ICMS/RJ – O governo do Rio de Janeiro anunciou um pacote de estímulo ao setor lácteo, que inclui a redução para zero das alíquotas de ICMS para indústrias e cooperativas – sobre produtos lácteos em geral, a incidência atual é de 19%; no leite fluido, é de 7%. Cerca de 70% do leite consumido no Rio vem de outros Estados. (Valor Econômico)
Leite Integral – Um problema comum no Brasil é a insegurança das regras. Há alguns meses, fabricantes de leite integral têm enfrentado um dilema: obedecer à legislação do Ministério da Agricultura ou a uma nova definição que fiscais do ministério passaram a fazer sobre o produto. Desde a década de 90, uma portaria do governo estabelece que o leite longa vida integral deve conter, no mínimo, 3% de gordura, mesma especificação de um acordo do Mercosul, do qual o Brasil é signatário. O produto cru pode apresentar até 4%. A indústria padroniza o leite na marca dos 3% e usa o excedente de gordura na fabricação de derivados como manteiga. Porém, desde o ano passado, alguns fiscais passaram a entender que, para usar o nome “integral”, o leite não pode sofrer alteração e passaram a autuar empresas que retiram parte da gordura. Em resposta a EXAME, o ministério admitiu que há interpretações diferentes da regra e informou que uma norma definitiva deve ser publicada em breve. (Revista Exame)
Programa – Aumentar a produtividade por animal leiteiro e alavancar a renda das famílias do campo estão entre os objetivos do Programa de Inseminação Artificial (PIA). Implantado pelo Governo Estadual no final da década de 80, o programa foi deixado de lado aos poucos, com, pela maior parte dos produtores. Mas na região de Umuarama, Noroeste do Estado, o programa ainda é levado muito a sério. ”A gente vê diariamente melhorias no segmento leiteiro dentro dessas propriedades. É muito interessante o profissionalismo com que o produtor encara a idéia”, conta Cid Clay Gabarão, técnico responsável da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), e um dos principais incentivadores do projeto na região. Sem apresentar dados comparativos, Gabarão garante que a produção em Umuarama e municípios vizinhos aumentam gradativamente.A região ainda está longe de ser uma das principais produtoras. Conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Seab, ocupa a nona posição no ranking estadual, com produção anual de 93 milhões de litros (números de 2006) e representa apenas 3,4% do que é produzido no Paraná. Mas isso não é problema nem empecilho. Gabarão tem como meta colocar a região entre as primeiras produtoras do Estado. Segundo informações do Deral, a região de Toledo se consolida como a principal produtora de leite do Paraná, com produção anual (2006) de quase 416 milhões de litros. Em seguida estão Ponta Grossa, com 404 milhões de litros e Cascavel, com quase 392 milhões. As regiões respondem por 15,4%, 14,9% e 14,5% do que é produzido no Estado, respectivamente. (Folha de Londrina/PR)
Leite/SC – Quarenta e cinco anos atrás, o agricultor Luciano Sarvacinski saía diariamente a cavalo para entregar 30 litros de leite de porta em porta em Chapecó, no oeste de Santa Catarina. Ele possuía sete ou oito vacas, que produziam de três a quatro litros de leite por dia cada. O leite era apenas uma atividade complementar à produção de suínos, aves e grãos. Hoje, para transportar o leite produzido na propriedade, é necessário um caminhão. Com o tempo, Sarvacinski largou a produção de suínos, fechou os aviários e investiu no melhoramento genético de seu rebanho de vacas holandesas. Os 60 hectares de lavoura foram destinados à pastagem e à produção de milho para o rebanho leiteiro. São 60 vacas que produzem 1,4 mil a 1,5 mil litros por dia, média de 25 litros/dia por animal. – Hoje, com uma vaca produzo os 30 litros que tirava com sete ou oito – diz Sarvacinski. A evolução de Sarvacinski, que, em 2005 e 2007, foi o melhor criador da raça holandesa no Estado, é um exemplo de como Santa Catarina evoluiu na produção de leite. Nos últimos oito anos a produção dobrou, subindo de um milhão de litros em 2000, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para 2,18 bilhões de litros em 2008, segundo estimativa do Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola da Epagri. Entre 2000 e 2007, Santa Catarina foi o Estado que mais cresceu entre os oito maiores produtores de leite, conforme o IBGE. Enquanto a produção brasileira aumentou em 32%, em Santa Catarina o crescimento foi de 86%. Rondônia ficou em segundo lugar com 68%. Em 2007, SC tornou-se o quinto maior produtor do país, com 1,87 milhão de litros contra 1,62 milhão de São Paulo. É um feito considerável para um Estado que tem apenas 1,12% do território nacional. (Diário Catarinense)
Queijo – Produtores de queijo do Seridó norte-rio-grandense buscam a valorização do produto e o fortalecimento da marca, tomando como base aspectos tradicionais e culturais da região. Eles pretendem obter o selo de indicação geográfica do queijo produzido na região, a exemplo dos vinhos finos e espumantes do Vale dos Vinhedos no Rio Grande do Sul, o café do cerrado mineiro, a carne do Pampa Gaúcho e a cachaça do Paraty do Rio de Janeiro. A coordenadora nacional da Carteira de Leites e Derivados do Sebrae, Fátima Lamar, acredita que o fato de o Seridó ser uma região conhecida pela fabricação tradicional de seus queijos já é um diferencial para a conquista do selo. Contudo, ela afirma que será preciso desenvolver um trabalho mais forte na área do cooperativismo. – A cultura da cooperação deve ser o grande trabalho a ser realizado no Seridó. Na realidade o que conta são os sabores, as características ligadas à cultura, a história local e a especificidade de cada produto regional – recomenda, lembrando que os empresários brasileiros são muito competitivos. (Sebrae)
Preços – A queda dos preços do leite na Europa reabre o debate sobre as cotas de produção, e alguns produtores já estão recebendo abaixo do preço de custo, mas poucos países estariam de acordo com o retorno das quotas. Alguns como Portugal e Espanha já produzem abaixo das quotas liberadas. Enquanto isso no cenário internacional, de acordo com dados do Departamento de Agricultura Americano (Usda), a Oceania desponta com um início de recuperação, enquanto na Europa os preços ainda continuam caindo. O alinhamento deverá demorar um pouco. (Agrisalon/Hipersuper/Clal)
Negócios
Danone – Activia traz novas versões para atender segmentos específicos de varejo. Para atender ao canal Atacado, que apresenta crescimento constante na demanda por embalagens maiores e econômicas, Activia terá a versão especial polpa na bandeja de oito potes nos sabores morango e ameixa, com preço até 5% mais acessível que a edição tradicional (quatro potes). Em contrapartida, a Danone lança também, buscando atender ao pequeno varejo, o pote unitário. A Danone também está lançando um novo produto do segmento de funcionais, o novo Activia Leite Fermentado 80g. Com a proposta de ser mais cremoso e menos ácido que os leites fermentados similares, também contém o bacilo DanRegularis (exclusivo da Danone), que pode sobreviver ao processo digestivo e chegar vivo ao intestino. Disponível em frascos de 80 gramas no sabor baunilha, este lançamento vem em embalagem com seis unidades (480g). (Brasil Alimentos)
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antônio Balhmann informou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) recebeu ontem um Projeto de Lei que prevê beneficiar os produtos lácteos da Danone da fábrica em Maracanaú. Em seguida, o Projeto segue para ser apreciado na Assembléia Legislativa do Estado. (Diário do Nordeste/CE)
Setoriais
Perdigão – A Perdigão informou que inicia nesta segunda-feira o trabalho de recuperação do complexo agroindustrial de Rio Verde (GO), atingido por um incêndio no sábado. A companhia avalia que as operações na unidade devem ser retomadas em uma semana. O abastecimento a clientes, dos mercados interno e externo feito a partir daquela fábrica será garantido pelo realinhamento da produção de outras unidades. “A retomada das operações da unidade (..) deverá ocorrer, de forma gradativa, a partir de 30 de março”, diz o comunicado. (Gazeta Mercantil)
Soja – O preço da soja no mercado internacional permanece em um patamar inferior ao registrado na virada de 2008 para 2009, mas deu na semana passada novos sinais de fortalecimento. O movimento ocorre mesmo no período de colheita nas lavouras de Brasil e Argentina, dois dos maiores produtores mundiais do grão. (Valor Econômico)
Economia
Varejo – Em palestra promovida pela Gateway Security e Associação Paulista de Supermercados (Apas) para empresários e dirigentes varejistas, o ex-ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto comentou que, caso o PIB tenha aumento de 2% em 2009, o setor poderá ter alta de 7% em seu faturamento. Com cenário negativo do PIB (-1%), o faturamento do varejo pode atingir 3% em 2009. Netto afirmou que o principal fator que irá manter o crescimento da indústria é a imagem altamente positiva que os consumidores fazem do segmento. “No que se refere à confiança dos clientes, os supermercados brasileiros encontram-se em posição privilegiada em relação à Rússia, Índia e China, tanto quantitativa quanto qualitativamente”, considera. De acordo com estudos do Programa de Administração do Varejo (Provar), o índice de perdas nos supermercados chegou a 2,15%, ultrapassando inclusive margem de lucro histórica do setor, que varia de 1,5% a 2%. (Brasil Alimentos)
PEC 233 – Sob o argumento de que a proposta da reforma tributária extinguirá fontes de financiamento exclusivas da seguridade social, a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 233/2008 corre o risco de ser ‘empurrada com a barriga’ para 2011. Alerta de movimentos sociais e parlamentares aponta para perdas de receitas da Previdência Social e diminuição dos investimentos em saúde pelos estados. Em meio à insegurança, a discussão em torno da matéria pode se arrastar por mais dois anos. (Correio do Povo/RS)
IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,46% na terceira prévia deste mês, medida até ontem, após avançar 0,37% na prévia anterior, apurada até o dia 15 de março, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa de inflação mais intensa foi encontrada nos preços dos alimentos, que subiu de 0,37% para 0,73% no período, levando à taxa maior do IPC-S na leitura anunciada hoje. Além de Alimentação, as outras classes de despesas que apresentaram aumento mais intenso de preços, ou deflação mais fraca no período, foram: Habitação (de 0,33% para 0,36%); Despesas Diversas (de 0,16% para 0,37%) e Vestuário (de -0,20% para -0,05%). Já os grupos restantes registraram desaceleração de preços. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,65% para 0,61%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,30% para 0,14%); e Transportes (de 0,58% para 0,36%). (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Argentina – O Panamá abriu seu mercado aos lácteos argentinos. A medida foi comunicada pelas autoridades de Segurança Alimentar Panamenha (Aupsa), ao presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), Jorge Amaya. A decisão do Panamá está fundamentada nas informações enviadas pelo Senasa sobre as condições sanitárias do rebanho e auditorias realizadas, pela Aupsa, em junho do ano passado às indústrias argentinas. A Aupsa aceita a Argentina como fornecedor de lácteos, desde que as autoridades sanitárias argentinas garantam que o leite seja procedente de animais que tenham permanecido na Argentina desde o nascimento. Durante 2008 o Senasa registrou exportações de produtos lácteos (leite, iogurtes, doce de leite, manteiga e queijos, entre outros) a distintos mercados, num total de 296.961 toneladas e US$ 1.138.352. (Ambito)
Crise – O diretor geral do Fundo Monetário Interancional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, advertiu que a crise financeira é muito grave, solicitando políticas globais urgentes e coordenadas. Strauss-Kahn participou do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e diante de governos, empregadores e empregados, disse que: “Precisamos de políticas corretas que permitam ao mundo voltar a caminhar e precisamos agora”. O dirigente lembrou a última previsão do FMI, queda de 0,5% a 1% da economia mundial, o que significa “recessão global”, a primeira em 50 anos. Destacou que “os países ricos serão os mais afetados”, mas lembrou a péssima situação em que estarão também emergentes e nações pobres. (El Cronista)
Alimentos I – Em momentos de crise como este todo mundo fala sobre o desemprego, os problemas da indústria de automóveis ou construção civil, mas poucos se lembram da indústria de alimentos. No entanto, “é mais importante do que pensamos.” Isto é o que pensa Paul Roberts, jornalista americano e autor do livro A FOME QUE VEM convencido de que a crise econômica terá um efeito devastador no setor. Um dos aspectos mais controversos da obra de Paul Roberts é a defesa da desindustrialização dos alimentos. “Em muitos casos, as inovações que nos permitiram alimentar muitos seres humanos são as mesmas que alimentam epidemias com efeitos devastadores. Tendo a redução de custos como foco, convida agentes patogênicos de origem alimentar a converterem-se em epidemias mundiais”, conclui Roberts. (Expansión)
Alimentos II – O estabelecimento de um sistema eficaz de rastreamento dos alimentos, a aplicação de regras transparentes e a criação de estoques de produtos agrícolas para equilibrar oferta e procura foram algumas das propostas que fizeram os representantes do setor agropecuário dos países do G8. No encontro as conversas foram centradas na análise da segurança alimentar e o estado do mercado de alimentos e da fome no mundo diante da atual crise econômica. Ao final assinaram um documento pedindo criação de padrões internacionais de segurança, para recuperar a confiança na indústria, depois de um ano de 2008, recorde em escândalos alimentares. “Com a atual crise econômica mundial faz-se necessário devolver à agricultura seu papel de setor estratégico nas políticas econômicas e de desenvolvimento”, diz o documento. (Finanzas.com)
Alimentos III – O relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) intitulado: The Global Economic Crisis: Systenuc Failures and Multilateral Remedies, afirma que a grande elevação no preço dos alimentos registrada em 2007 e início de 2008, e sua posterior desvalorização foram causadas, em parte, pela especulação. Segundo o documento, o investimento financeiro no mercado futuro de commodities afetou o preço, surgindo bolhas especulativas. “Não deveria ser aceita especulação no preço dos alimentos que pode ser questão de sobrevivência para milhões de pessoas”, afirma o documento. A Unctad propõe maior transparência nos mercados futuros de alimentos e petróleo. Os órgãos reguladores devem ter mais poderes para agir no caso deste tipo de especulação. (BBC Brasil)
FAO – A FAO lançou uma base de dados interativa sobre o preço de commodities básicas nos mercados internos dos países em desenvolvimento, que abrange 55 países. Disponível na internet, esta ferramenta mostra os preços dos produtos alimentícios em dólares, ou em moeda local, tendo em conta as unidades de medida e pesos. Ela pode fazer comparações dos preços entre mercados nacionais e internacionais. (FAONews)
RS: preço médio do leite sobe 1,85% na última semana
A última semana apresentou variação positiva no preço médio do leite pago ao produtor no Rio Grande do Sul. Segundo apurou a pesquisa realizada pela EMATER/RSASCAR, o preço médio do leite passou de R$ 0,54 o para R$ 0,55/l, crescimento de 1,85%. O preço mínimo manteve-se em R$ 0,48/l. Já o preço máximo sofreu alteração, passando de R$ 0,64 para R$ 0,62/l.
Na região da Campanha, segue aumentando o volume de produto ofertado nos postos de recolhimento em decorrência do retorno das chuvas à região e o consequente aumento da disponibilidade de alimento ao rebanho leiteiro. Esse mesmo crescimento está sendo registrado na região Sul.
Nas regiões Norte e Noroeste, a produção segue em ritmo de normalização. A falta de uma maior oferta de leite está provocando a disputa pelo produto entre as unidades processadoras locais, ocasionando uma elevação dos preços, apesar de um pequeno crescimento na oferta.
Na Depressão Central, o fornecimento de leite às processadoras locais segue em ritmo normal. Na avaliação dos técnicos, a redução de 20% na fabricação de leite em pó, está sendo compensada pelo aumento na demanda em decorrência do retorno à normalidade do consumo neste período, que se segue após as férias, além da retomada das atividades escolares e o consequente fornecimento da merenda escolar.
O bom desempenho produtivo também está sendo percebido nas demais regiões produtoras onde a situação anterior já era de normalidade. O volume de forragem está satisfatório para suprir a manutenção corporal e produtiva dos animais.
As informações são da Agência Safras