Importações – Os números preliminares da média diária de maio de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 7,63% menores que a média de abril de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.
Leite/SC – Produtores de leite reclamam da taxa de 8% sobre o valor do leite que é vendido para ser industrializado em estados vizinhos porque SC não tem condições de processar toda a produção. A Federação de Agricultura (Faesc) promete cobrar do governo o fim desse custo, que reduz o ganho do produtor, hoje R$ 0,60 por litro. Segundo a Fazenda de SC, o decreto 2091/09, determinado pelo governo em acordo com indústrias e sindicatos, retirou o incentivo fiscal para o leite in natura que sai do Estado, e a intenção é manter essa decisão para estimular a industrialização em SC. (Diário Catarinense)
Nestlé – A Nestlé está negociando a compra da maior fábrica da Parmalat, controlada pela Laep Investments, no país. A unidade fica em Carazinho (RS), onde são fabricados leite longa vida, leites especiais, leite em pó, leite condensado e creme de leite. Essa pode ser a segunda aquisição da Nestlé em cinco meses. Com a unidade de Carazinho, que tem capacidade para processar 1,6 milhão de litros de leite por dia, a Nestlé avança em seu projeto de ampliar a participação no mercado nacional de lácteos. Este ano, a empresa entrou no segmento de leite longa vida premium, com produção terceirizada, num investimento de R$ 100 milhões. (Valor Econômico)
Garanhuns – Os produtores da bacia leiteira de Pernambuco ainda estão tentando receber da Parmalat os pagamentos pendentes das vendas de leite feitas para a empresa antes de a companhia vender a fábrica de Garanhuns para a empresa gaúcha Bom Gosto. O acordo foi que os débitos anteriores à operação do novo grupo seriam saldados pela Parmalat. Os pecuaristas estão entrando com protesto contra a empresa italiana no 2º Cartório de Ofício de Garanhuns para receber os créditos devidos. O produtor Paulo Jorge Valença conta que o protesto em cartório tem agilizado os pagamentos. “Acredito que a empresa está fazendo isso para se documentar”, observa. Para entrar com o protesto em cartório é necessário emitir uma duplicata com o valor líquido da nota fiscal. O cartório recebe o valor devido da empresa e repassa ao produtor. O custo médio da operação no cartório é de R$ 120, mas o valor também é ressarcido pela Parmalat. A movimentação no cartório de Garanhuns cresceu nos últimos 90 dias (Jornal do Commercio/PE)
Bom Gosto – A diretoria da Bom Gosto, que assumiu o controle da unidade de Garanhuns após pagar R$ 31 milhões, ainda tentou incluir no acordo de venda que parte dos recursos fossem retidos para o pagamento das dívidas com os produtores, mas como se tratava da compra do ativo de uma empresa em recuperação judicial, a Justiça não permitiu o acerto. Na tentativa de oferecer um alento aos fornecedores, a Bom Gosto decidiu antecipar parte dos pagamentos aos produtores. A fábrica de Garanhuns tem capacidade para processar 500 mil litros de leite por dia, mas hoje opera com cerca de 200 mil l/dia. A unidade está produzindo leite tipo C, longa vida e creme de leite e faz planos de, em 2010, reativar as linhas de iogurtes e bebidas lácteas. A empresa recebe leite de 600 produtores de Pernambuco e Alagoas. (Jornal do Commercio/PE)
Itambé – Apenas para este ano, estão projetados investimentos da ordem de R$ 60 milhões. Um terço do valor será destinado à construção de fábrica em Brodósqui, interior de São Paulo, a primeira no estado. Mais R$ 20 milhões vão para a ampliação da produção da unidade mineira de Pará de Minas, Região Centro-Oeste do Estado. “Nossa chegada a São Paulo mostra a expansão geográfica da Itambé. E também pretendemos, em breve, adquirir outras cooperativas também no Sul do país”, informa o presidente da empresa, Jacques Gontijo. Inclusive, ele afirma que a construção de uma unidade no Paraná faz parte das pretensões da corporação. Antes disso, a Itambé quer retomar sua participação no mercado de leite fluido. Hoje, a empresa é líder na venda de leite em pó. (Hoje em Dia/MG)
Queijos/Chile – Entre fevereiro e agosto há queda na produção de queijos no Chile, e o volume importado este ano (2.161 ton.) está próximo ao importado no mesmo período de 2008 (2.090 ton.). Mas, em maio de 2008 a tonelada do queijo importado valia US$ 4.922 (US$ 4,9 o quilo), e este ano foi comprado a US$ 3.106, uma queda de 36,9%. De acordo com a Associação de Produtores de Queijos (Aproqueso), o problema não está na importação, mas no preço. Enquanto o produto nacional custa entre 1.900 e 2.000 pesos chilenos, o importado pode ser vendido a 1.729, forçando a queda do preço no mercado interno. E, num efeito dominó, também irá bater na remuneração ao produtor, aumentando os problemas no já complicado panorama da cadeia láctea chilena. (El Austral de Osorno)
Preços/Chile – Os queijos importados pelo Chile são originados da Argentina (53,7%); Brasil (17%), e Estados Unidos (15,3%). Os preços estão registrando pequenas quedas durante o ano. Janeiro (US$ 3.563); Fevereiro (US$ 3.438); Março (US$ 3.518); Abril (US$ 3.200) e nesse mês já está em (US$ 3.106). A média no ano está em US$ 3.381 a tonelada, bem diferente da média obtida no mesmo período de 2008, que foi de US$ 4.707/tonelada. (El Austral de Osorno)
Uruguai – O diretor da Conaprole, Wilson Cabrera, disse que a proposta do ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Ernesto Agazzi, de criar um mecanismo assegurando um preço mínimo ao produtor, que lhe garanta pelo menos não ter prejuízo, é uma ótima iniciativa, mas a indústria não tem margem para aplicá-la. (El Observador)
Protestos/UE – A crise do leite atinge a maior parte dos países produtores da Europa, Alemanha e França principalmente, pesando sobre as eleições europeias que serão realizadas daqui duas semanas. Mesmo assim, a solicitação da França para manter as cotas foi rejeitada pela Comissão Europeia (CE). Depois que 12.600 produtores de leite bloquearam 92 indústrias de leite na França, eles agora exigem das indústrias, um documento em que se comprometam a dar início a negociações, com mediadores indicados pelo governo. (Le Figaro)
Protestos/UE – Os bloqueios das indústrias lácteas na França, começaram a ser levantadas de forma paulatina, depois de ser anunciado um encontro da cadeia. Os produtores protestam contra a queda no preço do leite, ainda que o consumidor não tenha notado nenhuma alteração. Com esta mobilização querem pressionar os ministros europeus de agricultura, reunidos em Bruxelas, onde também centenas de produtores demonstravam seu descontentamento com a situação do mercado lácteo europeu. Produtores, industriais e cooperativas se reunirão em Paris para encontrar uma solução que permita uma saída da crise anunciou um interlocutor do setor. (Finanzas.com )
Greve/UE – O Sindicato Europeu dos Produtores de Leite (EMB) ameaça com uma greve europeia do leite no início de julho, se até 30 de junho não forem implementadas “medidas estruturais”, que solucionem os graves problemas enfrentados pela cadeia láctea. Produtores, indústrias e cooperativas devem se reunir a partir de hoje em Paris. (Le Figaro)
Preços/NZ – Agora cabe observar os rumos dos preços do petróleo. De acordo com o economista da Westpac, Doug Steele, existe grandes chances dos preços dos lácteos na Nova Zelândia se moverem na mesma direção. “O preço na bomba sinaliza melhores dias para o mercado de lácteos”, disse o economista ao Dairy News. Quando o preço na bomba era de $ 2,18 o litro, no ano passado, o mercado de lácteos estava em alta e a Fonterra pagava $ 7,90/kgMS. Lácteos e petróleo caminham juntos. Quando a bomba marcava $ 1,64 o litro na última semana, a Fonterra previa o pagamento de $ 5,20/kgMS. Mas, como ainda existem muitas incertezas, é bom o produtor fazer o orçamento com os valores variando entre $ 4,70/kg a $ 5,50/kg. (Rural News)
Alemanha – Os produtores de leite alemães não estão obtendo resultados positivos nas negociações que estão sendo realizadas entre as centrais leiteiras e as cadeias de distribuição Ao contrário, como consequência das fortes quedas de preços, é muito provável que os preços ao produtor continuem caindo. A distribuidora alemã ALDI conseguiu, durante as últimas negociações com as centrais leiteiras, impor novas reduções de preços do leite, manteiga, requeijão e outros produtos lácteos. A Associação Alemã de Agricultores (DBV) qualificou de absolutamente inaceitáveis os preços, e uma provocação aos produtores. (Frisona)
Negócios
Danone – Maior fabricante de iogurte do mundo, a Danone planeja fazer um aumento de capital com emissão de novas ações no valor de 3 bilhões de euros para reduzir a dívida líquida e ter flexibilidade para novas aquisições. A companhia vai revelar mais detalhes da operação nesta semana, mas já avisou que os atuais acionistas terão direito de preferência na subscrição de ações. A Danone vem registrando queda nas vendas devido à redução do consumo e tem uma dívida de 11 bilhões de euros decorrente da compra da holandesa Numico, em 2007. (Valor Econômico)
Queijos – A linha de queijos processados Temper Cheese da Cooperativa Santa Clara de Carlos Barbosa recebe um reforço de peso. São os sabores pizza e presunto, que se juntam aos sete já existentes no mercado. Além disso, toda a linha de Temper Cheese ganha novas embalagens, mais modernas e atraentes, no sistema de sleeve. (Jornal do Comércio/RS)
Setoriais
Terras – A analista da AgraFNP Jacqueline Bierhals divulgou o segundo levantamento sobre preços de terras no Brasil que estão sustentados pela alta das commodities agrícolas no mercado internacional. Investidores estrangeiros também contribuíram para dar sustentação aos preços das terras. O preço médio alcançou R$ 4.393 por hectare no bimestre março-abril, ante os R$ 4.373 de março-abril. Além do preço relativamente estável e firme – a alta nominal média nos últimos 12 meses chega a 2,5%. (Canal Rural/Valor Econômico)
Plano – Stephanes revelou que entre amanhã e quinta-feira deve se reunir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para definir o Plano Agrícola e Pecuário de 2009/2010, a ser anunciado até julho. O ministro disse que estruturalmente o plano não terá mudanças em relação ao da safra passada. “Se não chegar aos R$ 100 bilhões, chega pertinho. Mas serão entre e R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões”, disse o ministro. No ano passado, foram R$ 78 bilhões. Ontem o ministro participou da cerimônia de 20 anos da Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas. Em seu discurso, aproveitou para criticar os ambientalistas. Ao comentar que a agricultura e pecuária podem dobrar a produção sem desmatar, Stephanes cobrou a ampliação para outros setores do debate sobre o meio ambiente, restrito apenas, de acordo com ele, aos ambientalistas. (O Estado de SP)
Fertilizantes – As entregas de fertilizantes no mercado interno apresentaram forte queda no mês de abril e no acumulado dos primeiros três meses deste ano. De acordo com a divisão de agronegócios da Fiesp, os preços atuais estão abaixo dos registrados no ano passado, período em que os produtos apresentaram uma das maiores cotações da história. Estimativas do setor de fertilizantes mostram que a crise internacional prejudicou os produtores. Segundo a Agência Nacional para Difusão de Adubos, em abril a indústria entregou 35,5% menos adubo que no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros três meses, a queda chega a 26,5%. Analistas acreditam que a tendência é de recuperação somente no segundo semestre, quando os produtores voltam a comprar adubo para o início da safra 2009/2010. De acordo com a divisão de agronegócio da Fiesp, os preços dos fertilizantes nitrogenados em maio deste ano apresentaram queda de mais de 60% quando comparados aos valores mais altos no ano passado. No caso do nitrato de amônio – o recuo foi de 65,52% –, a tonelada do nutriente está sendo vendida a US$ 321. Já o preço da uréia caiu 65,54% e a tonelada do insumo é comercializada a US$ 255 dólares. O nitrato de amônia também está mais barato. Atualmente, o produto custa cerca de US$ 150 a tonelada, uma queda de 67,39%. (Canal Rural)
Economia
IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo aumentou 0,34% na terceira medição de maio, a mesma taxa registrada na apuração anterior e na abertura do mês, mostrou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em pesquisa divulgada nesta terça-feira. Despesas Diversas tiveram a alta mais expressiva, de 2,06%, seguidos por Saúde, com elevação de 1,13%. Na segunda prévia de maio, esses grupos verificaram acréscimo de 2,28% e 1,77%, respectivamente. Vestuário saiu de alta de 0,52% na segunda leitura do mês para 0,40% de avanço na medição seguinte. Educação abandonou variação nula para crescimento de 0,04% e Habitação subiu de 0,08% para 0,17%. No terreno negativo, ficaram Alimentação (-0,27%) e Transporte (-0,06%), seguindo recuo de 0,47% e 0,04% na segunda quadrissemana de maio, na ordem. (Valor Online)
Balança – A balança comercial apresentou saldo positivo de US$ 698 milhões na terceira semana de maio. O resultado decorre de exportações de US$ 3,129 bilhões, média de US$ 625,8 milhões por dia, e importações de US$ 2,431 bilhões, média de US$ 486,2 milhões. (Valor Econômico)
Globalização e Mercosul
Doha – Vários países latinoamericanos uniram-se a outras nações para impulsionar um acordo comercial global na Rodada de Doha considerado “urgentemente necessário”, e voltaram a defender a abertura dos mercados e criticaram o protecionismo. “O comércio mundial tornou-se uma das vítimas da desaceleração”, disseram os países dependentes de exportações e seus parceiros econômicos em comunicado divulgado nesta segunda-feira aos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC). O texto sugere aos Governos que evitem a tendência de anular a concorrência externa como resposta às pressões que já acabaram com empregos e golpearam indústrias no mundo todo, particularmente desde o outubro do ano passado, quando a crise se agravou. Segundo o texto, a produção global seria afetada ainda mais caso as economias se fechem. (Reuters)
África – Os setores de máquinas e equipamentos agrícolas, biocombustíveis e alimentos industrializados estarão em foco na exposição Brasil Agri-Solutions, promovida pela Apex-Brasil, nos dias 9 e 10 de julho, em Dacar. O evento receberá 25 empresas brasileiras. (Folha de SP)
Exportações – A estratégia política do Brasil de investir no comércio com o hemisfério Sul levou à queda de participação dos sete países mais ricos do mundo nas exportações brasileiras. Esse processo começou em 2004. Com o quadro de recessão, que travou o comércio global, a queda nas vendas para os países do hemisfério Norte é ainda maior. A estratégia de política internacional do governo de dar mais atenção ao comércio com países em desenvolvimento e mais pobres recebe críticas de representantes dos exportadores. Mas analistas dizem que a queda nas exportações foi menor do que teria sido se o Brasil ainda exportasse mais para os países que estão no centro da turbulência. (Folha de SP)
Parições/Argentina – A queda no número de prenhez do rebanho argentino foi qualificada de “desastre sem precedentes”, pelo analista pecuário Ignácio Iriarte. Nos rebanhos comerciais ela chega a 10 ou 20% em relação ao ano passado. Mas, existem zonas em que a confirmação de prenhez está abaixo de 50%. Em consequência disso em 2010 haverá menos três ou quatro milhões de crias, em um ano em que as reposições também foram descartadas em decorrência da seca. (El DiárioOnline)
Nestlé negocia a compra da maior unidade da Parmalat
A Nestlé está negociando a compra da maior fábrica da Parmalat, controlada pela Laep Investments, no país. A unidade fica em Carazinho, no Rio Grande do Sul, onde são fabricados leite longa vida, leites especiais, leite em pó, leite condensado e creme de leite. Estima-se, no mercado, que a aquisição da unidade será fechada por R$ 100 milhões. Procurada, a Nestlé não quis se pronunciar. A Laep também preferiu ficar em silêncio.
Essa pode ser a segunda aquisição da Nestlé em cinco meses. Em dezembro, a empresa anunciou a compra da Água Mineral Santa Bárbara e parte de suas instalações industriais, no interior de São Paulo. “O que está fazendo o processo se esticar são questões fiscais”, disse Zurita em uma entrevista no início de abril, referindo-se à segunda aquisição. Em setembro passado, o presidente da multinacional declarou que a companhia estava prestes a fechar dois negócios. Na semana passada, Zurita acrescentou, sem dar pistas, que ainda há uma terceira aquisição a caminho. “A companhia se interessa por empresas que tenham bons produtos para serem agregados ao portfólio”, afirmou.
Com a unidade de Carazinho, que tem capacidade para processar 1,6 milhão de litros de leite por dia, a Nestlé avança em seu projeto de ampliar a participação no mercado nacional de lácteos. Este ano, a empresa entrou no segmento de leite longa vida premium, com produção terceirizada, num investimento de R$ 100 milhões.
Quando a compra da unidade gaúcha da Parmalat for concretizada, a Nestlé passará, enfim, a produzir lácteos no Rio Grande do Sul. Em outubro de 2008, três meses depois do previsto, a Nestlé inaugurou uma planta em Palmeira da Missões, com um investimento total estimado de R$ 120 milhões e geração de 900 empregos diretos. A fábrica, para produção de leite pré-condensado (desidratado), tem capacidade de processamento de 1 milhão de litros de matéria-prima por dia. Atualmente, o produto, base para outros derivados lácteos como iogurtes, é enviado para processamento na fábrica da Nestlé em Araçatuba (SP). Carazinho fica a apenas 90 quilômetros de Palmeira das Missões e permitirá à Nestlé acelerar a produção de lácteos na região Sul. A fábrica da Nestlé em Palmeira, segundo fontes do setor de lácteos no Rio Grande do Sul, consumiu até agora R$ 30 milhões e, por enquanto, emprega apenas 60 pessoas.
Em recente entrevista, Ivan Zurita afirmou que não há outro modo da empresa avançar no país que não por meio de aquisições. Ele disse que a meta da companhia, que em 2008 teve faturamento líquido de R$ 13,4 bilhões no Brasil, é crescer no mínimo 4% em 2009. A companhia suíça é líder em captação de leite no país, por meio da DPA (joint venture com a cooperativa neozelandeza Fonterra), e deve avançar mais este ano com a concretização do negócio com a Parmalat. Em 2008, a empresa captou 1,9 bilhão de litros de leite.
Enquanto a Nestlé investe para crescer, a Parmalat encolhe. O enxugamento, porém, já estava previsto no plano de reestruturação da Laep, que está em crise desde meados do ano passado. No segundo semestre de 2008, a companhia decidiu concentrar as operações industriais, vendendo ativos, após dois trimestres seguidos de prejuízos e de uma queda sem precedentes no valor de suas ações. Em 12 meses, os papéis acumulam queda de 90,83%, segundo o Valor Data.
Embora seja uma saída para levantar recursos, ao se desfazer de Carazinho, a Parmalat abrirá mão de seu ativo mais importante atualmente, segundo fontes do mercado de leite. Além das boas condições, a unidade é bem localizada e está numa importante bacia leiteira do país.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha e Lílian Cunha, publicada no jornal Valor Econômico