Notícias 23.02.10

 

Importações – Os números preliminares da média diária de fevereiro de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 24,15% menores que a média de janeiro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.

 

 

Itambé – A Itambé, maior cooperativa de laticínios e terceira maior indústria do setor no país, com cinco unidades produtoras, recusou, no mês passado, uma oferta de aquisição pela Friboi e trabalha agora para que aconteça uma fusão entre cinco cooperativas de leite. Se acontecer a fusão entre as mineiras Itambé, Cemil e Minas Leite, a paranaense Confepar e a goiana Centroleite, a nova empresa passaria a ser a maior do setor de laticínios no país em volume, com 2,5 bilhões de litros de leite por ano. Ultrapassaria a Nestlé (com cerca de 1,9 bilhão de litros) e a Perdigão (aproximadamente 1,5 bilhão). Sozinha, a Itambé responde hoje por cerca de 1,2 bilhão de litros por ano. Na segunda quinzena de março, a PricewaterhouseCoopers (empresa de auditoria) deve entregar os estudos finais sobre a fusão, com a parte que caberia a cada um no negócio. Depois, ocorreriam as conversas finais entre as cooperativas, que poderiam concretizar a fusão. (Folha de SP)

JBS – A JBS, que entrou no leite quando adquiriu a Bertin em setembro de 2009, negou que tenha feito a oferta pela Itambé, mas é fato que existe interesse da empresa de crescer em leite. Fontes da própria JBS admitiram que, conversaram com a Laep, controladora da Parmalat. Apesar da marca forte, entrar na Parmalat significaria, no entanto, entrar num novo negócio, já que hoje a empresa produz basicamente leite longa vida. Na Vigor, que veio junto na compra da Bertin, o portfólio é principalmente de produtos de maior valor agregado, como iogurtes. (Valor Econômico)

Italac – Em 2010 será inaugurada a nova fábrica de leite em pó da Italac, em Jaru (RO). A indústria que possui fábricas em Rondônia, Goiás e Rio Grande do Sul, escolheu estrategicamente a região de Jaru, que concentra mais de um milhão de cabeças de gado leiteiro. “Investimos no produtor local, dando as condições necess árias para que ele possa trabalhar com tranquilidade, em sintonia com a nossa política de excelência na qualidade dos nossos produtos”, diz Sérgio Botelho Teixeira, diretor industrial do grupo. Atualmente, a unidade de Jaru produz três milhões de litros mensais, mas possui capacidade para industrializar o dobro. Quando for iniciada a produção do leite em pó, novos mercados poderão ser abertos. “Somos uma indústria em crescimento, que acredita no potencial de Rondônia”, afirma. Em todo o estado, o rebanho leiteiro soma 3,4 milhões de cabeças. Os números correspondem ao total de bovinos de leite vacinados em 2009, durante a campanha anual de combate à febre aftosa. (Jaru Online/RO)

Custos – O Índice de Custo de Produção de Leite (ICPLeite/Embrapa) que mede a variação no custo de manutenção de uma empresa de produção de leite localizada no Estado de Minas Gerais, em janeiro, foi de 143,85 ante 143,30 de dezembro de 2009, variação fo i positiva de 0,32%. Os grupos que tiveram alta foram mão-de-obra (7,38%), reprodução, (0,72%), qualidade do leite, (0,26%) e energia e combustível, (0,01%). O grupo mão-de-obra sofreu influência, principalmente, da elevação do salário mínimo. Os grupos dos insumos que tiveram queda foram: sal mineral (2,58%), concentrado (0,40%), produção e compra de volumosos (0,31%) e sanidade (0,21%). Em relação aos últimos 12 meses houve redução no custo dos insumos de 0,44%. O grupo sal mineral, apresentou baixa considerável, de 28,76%, seguido pela desaceleração na produção e compra de volumosos (5,58%). O maior aumento de custo foi mão-de-obra, com alta de 19,80% no período analisado. (CILeite – Panorama do Leite)

Chuvas/SP – Fortes chuvas prejudicam plantações da região de Barretos que registrou 350,5 milímetros só no mês de janeiro. A quantidade não é muita se comparada à média de outros anos. O problema foi a concentração. Os 350,5 mm caíram em apenas oito dias, ou seja, ocorreram grandes tempestades, explica o engenheiro agrônomo chefe da Casa da Agricultura, Rolando Salomão Nascimento. Segundo dados extraídos do Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (LUPA), mais de 60% das propriedades rurais do município têm entre 0 e 50 hectares, prevalecendo a horticultura e produção de leite. Alguns produtores de hortaliças perderam toda a sua produção em apenas uma noite de chuva. Com relação ao leite, as chuvas favorecem as pastagens. Porém, com o aumento da produção, o preço caiu e a lucratividade do produtor também. (Jornal de Barretos)

Seca/MG – O Norte de Minas registrou queda na produção de carne (36%), leite (35%), feijão (43%) e milho (38%), por causa do veranico, que começou em dezembro e continua neste mês. Os dados são de um relatório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), divulgado na última sexta-feira (19) em Montes Claros. (Hoje em Dia/MG)

Chile – Depois de um ano conturbado, com baixos preços, crise financeira mundial e seca, a produção de leite chilena encerrou 2009 com uma queda de 10,1%, em relação a 2008. As exportações, em valores, perderam 40,9% em relação ao ano anterior, e 27,7%, em volume, na mesma comparação. O leite em pó foi responsável por 31,9% dos embarques, ocupando o primeiro lugar que o leite condensado tinha no ano anterior, e que foi responsável, em 2009, por 28,8% dos embarques. Em terceiro lugar ficou o queijo gouda, com 18,9%. A empresa líder no ranking exportador foi a Nestlé. (Fedeleche)

 

Negócios

Hershey – Depois de disputar a compra da Cad bury e perdê-la para a Kraft Foods, a Hershey teve de respirar fundo e encarar sozinha, o mercado. No Brasil, entretanto, a empresa conta com a joint venture fechada com a Pandurata, dona da Bauducco, há dois anos – operação que fez crescer os negócios da fabricante americana de chocolates no país. Em 2009, o faturamento líquido da Hershey cresceu 21%, diz seu o presidente no Brasil, Aluísio Periquito Neto. “Foi o maior crescimento já alcançado pela companhia desde que ela chegou ao país no final dos ano 90”, afirma o executivo. Agora em 2010, a meta é repetir a dose crescendo pelo menos mais 20%. Para isso, a empresa está investindo R$ 3,5 milhões na ampliação da fábrica de São Roque, no interior paulista. (Valor Econômico)

Nestlé – A unidade da Nestlé em Carazinho será inaugurada no dia 2 de março. Na fábrica, que foi adquirida da Parmalat no ano passado, a Nestlé já está produzindo creme de leite e leite premium com diferencial nutricional. A capacidade de processamento é de 1,5 milhão de litros por dia. (Correio do Povo/RS)

Gulfood – A empresa de laticínios Itambé já fechou dois contratos durante a Gulfood, feira de alimentos que acontece até quinta-feira (25), em Dubai. Empresas dos Emirados Árabes Unidos e do Catar compraram, cada uma, 50 toneladas de leite em pó. Segundo Guilherme Giffoni, gerente de Exportação para o Oriente Médio, estas empresas já haviam feito negócios anteriormente com a Itambé, mas não eram compradoras regulares. De acordo com Giffoni, os produtos que mais têm atraído o interesse dos compradores árabes na Gulfood são o leite em pó e o leite vaporizado. Atualmente, o mercado árabe responde por cerca de 10% das exportações da Itambé. (ANBA)

Instalação – Duas novas indústrias vão se instalar em Campos, no Norte Fluminense: a Refrigerantes Coroa e a Cooperativa de Laticínios Selita. O inve stimento é de R$ 14,5 milhões, sendo R$ 6,1 milhões financiados pelo Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), com previsão de gerar 110 empregos. As duas empresas serão instaladas às margens da BR-101, no Norte do município. “A licença ambiental da Selita foi concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no dia 2 deste mês. Estamos aguardando a empresa marcar o lançamento da pedra fundamental, em Morro do Coco. O investimento é de R$ 9,5 milhões, sendo R$ 3,1 do Fundecam. A previsão é de 60 novos empregos diretos”, informa o presidente do Fundecam, Eduardo Crespo. O projeto da Refrigerantes Coroa está para ser analisado pelo Conselho Gestor do Fundecam. (Correio do Brasil/RJ)

Setoriais

Soja/BR – A colheita de soja no Brasil avançou para 18% da área total semeada, até o final da semana passada, informou a Consulto ria Céleres. De acordo com a consultoria, a colheita está adiantada em relação ao mesmo período da safra anterior, quando havia sido colhido 12% da área. De acordo com a Céleres, as chuvas impediram que a colheita avançasse mais. Até a semana passada, os produtores tinham comercializado 30% de sua produção, índice abaixo dos 34% verificados na mesma época de 2009. (Valor Econômico)

IqPR – O Índice quadrissemanal de Preços Recebidos (IqPR) pelo produtor rural paulista apresentou alta de 5,43% na segunda semana de fevereiro. O levantamento é de pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) e o IqPR-A (produtos de origem animal) fecharam com variação positiva, respectivamente, de 7,17% e de 1,11%. No período analisado, 14 produtos apresentaram alta de preços (nove de origem vegetal e cinco de origem animal) e quatro apresentaram q ueda (três de origem vegetal e um de origem animal). (Agência Estado)

Soja/AR – A colheita recorde de soja na Argentina pode render menos do que o esperado, segundo a Bloomberg. Isto porque as chuvas ameaçam causar a deterioração dos grãos e propagar enfermidades causadas por fungos. O departamento de Agricultura dos Estados Unidos prevê que a colheita da Argentina suba para 53 milhões de toneladas, após uma safra magra de 32 milhões de toneladas em 2009, afetada por uma forte seca. Ainda não há estimativas de perdas com as chuvas no ciclo atual. (Valor Econômico)

Economia

IPC-S – A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) manteve-se em desaceleração na segunda quinzena do mês, em razão de menores custos de vestuário e de um arrefecimento da alta de alimentos, educ ação e ônibus. O indicador subiu 0,84% na terceira prévia de fevereiro, contra alta de 1,04% na segunda, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira. “Nesta apuração, cinco das sete classes de despesas registraram decréscimos em suas taxas de variação”, disse a FGV em nota. Os preços de Alimentação diminuíram a alta para 1,22% na terceira prévia do mês, ante 1,45% na segunda, devido, sobretudo, a um arrefecimento do aumento do leite longa vida. (Reuters)

Varejo – As vendas no varejo brasileiro expandiram-se 5,9% em 2009, seguindo alta de 9,1% nos 12 meses antecedentes. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou expansão no volume de vendas em 2009 de 8,3%, em relação ao ano anterior, resultado que o levou a responder por um 67,8% da taxa anual do varejo”, destacou o organismo. (Valor Onli ne)

Balança – A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 691 milhões na segunda semana de fevereiro (dias 8 a 14), segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período, as exportações somaram US$ 3,661 bilhões, com media diária de US$ 732,2 milhões, enquanto as importações totalizaram US$ 2,970 bilhões, com média diária de US$ 594 milhões. Já na terceira semana deste mês (dias 15 a 21), a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 216 milhões, resultado de exportações de US$ 2,179 bilhões (média diária de US$ 726,3 milhões) menos importações de US$ 1,963 bilhão (US$ 654,3 milhões). (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

OCDE – O Brasil amea ça não endossar as conclusões de uma reunião de ministros de Agricultura na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE) que ocorrerá na quinta e na sexta-feira em Paris, o que certamente abrirá um confronto com países ricos. O que está em jogo é como a produção de alimentos – e as políticas nacionais e internacionais que a regem – terão de se adaptar a novos desafios. O Brasil, que faz parte de vários comitês na OCDE, reclama que a entidade está direcionando demasiadamente a discussão para mitigação e adaptação do clima na área agrícola, enquanto persistem obstáculos históricos que freiam o desenvolvimento do setor em países em desenvolvimento. (Valor Econômico)

Vidro Líquido – Imagine uma cobertura invisível capaz de tornar sua casa, suas roupas e até mesmo alguns alimentos livres de sujeira, bactéria e insetos. Pois na Alemanha o Vidro Líquido já está à venda. Essa cobertura flexível tem aproximadamente 100 nano metros de espessura (500 vezes mais fina que um fio de cabelo humano) e é indetectível aos olhos e ao tato. Vendido pela empresa Nanopool a partir de nove euros, a novidade em breve chegará ao Reino Unido. Vidro Líquido, ou SiO2, é composto por moléculas de areia misturadas à moléculas de água ou etanol. Não são adicionadas nanoparticulas, resinas ou aditivos: a “liga” é dada por forças quânticas dos componentes. A barreira invisível pode ser aplicada quase em qualquer superfície, repele água, sujeira e bactéria e, além de ser resistente ao calor, ácidos e radiação UV, permanece “respirável” – ou seja, o ar continua passando através dela. (INFO Online)

México – A economia mexicana, alvo de uma forte recessão em 2009, caiu 6,5% no ano passado, informou o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), ressaltando que a atividade industrial foi a mais afetada, com um retrocesso de 7,3% em relação a 2008. O setor de serviços pe rdeu 6,6%, no mesmo período. A economia mexicana entrou em recessão no primeiro trimestre de 2009, arrastada pela crise financeira iniciada nos Estados Unidos, que absorvem mais de 80% das exportações mexicanas. O PIB do México desabou 10,3% no segundo trimestre do ano passado, uma queda pior do que a registrada em 1995, ano da crise provocada pelo “Efeito Tequila”. (Brasil Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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