Notícias 28.08.09

Leite Bom/PR – O Projeto “Leite Bom”, que integra o programa Universidade Sem Fronteiras da Secretaria da Ciência e Tecnologia, foi indicado para concorrer ao Prêmio da Fundação Banco do Brasil. Coordenado pelo professor Augusto Savioli, da Universidade de Londrina, o “Leite Bom” visa o fomento da pecuária leiteira junto a pequenos produtores de leite nas cidades de Ibiporã, Ortigueira, Londrina, Tamarana e Arapongas desde 2008. Savioli destaca que com a indicação o projeto recebeu a certificação de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, isto é, o “Leite Bom”, que concorreu com 695 projetos de todo o país, foi reconhecido como trabalho reaplicável, desenvolvido a partir da interação com a comunidade. (Universidade de Londrina)

Rio de Leite/MS – A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) recebeu o troféu de 1º lugar na categoria “Tecnologia e Produção” com o Programa Rio de Leite, uma ação de extensão que tem como objetivo capacitar acadêmicos para atuar na cadeia produtiva do leite e transferir tecnologia para produtores da bacia leiteira da região. Com a parceria do CNPq e das prefeituras de Aquidauana e Anastácio, o Rio de Leite está sendo executado há quatro anos e por sua relevância social e tecnológica foi indicado como uma das três melhores iniciativas brasileiras na área de Tecnologia e Produção. A premiação é o reconhecimento do esforço de capacitar recursos humanos da comunidade e da universidade para atuarem na melhoria da qualidade de vida, aumento da produtividade, desenvolvimento sustentável da atividade leiteira e da intervenção qualificada da universidade na sociedade. (Notícias MS)

Leite/MG – Associações comunitárias de dois municípios do Sul de Minas vão receber tanques de resfriamento de leite. A iniciativa faz parte do Programa de Melhoria da Qualidade do Leite, gerenciado pela Emater-MG. O município de Elói Mendes receberá três tanques que beneficiarão pequenos produtores rurais das comunidades de: Cobertores e Boa Vista. Em Cordislândia, um tanque de leite será entregue à Associação dos Produtores Rurais de Cordislândia e Região. O equipamento deverá beneficiar cerca de 80 associados. Até o momento, o programa entregou 42 tanques de resfriamento de leite, superando a meta de 2009, que é de 39 tanques. Em 2008, o programa entregou 95 unidades. (Emater/MG)

Uruguai – Enquanto o Brasil e o Uruguai avançam na integração financeira para aumentar os vínculos comerciais, o país vizinho limita a 10 mil toneladas o ingresso de leite em pó. O Governo e a indústria criticaram a medida, classificando-a de “horrível”. A decisão, que foi tomada em defesa dos pequenos produtores, de acordo com fontes do governo brasileiro, viola os acordos do MERCOSUL e da OMC. O diretor da Conaprole, Wilson Cabrera, surpreso com a decisão, e classificando-a de ilegal, pediu ao governo uruguaio que defenda os acordos comerciais que tem. (El País Digital)

Conaprole – A reação brasileira ao aumento das importações de leite em pó do Uruguai nos últimos meses levou a Conaprole a congelar os planos para construir uma unidade industrial com capacidade de processamento estimada em cerca de um milhão de litros por dia no Brasil. O projeto de US$ 50 milhões, já atrasado com a crise, é congelado de vez, diz o gerente-geral da Conaprole no Brasil, Agenor Magalhães, acrescentando que as medidas brasileiras afrontam o Mercosul e contrariam o tratamento exigido de outros parceiros comerciais. “Queremos a operação brasileira como uma base de exportações, e não para disputar o mercado interno”. As exportações de leite uruguaio cresceram, segundo ele, devido à valorização do real. A Conaprole tem um centro em Ivoti, na região metropolitana de Porto Alegre, e atende basicamente indústrias de alimentos. A nova fábrica poderia ser instalada no Rio Grande do Sul, Paraná ou Goiás. (Valor Econômico)

 

Negócios

Embalagens – Informações nutricionais mais aprofundadas nas embalagens de alimentos predispõem os consumidores a pagar mais por um determinado produto. (Tetra Pak)

Laep – A Laep Investiments quer renegociar com credores de sua controlada, a Parmalat Brasil, que está em recuperação judicial, novas condições e prazos para pagamentos do restante das dívidas da empresa. A proposta será analisada em assembleia geral no dia 14 de setembro. Segundo a empresa, a negociação com os credores é “uma alternativa para assegurar a previsibilidade do fluxo de caixa”. Desde meados do ano passado, a controladora da Parmalat enfrenta dificuldades financeiras, que a levaram a se desfazer de ativos – como o recente arrendamento para a Nestlé, com opção de venda, da fábrica em Carazinho. Além disso, a Parmalat decidiu concentrar a produção de lácteos no Sudeste do país. Num cenário com ações despencando na bolsa e crise internacional, a Laep enfrentou também dificuldades para rolar dívidas. Para piorar o quadro, o setor de leite viveu uma crise no último ano, com queda de preços. (Valor Econômico)

Piá – Um dos prósperos negócios da Cooperativa Piá de Nova Petrópolis é a sua rede de supermercados, Superpiá. Além da loja de Nova Petrópolis, ele já possui unidades nas principais cidades da região: Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Picada Café, Feliz, Tupandi e Marau. Em paralelo, a cooperativa administra também lojas de agropecuária, abastecidas pela sua fábrica de rações, de Nova Petrópolis. São as lojas Agropiá de Marau, Vila Flores e Taquara. Aliás, a região de Marau é hoje um grande centro de abastecimento da Piá. De lá vem 60% do seu leite, o que faz a cooperativa pensar em implantar uma unidade de pasteurização. (Jornal de Comércio/RS)

Nestlé – Enquanto a receita global da Nestlé caiu 1,5% no primeiro semestre, o faturamento da unidade no Brasil avançou 7,2%. Recentemente, na divulgação dos resultados globais da Nestlé, o diretor financeiro disse que esse não é momento para aquisições, e sim de cautela. Mas no Brasil, a empresa segue bastante agressiva. No intervalo de aproximadamente um mês, a companhia anunciou a construção de uma unidade em Araraquara (SP), a ampliação da Garoto em Vila Velha (ES) e um contrato de arrendamento da fábrica da Parmalat em Carazinho (RS). Somente nesses três projetos, os investimentos superam R$ 430 milhões. Em ENTREVISTA à Agência Estado, o presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita afirma que o Brasil recebe apoio integral da matriz para continuidade do plano de investimentos, mesmo diante da crise financeira. (Agência Estado)

Supermercados – Os supermercados registraram aumento de 6,66% nas vendas de julho, em relação ao mesmo mês de 2008, segundos dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Na comparação com junho deste ano, houve alta de 5,66%. No acumulado dos primeiros sete meses de 2009, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a expansão é de 5,47%. “A alta mostra que o brasileiro continua a priorizar a compra de alimentos”, diz o presidente da Abras, Sussumu Honda. Em julho, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de grande consumo analisada pela GfK, apresentou alta de 0,93%, em relação ao mês anterior. Na comparação com julho de 2008, o AbrasMercado apresentou alta de 4,44%, passando de R$ 256,62 para R$ 268,02. Os produtos com as maiores altas foram: carne de segunda, com 8,02%; queijo mussarela, com 5,68%; e feijão, com 4,75%. Já as maiores quedas foram: batata, com -12,85%; tomate, com -8,99%; e arroz, com -4,53%. (Folha de SP)

Casino – A Casino, segunda maior rede francesa de supermercados em vendas, informou que teve lucro de US$ 329 milhões no primeiro semestre, inalterado em relação ao mesmo período do ano passado, mas afirmou que teme a intensificação da guerra de preços no setor. A Casino é sócia do grupo Pão de Açúcar no Brasil. (Valor Econômico)

Marcas próprias – “Prevíamos que a crise pudesse provocar uma queda em nosso faturamento no Brasil, mas isso não ocorreu. Registramos aumento nas vendas de mais de 10% há vários trimestres. O Brasil é um mercado promissor para a distribuição de alimentos”, disse ao Valor o CEO do grupo francês Casino, Jean-Charles Naouri. Os consumidores dos mercados emergentes, como o Brasil, não apenas compraram mais do que os dos países ricos nesse período de crise. Há algumas diferenças de comportamento, em relação a utilização de marcas próprias e compras nos hipermercados. “Progressivamente, o consumidor passa a comprar marcas próprias. Mas isso leva alguns anos. O Brasil passa por isso atualmente. Vemos o fortalecimento das marcas próprias no Brasil, que estão em plena evolução.” Mas este mercado no Brasil, diz ele, ainda não atingiu os mesmos níveis da Alemanha, da Inglaterra e da França, onde o volume dos produtos de marca própria ultrapassou 50% das vendas totais. (Valor Econômico)

 

Setoriais

Preços – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou a terceira quadrissemana de agosto com variação positiva de 1,74%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. As maiores altas no período foram o tomate para mesa (73,07%), laranja para indústria (46,32%), banana nanica (43,40%), amendoim (7,70%) e os leites tipo B (5,57) e tipo C (5,32%). (Valor Econômico)

Financiamento – Para evitar que faltem recursos para o financiamento da agricultura, especialmente no final de cada ano-safra, o governo avalia a possibilidade de autorizar de forma permanente que os contratos firmados em um ano sejam honrados com recursos previstos no Plano de Safra do ano seguinte. “Muitas vezes o governo faz uma previsão, mas a demanda por crédito ultrapassa o estimado”, explicou o diretor de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luiz Guadagnin. Nesses casos, os produtores continuam contratando as linhas de crédito, e bancos e governo só percebem que o limite anual foi ultrapassado posteriormente, quando os contratos já estão assinados. (Jornal do Comércio/RS)

 

Economia

Indústria – O Ipea estima que a produção industrial de julho, que será divulgada na semana que vem pelo IBGE, caiu 10,7% em relação a julho do ano passado. Na comparação com junho, a previsão do Ipea é de uma alta de 1,9%, na série com ajuste sazonal. Em junho, a produção industrial caiu 10,9% frente a junho de 2008, enquanto na série com ajuste sazonal houve alta de 0,2% na comparação com maio. (Valor Econômico)

IGP-M – O IGP-M, índice de inflação responsável pela maioria dos reajustes de aluguel, caiu 0,36% em agosto, após registrar deflação de 0,43% em julho devido a uma queda menor dos preços dos produtos agrícolas e industriais no atacado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 28, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os preços no atacado tiveram uma deflação de 0,61% este mês, após queda de 0,85% em julho. Os produtos agrícolas caíram 1,23%, contra recuo de 1,89% em julho. Os industriais tiveram queda de 0,41%, diante de uma taxa negativa de 0,49% no mês anterior. (Agência Estado)

Preços Agropecuários – Os preços dos produtos agropecuários registram taxa negativa acumulada de 2,12% no ano e deflação de 4,89% em 12 meses até agosto, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). (Agência Estado)

Indicador – Depois de cinco anos de estudos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está prestes a lançar um novo indicador: o Índice de Preços ao Produtor (IPP). O índice começará a ser divulgado em 2010, em data a ser divulgada. O objetivo é que o IPP substitua a utilização do Índice de Preços por Atacado (IPA), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPA é usado atualmente como deflator (índice de correção inflacionária) em pesquisas macroeconômicas, como contas nacionais (PIB). ‘O novo índice será da mesma família do PPI americano’, disse o gerente de análise do IBGE, Alexandre Brandão. (Correio do Povo/RS)

 

Globalização e Mercosul

Alimentos – Após forte pressão nos últimos anos, o peso dos alimentos volta à média histórica nos índices de inflação, segundo economistas da Universidade Purdue (EUA). Eles preveem que os alimentos subirão de 2,5% a 3,5% em 2010. (Folha de SP)

RS: Conseleite projeta baixa em agosto

O Conseleite esteve reunido nesta semana e projetou em R$ 0,6271 o preço padrão do leite entregue em agosto. O valor representa uma queda de R$ 0,08 em relação ao índice final de R$ 0,7134 em julho. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, considera a queda normal neste momento de plena safra. O executivo acredita que a redução atingiu um limite.

Para ele, a entrada em funcionamento da Italac Alimentos, em Passo Fundo, e a aquisição da Parmalat de Carazinho pela Nestlé reforçam essa projeção. No entanto, para o presidente da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, a tendência de baixa na cotação não deve atingir o produtor, pelo fato dos valores não terem acompanhado a alta no mercado nos meses anteriores.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS

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