Ranking – Apesar da Perdigão ter feito duas importantes aquisições, a companhia não conseguiu superar a DPA/Nestlé no ranking das maiores em captação de leite no ano passado, fechando 2008 com a captação de 1,671 bilhão de litros, aumento de 6,4% em relação a 2007. A mineira Itambé manteve o posto de 3ª colocada, com um aumento de 13,8% de captação, atingindo 1,240 bilhão de litros. Veja o ranking da captação de leite em 2008. (Valor Econômico)
Produção/RS – A produção de leite no Rio Grande do Sul, uma das maiores bacias do país, caiu bastante por causa da estiagem. Os municípios do norte e do noroeste são os mais afetados. Em Boa Vista do Incra, a produção do leite está escassa desde novembro pela falta de chuva. Em uma propriedade da região, cada uma das 13 vacas fornecia uma média de 18 litros de leite por dia. Agora, são 13 litros diários por animal. Houve uma quebra de 30% na produção. Há 20 dias, o agricultor Celso Dreher plantou aveia. Mas nem germinou. Em Jóia a produção de leite caiu pela metade. Situação semelhante é enfrentada por pecuaristas de Porto Mauá, no noroeste, e em Erechim, no norte do Estado. (Globo Rural)
Leite Instável – A Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, recebe nesta quinta-feira (23) os 200 participantes da 1a Conferência Internacional sobre Leite Instável. O evento vai abordar e propor soluções para entraves ao desenvolvimento da cadeia produtiva do leite brasileira. O leite instável pode ser utilizado para a fabricação de produtos derivados do leite, como queijo, iogurte e requeijão. É o leite que apresenta precipitação ao teste do álcool, sem acidez elevada, resultando em descarte de matéria-prima, perdas no rendimento industrial e na qualidade dos derivados lácteos. “Nossa expectativa é que esse evento seja um marco nas pesquisas sobre leite instável e abra caminhos para inovações tecnológicas na América Latina”, afirma a pesquisadora da Embrapa e coordenadora do evento, Maria Edi Ribeiro. (Ministério da Agricultura)
Coperio – A Cooperativa Coperio, de Joaçaba, integrante do sistema Aurora, deve ser a nova indústria de leite da região de Lages. (Diário Catarinense)
Apostas – Apesar do preço baixo e da concorrência argentina, a produção de leite ainda é uma das melhores alternativas de renda no meio rural de SC. Por isso, os organizadores da Mercomilk, exposição de gado leiteiro que abriu ontem, em Lages, estão confiantes na comercialização de animais das raças jersey e charolês. O coordenador da mostra, Humberto de Souza, destaca que são 450 bovinos de leite à disposição, e os produtores têm duas opções de financiamento, o Fundo de Desenvolvimento Rural do Estado (FDR) e o Pronaf do Banco do Brasil. (Diário Catarinense)
Chile – Os produtores de leite da província de Bío Bío e do país vivem uma situação difícil com alta no preço dos insumos, que em alguns casos chega a 180%, e queda no preço do litro de leite. O sinal de que a situação é crítica é a venda de 50% do plantel da Agropecuária Leche del Bío Bío, megaprojeto que surgiu da fusão de cinco empresários em 2007 e que projetavam ter 1.500 vacas. No final da semana passada venderam 500 animais, dos 1.000 que tinham, conta Juan Pablo Aruta, sócio da empresa e presidente da Associação de Produtores de Leite de Bío Bío, que foi premiado como o melhor produtor de leite em 2005, por seu trabalho na Agrícola La Hiedra. (Infortambo)
Vendas/AR – Em 2007, La Serenísima e Sancor firmaram um acordo com o governo de que venderiam a 1,84 pesos o litro de leite integral comum, e que o preço só seria aumentado com autorização governamental. Mas, esse leite praticamente não existe, porque as indústrias adicionam cálcio ou ferro e elevam os preços para 2,70 pesos. Assim burlam o controle de preços. (La Voz)
Estratégias/AR – De acordo com La Serenisima o leite UHT foi substituído há um mês pela versão “cálcio agregado”. O leite integral comum, explicaram, agora é comercializado com a marca “La Rodriguense”. Mas “La Rodriguense” é quase impossível ser encontrada nos supermercados de Córdoba. A Mastellone dedica a cada rede de supermercado, um nome. No Disco a marca é “Estímulo”, no Carrefour “La buena medida”, e vende-se por volta de 1,85 pesos. Na rede Libertad não havia novas marcas Mastellone, mas “La Nueva”, de uma indústria de Córdoba, a 1,75 pesos. Os hipermercados asseguram que as indústrias estabelecem quotas para os leites mais baratos, completando com leites mais caros. A explicação é simples: as que têm algum valor agregado custam no mínimo 0,50 mais. (La Voz)
Negócios
Supermercados – A região Nordeste voltou a liderar o crescimento dos supermercados no ano passado, com aumento real de 19,7% no faturamento no confronto com 2007. Os números da revista especializada no setor “Supermercado Moderno” apontam o Sudeste em segundo lugar (10,6%), com a mesma expansão registrada na média nacional. O número difere daquele divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (8,98%) devido à metodologia de pesquisa. Com sede em Sergipe e comprado no final de 2007 pelo grupo chileno Cencosud, o GBarbosa ocupa a quarta posição no ranking, atrás apenas de Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart. (Folha de SP)
Nestlé – As vendas da Nestlé caíram pelo segundo trimestre consecutivo. A receita do primeiro trimestre caiu 2,1%, para 25,2 bilhões de francos suíços (US$ 21,6 bilhões), informou ontem a empresa, sediada em Vevey, na Suíça. O valor ficou aquém da mediana das estimativas dos analistas, que apontava para 26 bilhões de francos suíços. Esta é a primeira vez em quatro anos em que a Nestlé tem dois trimestres consecutivos de queda nas vendas. A expansão das vendas desacelerou, uma vez que os consumidores abandonaram as marcas da Nestlé em favor de alternativas mais baratas. “Os consumidores estão em estado de choque no que diz respeito à economia”, disse James Amoroso, consultor da indústria alimentícia lotado em Walchwil, na Suíça. “O atual comportamento do consumidor se deve ao temor com relação ao futuro”. (Gazeta Mercantil)
Vendas – No ano que ficou marcado pela crise financeira mundial, o setor de autosserviço brasileiro registrou o seu maior crescimento nos últimos sete anos, de acordo com pesquisa realizada pela revista Supermercado Moderno. Profissionalização, melhoria operacional e aumento da renda do consumidor levaram o segmento a uma expansão real de 10,6% (16,9% nominal) em 2008, somando um faturamento de R$ 159,1 bilhões. “É difícil imaginar isso, com todo o caos anunciado, mas no último trimestre de 2008, o setor cresceu 5,2% contra uma alta de 1,3% do PIB”, afirma o diretor da publicação, Maurício Pacheco. O ranking, que está em sua 38ª edição, ficou inalterado no que diz respeito às três primeiras posições: Carrefour (R$ 22,47 bilhões), grupo Pão de Açúcar (R$ 20,48 bilhões) e Wal-Mart (R$ 16,95 bilhões), respectivamente primeiro, segundo e terceiro lugares. Juntas, elevaram as vendas em 13,2% em termos reais e faturaram R$ 59,9 bilhões – 37% da receita do setor. (Gazeta Mercantil)
Marcas – Na contramão da crise financeira mundial, as vendas de produtos de marca própria no país devem crescer 15% este ano. A redução do preconceito em relação a essas mercadorias que levam o nome do supermercado ou da loja que as comercializam e o maior controle do orçamento doméstico servem de alavanca para o incremento dos negócios. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), Neide Montesano, esses produtos se destacam em cenários como o atual. “Contribuem para que o poder aquisitivo do consumidor não seja afetado”, pondera, lembrando que há opções que têm a mesma qualidade das marcas de referência com preços até 20% inferiores. “Mundialmente, sempre que há qualquer tipo de crise, esses produtos apresentam alta de vendas”, reforça. (Estado de Minas)
Distribuição/Espanha – Os grandes vencedores da crise foram os 6 maiores distribuidores que elevaram suas cotas no mercado em 2008. A Mercadona, que passou de 19,6% de participação do mercado em 2007 para 20,2% em 2008, abaixou o preço de sua cesta de compra em quase 3 euros, retirando de suas prateleiras produtos com marca de fábrica. Apenas quatro meses depois os dados já começam a dar razão à política comercial da empresa. A fidelidade por ato de compra passou de 40,3% em 2008 para 42,2% neste o início de ano. O Carrefour que passou de 10,8% para 12,1%, lançou nova marca na França, Carrefour Discount, com 400 produtos básicos. O Dia e Eroski, cada um com 4,4% do mercado, e a cadeia alemã Lidl que saiu de 3,7% para 3,9% e o Alcampo, que se manteve no 5º lugar, com 4,3% do mercado do mercado distribuidor espanhol. (Expansión.com)
Consumidor/Espanha – Os consumidores espanhóis confiaram nos líderes da distribuição para abastecer suas casas em 2008. Em um exercício especialmente complicado diante da crise econômica, os consumidores deixam de lado os caprichos e chegam ao carro com produtos de primeira necessidade. Há uma volta do consumo em casa, (as refeições fora do lar caíram 12%). O consumidor aumenta a freqüência com que vai às compras, mas compra menor quantidade. O gasto por compra caiu 1,5%. A marca de distribuidor segue ganhando adeptos. O consumidor cada vez mais outorga importância aos descontos e ofertas, buscando produtos mais baratos. Não tem dúvida em escolher a rede que possua preços mais baixos. (Expansión.com)
Aldi/Inglaterra – As vendas da rede alemã Aldi subiram em 16,8% em Janeiro e Fevereiro no Reino Unido, tendo aumentado o número de consumidores em 12,2%, de acordo com dados da TNS Worldpanel. A Aldi registrou crescimento de 16,3%, nas 12 semanas que terminaram em 22 de março. A boa notícia chega quando a Aldi abre a sua loja 400 no Reino Unido. (Hipersuper)
Setoriais
Seca – A falta de chuva retarda o crescimento de pastagens de inverno cultivadas no final de março na região de Santana do Livramento. Criadores de gado leiteiro que plantaram aveia e azevém terão de refazer o plantio tão logo haja umidade. Propriedades já contabilizam perdas de 30% a 40% na produção. No município, 500 famílias sobrevivem da atividade leiteira. A captação diária é de 30 mil litros. (Correio do Povo/RS)
Às toneladas de grãos já perdidas pela estiagem que afetou as lavouras do Sul do País no fim do ano passado e que deixaram de ser exportadas, se somam outras toneladas que ainda deixarão de ser colhidas em função da seca que castiga a região novamente. Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), calcula que a safra de soja 2008/09 do Estado deve diminuir 1,5 milhão de tonelada, ou 20% das 9 milhões previstas anteriormente. Impacto que deve ser refletido proporcionalmente nas vendas ao mercado externo. (Gazeta Mercantil)
Chuvas – A chuva atinge o Norte e o Nordeste do Brasil. No Amazonas, a cheia do Rio Negro já atingiu três mil famílias. A previsão é de mais chuvas no estado, talvez as mais fortes dos últimos anos. Salvador decreta situação de emergência. O Maranhão também sofre com chuvas. A cidade de Pedreiras é uma das mais atingidas. No Rio Grande do Sul, o problema é a seca. Ao todo, 107 municípios estão em situação de emergência por causa da seca. Chove no estado, mas não é suficiente. A seca já dura três meses e atinge cerca de 500 mil gaúchos. No norte do estado, choveu pouco mais da metade prevista para essa época do ano. Os prejuízos são ainda maiores para quem vive em áreas rurais. Em algumas propriedades, a produção de leite caiu 70%, açudes secaram. As perdas nas lavouras de soja chegam a 40%. No milho, 50%, dependendo no município. (G1)
Agronegócio – A Frente Parlamentar da Agropecuária quer a inclusão da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na lista de participantes de uma reunião dia 29, no Plenário do Senado Federal. O objetivo é discutir a definição de Áreas de Proteção Permanente (APP) e o alcance territorial da legislação ambiental e indigenista no agronegócio. (Valor Econômico)
Economia
IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a alta para 0,58% na terceira prévia de abril, após avançar 0,70% na leitura anterior do índice, apurada até 15 de abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a FGV, dos sete grupos que compõem o IPC-S, quatro apresentaram taxas de inflação menos intensas ou deflação mais elevada, na passagem da segunda para a terceira prévia de abril do IPC-S. A desaceleração nos preços dos alimentos, de 1,59% para 1,12% no período foi determinante para o recuo na taxa do IPC-S de até 22 de abril. Além de Alimentação, outras três classes de despesa apresentaram desaceleração na taxa de inflação, ou deflação mais forte, no mesmo período. É o caso de Habitação (de 0,34% para 0,33%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,12% para -0,19%); e Transportes (de -0,12% para -0,17%). Os outros grupos apresentaram aceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Vestuário (de 0,39% para 0,44%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,76% para 0,85%); e Despesas Diversas (de 1,37% para 1,81%). (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Casino – O Casino Guichard-Perrachon, maior empresa proprietária de supermercados em Paris, registrou uma queda de 3,3% em suas vendas do primeiro trimestre à medida que o desemprego crescente fez com que o consumidor francês reduzisse as despesas com alimentação e produtos para o lar. O resultado foi amenizado, no entanto, por um aumento na demanda no Brasil e na Tailândia. A receita nos três meses encerrados em 31 de março declinou para € 6,63 bilhões (US$ 8,6 bilhões), frente a € 6,86 bilhões no mesmo período do ano anterior. Essa cifra não correspondeu aos € 6,72 bilhões da média da estimativa de oito analistas pesquisados. O Casino obtém cerca de dois terços de sua receita na França, onde a confiança do consumidor permaneceu próxima a uma queda recorde em março, enquanto a crescente taxa de desemprego reduziu o poder de compra. (Gazeta Mercantil)
FMI – A economia brasileira deve registrar uma contração de 1,3% neste ano, segundo o relatório ”World Economic Outlook” (”Panorama Econômico Mundial”, em tradução livre) divulgado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). No ano passado, o Brasil teve crescimento de 5,1%. O desempenho previsto para 2009 é o quinto mais fraco dentre as 11 economias latino-americanas para as quais o FMI divulgou previsões – o pior resultado será o do México, com queda prevista de 3,7%, seguido pela Venezuela, que deverá ter contração de 2,2%. O melhor resultado na região será o do Peru, com um crescimento previsto de 3,5% neste ano. Para 2010, no entanto, a previsão do Fundo é de que a única economia a apresentar desempenho negativo será a Venezuela (-0,5%). Para o Brasil, a expectativa é de crescimento de 2,2%. O melhor desempenho, por sua vez, será o do Peru (+4,5%). (Folha press)
Confiança – A confiança do consumidor nos países emergentes diminuiu fortemente nos últimos meses. A Rússia teve a maior queda, seguida por Brasil e Emirados Árabes, segundo pesquisa da Nielsen. A confiança russa caiu 29 pontos, para 75 pontos – a maior queda da série histórica de 5 anos do índice. Em setembro, o país estava na lista dos 10 mais otimistas. Brasil e Emirados Árabes tiveram queda de 21 pontos cada na confiança do consumidor. (O Estado de SP)