Notícias 22.04.2010

Preço/SP – O preço do leite deve continuar a trajetória de alta pelo menos até agosto, diz o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Nilson Muniz. Segundo ele, o período de entressafra, que neste ano começou mais cedo, aliada à maior procura da indústria alimentícia pela matéria-prima, deixa os preços firmes. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), Jorge Rubez, a melhor remuneração aos produtores deve se manter porque não há excesso de oferta no mercado. A alta do preço do produto é percebida também no varejo. Em março, o preço do leite longa vida integral subiu entre 7 e 15% nos supermercados ant e o mês anterior e foi um dos fatores que contribuíram para a inflação, medida pelos principais índices. (O Estado de SP)

Preço/SC – A família do produtor Luciano Sarvacinski acorda diariamente às 5h30min, para ordenhar as 50 vacas. Somente por volta das 8h30 eles vão tomar o café com o mesmo leite que vendem a R$ 0,78. Enquanto isso, consumidores de grandes cidades como Florianópolis, pagam até R$ 2 por litro. O produtor conseguiu um reajuste de 10 centavos por litro. O preço nas gôndolas dos hipermercados subiu 50 centavos, cinco vezes mais. O analista de mercado do Epagri-Cepa, Francisco Heiden, destaca que, o litro de leite longa vida no atacado passou de R$ 1,49 em dezembro para R$ 2,07 neste mês. O aumento foi de 39%. O preço médio recebido pelo produtor passou de R$ 0,50 para R$ 0,65, alta de 27%. Para o produtor, o momento é bom. Mas não para os consumidores. No ano, o produto aumentou 17,37%, segundo o IBGE. E a alta deve continuar, devido à entressafra. (Clic RBS)

Pauta Fiscal/GO – Entrou em vigor a nova pauta fiscal para os valores de referência do grupo leite e derivados comercializados em Goiás. Levantamento feito pela Coordenação de Pesquisa Mercadológica da Gerência de Informações Econômico-Fiscais, da Secretaria da Fazenda, constatou que o leite in natura passou de R$ 0,55 para R$ 0,75, o litro, um aumento de 36,36%. Já a manteiga, a granel, sofreu um aumento de 62,79%, passando de R$ 4,73 para R$ 7,70, o quilo. Enquanto isto, o queijo mussarela que antes custava R$ 6,40 passou para R$ 8,00 o quilo, um acréscimo de 25%. O queijo minas frescal antes vendido por de R$ 4,80, subiu para R$ 7,00, o quilo, um aumento de 45,83%. Na média, os queijos sofreram um aumento de 34,43%. Os novos valores servem como referenciais para cobrança de ICMS. (Goiás Agora)

Qualidade – Cerca de 300 pequenos produtor es da Zona Rural de Juiz de Fora recebem informação para melhorar a qualidade do leite produzido. A busca pela melhoria tem razões simples: o aumento nos lucros e na produtividade. No curral do produtor rural Assed Gonçalves o banquinho onde ele senta é o mesmo há anos. Mas o restante tem muita diferença. Primeiro é feito um teste para verificar a saúde do animal. Depois o leite é tirado, pesado e vai para o balde à espera do caminhão. Até o pasto agora é rotacional. As mudanças refletiram na produção. As 13 vacas em lactação rendem 130 litros por dia. Antes, a média não passava de 50 litros. O gerente de uma indústria que fabrica queijos, Rodrigo Knop Delace, utiliza, em média, 65 mil litros de leite por dia. Ele garante que quem não investir na qualidade perderá espaço no mercado. (Megaminas)

Frimesa – O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), aprovou a concessão de um financiamento de R$ 7,8 milhões, dentro da Linha Prodecoop, do BNDES, para que a Cooperativa Central Frimesa, de Medianeira (PR), reestruture sua planta industrial de Matelândia, cidade com 16 mil habitantes. O investimento total no projeto será de R$ 10 milhões e prevê a expansão da Unidade de Laticínios local, que irá elevar a sua capacidade instalada de recebimento e processamento de 70.000 litros/dia para 120.000 litros/dia já no ano que vem, com previsão para 150 mil litros/dia em 2012. Com a reestruturação, a planta industrial de Matelândia ficará responsável pela produção de 30 diferentes itens: iogurtes (garrafa, pacote e copo), leite pasteurizado (pacote), creme de leite (pote e pacote), petit suisse e bebidas lácteas (garrafa e pacote), transformando-se na segunda maior indústria de leite da Frimesa. (Agência de Notícias/PR)

Preços – Com o resultado do Leilão da Fonterra no início do mês, o presidente da Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedeleche), Diet er Konow, declarou-se otimista com a tendência internacional de aumento no preço das commodities lácteas, e que certamente chegariam ao mercado interno chileno. Desde então o setor voltou a atenção para os indicadores quinzenais do Departamento Americano de Agricultura (Usda). Divulgados no final da semana passada, os indicadores americanos confirmaram a tendência de alta, cotando o leite em pó integral a US$ 4.000 a tonelada, na Nova Zelândia, superando inclusive os preços europeus. Para Dieter Konow, esse cenário positivo, chega justamente quando por razões climáticas, o custo de produção aumenta, e os produtores estarão sendo beneficiados com a conjuntura externa. (Infortambo)

Leite/AR – Novos ânimos para o setor lácteo argentino. Os quase 80 centavos que os produtores recebiam em agosto passado, chegam perto de 1,20 pesos, o que representa 50% de aumento, equivalendo a US$ 0,31, algo que os analistas reconhecem como um recorde. Outro dado importante é o preço dos animais. No ano passado uma vaca era avaliada por 3.500 pesos. Agora o preço está variando entre 4.500 e 5.000 pesos. A indústria láctea fez com que atividades leiteiras deixassem de ser fechadas. A média anual que era de 3%, já caiu para 2%. Uma feliz combinação de demanda interna, em torno de 210 litros/per capta/ano, com os firmes preços internacionais. (La Nación )

Preços/AR – O outro lado da recuperação do preço ao produtor é o aumento ao consumidor. Mas, os produtores responsabilizam a distribuição pela diferença. Segundo levantamento do Centro de Educação ao Consumidor (CEC) na cidade de Buenos Aires, do começo do ano até o fim de março, os produtos lácteos já acumulam altas que, em alguns casos, superam 20%. O leite de primeira marca que em dezembro custava 2,8 pesos o litro, já está custando 3,3 pesos, uma variação de 17,85%. O queijo fresco que em dezembro custava 29 pesos o quilo, está custando 33 pesos, uma alta de 13,79%. O leite longa vida, já aumentou 21,81%, custando 4,69 pesos o litro. (Infortambo)

 

Negócios

Sódio – As companhias alimentícias americanas estão se preparando para enfrentar uma nova e rigorosa regulamentação que as obrigará a reduzir drasticamente o nível de sódio em alimentos processados, após a publicação de um influente relatório, esta semana, que concluiu que as ações voluntárias por parte das empresas não conseguiram reduzir o problema. Kraft, General Mills e outras grandes fabricantes de alimentos processados aguardavam ansiosamente o relatório do Institute of Medicine, uma prestigiada comissão federal de sa úde, tentando detectar uma sinalização sobre que medidas poderão ser tomadas pela Agência Fiscalizadora de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA). (Valor Econômico)

Mercoláctea/AR – A Fundação Export.AR, Procórdoba e Inforcampo Exposições organizam a “Rodada Internacional de Negócios Mercoláctea 2010” que será realizada entre os dias 14 e 15 de maio na Cidade de San Francisco, Córdoba. As negociações serão realizadas entre empresas argentinas de produtos lácteos e importadores de países como: Brasil, Chile, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Argélia, Senegal, Turquia, Rússia e Marrocos. Os representantes das empresas convidadas ocupam cargos com poder de decisão de compra e já manifestaram interesse nas exportações argentinas. (Infortambo )

 

Setoriais

Soja – A colheita da soja brasileira de soja chegou a 87%, 9 pontos percentuais acima do índice verificado na mesma data de 2009. A média histórica é de 75%. Os dados foram coletados pela Safras & Mercado. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já encerram a colheita, enquanto o Paraná alcançou 95%, Goiás, 94% e Rio Grande do Sul, 70%. Os argentinos colheram até o momento 28% da área de soja , ante 39% da mesma época do ano anterior. (Folha de Londrina/PR)

Milho – A Aprosoja já aposta em forte queda na produção do milho safrinha em Mato Grosso, que poderia perder 4,5 milhões de t (caindo de 9,5 milhões de toneladas para apenas 5 milhões), devido ao clima seco no Estado. (Folha de Londrina/PR)

PAP 2010/2011 – As sugestões para o Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 serão abordadas na 3ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cad eia Produtiva de Leite e Derivados, nesta quinta-feira (22), às 14 horas, em Brasília. No encontro, o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eduardo Sampaio, apresentará o calendário de missões para 2010 e os membros do setor definirão a agenda estratégica deste ano. (Página Rural)

Economia

IPCA -15 – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que fornece a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,48% em abril, taxa inferior à de março (0,55%). Com o resultado, a inflação acumulada neste ano é de 2,51%, taxa superior à verificada em igual período de 2009 (1,51%). A alta dos preços dos alimentos evitou um recuo maior do IPCA-15 em abril. Os preços dos alimentos já aumentaram, no ano, 4,79%, segundo o IPCA-15. Em abril, o le ite pasteurizado apresentou alta de 9,63%, após ter subido 5,27% em março, e ficou com a maior contribuição individual no índice do mês: 0,09 ponto percentual. (Globo Rural)

 

Globalização e Mercosul

PIB – O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê a desaceleração da economia brasileira entre 2010 e 2011, de 5,5% para 4,1%, de acordo com projeções divulgadas ontem. Em parte, o ritmo de expansão da atividade tende a se acomodar em virtude do esgotamento dos estímulos fiscais e monetários feitos pelo governo durante a crise financeira mundial. Mas, em grande parte, a desaceleração nas projeções do organismo é causada por fatores meramente estatísticos. Já a economia mundial deverá se expandir a uma taxa de 4,2%, um pouco mais do que os 3,9% projetados em janeiro. (Va lor Online)

Crise – A crise econômica fez com que entre 9 milhões e 10 milhões de latino-americanos caíssem na pobreza no ano passado, mas esse número será reduzido em 2010, disse ontem o economista Augusto de la Torre, do Banco Mundial. Segundo a instituição, a América Latina e o Caribe crescerão cerca de 4% em 2010. Entre 2002 e 2008, 60 milhões de latino-americanos saíram da pobreza graças ao crescimento da região e à administração macroeconômica. (Folha de SP)

Acordo – Brasil e Estados Unidos firmaram acordo, ontem em Punta del Este, para postergar por mais 60 dias o início das retaliações em resposta ao subsidio norte-americano ao algodão. A decisão foi tomada porque os EUA cumpriram a promessa de reavaliar subsídios, reconhecer Santa Catarina como livre de febre aftosa sem vacinação e criar fundo de 147,3 milhões de dólares para projetos de algodão. O anúncio foi feito no último dia da 35 R eunião Ministerial do grupo Cairns, que reforçou a cobrança por postura mais firme com relação à Rodada de Doha. (Correio do Povo/RS)

Milho/EUA – Os produtores dos EUA perdem 6,5 milhões de toneladas de milho por ano devido a pragas, com prejuízo de US$ 1,1 bilhão. Para amenizar perdas, o Usda aprovou ontem o novo milho geneticamente modificado da Syngenta. O produto, que inova no combate às pragas, segundo a empresa, já havia recebido aprovações no Brasil e no Canadá. (Folha de SP)

Concorrência/UE – A Comissão Europeia adotará novo regulamento de concorrência, essencial para a competitividade da economia da UE. Os distribuidores devem ser livres para oferecer produtos nos estabelecimentos tradicionais ou através da internet, garantindo aos consumidores a possibilidade de comprar os bens e serviços aos melhores preços onde quer que se encontrem na União Europeia (UE). As indústrias cont inuam a ter a liberdade de decidir a forma como os seus produtos serão distribuídos, mas os contratos de fornecimento não devem incluir restrições como a fixação do preço de revenda ou barreiras geográficas. (Hipersuper)

Regras – Qualquer que seja o segmento, indústria, distribuição ou varejo, não será permitido ocupar mais de 30% da cota de mercado, protegendo as pequenas e médias empresas. Pelas novas regras, fabricantes não podem limitar as quantidades vendidas na internet ou aplicar preços mais elevados às vendas online. A Comissão prestará particular atenção à concentração dos distribuidores. As novas regras entrarão em vigor em junho e serão válidas até 2022, com um período transitório de um ano. (Hipersuper)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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