Notícias 28.07.2010

Preços I – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro a julho de 2010, e igual período de 2009, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil. (www.terraviva.com.br) )

 

 

Preços II – Houve nova redução em julho (referente à produção entregue em junho). Agora, a queda foi de 6,16%, equivalente a 4,7 centavos por litro, com a média bruta a R$ 0,7242/litro. Esse valor passa, então, a representar queda de 6,17% em relação à média nominal do mesmo período de 2009 e de 3% sobre a de julho de 2008. A média nacional do preço do leite considera os estados de RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA. Além do aumento da produção na média dos estados, agentes consultados pelo Cepea destacam também a influência da fraqueza do mercado de leite UHT, das elevadas importações e do fraco desempenho das exportações. (Cepea) .

Leite/AL – O combate à venda de leite clandestino nas principais cidades do Estado continua. Em parceria com o Ministério Público Estadual e as vigilâncias sanitárias municipais, a Cooperativa dos Produtores de Leite de Alagoas (CPLA) intensifica a fiscalização relacionada a venda do leite in natura e seus derivados nas cidades de Penedo, Palmeira dos Índios, Maceió e Arapiraca. Segundo o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, a primeira fase da campanha é de educação. “Iremos propor que o produtor firme um convênio com a CPLA e troque o leite cru pelo leite pasteurizado. Com isso, além de comercializar um produto de qualidade, o pequeno produtor pode ainda vender para mercadinhos e padarias”. A campanha tem como alvo também os consumidores. (Aqui Acontece)

Queijo – Quixeramobim, no Sertão Central cearense, pretende bater neste ano o próprio recorde e produzir, com 10 mil litros de leite, um queijo de coalho gigante com 900 quilos. O queijo será uma das atrações da quarta edição do Festival de Leite de Quixeramobim, o Fest Leite 2010, que acontece de 12 a 14 de agosto, com exposição e comercialização de produtos lácteos industrializados na região. O objetivo do Fest Leite é promover, fortalecer e desenvolver o agronegócio da cadeia produtiva do leite no Estado, além de difundir novas tecnologias de produção, gestão e comercialização de modo a garantir a sustentabilidade dos negócios. Desde a primeira edição, em 2007, o Fest Leite apresenta, ano a ano, queijos cada vez maiores. Em 2010, o queijo gigante de quase uma tonelada será apresentado ao público na abertura oficial do evento, no dia 12. (Agência SEBRAE de Notícias/CE)

Leite/FAO – A FAO calcula que a produção mundial de leite, em 2010, será de 712 milhões de toneladas, 2% a mais do que em 2009, resultado obtido graças ao aumento do volume nos países em desenvolvimento. O consumo por habitante deverá aumentar este ano, depois de um breve recuo em 2009. O mercado está bastante dinâmico, com forte crescimento das exportações provenientes da N ova Zelândia e dos Estados Unidos. As importações do sudeste asiático, assim como dos países exportadores de petróleo deverão aumentar. A evolução dos mercados em 2010 dependerá da maneira como a UE disporá dos estoques de produtos lácteos, formados a partir das medidas de intervenção tomadas em 2009. (FAO)

 

Negócios

Danone – As vendas da Danone Brasil cresceram 14% em volume no primeiro semestre de 2010, segundo Mariano Lozano, presidente da companhia francesa no país. Globalmente, as vendas do grupo no primeiro semestre, conforme relatório divulgado ontem, subiram 7%, para € 8,4 bilhões. A maior divisão, a de lácteos frescos, teve faturamento 7,1% maior, alcançando € 4,8 bilhões. “Especificamente na região Nordeste, a Danone tem alc ançado um desempenho duas vezes maior que o restante do Brasil”, diz Lozano. No ano passado, a alta foi de 33%. Em 2008 foram 36%, em relação a 2007. Na divisão de lácteos, os produtos que tiveram melhor desempenho de vendas no semestre, segundo Lozano, são as linhas Activia, Actimel e Danoninho. (Valor Econômico)

Fusões – O ritmo das fusões e aquisições na indústria de consumo deve aumentar nos próximos 18 meses, segundo estudo realizado pela KPMG. O levantamento aponta que, embora os indicadores econômicos registrem queda na produção e no preço das ações em Bolsas, as empresas de alimentos, varejo e vestuário têm sido cobiçadas por compradores internacionais, que querem entrar em novos mercados, e por companhias locais, para fortalecer presença regional. No Brasil, alguns projetos tiveram de aguardar para serem concluídos, segundo a KPMG. A consultoria, porém, estima que o movimento de consolidação na indústria de consumo se fort aleça nos próximos meses no país, especialmente entre supermercados e hipermercados, segundo David Bunce, sócio. (Folha de SP)

 

Setoriais

Máquinas – A indústria de máquinas e implementos agrícolas registrou faturamento de R$ 3,4 bilhões no primeiro semestre de 2010, alta de 32,6% em relação ao mesmo período de 2009. Dados da Abimaq, divulgados ontem, ainda revelam índices positivos para as exportações, que cresceram 41,2% e as importações, que tiveram aumento de 12,5% em comparação com o primeiro semestre de 2009. Segundo o diretor da Abimaq, Celso Casale, a prorrogação do Finame PSI e o aumento do limite do Mais Alimentos impulsionaram as vendas. (Correio do Povo/RS)

Finame – O BNDES emitiu cir cular autorizando os agentes financeiros a abrir processo de renegociação de dívidas relativas a contratos do Finame Agrícola. A medida é permitida pelas resoluções 3772 e 3773 do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada em agosto de 2009. Conforme o documento do banco, os produtores podem encaminhar a solicitação de prorrogação para parcelas com vencimento neste ano. Para realizar o pedido, o agricultor deve se dirigir à agência onde retirou o financiamento e comprovar sua incapacidade de pagamento. (Correio do Povo/RS)

 

Economia

Indústria – Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 1,5% em julho ante junho, segundo informou nesta quarta-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esta é a segunda queda seguida. Em junho, o ICI já havia registrado recuo de 0,7% ante maio. Os dados atualizados do índice mostram que, de junho para julho, o indicador caiu de 115,3 pontos para 113,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Para a FGV, “a segunda redução consecutiva sinaliza desaceleração do ritmo de atividade do setor industrial”. “Com o resultado de julho, o índice retorna ao nível de janeiro deste ano e fica próximo do patamar de julho de 2008, período anterior à crise financeira internacional.” (Agência Estado)

Desemprego/SP – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu para 12,9% em junho, em comparação com 13,3% em maio, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (28) pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa é a menor taxa de desemprego para o mês de junho desde 1991, diz a Seade. Em junho de 20 09, o índice estava em 14,2%. O número de desempregado em junho foi estimado em 1,383 milhão de pessoas, 39 mil a menos do que em maio. O nível de ocupação cresceu 0,7% em junho na comparação com maio, com a criação de 68 mil postos de trabalho. Com isso, a estimativa do contingente de ocupados aumentou para 9,338 milhão de pessoas. (G1)

Mercado – Entre 2003 e 2008, 34 milhões de pessoas encorparam as classes A, B e C. De 2009 a 2014 outros 30 milhões deverão se juntar a esse grupo. Segundo projeções da consultoria LCA, em 2020, os lares brasileiros vão gastar 5 trilhões de reais, 130% mais do que atualmente. Bem antes disso, em 2014, o Brasil passará a ser o 5º maior mercado consumidor do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Japão, China e Alemanha. Apesar de a população brasileira representar apenas 15% do total de chineses, o mercado consumidor aqui é mais da metade do observado na China. Há quem veja no atual momento do Bra sil, um paralelo com a expansão da classe média americana a partir dos anos 50. Naquela época, 25% dos americanos passaram a viajar de avião, índice semelhante ao atual no Brasil. O índice de 96% de penetração de TVs aqui, é similar ao dos americanos nos anos 70. Nesse sentido, é razoável imaginar que o consumo no Brasil pode seguir rumos similares aos dos Estados Unidos. (Revista Exame)

2014 – Mire o ano de 2014, data da Copa do Mundo no Brasil. Um cruzamento das projeções de ascensão das classes com o potencial de consumo dos brasileiros mostra como alguns mercados vão se expandir. Olhando apenas para a classe C. Em 2008, seus 93 milhões de integrantes gastaram 280 bilhões de reais com vestuário, eletrônicos, alimentos e remédios. Em 2014, uma classe C mais robusta vai gastar cerca de 451 bilhões de reais com os mesmos itens. Essa espiral ascendente coloca o Brasil cada vez mais perto da estrutura social de sociedades maduras, e m que o miolo da pirâmide move a economia doméstica. “O mercado consumidor do Brasil hoje á grande estrela mundial”, diz Ari Kertész, sócio da consultoria McKinsey. (Revista Exame)

Consumo – Realizar antigos sonhos de consumo nunca foi algo tão palpável a tantos brasileiros ao mesmo tempo, de todas as classes sociais. Renda, Emprego e Crédito estão promovendo um ciclo de consumo inédito. Após incorporar tanta gente, o mercado brasileiro jamais será o mesmo. Um exercício interessante é observar o que tem acontecido com os beneficiários do programa Luz para Todos, que saiu do estágio zero de consumo. De acordo com o Ministério de Minas e energia, as famílias beneficiadas compraram 1,9 milhão de TVs e 1,7 milhão de geladeiras. Para esse grupo mais pobre, a única aspiração possível é aumentar a cesta de bens, seja de alimentos, seja de eletrodomésticos. Segundo o instituto de pesquisas Kantar WorldPanel, em 2002 as classes D e E tinha m 21 categorias de produtos no carrinho do supermercado. Agora são 37. Bens como iogurte, leite condensado e amaciante passaram a fazer parte da cesta de compras. (Revista Exame)

Globalização e Mercosul

Confiança/EUA – A confiança dos consumidores americanos caiu em julho para o nível mais baixo em cinco meses. O índice medido pelo grupo de pesquisas privado Conference Board ficou em 50,4 pontos. Economistas esperavam um resultado um pouco melhor. A queda se deve muito às preocupações cada vez mais presentes entre os consumidores em relação ao desemprego – que deve se manter perto dos 10% – e redução da renda. O resultado é mais um indicador entre os muitos que têm sido divulgados nos últimos dias que sugerem que a recuperação da economia dos EUA está perdendo força. (Valor Econômico)

Comércio – As exportações brasileiras perderam espaço no comércio com a Ásia, a região que vem crescendo mais forte e liderando a retomada da economia global – e a que mais compra produtos do país. Levantamento nos dez principais mercados asiáticos para o Brasil mostra que o país perdeu espaço em sete deles. Mesmo na China, que é o que mais importa do Brasil, houve perda de 8% no peso total das compras. Com exceção da Coreia do Sul e da Indonésia, o Brasil vendeu mais agora do que no ano passado, mas o ritmo de crescimento das exportações foi inferior à média, o que explica a perda de participação. (Folha de SP)

Alimentos – O relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), foi publicado em meio às preocupações quanto às perspectivas macroeconômicas. As flutuações cambiais persistentes, e as incertezas nos mercados financeiros mundiais, impactam fortemente nos mercados de produtos agrícolas. No que se refere ao aprovisionamento, no entanto, a subida de preços de 2008/2009, estimulou a produção, equilibrando os estoques com o consumo, tendência que deverá prevalecer até 2010/11. (FAO )

Preços – O índice FAO dos preços dos alimentos, que acompanha a evolução dos produtos agrícolas, caiu em março ao nível mais baixo, em três meses, e não variou até maio. O preço do açúcar caiu pela metade, desde o início do ano. Os cereais caíram 10%, o que é uma fonte de preocupação para os agricultores e exige intervenção governamental. As oleaginosas resistiram a uma queda generalizada porque a demanda permanece alta, e as disponibilidades são menos abundantes do que no caso dos cereais. Mas, não está descartada queda de preços nos próximos meses, pois, a alta cotação estimula a produção. Em contrapartida, o mercado de produtos lácteos está firme. Os preços registraram fortes aumentos em relação a 2009, diante das perspectivas medíocres em relação à produção nos grandes países exportadores. (FAO))

Danone Brasil: vendas no 1º sem. crescem 14% sobre 09

As vendas da Danone Brasil cresceram 14% em volume no primeiro semestre de 2010, segundo Mariano Lozano, presidente da companhia francesa no país. “A Danone Brasil apresentou taxa de crescimento duas vezes maior que a média de crescimento do grupo, garantida pelo crescimento contínuo de dois dígitos em suas operações no país”, disse o executivo, ontem (27), ao Valor.

Globalmente, as vendas do grupo no primeiro semestre, conforme relatório divulgado ontem (27), subiram 7%, para € 8,4 bilhões. A maior divisão, a de lácteos frescos, teve faturamento 7,1% maior, alcançando € 4,8 bilhões.

“Especificamente na região Nordeste, a Danone tem alcançado um desempenho duas vezes maior que o restante do Brasil”, diz Lozano. Segundo ele, há dois anos a empresa atinge índices de crescimento “consideráveis” nessa região. No ano passado, a alta foi de 33% sobre 2008, e em 2008, de 36% em relação a 2007. Na divisão de lácteos, os produtos que tiveram melhor desempenho de vendas no semestre, segundo Lozano, foram as linhas Activia, Actimel e Danoninho.

No Brasil, a divisão “Baby Nutrition” também foi apontada pela matriz como umas das que tiveram maior crescimento no grupo. “No primeiro semestre de 2010 a Danone Baby Nutrition alcançou crescimento acima de 50% se comparado ao mesmo período de 2009”, diz Gustavo Hildenbrand, presidente da Danone Baby Nutrition no Brasil. A divisão produz alimentos receitados por médicos para bebês com necessidades especiais.

Mundialmente, o lucro da multinacional subiu 10% no primeiro semestre. A empresa registrou ganho líquido de € 848 milhões nos seis meses terminados em 30 de junho, acima dos € 722 milhões de euros do ano passado.

Em comunicado, a Danone disse que tal desempenho sinaliza crescimento de vendas de pelo menos 6% em 2010, sendo que a previsão anterior era de alta de pelo menos 5%. O faturamento do grupo, segundo afirmou Franck Riboud, presidente mundial da companhia, deve crescer mais rapidamente do que o esperado para este ano.

A matéria é de Lílian Cunha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

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