Notícias 25.05.09

Laticínios/RS – Líderes do setor lácteo participarão de reunião com o secretário da Fazenda, Ricardo Engler, para debater medidas de apoio tributário. As indústrias querem a retomada do crédito presumido de ICMS de 8,5% para operações em que o leite é captado fora, processado no RS e vendido para outros estados. O setor ainda reivindica crédito de 5% sobre o valor da matéria-prima adquirida no Estado para ter mais competitividade. Conforme o presidente do Conseleite e do Sindilat, Carlos Feijó, a valorização do litro e a grande demanda pelo alimento no Rio de Janeiro e São Paulo têm mantido a rentabilidade dos laticínios apesar da perda de 14% na produção gaúcha e da diferença de tributação. ‘Os preços no centro do país são 15% superiores aos daqui.’ Ele observa, no entanto, que o alinhamento de produção no fim de julho deve trazer dificuldades. ‘Não vamos exportar esse leite e seremos obrigados a captar menos. Quem vai pagar é o produtor.’ (Correio do Povo/RS)

Estiagem/RS – O aumento dos preços do leite, comum nesta época do ano em função da entressafra, vem ultrapassando a média de alta verificada nos últimos anos. O vilão, neste ano, foi a estiagem, que consumiu as pastagens e baixou ainda mais o potencial produtivo dos animais. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) estima reajustes médios de 8% a cada semana ao longo das últimas seis semanas. “O preço não deve passar desse nível, pois acima desse patamar será mais viável trazer o produto de outros estados e acredito que a indústria não permitirá que chegue nesta situação”, disse o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo. A estiagem fez com que o preço do produto ficasse mais de 20% acima do valor praticado no mesmo período do ano passado. A Agas informa que entre abril de 2008 e abril deste ano o incremento foi de 26,84%. O atual preço deve manter-se até agosto, estima o dirigente. (Jornal do Comércio/RS)

Conseleite – Na tarde de sexta-feira, durante reunião do Conseleite, ficou estabelecido o preço consolidado do mês de abril, que fechou em R$ 0,61 para o leite padrão, que representou um acréscimo de quatro centavos em relação a março. No projetado de maio, o preço ficou em R$ 0,64, também com possibilidade de acréscimo em relação ao mês anterior. A representante da Farsul no Conseleite e presidente do Sindicato Rural de Ipê, Marta Guazzelli, afirma que os produtores esperavam por um reajuste melhor. “Os custos de produção estão muito elevados e ainda tivemos o problema climático. Esperamos que pelo menos se confirmem os valores de maio.” O presidente da Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL), Ernesto Krug, acredita que a tendência é de que nos próximos meses os aumentos sejam repassados gradativamente aos produtores, podendo chegar a uma média de R$ 0,67 em junho. (Jornal do Comércio/RS)

Perdigão – A chegada da primeira fábrica de lácteos da Perdigão no Nordeste é uma das apostas para alavancar a bacia leiteira de Pernambuco e contribuir para a redução do déficit de 350 mil litros de leite na produção diária do Estado. Para garantir que o produtor de leite será fiel à indústria, num cenário de disputa acirrada, a empresa lançou no ano passado o FidelizaLeite. O programa oferece assistência técnica, medicamentos e ração subsidiados e a concessão de tanques de resfriamento em sistema de comodato para assegurar o fornecimento da matéria-prima. Hoje, a iniciativa conta com 111 produtores espalhados por 18 municípios num raio de 140 quilômetros no entorno de Bom Conselho. (Jornal do Commercio/PE)

Captação – O gerente administrativo da Perdigão, Leomar Lorenzett, diz que o volume captado atualmente está na casa de 55 mil litros por dia. “Vamos iniciar os testes da fábrica no próximo dia 15, com um volume de até 100 mil litros e esperamos atingir a capacidade total de processamento da unidade (300 mil l/dia) até o final do ano”, adianta. Do leite comprado pela Perdigão, parte é industrializado com a marca Elegê no laticínio Unipa, em União dos Palmares (AL), e o restante é vendido para a concorrente Bom Gosto. Dos 88 funcionários recrutados pela Perdigão, 32 estão fazendo treinamento na unidade da empresa em Carambeí (PR). Outros 58 estão em fase de contratação e a expectativa é atingir 450 quando a unidade estiver em pleno funcionamento. A fábrica começa produzindo leite UHT e até agosto estará com todas as linhas (iogurtes, bebidas lácteas, achocolatados e fermentados) operando, sob as marcas Batavo e Elegê. (Jornal do Commercio/PE)

Argentina – Os produtores da região central da Argentina continuam sem esperanças, e poucos se salvarão diante da impiedosa seca. A produção já caiu 50%, perfazendo um total de três milhões de litros por mês, e algumas propriedades das colônias Dos Hermanos, Maunier, Milesse e 10 de Julio não produzem mais. Como a seca é generalizada, o rolo de alfafa está muito mais caro. Se antes custavam de 70 a 100 pesos, agora não vale menos que 200, e aqueles de melhor qualidade chegam a 300 pesos. Na região de Morteros [entre Santa Fe e Córdoba], fecham-se entre 60 e 80 propriedades produtoras de leite por mês. (La Voz)

Leite/AR – De acordo com o membro da Mesa Nacional dos Produtores de Leite da zona sul de Buenos Aires, Julio Aimar, que esteve presente à reunião com a Ministra da Produção, Débora Giorgi, ficou definido a criação de um grupo de trabalho para solucionar problemas estruturais do setor lácteo, unificando as propostas dos produtores. A Ministra analisou o preço do leite, verificando que o produtor está recebendo em média, de 71 a 75 centavos nas regiões de Santa Fe, e Córdoba, enquanto os produtores da zona de Buenos Aires recebem entre 73 e 80 centavos. “Ao comparar com os preços nas gôndolas, constata-se que o produtor pode receber mais”. Em 50 anos, é primeira vez que é observada uma distância tão grande entre os valores de produção e comercialização do leite. (Ambito.com)

Chile – O presidente da Fedeleche, Dieter Konow, disse que a entidade acusou em fevereiro a Soprole de baixar arbitrariamente o valor do produto, pedindo que o preço fosse fixado segundo as oscilações do mercado, mas jamais pediu tabelamento. A reivindicação junto à indústria é que o preço fosse vinculado a algum produto como queijo, leite fluido, leite em pó ou mesmo iogurte, já que a Soprole, havia reduzido o preço ao produtor, mais do que a queda internacional dos preços das commodities. Na ação imposta pela entidade junto ao Tribunal de Defesa da Concorrência (TDLC), a Soprole foi acusada de abuso de poder econômico. Hoje o preço da Colún é de 152 pesos por litro, e em outros lugares 135 pesos, valores que não cobrem o custo de produção. No inverno, quando os custos aumentam, os produtores pedem que o preço seja no mínimo, 170 pesos. (Fedeleche )

Bruxelas – Nesta manhã de segunda-feira, cerca de 900 produtores de leite, convocados pelo sindicato europeu da categoria, European Milk Board (EMB), partiram pelas ruas de Bruxelas, até a sede da União Europeia (UE), onde estarão reunidos os Ministros de Agricultura europeus. Vindos de dez países da UE os produtores reclamam da queda de cerca de 30% no preço pago pelas indústrias, fato que estaria sendo causado pela superprodução, decorrente da liberação de cotas. Mas, a Comissão Europeia (CE) interpreta de forma diferente e não pretende rever a política de cotas. A queda do preço é atribuída à baixa demanda mundial, principalmente dos países asiáticos, decorrente da crise financeira internacional, pois, a produção de leite da UE está 5% abaixo das cotas. (Agrisalon)

Negócios

China – Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, a delegação brasileira do Ministério da Agricultura (Mapa) acertou a revisão da agenda de trabalho para a diversificação do comércio do agronegócio. De acordo com o ministério, 93% das exportações brasileiras para o país asiático, estão concentrados na soja e seus derivados. Os governos: chinês e brasileiro se comprometeram a aprofundar a cooperação técnica inclusive em produtos lácteos. A China autoriza, atualmente, apenas as importações de carne bovina de quatro Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Acre. Nesse encontro, entretanto, o país sinalizou a abertura do mercado para todos os estados reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livres de febre aftosa. (Agência Brasil)

Marcas – Empresas que não têm a liderança de mercado não estão dispostas a pagar o pedágio de R$ 10 mil, cobrado por grandes redes de supermercados, para ter seus produtos nas gôndolas desses estabelecimentos. Por isso, essas empresas decidiram adotar uma estratégia para driblar a “taxa”: buscar cada vez mais espaço em redes menores, para não terem as margens tão achatadas nem custos tão altos como o de publicidade, por exemplo. (DCI)

Distribuição – O Carrefour e Dia estão impondo baixas significativas de preços às indústrias, conforme noticiado na imprensa espanhola, sob pena de retirar suas marcas de suas prateleiras. O grupo Carrefour, ameaçou retirar a marca de lácteos número um do mercado espanhol, já no próximo dia 1º de junho, caso os produtores não aceitem as margens propostas. A intensificação desta política de negociação no grupo deu-se após a substituição de Javier Campo, por Lars Olofsson, que impôs novas regras. (Hipersuper)

Wal Mart – O Wal-Mart assegurou a entrada no mercado indiano, prevendo-se a abertura da primeira loja, em joint-venture com o grupo Bhart Enterprises, no dia 26 de maio, na cidade de Amritsar, localizada perto da fronteira com o Paquistão. A iniciativa surge logo após as recentes eleições em que saíram vitoriosos partidos que defendem maior liberalização do setor varejista. O investimento direto estrangeiro na Índia ainda sofre grandes restrições. São esperadas entre 10 a 15 outras lojas Best Price no mercado indiano nos próximos cinco ou seis anos, que levarão para a Índia uma vasta gama de produtos frescos, perecíveis, bem como vestuário e calçado. (Hipersuper)

 

Setoriais

Orgânicos – Mostrar à população a importância dos alimentos orgânicos e incentivar o consumo desses produtos é o objetivo da campanha “Entre para o Mundo da Vida Saudável. Prefira Alimento Orgânico, promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante a 5ª Semana dos Alimentos Orgânicos, que será realizada de 25 a 31 de maio, em 24 estados e no Distrito Federal. De acordo com o coordenador de Agroecologia, Rogério Dias, a campanha e a Semana dos Alimentos Orgânicos são importantes para que o consumidor entenda o seu papel e promova uma agricultura mais sustentável. (Ministério da Agricultura)

Meio Ambiente – No ano passado, as autoridades chinesas decidiram iniciar a cobrança dos sacos plásticos disponíveis nos supermercados. A medida já começou a dar frutos. O consumo caiu 66%, assim como os gases poluentes associados ao seu fabrico, quase um ano depois de implementada a estratégia. Quem define os preços dos sacos são os comerciantes, mas estes nunca podem ser comercializados a custos inferiores aos de produção. (Hipersuper)

Soja – A produção de soja no Mercosul aumentou 293% nos últimos 20 anos, saltando de 29 milhões de toneladas para quase 115 milhões de toneladas na safra 07/08, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O resultado deste crescimento foi apresentado no V Congresso Brasileiro de Soja e o Mercosoja 2009, num painel sobre a expansão da soja nos países do Mercosul. Na safra 07/08 o Brasil produziu aproximadamente 60 milhões de toneladas do grão e a Argentina 46 milhões, sendo que esses países são, o segundo e o terceiro maiores produtores mundiais de soja, respectivamente. Nesta safra, mais de 38 milhões de hectares foram ocupados nos dois países com a produção de soja. De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Amélio Dall’Agnol, de toda a soja produzida no mundo em 2007, 48% foi proveniente do Mercosul. (Diário de Cuiabá/MT)

 

Economia

IPC-S – A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,46% na terceira prévia de maio, ante 0,48% na segunda, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira. O preço de Alimentação caiu 0,11%, ante o avanço de 0,11% no anterior, o que contribuiu para uma alta menor do índice. Na mesma direção, os custos de Saúde e cuidados pessoais diminuíram o ritmo de avanço, com aumento de 0,87%, contra avanço anterior de 0,95%. Os preços de Despesas diversas, que vêm refletindo o reajuste dos cigarros, por sua vez, acelerou a alta para 4,04% na terceira leitura, ante 3,97% na segunda. (Reuters)

Confiança – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) volta a dar mostras de recuperação em maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador subiu 1,3% no mês na comparação com abril, em sua terceira alta consecutiva, alcançando 100,5 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA) elevou-se em 1,1%, de 97,4 para 98,5 pontos; já o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,6%, de 100,7 para 102,3 pontos. De acordo com a FGV, a parcela de consumidores que avaliam a situação como boa elevou-se de 7,3% para 7,8% do total entre abril e maio; a dos que a julgam ruim reduziu-se de 52,1% para 49,2%. Para os próximos seis meses, a proporção de consumidores que prevêem melhora aumentou de 26,3% para 28,0%, enquanto a parcela dos que projetam piora diminuiu de 23,5% para 20,6%. O quesito foi o que, isoladamente, mais influenciou na evolução do ICC em maio. (G1)

 

Globalização e Mercosul

Crise  – O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou que a crise econômica atual pode levar a uma “grave crise humana e social”, se não forem tomadas as medidas adequadas a tempo. Ele também mencionou que medidas anticrise populistas e protecionistas podem atrasar a recuperação. “Se não tomarmos medidas, há o risco de que ocorra uma grave crise humana e social, com implicações políticas muito importantes’’, disse ele, em entrevista ao jornal espanhol El País. Sobre as economias emergentes – entre as quais ele citou nominalmente o Brasil -, Zoellick avaliou que umas estão mais fortes que outras, mas que todas devem sofrer com a falta de financiamento para seus setores produtivos.  “A China pode surpreender a todos e tem obtido bons resultados com seu plano de estímulo. Para países como o México e Brasil, a principal ameaça é a falta de acesso a financiamentos. O setor produtivo (desses países) ainda não está restabelecido”, disse Zoellick. O titular do Banco Mundial alertou que o cenário atual ainda é imprevisível para todos os países do mundo e que é melhor “estar preparado’’. “O que começou como uma grande crise financeira e se converteu em profunda crise econômica, agora está derivando para uma grande crise de desemprego”, disse. (O Popular/GO)

Alemanha – O índice de confiança na economia alemã melhorou pelo segundo mês consecutivo em maio, alimentando a esperança de que a maior economia da zona do euro possa estar começando a sair da pior recessão que o país enfrenta desde a reunificação em 1990. O índice obtido pelo Instituto de Estudos Econômicos (Ifo), após pesquisa feita com mais de 7.000 empresas, foi de 84,2, contra os 83,7 obtidos em abril. (Le Point)

PIB – Segundo dados preliminares da Organização Mundial do Comércio (OMC) o Produto Interno Bruto dos países membros caiu 4,3% no primeiro trimestre desse ano, em comparação com o trimestre anterior, tendo sido maior no grupo dos “sete grandes” (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Somente a França, com redução de 1,2%, teve uma queda menor que o (-1,5%) obtido no trimestre anterior. As quedas foram especialmente grandes no Japão, (4%) e na Alemanha (3,8%). O PIB americano caiu 1,6%, a Itália 2,4% e a Inglaterra 1,9%. Fora desse grupo, cabe destacar as quedas do México (5,9%), e da Espanha (1,9%). No conjunto da União Europeia, o PIB foi (-2,5%), a mesma taxa da zona do euro. Comparando-se com o primeiro trimestre de 2008, os “sete grandes” perderam 4,4% do PIB, puxados pelos (-9,1%) do Japão e (-6,9%) da Alemanha. (El Mercúrio)

Rússia – Os últimos dados mostraram que ainda é cedo para afirmar que a primeira recessão russa em uma década tenha chegado ao fundo do poço. O desemprego está em alta, 10,2% da população economicamente ativa, a maior em nove anos, decorrente da queda recorde da produção industrial. E, uma queda nas vendas do varejo pelo terceiro mês consecutivo, 5,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, uma sequência de retração em nove anos. A outrora pujante economia russa cai em decorrência da queda do preço do petróleo em um momento em que a desaceleração global reduz a demanda de matérias primas, junto com as restrições mundiais do crédito, deixando as companhias do país com problemas de financiamento. Isso chegou à economia real, com 3,2 milhões de pessoas perdendo seu emprego de agosto para cá, e muitas outras obrigadas a aceitar salários mais baixos ou jornadas de trabalhado reduzidas. Os políticos, acostumados a uma década do petróleo em alta, esperavam que o pior da desaceleração tivesse passado no primeiro trimestre. Mas, os novos dados apóiam as estimativas do Ministério da Economia de que a recessão poderá durar pelo menos dois anos. (El Diário de Parana)

RS: preços no varejo têm valorização acima da média

O aumento dos preços do leite, comum nesta época do ano em função da entressafra, vem ultrapassando a média de alta verificada nos últimos anos. O vilão, neste ano, foi a estiagem, que consumiu as pastagens e baixou ainda mais o potencial produtivo dos animais. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) estima reajustes médios de 8% a cada semana ao longo das últimas seis semanas. “O preço não deve passar desse nível, pois acima desse patamar será mais viável trazer o produto de outros estados e acredito que a indústria não permitirá que chegue nesta situação”, disse o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo.

A estiagem fez com que o preço do produto ficasse mais de 20% acima do valor praticado no mesmo período do ano passado. A Agas informa que entre abril de 2008 e abril deste ano o incremento foi de 26,84%. O preço atual deve se manter até agosto, estima o dirigente.

A Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado (Fetag) reclama que o incremento não tem sido repassado nas mesmas proporções aos produtores. O setor produtivo, segundo a federação, amarga uma queda média de 32% da produção, índice que em épocas de entressafra, sem o agravante da seca, não ultrapassa os 20%. “A situação é grave e é preciso que parte desse reajuste seja repassado ao produtor”, avaliou o presidente Elton Weber.

Na tarde da última sexta-feira (22), durante reunião do Conseleite, ficou estabelecido o preço consolidado do mês de abril, de R$ 0,61 para o leite padrão, que representou um acréscimo de quatro centavos em relação a março. No projetado de maio, o preço ficou em R$ 0,64, também com possibilidade de acréscimo em relação ao mês anterior. A representante da Farsul no Conseleite e presidente do Sindicato Rural de Ipê, Marta Guazzelli, afirma que os produtores esperavam por um reajuste melhor. “Os custos de produção estão muito elevados e ainda tivemos o problema climático. Esperamos que pelo menos se confirmem os valores de maio.”

O presidente da Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL), Ernesto Krug, acredita que a tendência é de que nos próximos meses os aumentos sejam repassados gradativamente aos produtores, podendo chegar a uma média de R$ 0,67 em junho. “Essa medida é necessária, pois os produtores vêm desestimulados desde o ano passado, o que se agravou com a estiagem”, avalia. Krug destacou a urgência da melhora dos preços, uma vez que a falta de pasto, mesmo que as chuvas se estabilizem e os produtores possam semear as forragens de inverno, pode ter reflexos até o período de entressafra de 2010. O efeito da indisponibilidade de alimentos na lactação das vacas e no nível de parição é muito grande, o que significa dizer que a reação em termos produtivos venha a ocorrer em um prazo de até um ano e meio. “Em 2008, crescemos 8,11% em termos de produção no Estado. Se os preços não reagirem de forma efetiva, esse índice pode cair a 2% ou mesmo chegar a zero”, destacou Krug.

As informações são do Jornal do Comércio/RS

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