Importação – O Brasil renovou por mais um ano o acordo de importação máxima de três mil toneladas/mês de leite em pó da Argentina pelo preço mínimo praticado na Nova Zelândia no mês da negociação. A assinatura do acordo foi feita pela CNA junto ao Centro da Indústria Leiteira argentina e ao governo daquele país. (Agência Estado)
Leite/MS – Produtores de Boa Fortuna e Mimoso, na região de Bandeirantes, a 120 quilômetros de Campo Grande (MS), estão jogando leite fora por falta de opção para escoar a produção. A ponte sobre o Córrego Fundo está quebrada e as propriedades estão ilhadas desde julho do ano passado porque a estrada que permite o acesso a 40 propriedades dos municípios de São Gabriel do Oeste, Corguinho e Rochedo está em condições precárias prejudicando a locomoção da população local, transporte de gado, ônibus escolares e qualquer tipo de veículo. Diante desta situação, a atividade leiteira da região teve que parar. (Campo Grande News)
Incentivos/RJ – Os créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) já podem ser transferidos, por produtores de leite e carne no estado do Rio de Janeiro, para investimentos em cooperativas, associações e pagamento da dívida ativa. O benefício é garantido pela lei 5.703/10, publicada no Diário Oficial do Executivo de ontem. “Instituímos, via decreto, a possibilidade do aproveitamento de crédito, mas a metodologia precisava ser definida por lei”, afirma o ex-secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, deputado Christino Áureo. (O Diário News)
Leite In Natura/RS – Os pequenos produtores de Santa Cruz que têm a venda de leite in natura como uma fonte de renda estão convidados para uma audiência pública amanhã, às 13h30, na Câmara de Vereadores. O objetivo é discutir a legislação que regula esse comércio. A audiência foi marcada pela promotora de Defesa Comunitária, Roberta Brenner de Moraes, que conduz um inquérito civil sobre o assunto. Segundo ela, o consumo do produto oferece riscos à população e, por isso, a questão precisa ser esclarecida. O vereador Wilson Rabuske que coordena o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), disse que muitas famílias têm nesse negócio uma fonte de renda e estão preocupadas. Para Rabuske, deve existir uma legislação específica para os pequenos. (Gazeta do Sul)
Uruguai – A exportação uruguaia de lácteos cresceu 32% no primeiro trimestre desse ano, se comparada com 2009, faturando US$ 103,55 milhões. Março foi o mês com o melho r desempenho, US$ 42,85 milhões, 63% a mais que fevereiro. O leite em pó e os queijos são os principais produtos exportados, respondendo por 38% e 37% das vendas, respectivamente. Os preços foram: US$ 3.012 para o leite em pó integral; US$ 2.322 para o leite em pó desnatado; US$ 2.245/tonelada para a manteiga; e US$ 4.803/tonelada para os queijos. Os principais destinos foram: Venezuela (18%); México (16%) e Brasil (13%). Em 2009 o Brasil ocupou o primeiro lugar nas compras de lácteos uruguaios, 23%, seguidos da Venezuela e México, com 19%, ambos. A Conaprole foi responsável por 60% dos valores exportadores. (Infortambo)
Preços/Uruguai – Em março, depois da alta de 20% no preço das commodities lácteas no mercado internacional, a Conaprole reajustou o preço aos produtores em 5%. De acordo com Álvaro Lapido, diretor da Conaprole “pela natureza dos negócios, existe uma demora na transferência, ta nto na baixa como na alta. Nenhum negócio ainda foi realizado com os valores do último leilão da Fonterra, mas, a tendência do mercado é de alta, o que é uma boa notícia. Presumo que não haverá muita variação no preço ao produtor.” (Infortambo)
Argentina – A vaca leiteira Argentina está mais gorda que nunca e nutre com seu imenso úbere um negócio de 36 bilhões de pesos, desde a produção primária até a indústria. E, depois de passar por invernos de inundações, secas, desabastecimento, cotas governamentais e preços baixos, desfruta agora de sua própria primavera. Os 0,80 pesos recebidos pelos produtores em agosto de 2009, subiu 50%, ficando na média de 1,20 pesos, atualmente. A indústria voltou a ser abastecida, com uma rentabilidade de 2% na comercialização de leite fluido e leite em pó, e 8% na média de outros derivados, fazendo esquecer vários anos de quebras iminentes. Para Ercole Felippa, pr esidente da Manfrey, Argentina; Uruguai; e parte do Brasil tem amplo potencial de crescimento e vantagens em relação ao Canadá ou União Europeia. (La Nación)
Leite/UE – O Comissário da Agricultura da União Europeia, Dacian Ciolos, disse que irá propor medidas de apoio à cadeia láctea europeia para o próximo outono. Para o Comissário é insustentável aguardar a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), prevista para 2013, destacando o importante papel da atividade leiteira para o continente. (Agrisalon)
Negócios
Lançamento – A Yoki acaba de lançar a versão do exclusivo Mais Vita Pura Soja. O produto chega às gôndolas enriquecido com 240 mg de cálcio, quan tidade equivalente à encontrada em 200 ml de leite. O Pura Soja com cálcio é elaborado somente com extrato de soja e água, sem adição de açúcar e conservantes. Além de ser indicado para uso culinário, o Mais Vita Pura Soja pode ser consumido no café da manhã, com achocolatado, café, misturado com frutas, para o preparo de vitaminas ou até puro. O Mais Vita Pura Soja é 100% de origem vegetal, adequado para pessoas que buscam uma alimentação saudável. (Brasil Alimentos)
Gordura Trans – Todos os produtos de marca própria da Eroski estão isentos de gordura trans, a gordura prejudicial à saúde. Uma pesquisa de vários anos, entre o departamento de qualidade da distribuidora espanhola e seus fornecedores, resultou na eliminação de 0,8 gramas de gorduras trans por cada 100 gramas de produto e 6,5 gramas de ácidos graxos trans por cada 100 gramas de gordura. Atualmente, “somos a única empresa de distribuição no mercado espanhol que elimino u este tipo de gordura do portfólio de marca própria. É a antecipação do cumprimento da legislação que deverá ser regulamentada brevemente”. O projeto exigiu “a colaboração de todos os fornecedores de marca própria. Uma tarefa árdua já que era necessário encontrar ingredientes mais saudáveis para reformular as receitas”. (Hipersuper)
OGM – Segundo um manifesto do Greenpeace, os queijos de Origem Protegida (AOP) ou de Origem Controlada (AOC), significa também, para o consumidor, sem Organismos Geneticamente Modificados (OGM). No entanto, 15, dos 46 queijos franceses de AOC/AOP estão contaminados com OGM, como quase todos os produtos franceses de origem animal, em decorrência da importação de soja e milho do continente americano. Diante disso, diversas queijarias decidiram excluir matérias-primas que estejam contaminadas, como o “Bleu du Vercors Sassenage”, que congrega 44 produtores de leite que alimentam suas vacas com feno e pas to. A adesão vem sendo crescente, e a certificação AOC ou AOP deverá significar respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e um processo artesanal de produção. (Agrisalon)
Setoriais
Máquinas – Dados da Abimac, apresentados ontem na Agrishow, mostram que o faturamento da indústria de máquinas e implementos agrícolas cresceu 29,3% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2009. As exportações também apresentaram recuperação, de 21,1%, num total de 158,47 mil dólares. Segundo o diretor adjunto da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, José Carlos Freitas, o segmento pretende encerrar o ano com vendas no mesmo patamar de 2008, na ordem de R$ 9 bilhões. Em 2009, com a crise, esse resultado foi de R$ 5 bilhões. Segundo Freitas, no curto prazo, o setor ain da tem esperança de tornar a linha Finame PSI permanente como o Mais Alimentos. (Correio do Povo/RS)
Financiamento – A Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo anunciou durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a criação do programa Pró-Implemento, que, assim como o programa Pró-Trator, financiará implementos agrícolas a juro zero, com cinco anos para o pagamento e três de carência. Os beneficiários são pequenos e médios produtores de São Paulo com renda de até R$ 400 mil por ano, com 80% procedente da atividade agropecuária. O programa terá um teto de até R$ 35 mil por produtor para a compra de equipamentos agrícolas como arados, grades e pulverizadores e resfriadores de leite. (Agência Estado)
Seguro rural – O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) foi utilizado no ano passado por 56,3 mil produtores para proteger 6,7 milhões de hectares em lavouras no ano pas sado, ou seja, 11% da área plantada no país. O Ministério da Agricultura aplicou R$ 260 milhões no pagamento de subvenção, aumento de 65% em relação a 2008, quando foram aplicados R$ 158 milhões. O produto que mais demandou apoio foi a soja, com R$ 98 milhões desembolsados. (Valor Econômico)
Economia
Indústria – Em abril, o Indicador de Nível de Atividade (INA), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), poderá zerar as perdas registradas desde setembro de 2008, quando a crise econômico-financeira internacional se aprofundou e abalou a indústria. Em março, o INA cresceu 2,8% (com ajuste sazonal), mas o indicador ainda segue 0,9% abaixo do registrado em setembro de 2008. Os dados da Fiesp divulgados hoje mostram forte recuperação da atividade industrial no ano. Sem ajuste, o INA deu um salto de 18% e m março, ante fevereiro. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Negociação – Foi a ultima reunião técnica antes da cúpula União Europeia-Mercosul em maio, em Madrid. E a UE continuou sem dizer ao Mercosul se aceita relançar a negociação do acordo de livre comércio birregional no mês que vem, refletindo sua dificuldade para fazer concessões na área agrícola. Depois de dois dias de discussões com o Mercosul, em Bruxelas, a UE vai agora consultar os Estados membros e seus comissários para decidir se retoma a negociação com o objetivo de concluí-la rapidamente. Para o Mercosul, a bola está do lado europeu. (Valor Econômico