Notícias 22.01.2010

Bom Gosto – A empresa gaúcha Bom Gosto vai comemorar, no início de fevereiro, o primeiro aniversário da aquisição da fábrica da Parmalat em Garanhuns. O ano nº 1 foi marcado pela reestruturação do parque fabril e pela recuperação da capacidade de produção de leite da unidade. Quando os gaúchos assumiram, o laticínio estava preparado para processar 500 mil litros de leite/dia, mas só produzia 170 mil litros. Com investimento de R$ 10 milhões, a Bom Gosto conseguiu modernizar a planta e alcançar uma produção de 300 mil litros de leite/dia. A empresa também arrendou, por cinco anos, uma área de 3 mil m² à Nestlé, que vai produzir iogurtes, leites fermentados e sobremesas. Com isso, ocupa parte da capacidade ociosa, se capitaliza e traz para Pernambuco produção da multinacional. Na época da compra, alguns concorrentes afirmavam que como a marca não era conhecida na região , a empresa não conseguiria marcar posição rapidamente. Não foi o que aconteceu. A Bom Gosto investiu R$ 800 mil em marketing e assumiu a liderança no Nordeste. (Jornal do Commercio/PE)

Bacia Leiteira – Outro mérito da Bom Gosto foi contribuir para reorganizar a bacia leiteira na região. Colocou em campo equipes de assistência técnica para orientar os produtores e melhorar a qualidade do rebanho e, consequentemente, do produto final. Quando assumiu, o cadastro contabilizava 600 produtores. Hoje, esse número chega a 1.200. Depois de organizar a casa, uma das estratégias da Bom Gosto é ampliar o mix de produtos da fábrica de Garanhuns. A empresa começou fabricando leite UHT e pasteurizado. Em seguida, colocou em operação as linhas de creme de leite e leite condensado. Agora, o projeto é fabricar queijos e bebidas lácteas. Apesar de comemorar o resultado da aquisição da unidade de Garanhuns, Wilson Zanatta comenta que o ano não foi dos melhores para o setor. Ele diz que os preços do leite UHT despencaram 30% em relação a 2008. Este ano, espera pela recuperação. (Jornal do Commercio/PE)

Obesidade – A obesidade é considerada uma doença crônica não transmissível. Dados do Ministério da Saúde revelam que pelo menos 40% da população apresenta algum de excesso de peso. Estamos enfrentando a transição nutricional, ou seja, a má nutrição provocada não somente pela carência de alimentos, mas também pela carência de nutrientes de alta qualidade. É comum encontrarmos pessoas gordas e ao mesmo tempo desnutridas. Diante disso, os produtos lácteos, ricos em nutrientes essenciais, exercem fator crucial. Para os nutricionistas, o leite e seus derivados são indispensáveis para cobrir todas as necessidades em cálcio, proteínas e certas vitaminas. O cálcio de produtos lácteos incita o organismo a utilizar as gorduras como fonte de energia. O cálcio dietético tem importante pap el na modulação do risco de doenças crônicas, além de contribuir para a manutenção da integridade esquelética. Além do mais, dietas pobres em cálcio impedem a perda de massa gorda. As fontes lácteas de cálcio exercem efeito significativamente maior como fator antiobesidade que as fontes suplementais. (Estado de Minas)

Oceania – A produção de leite na Oceania está caindo abaixo dos níveis verificados em outras regiões do globo. Na Nova Zelândia indicadores apontam queda de 15% em relação às projeções. Consolidação recente dos dados da Austrália apurou, em novembro de 2009, volume 6,8% menor, em relação ao mesmo mês de 2008, acumulando perdas de 5,4%, entre julho e novembro desse ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A indústria está produzindo abaixo das projeções e os estoques estão justos para os compradores estáveis, mas, nenhuma sobra para vendas extras. No entanto, a queda nos preços, de acordo com analistas, seria um ajuste aos valores obtidos no último leilão da Fonterra, esperando que em fevereiro haja uma nova queda.  (Usda)

 

 

UE – A produção europeia de leite não apresentou reação significativa à melhoria do clima ocorrida nas últimas semanas. Os estoques são satisfatórios, tanto para atender a demanda interna, como para exportações eventuais. Indústrias e comércio gostariam de liquidar os estoques antes do início da próxima primavera, quando haverá aumento da produção. Analistas não acreditam, no entanto, que o comércio internacional venha se aquecer, sem uma queda importante nos preços, que já começa acontecer. (Usda)

 

 

 

Negócios

Congresso – Entre os dias 22 e 25 de março de 2010, Belo Horizonte será a capital do leite das Américas, com a realização do 11º Congresso Pan-Americano do Leite. O Congresso é uma realização da Federação Pan-Americana do Leite, em parceria com a Faemg, que representa mais de 250 mil produtores rurais, por meio de 400 Sindicatos no Estado. Minas lidera o ranking da produção leiteira do Brasil, com 7,6 bilhões de litros em 2008. Entre os objetivos do Congresso estão o debate e o planejamento dos rumos da cadeia produtiva leiteira e a criação de um espaço para reflexão, discussão e intercâmbio de experiências pan-americanas e mundiais relacionadas ao setor. O congresso tem importância ainda mais acentuada em virtude das fortes transformações ocorridas na pecuária leiteira no mundo. Foram duas situações atípicas, antagônicas e significativas: o aumento do preço do leite no mercado internacional, em função da elevação da demanda, que esvaziou os estoques de lácteos. (Diário do Comércio/MG)

Varejo – Na maior feira de varejo do mundo, o Retail’s Big Show, organizada há 99 anos pela Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos (NRF, na sigla em inglês), pela primeira vez, os brasileiros lideraram as tendências. Magazine Luiza, Livraria Saraiva e Cacau Show, estavam entre as atrações. Os destaques: modelo de atendimento, expansão agressiva e investimentos em multicanais. A solução para aumentar a rentabilidade das empresas americanas é expandir para os mercados emergentes, como o Walmart. Sucesso no varejo on-line? Amazon, ou Submarino. O Boticário é uma das franquias que tem maior potencial para internacionalização. Luiza Trajano, do Magazine Luiza, que foi às últimas oito edições da feira, ficou surpres a com a exposição das empresas nacionais. (Brasil Econômico)

Sustentabilidade – Se as empresas brasileiras se destacaram como modelos de adaptação, enfrentam outras dificuldades. “Está longe de abraçar a sustentabilidade”, diz Luiza Trajano. “Tenho até vergonha de falar que estou investindo em sustentabilidade se não consegui reduzir nem o consumo da minha casa. Temos a questão logística, além das embalagens, que não começaram a se adequar para a nova realidade”, diz. Mas não é só neste quesito que ainda é possível aprender muito com as empresas americanas. Em organização de processos e objetividade, design de lojas e inovação, as redes americanas ainda se destacam. “Mas nós somos melhores em colocá-los em prática”, diz Luiza. Marcos Gouvêa de Souza, da consultoria GS&MD, concorda: “O crescimento dos últimos 10 anos equivale a 50 anos.” (Brasil Econômico)

Meio Ambiente – Para Enriq ue Gallego, presidente da Associação Espanhola das Indústrias de Plásticos, a decisão iniciada pelo Carrefour e acompanhada por outras redes de distribuição, de retirar das lojas as sacolas plásticas, é uma falácia e “esconde uma estratégia de marketing para enganar a opinião pública”. De acordo com ele são consumidas 100.000 toneladas de sacolas plásticas por ano. Mas, a indústria e o varejo utilizam outros dois milhões de toneladas de plásticos para embalar frutas, verduras, carne, pescado, queijos, embutidos e vasos de iogurtes. E, ainda, os supermercados passaram a vender “sacolas verdes” para os clientes levarem as compras, que, como produto, são isentas do denominado “ponto verde”, que seria uma espécie de imposto para reciclagem das sacolas plásticas. (El Economista)

 

Setoriais

Milho/AR – O plantio de milho na Argentina deve ocupar uma área de 3,1 milhões de hectares, queda de 9,6% em relação à safra passada. Segundo o Ministério da Agricultura do país, houve reduções em quase todas as zonas produtoras. As condições das lavouras são consideradas de boas a excelentes, em função dos importantes aportes hídricos, por conta de chuvas significativas nos últimos dias. (Globo Rural)

Transgênico – Para a safrinha 2010, cujo plantio já foi iniciado, estima-se que 53% do milho produzido no país serão das variedades Bt (geneticamente modificados). (Folha de Londrina/PR)

Perdas/RS – O setor agropecuário gaúcho entregou esta semana ao governo federal um relatório preliminar que aponta perdas superiores a R$ 717 milhões provocados pelas chuvas em novembro e janeiro. (Valor Econômico)

 

Economia

Indústria – O faturamento real da indústria manteve um ritmo de crescimento em novembro de 2009, registrando uma expansão, com ajuste, de 1,3%, ante outubro do ano passado, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O dado acumula sete meses seguidos de expansão. Sem ajuste sazonal, o faturamento real apresentou um recuo de 1,9% na mesma base comparativa. Em relação a novembro de 2008, o faturamento cresceu 8,4%, o que, segundo a CNI, foi decorrente da baixa base de comparação de novembro de 2008. No acumulado de janeiro a novembro de 2009, o faturamento real da indústria ainda apresenta queda de 5,7% ante igual período de 2008. (Agência Estado)

IPCA-15 – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) relativo a janeiro registrou alt a de 0,52%, taxa superior à apurada um mês antes, de 0,38%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A aceleração é reflexo principalmente da alta de tarifas de ônibus. Nos 12 meses encerrados em janeiro, o indicador acumula avanço de 4,31%. Os alimentos também pressionaram a inflação, ao subir 0,81% em janeiro – bem mais do que a variação de 0,17%, em dezembro. As condições climáticas adversas sobre a produção explicam o aumento de preços. Subiram mais os alimentos in natura, como hortaliças (12,4%) e frutas (1,24%). Carnes variadas também tiveram elevação, como a bovina (1,58%), o frango (1,45%) e os peixes (3,66%). (Valor Online)

 

Globalização e Mercosul

Estudo – O Brasil será a quinta maior economia do mundo já em 2013, pelos cálculos da Pricew aterhouseCoopers, divulgados ontem, em Londres. Até lá, o País terá ultrapassado gigantes como Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes – chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia – será maior do que o do G-7. Cinco das 10 maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes. O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. (O Estado de SP)

Milho/EUA – A supersafra norte-americana de milho, a sobrevalorização do real, e o mercado interno saturado estão levando o produtor brasileiro a minimizar perdas com a diminuição de custos na safrinha. Apesar dos problemas enfrentados com as geadas, os Estados Unidos bateram recorde este mês na colheita do milho. Ao todo, de a cordo com a Cerealpar, foram colhidas 334 milhões de toneladas, ante as 328 milhões de toneladas de dezembro. Segundo Steve Cachia, analista de commodities da corretora de cereais, o preço do milho no Brasil deve continuar pressionado. Indicador da Escola Superior de Agricultura (Esalq/BM&F Bovespa) apontou, entre os dias 11 e 18, queda de 2,8% no preço do milho. Fechando a R$ 19,62 a saca de 60 quilos. Ontem, o milho fechou em R$ 19,27 a saca de 60 quilos (-0,68%). Em dólar, o preço ficou em US$ 10,71 a saca (-1,13%). (DCI)

EUA: produção em dezembro cai 0,8% frente a 2008

A produção de leite nos 23 estados de maior produção dos Estados Unidos durante dezembro totalizou 6,629 bilhões de quilos, 0,8% a menos que em dezembro de 2008, segundo dados do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (National Agricultural Statistics Service – NASS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção revisada de novembro, de 6,341 bilhões de quilos, foi 0,8% menor que a de novembro de 2008. Essa revisão representou um aumento de 10,886 milhões de quilos ou 0,2% com relação aos dados preliminares de produção feitos no mês anterior.

A produção de leite por vaca em dezembro foi de 797,41 quilos, 13,15 quilos a mais do que em dezembro de 2008. O número de vacas leiteiras foi de 8,31 milhões de cabeças, 206 mil cabeças a menos que em dezembro de 2008.

Tabela 1. Produção de leite e número de vacas por mês nos 23 estados de maior produção nos EUA – 2008/20091

As informações são do USDA

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