Notícias 24.06.09

Desoneração – Por ocasião da comemoração do Dia Mundial do Leite, primeiro de junho, o setor empresarial goiano, principalmente da cadeia de lácteos, esteve reunido na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), para refletir sobre a importância do setor para a economia. O Leite é um dos produtos mais subsidiados do mundo, isento de impostos em quase todos os países. No Brasil, o governo Lula isentou de impostos federais, o leite, enxergando o beneficio do consumo do produto para a população. (ADIAL/GO)

Preço/MG – O preço do litro de leite integral longa vida já acumula uma alta de 50% no ano, segundo pesquisa da Fundação Ipead, responsável pela medição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na capital mineira. Para o produtor, o valor médio bruto pago foi de R$ 0,6625/l em maio. A entressafra seria a justificativa, mas o responsável pela pesquisa, João Ávila Filho, avalia que “há certo exagero nesse aumento de preço e quem paga é o pobre”. “Os consumidores ficam nas mãos do produtor e do distribuidor”, afirma Filho. Em maio, o custo do leite havia sofrido uma variação positiva de 4,98%. O impacto nas gôndolas, porém, é mais elevado. Pesquisa do site Mercado Mineiro realizada em maio indicava um preço médio do litro de leite integral variando de R$ 1,95 a R$ 2,17, entre cinco marcas pesquisadas (Cemil, Batavo, Parmalat, Cotochés e Itambé). O Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais também verificou que o litro do produto integral variava de R$ 1,95 a R$ 2,28, dependendo da marca e do estabelecimento. Neste mês, o litro do leite já custa cerca de R$ 2,50. (O Tempo/MG)

Preço/GO – Enquanto o litro de leite nos supermercados ultrapassa R$ 2,40, produtores goianos recebem cerca de R$ 0,60, por isso o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e produtor, Lauro Sampaio defende a criação de um conselho para determinar valor mínimo de venda. “No ano passado, a matéria-prima correspondia a 57% do preço no varejo. Hoje, não passa de 36%”. Alto custo de investimentos e baixo rendimento provocam evasão dos fazendeiros para outras atividades. Goiás tem 50 mil produtores de leite e emprega 220 mil pessoas na cadeia. O faturamento com leite e derivados foi de R$ 3 bilhões em 2008. Produzindo oito milhões de litros/dia, faz com que o Estado seja o quarto maior do país. Lauro defende a criação de um conselho paritário entre fazendeiros e indústria para determinar o valor ideal para a matéria-prima. Na entressafra o preço aumenta. No entanto, o aumento não foi repassado aos fazendeiros. Nos próximos meses, o gado começa a aumentar a produção e o valor do litro cai. E esse movimento preocupa ainda mais os produtores. (Diário da Manhã/GO)

Preço/RS – O preço do leite ao agricultor deve sofrer novo aumento em junho, segundo o Conseleite. O valor do litro padrão está projetado em R$ 0,7161, 5,4% maior que o consolidado em maio, de R$ 0,6794. A variação de abril para maio foi de 10,56%, destacou o presidente do conselho, Carlos Feijó. Para ele, o percentual é justo, pois reflete o que acontece com todos os derivados. “Não podemos levar em consideração apenas o aumento do longa vida, já que em produtos como leite em pó e iogurtes houve redução.” O presidente da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, analisou como satisfatórios os valores para junho, pois cobrem os custos e garantem margens, mas indica que os preços no varejo podem reduzir o consumo. O vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda, considerou o patamar razoável. “O problema é que a maioria das empresas não tem praticado estes preços.” (Correio do Povo/RS)

Minas Leite – Produtores de leite na região de Juiz de Fora e Cataguases, na Zona da Mata, são os alvos do Programa Minas Leite, neste mês. Extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) de 13 municípios, vão escolher propriedades rurais para trabalhar a gestão da atividade leiteira. Um produtor em cada cidade vai contar com assistência técnica voltada para a qualidade do leite, melhoria genética do rebanho e da alimentação bovina, diminuição do custo de produção, entre outros. O programa vai atender produtores dos municípios de Bom Jardim de Minas, Chácara, Chiador, Oliveira Fortes, Paiva, Passa Vinte, Rio Preto, Santa Rita de Jacutinga e Simão Pereira. Todos situados na unidade regional da Emater-MG em Juiz de Fora. Os demais, Silverânia, Mercês, Tabuleiro e Cataguases, pertencem à regional de Cataguases. A previsão é que as atividades do programa sejam concluídas até dezembro 2012. (Secretaria de Estado de Governo/MG)

Leite – Consumidores estão com dificuldade para encontrar caixas de leite nas prateleiras dos supermercados. Por causa do período de entressafra, o produto, além de muito mais caro, está em falta em alguns locais. Basta dar uma volta pelos estabelecimentos para notar que algumas marcas não estão sendo encontradas. Segundo Genival Bezerra, diretor comercial da rede de supermercados Prezunic, em alguns pontos de venda há poucas marcas disponíveis: “O normal é ter de seis a 10 marcas diferentes em uma loja. Mas, em alguns casos, só temos duas ou três. Normalmente, na época de entressafra, há redução da oferta e uma falta de abastecimento”, explicou Bezerra. A marca Elegê, segundo o diretor a mais vendida no estado, também está em falta. (O Dia Online)

Preço – Ailton Fornari, presidente da Asserj (Associação dos Supermercados do Estado do Rio), confirma a escassez do produto. Nesta época de entressafra, é comum pagar mais caro pelo leite. Segundo pesquisa da Fecomércio, foi o item que mais encareceu na segunda semana de junho, com alta de 5,24%. Levantamento recente da Fundação Getulio Vargas mostra que o preço do leite em 2009 é o maior nos últimos 13 anos. O jeito de economizar é comprando menos. “Não posso deixar de beber leite. Quando os preços aumentam, a saída é comprar menos”, conta a aposentada Alaíde Vieira, 70 anos. Além do leite, ovo (2,82%), cebola (2,17%) e queijo prato (2,10%) foram os produtos da cesta de compras do Rio de Janeiro que mais encareceram na primeira semana deste mês, segundo a Fecomércio. (O Dia Online)

Uruguai – De janeiro a maio as exportações de lácteos do Uruguai cresceram 19,8% em volume, mas caíram 20,9% em valores. Os US$ 4.000 que se podia receber um ano atrás caiu pela metade. Na hora das negociações os papeis se inverteram. A oferta é tanta que as condições são estabelecidas pelos compradores. “Num primeiro momento a crise afetou as importações, como no México. Depois a demanda foi sendo retomada, mas com preços bem inferiores”, disse Nelson Laurino, encarregado das exportações da Conaprole, que em 2008 faturou US$ 196 milhões com vendas ao exterior. De janeiro a maior desse ano, o faturamento da empresa foi de US$ 69 milhões, 9% menos que no ano passado. (El Pais)

Negócios

Orgânico – Ontem a Assembleia Legislativa paranaense aprovou um projeto de lei que propõe que as escolas da rede pública estadual sirvam aos alunos merendas orgânicas, com alimentos produzidos sem agrotóxicos. Na mesma sessão em que foi acatada a emenda que sugeriu que, além de orgânica, a merenda deve conter alimentos funcionais, que são aqueles que, além das funções nutricionais básicas, produzem efeitos metabólicos e fisiológicos que trazem benefícios à saúde, como cebola, brócolis, peixes, leite fermentado, aveia e milho. (Agência Estado)

Setoriais

Agronegócio – As exportações de produtos do agronegócio do estado de São Paulo somaram US$ 5,6 bilhões de janeiro a maio, o que representou uma queda de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o saldo da balança comercial ficou positivo em US$ 3,38 bilhões. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. No caso das importações paulistas de produtos do agronegócio, que somaram US$ 2,22 bilhões, a queda foi de 20% em comparação aos cinco primeiros meses de 2008. Os dados mostram que as importações paulistas nos demais setores somaram US$ 16,49 bilhões e as exportações US$ 9,92 bilhões, gerando um déficit externo de US$ 6,57 bilhões. A nota divulgada pela secretaria destaca que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio. (ANBA)

Economia

IPCA-15 – Os produtos alimentícios registraram alta de 0,70% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho, ante alta de 0,29% em maio, informou nesta quarta-feira o IBGE. A aceleração de preços no grupo dos alimentos foi provocada pela alta do leite pasteurizado que, subiu 12,2% em junho e foi responsável pela principal contribuição individual, no IPCA-15 deste mês. Por outro lado, os não alimentícios desaceleraram o ritmo de alta para 0,29% em junho, ante alta de 0,68% em maio, sendo os responsáveis pela desaceleração da taxa do IPCA-15 este mês ante o mês anterior, de 0,59% para 0,38%. (Agência Estado)

Desemprego – A taxa média de desemprego do país ficou estacionada em 15,3% em maio, estável pelo segundo mês consecutivo. Foi o que mostrou a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que avalia seis das principais regiões metropolitanas do país. Os dados mostram que 3,096 milhões de pessoas estavam desempregadas no mês passado, 17 mil a mais do que no mês anterior. Em maio de 2008, estas mesmas seis regiões contavam 2,945 milhões de desempregados. Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, o nível de desemprego apresentou movimento diferenciado na comparação entre abril e maio. A taxa de desocupados subiu em Belo Horizonte (10,8% para 11%), Porto Alegre (12,1% para 12,6%) e Salvador, de 20,5% para 21,6%. E caiu no Distrito Federal (17,5% para 17%), Recife, (20,7% para 20,4%) e São Paulo (15% para 14,8%). (Valor Econômico)

IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve alta de 0,20% na terceira quadrissemana de junho deste ano, com retração de 0,09 ponto percentual, na comparação com a medição anterior. As informações foram divulgadas há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a instituição, das sete capitais monitoradas, cinco apresentaram queda na variação dos preços, são elas: Porto Alegre (de 0,20% para 0,19), Recife (de 0,13 para -0,03), Rio de Janeiro (de 0,43% para 0,32%), Salvador (de 0,84% para 0,68%) e São Paulo (de 0,19% para 0,04%). Já em Belo Horizonte (de -0,05% para 0,24%) e Brasília (de 0,24% para 0,25%) o índice acelerou. (Investimentos e Notícias)

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado no reajuste de contratos de aluguel, registrou ligeira variação positiva de 0,07% na segunda leitura prévia deste mês, contra queda de 0,14% na mesma leitura de maio. No ano, o indicador acumula queda de 1,07% e, nos últimos 12 meses, registra alta de 1,70%. (Diário Catarinense)

 

Globalização e Mercosul

Japão – Um dos principais motores da economia japonesa, as exportações continuaram afundando no mês passado. Em maio, o Japão vendeu 40,9% menos bens e serviços que no mesmo período do ano passado. A queda em abril foi de 39,1%. O resultado aumenta as dúvidas sobre se o pior já passou para a segunda maior economia do mundo, como sinalizou recentemente o BC japonês. As importações tiveram queda de 42,4%, mostrando que empresas e consumidores japoneses continuam reticentes em gastar. Para o Brasil, as exportações caíram 36%, e as importações tiveram recuo de 20,5%. (Folha de SP)

OCDE – A economia brasileira vai se recuperar no segundo semestre, apoiada pela demanda doméstica, avalia a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mesmo assim, o Produto Interno Bruto (PIB) deve encerrar este ano com uma retração de 0,8%. Para 2010, a projeção da OCDE é de expansão de 4,0%. “Após uma desaceleração no primeiro trimestre, a economia parece agora estar se recuperando. A produção industrial está se expandindo e as vendas do varejo têm sido particularmente resistentes”, apontou o organismo em relatório divulgado nesta quarta-feira, 24. Para a OCDE, a demanda doméstica vai ganhar mais força nos próximos meses, apesar de um possível aumento no desemprego. Mas apesar da aparente estabilização do desemprego e embora a confiança do consumidor e as vendas no varejo estejam aumentando, o crescimento das exportações continua fraco devido à desaceleração nos principais parceiros comerciais do Brasil, disse. (Agência Estado)

OCDE  – O secretário geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ângela Gurría, disse que a crise econômica nos países membros já chegou ao fundo do poço, mas reconheceu que a recuperação será lenta, particularmente na Europa e Japão. Durante a apresentação da perspectiva semestral da OCDE, destacou que depois de dois anos é a primeira vez que a organização não revisou para baixo os números globais das previsões, ainda que o tenha feito para a zona do euro e Japão, embora os indicadores americanos tenham melhorado para 2009 e 2010, em relação às previsões de março. O PIB cairá 2,8%, no lugar de 3,5% calculado em março, e o crescimento em 2010 será de 0,9% maior que a previsão anterior de crescimento zero, demonstrando maior flexibilidade da economia americana. De acordo com Gurría “o pior já passou, mas as consequências deverão ser prolongadas”. Os 30 países membros da OCDE terão 57 milhões de desempregados no final de 2010, o que representa 9,9% da População Economicamente Ativa. (Âmbito.)

APLI/UE – O grito dos produtores de leite na Europa não cala e ganha apoio com a internet. A Associação Independente dos Produtores de Leite (APLI) coloca em xeque as organizações tradicionais, e o site com o slogan “A Europa é Você”, em diversas línguas, criado em janeiro já teve mais de 50.000 visitas. Um flamengo de sotaque nórdico, em camisa xadrez e calça jeans, Erwin Shopges, diz: “Se há muito leite é necessário diminuir a produção para subir os preços”. Segue pedindo “um preço europeu para o leite e a implantação de uma agricultura social”. A ideia é fazer uma greve única, em todo o continente, doando o leite ou jogando fora, mas, parando as indústrias por diversos dias, até a Comissão Europeia reagir. Uma greve coordenada que inicie e termine todos os países juntos, derrubando fronteiras. Em Flandres, Baviera ou Normandia, os camponeses clicam na internet. Nasce uma Europa social. (Ouest France)

França – Perto de 1.500 produtores votaram ontem à noite, a favor de uma greve europeia de leite. Um produtor alemão demonstra com números que a queda no preço corresponde a dez dias da produção de leite, e diz que: “É preciso parar de responsabilizar os países vizinhos pelo baixo preço”. A greve geral é resultado de diversos meses de protestos dos produtores franceses, e nas últimas semanas as reuniões sobre o tema se multiplicaram, não somente entre os membros dos sindicatos agrícolas, mas também entre os não sindicalizados. (Le Point)

EUA: produção em maio tem leve alta frente a 2008

A produção de leite nos 23 estados de maior produção dos Estados Unidos durante maio totalizou 7,023 bilhões de quilos, 0,2% a mais que em maio de 2008, segundo dados do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (National Agricultural Statistics Service – NASS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção revisada de abril de 6,766 bilhões de quilos, foi 0,1% maior que a de abril de 2008. Essa revisão representou um aumento de 4,536 milhões de quilos ou 0,1% com relação aos dados preliminares de produção feitos no mês anterior.

A produção de leite por vaca em maio foi de 829,16 quilos, 4,08 quilos a mais do que em maio de 2008. O número de vacas leiteiras foi de 8,47 milhões de cabeças, 25 mil cabeças a menos que em maio de 2008, e 10 mil cabeças a menos do que em abril de 2009.

Tabela 1. Produção de leite e número de vacas por mês nos 23 estados de maior produção nos EUA – 2008/20091

Associação das Pequenas e
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