Notícias 25.11.2011

Importações – Os números preliminares da média diária de janeiro de 2011 das importações de leite e derivados, em dólar, são 4,74% maiores que a média de dezembro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Leite/RS – Apesar da seca na região Sul gaúcha, os preços do leite se mantêm estáveis para o consumidor final. Já os produtores, em comparação com o mesmo período do ano passado, estão recebendo 18% a mais. As informações são do Conselho de Leite (Consleite). No entanto, houve perda na produtividade de leite. De acordo com o Conseleite, a estimativa é que houve uma redução de até 40% na quantidade de produto entregue as indústrias. Como a região é responsável apenas por 7% do total produzido, a quebra não se refletiu no preço. (Canal Rural)

Custos – Os custos de produção da pecuária se mantêm em alta neste mês. O indicador funciona como uma inflação dos insumos. O principal motivo foi o aumento nos preços de alimentos concentrados. Os segmentos que mais usam esse tipo de produto sofreram mais pressão nos custos. Assim, a maior alta ocorreu na pecuária leiteira (9,1%) seguida pela pecuária de corte de alta tecnologia (2,6%) e pela pecuária de corte com baixa tecnologia (0,5%). Na comparação, entre janeiro deste ano e janeiro do ano passado, também o índice de custo na pecuária leiteira teve o maior aumento (43,9%), seguido pela pecuária de corte de alta tecnologia (23,5%) e pela pecuária de corte com baixa tecnologia (5,2%). (Canal Rural)

Produção/AR – O preço internacional do leite bate recordes, mas, a intervenção do governo no mercado impede que os produtores obtenham ganhos. A Câmara Setorial do Leite declarou estado de alerta. Em 2010 a situação foi tranquila, em relação aos anos anteriores. Os notáveis preços internacionais contribuíram para aumentar a produção e melhorar substancialmente o preço ao produtor, que hoje está entre 1,25 e 1,40 pesos/litro, longe na média de 0,80 no período 2007/2009. Mas, também distante dos 1,70/litro solicitados para satisfazer as necessidades econômicas e financeiras da produção. De j ulho para cá, os preços se encontram praticamente congelados. Assim a Câmara Setorial alerta, que o próximo conflito com o governo deverá ser do setor lácteo. (Infortambo)

Intervenção/AR – A intervenção no mercado lácteo argentino começou em julho de 2005, que passou de 5 para 15% o direito de exportação incidente sobre o leite em pó, e 10% sobre os queijos. Em novembro de 2007 o governo estabeleceu uma retenção, denominada “preço de corte”, inviabilizando a exportação do principal produto lácteo, o leite em pó. Esta medida foi um atentado contra a produção argentina, registrando um processo de falência de produtores de leite. O ano de 2010 foi favorável quanto a preços e produção, e os analistas projetam, também, um bom 2011 “desde que não haja intervenções governamentais que tragam distorções setoriais”. (Agrositio )

Lácteos/AR – A primeira metade de janeiro de 2011 manteve o consumo de lácteos de meses anteriores, apresentando equilíbrio entre alto consumo e bons preços. O turismo de verão é bom em vendas, ainda que não tenha atingido as expectativas. Os preços aos produtores na Bacia Leiteira do Oeste de Buenos Aires continuam subindo gradualmente, a cada mês. Em novembro houve aumento de 1% e em dezembro, 5%. No ano, os pequenos produtores obtiveram aumentos de 29,71%, os médios de 28,10% e os grandes de 27,46%. Esses reajustes, no entanto, não cobrem as necessidades atuais dos produtores. Mesmo com a chegada das chuvas as forrageiras continuam comprometidas. A relação preço do leite/ração está muito justa, e a inflação segue corroendo os ganhos. (Infortambo )

Sódio – As indústrias americanas intensificam esforços para reduzir o teor de sódio nos queijos e educam os consumidores sobre os limites saudáveis. O trabalho faz part e da política de competitividade, com melhoria das práticas de produção, para reduzir o sódio na composição final dos produtos, controlando a sua utilização nas fórmulas e processos. Algumas empresas já começaram a lançar novos produtos com baixos teores de sódio e outras reduziram em produtos já existentes. As empresas participantes são: Bongards, Cargill, Chr Hansen, Dairy Farmers of America, Davisco Foods, Foremost Farms, Glanbia, Great Lakes Cheese, Kraft Foods, Kroger, Lactalis, Land O’Lakes, Leprino Foods, Marathon Cheese, Sargento, Schreiber Foods e V&V Supremo Foods. (DairyReporter)

Queijos – Alguns laticínios começaram a lançar novos produtos com baixos teores de sódio e outros reduziram em produtos já existentes. Mas, Carol Blindauer, especialista em saúde e bem estar do Centro de Inovação alertou que é difícil estabelecer níveis de sódio para queijos. O queijo suíço, por exemplo, tem natu ralmente baixos teores de sódio, mas em outros será difícil fazer a redução, sem comprometer o gosto, ou a salubridade do alimento. O porta-voz da indústria também declarou que o sódio desempenha um papel importante e vital na fabricação, desde o sabor, à umidade. O sal é um conservante natural que não é fácil de ser substituído, sem recorrer a soluções artificiais que não agradam o consumidor. Educar e informar o consumidor sobre os elementos nutritivos do queijo e o papel do sódio no produto será fundamental. (DairyReporter)

China – As importações chinesas de leite em pó se multiplicarão quase que por três, em relação a dois anos atrás. O Departamento Americano de Agricultura (Usda) projeta um espetacular crescimento das importações chinesas de leite em pó. Deverão ser importadas 400.000 toneladas de leite em pó integral, em 2011, um aumento de 260%, e 100.000 toneladas de leite em pó desnatado, mante ndo o impressionante crescimento de 22% dos últimos cinco anos. Além de fatores como aumento da população e renda, o crescimento das importações é também impulsionado pela desconfiança em relação à segurança da produção local, gerada depois do escândalo na melamina, três anos atrás. (Infortambo )

 

Negócios

Betânia – Depois de algumas reuniões, foi definido o plano estratégico de investimentos da Companhia Brasileira de Laticínios (CBL), dona da marca Betânia. Antes de fazê-lo, examinou o panorama do setor industrial leiteiro do Brasil, que foi surpreendido, na semana passada, pela megafusão da Bom Gosto e LeitBom – nascendo a Lácteos Brasil S/A. (Diário do Nordeste)

Museu do leite – O britânico Paulo Lucas, 33 anos, resolveu inaugurar um museu no quintal de sua casa depois que sua coleção de garrafas de leite atingiu o número de 10 mil exemplares. A primeira garrafa da coleção foi adquirida quando Lucas tinha apenas 9 anos e trabalhava como acompanhante de leiteiro. Atualmente, o museu reúne exemplares de garrafas raras, que datam de 1890. Sobre a coleção, Lucas afirma: “Eu tenho verdadeiras antiguidades. E minhas favoritas são as garrafas da década de 1950”. (Revista Pegn/Globo).

Feira/Sudão – Três empresas brasileiras vão participar este ano da Feira Internacional de Cartum, no Sudão, ao lado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e do Ministério das Relações Exteriores, que promovem pela sexta vez consecutiva a presença do Brasil na mostra. A feira, que é multissetorial, será realizada de 02 a 09 de fevereiro. As companhias brasileiras que vão expor são a Brasil Foods, que reúne as marcas Sadia e Perdigão, do ramo de alimentos; a Grendene, indústria de calçados; e a Kepler Weber, fabricante de silos para produtos agrícolas. (Agência de Notícias Brasil Árabe)

iLoLay – Com o slogan “iLoLay ajuda a cuidar de você o ano todo”, a indústria argentina Williner apresentou seu novo Iogurte Desnatado iLoLay, prático, rico e fresco, pronto para beber. Com apenas 74 Kcal por porção, 0% de gordura e colesterol, o produto se enquadra nos requisitos de saúde e bem estar. Com o sabor característico dos iogurtes iLoLay a embalagem prática permite tomá-lo a qualquer momento e em qualquer lugar. (Infortambo)

 

Setoriais

Chuvas/SC – A agropecuária catarinense foi prejudicada pelas chuvas em quase todas as regiões do Estado. Segundo o secretário de Agricultura, João Rodrigues, a pasta terá uma projeção do total de perdas amanhã, mas as regiões do litoral Norte, Oeste, Vale do Itajaí, Sul do Estado e Grande Florianópolis tiveram a produção afetada. No Meio-Oeste, os segmentos que tiveram mais perdas foram os de hortaliças, fumo, feijão, mandioca e frutas. Algumas pastagens também foram atingidas e isso afeta a produção leiteira. (Diário Catarinense)

Orgânicos – O crescimento das vendas de produtos orgânicos no mercado interno ultrapassou o das exportações em 2010. Em relação a 2009, o diretor-executivo do projeto Organics Brasi l, Ming Liu, estima aumento de 30% nas vendas externas. Só as 72 empresas associadas ao projeto, que representam pelo menos 60% do setor, exportaram US$ 108 milhões no ano passado. Já para as vendas domésticas, Liu estima um aumento de 40%, com base em dados de redes varejistas. Segundo ele, as vendas de alimentos orgânicos já se aproximam de R$ 350 milhões no país. (Folha de SP)

 

Economia

Superávit – A balança comercial brasileira registrou um superávit de 680 milhões de dólares na terceira semana de janeiro, anunciou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O saldo é resultado de exportações de 4,272 bilhões e de importações de 3,592 bilhões. No acumulado do ano, o saldo positivo é de 690 milhões de dólares. (Correio do Povo/RS)

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) voltou a acelerar. O indicador subiu 1,18% até a quadrissemana encerrada em 22 de janeiro (terceira prévia do mês), após avançar 1,06% no resultado anterior, referente à quadrissemana finalizada em 15 de janeiro. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-S, cinco apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, da segunda para a terceira prévia do mês. As duas classes de despesa restantes apresentaram desaceleração de preços: Alimentação (de 1,69% para 1,64%) e Vestuário (de 0,38% para 0,36%). (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Mudanças Climáticas – As mudanças climáticas prov ocadas pelo aquecimento global estão fazendo os preços das commodities dispararem. Os alimentos estão cada vez mais caros e escassos diante dos desastres naturais ocorridos nos últimos meses em todo o planeta, reduzindo a oferta de comida. No Brasil, por exemplo, o preço dos alimentos foi o item que compõe o cálculo da inflação que mais subiu em 2010: cerca 9%, contra a variação geral de 5,91%. “Há um aumento da demanda no mercado mundial. O mundo está comendo mais e também diminuindo seus estoques. E não nos referimos somente à China e à Índia. Por isso, todos precisarão de commodities”, avaliou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Edilson Guimarães. (Correio Braziliense)

Alimentos – A produção global de alimentos precisa crescer, no mínimo, 40% nas próximas duas décadas para evitar o aumento da fome global, revelou um estudo divulgado ontem pelo instituto britânico Foresight Report on Food and Farming Futur es. Nos próximos 20 anos, a população mundial será de 8,3 bilhões de pessoas. Governos e os produtores de alimentos deverão prestar contas a respeito de seus progressos na redução da fome, no combate às mudanças climáticas, na degradação ambiental e no aumento da produção alimentícia. “Temos 20 anos para produzir cerca de 40% a mais de comida, 30% a mais de água potável e 50% a mais de energia”, disse John Beddington, um dos cientistas responsáveis pelo estudo. (Correio Braziliense)

Terra – O Brasil experimentará forte avanço na produção agrícola nos próximos anos e precisará dispor de mais terra para o cultivo, destacou estudo divulgado ontem pelo governo do Reino Unido. Mas, em vez de condenar o avanço da fronteira agrícola, os pesquisadores acreditam que o País poderá realizar o chamado “desmatamento bom”. As conclusões fazem parte de um amplo estudo sobre agricultura conduzido por 400 especialistas em mais de 35 países. O gove rno britânico quis traçar as perspectivas para a produção de alimentos e os impactos sobre o mundo nos próximos 40 anos. Conforme o estudo, nos próximos 20 anos a produção das principais culturas nacionais avançará para atender o consumo, estimulada também pelo preços das commodities. (O Estado de SP)

Argentina – Produtores argentinos, que encerraram a paralisação de uma semana à meia-noite do domingo, retomaram a comercialização de grãos. No entanto, garantiram que não venderão trigo por valores menores que o preço de mercado e que seguirão mobilizados em protesto contra a política do governo de restringir as exportações do grão. (Correio do Povo/RS)

Comida Digital – Palestinos que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza podem agora participar do projeto ‘Comida Digital’. Pela iniciativa do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, os moradores da região descontam cupons eletrônicos em lojas locais para receber comida. A chefe do PMA, Josette Sheeran, visitou a Cisjordânia no início da semana para acompanhar de perto o funcionamento dos cupons. Os beneficiados podem usar o cartão eletrônico para obter alimentos frescos como ovos e leite, que não fazem parte da cesta básica. O programa ‘Comida Digital’ é oferecido aos palestinos mais carentes que não têm recursos para se alimentar. A iniciativa também está injetando dinheiro na economia local, além de ajudar os produtores palestinos. (Agência de Notícias Brasil Árabe)

FMI – A economia brasileira deve crescer 4,5% em 2011 e 4,1% no próximo calendário, de acordo com as projeções divulgadas nesta terça-feira (25) na atualização do documento Perspectiva Econômica Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI). A projeção para o desempenho econômico doméstico deste ano é 0,4 ponto percentual melhor do que aquela feita em outubro para o mesmo período. A perspectiva para 2012 não sofreu alteração. Apesar de não citar especificamente o caso do Brasil, o organismo alerta para o risco de pressões inflacionárias e superaquecimento nas economias emergentes, criado em parte pelo forte fluxo de capitais para esses países. (G1)

Mercado internacional de lácteos têm nova alta
 

 

Os preços de exportação de lácteos da Oceania e Oeste da Europa apresentaram alta para todos os produtos comercializados frente à última quinzena, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os preços têm seguido comportamento do leilão da Fonterra, apresentaram modesta alta após expressivos ganhos.

Dentre os produtos, o leite em pó integral (WMP) e o leite em pó desnatado (SMP) foram os destaques. Em ambas as regiões apresentaram relativas valorizações. Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.862,5/ton e o desnatado em US$ 3.575/ton, apresentando altas de 3,3% e 4,4%, respectivamente, frente à última quinzena.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 3.325/ton, alta de 4,7%. O preço médio do leite em pó integral ultrapassou a casa dos US$ 4.000/ton e chegou a US$ 4.150/ton – o maior valor desde novembro de 2009 -, apresentando expressivo ganho de 8,1%.

As valorizações dessas duas commidities têm origem distintas. Na Oceania, as adversidades climáticas na Austrália (excesso de chuvas) e Nova Zelândia (seca) prejudicaram a produção e captação de leite. Na Europa, a principal razão apontada por analistas do USDA foi a valorização do Euro frente ao dólar. Mesmo assim, é ainda incerto o porquê dos preços terem chegado a essa patamar.

Gráfico 1. Preços de exportação de leite em pó integral (em US$/ton).

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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