confiantes. Já está começando a procura por leite, então creio que 2011 será bem melhor que este ano”, comentou ele.

No entanto, apesar do crescimento das produções de leite no País e da retomada dos preços no mercado interno, Rubez frisou que em relação às exportações a situação ainda é bem complicada. Para ele o câmbio é o maior vilão, seguido de perto pelos efeitos da crise econômica mundial que assolou o mundo no ano passado. “A exportação não anda bem, o efeito cambial, e a crise econômica global, que afetou a economia de diversos compradores do Brasil, atrapalharam bastante nesse sentido. A Venezuela é um bom exemplo disso, eles eram grandes compradores do Brasil e este ano, reduziram pela metade as importações do leite brasileiro”, disse.

No ano passado de janeiro a setembro o Brasil exportou US$ 129,6 milhões em produtos lácteos, quando comparado com os números deste ano, no mesmo período foram exportados US$ 117 milhões, queda de 9,7%. Para o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (OCB/CBCL), Gustavo Beduschi, apesar da queda é muito difícil prever como terminará o ano, já que o montante de exportação saltou de US$ 8,6 milhões obtidos em agosto deste ano, para quase US$ 18 milhões em setembro.

Beduschi também atribuiu o fracasso das exportações ao fato de os preços do produto em outros países produtores estarem mais competitivos. Em 2009, de janeiro a setembro, o Brasil importou 106 mil toneladas de produtos lácteos, a custos de US$ 205 milhões. Este ano foi importado apenas 79 mil toneladas, ao valor de US$ 212 milhões. “O preço internacional mudou bastante, enquanto no ano passado o País importou pouco mais de 106 mil toneladas de produtos lácteos, esse ano entraram apenas 79 mil toneladas. É essa questão de preço que está pesando na nossa balança”, afirmou ele.

Para a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Aline Ferro, duas situações podem minimizar os efeitos ruins das exportações brasileiras, o primeiro seria a baixa do câmbio, que aliado aos baixos preços do leite brasileiro viabilizaria o aumento das exportações. E o segundo é a alta dos preços internacionais. “Se o câmbio continuar alto, e os preços internacionais continuarem baixos, a situação não mudará.”

Contudo, o presidente da leite Brasil, Jorge Rubez, espera uma alta nos preços do leite no mercado interno. “Em outubro esperamos que os preços fiquem ou estáveis ou com uma pequena alta, podendo alcançar o patamar de R$ 0,70, ante os R$ 0,69 de setembro”, finalizou ele.

A matéria é de Daniel Popov, para o DCI

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