Notícias 20.04.2010

Importações – Os números preliminares da média diária de abril de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 124,46% maiores que a média de março de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Preços/MT – Os preços do leite longa-vida nos supermercados de Cuiabá acumulam alta de 14,78% nos últimos 60 dias. Pesquisa realizada pelo Diário nas principais redes de supermercado mostra que os preços médios saíram de R$ 1,83 para R$ 2,15, apresentando variação de 17,48% no período. Literalmente, todas as marcas apresentam alta. Os supermercados não sabem explicar os motivos das altas, já que a pecuária leiteira está no período da safra, com as pastagens ainda em condições de oferecer uma boa produtividade ao produtor. O pecuarista e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Eduardo Alves Pereira, atribui a alta ao aumento dos custos de produção e à importação de leite. Os derivados do leite, como queijos, mussarelas e as bebidas lácteas (iogurtes) tiveram seus preços reduzidos. (Diário de Cuiabá/MT)

Preço/GO – Desde janeiro o consumidor amarga a alta de preços do leite em Goiânia. Menos de R$ 2,00 só em promoções, e dependendo da marca, a caixa pode passar dos R$ 2,50. O reajuste do leite pasteurizado nos três primeiros meses deste ano foi de 18,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Março foi o mês que teve o maior aumento, com 8,03%. Segundo o gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Edson Alves Novaes, o aumento ao produtor foi de 19% (saiu de R$ 0,57 para R$ 0,68 em março). “Essa recuperação sequer cobre as perdas que ele teve no ano passado, quando os preços caíram 26% entre julho (R$ 0,76) e dezembro (R$ 0,57)”, ressalta. (O Popular/GO)

Bom Gosto – Ao mesmo tempo em que alcançou o segundo lugar no ranking da Leite Brasil, com 1,224 bilhão de litros captados, alta de 26,7% sobre 2008, a gaúcha Bom Gosto encerrou 2009 com lucro líquido de R$ 51,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 86,2 milhões do exercício anterior. No mesmo período, as receitas mais que dobraram e no primeiro trimestre deste ano a empresa já vinha recebendo mais de 4 milhões de litros de leite por dia, um ritmo equivalente a quase 1,5 bilhão de litros por ano. Já o faturamento bruto da Bom Gosto avançou 108,3% em 2009 em comparação com 2008, para R$ 1,619 bilhão, enquanto a receita líquida subiu 105,2%, para R$ 1,431 bilhão. Para 2010, a empresa prevê receita bruta de R$ 2,2 bilhões e o início das exportações de leite em pó, condensado e queijos. (Valor Econômico)

GP Investimentos – Ao juntar sua controlada Leitbom com a Laep, dona da Parmalat, a GP Investimentos formou uma das maiores empresas do setor. Agora, precisa co locar em prática uma estratégia para ganhar dinheiro com o negócio. Juntas, Laep e Leitbom devem faturar cerca de 1,2 bilhão de reais em 2010. (Revista Exame)

Meio Ambiente – Novo relatório sobre a avaliação da emissão Gases de Efeito Estufa (GES, por sua sigla em francês) pelo setor leiteiro foi divulgado hoje pela FAO. Os números englobam toda a cadeia, desde a produção, transformação e transporte e até a carne produzida a partir do rebanho de leite. O valor foi de 4% de todas as emissões de gases do planeta. Retirando as emissões correspondentes à carne, levando em consideração apenas a produção de leite, o setor é responsável por 2,7% dos GES. A média mundial de GES por quilo de leite e derivados está estimada em 2,4 kg de carbono. O metano representa 52% das emissões, nos países de senvolvidos. O relatório estudou todos os sistemas de produção de leite, desde rebanhos nômades até a produção industrial. (FAO)

 

Negócios

Produtividade – O de leite no Brasil não é tão competitivo como a carne, e a produtividade chega a, no máximo, 1,7 mil litros por vaca a cada ano. Na Argentina é quase cinco mil. A constatação foi o ponto de partida para a criação da parceria, entre a Brasil Foods, a Embrapa e uma cooperativa do Paraná. O acordo foi anunciado oficialmente em uma reunião em São Paulo. A parceria vai usar a experiência de dois projetos: o Clube do Produtor de Leite, desenvolvido pela BRFoods, e o Balde Cheio, da Embrapa. Há 1,3 milhão de produtores de leite no Brasil, com média geral de produtividade de 250 litros/di a. Segundo os pesquisadores da Embrapa, com projetos como este é possível até triplicar esta média. — Mais de 90% dos municípios brasileiros tem no leite uma fonte de renda importante. São quatro milhões de pessoas envolvidas na cadeia do leite. (Canal Rural)

Supermercados/PR – O setor de supermercados do Paraná espera praticamente dobrar as vendas neste ano. A expectativa é de um crescimento de 10% a 11% para 2010 contra os 5,51% atingidos no ano passado. A previsão é inclusive superior a média nacional para a qual está estimado um crescimento de 8% a 9%. Segundo o presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Joanir Zonta, entre os motivos que podem levar a este resultado estão o aumento da geração de empregos e a elevação do salário mínimo regional do Estado. (Folha de Londrina)

Carrefour – O Carrefour irá investir cerca de US$ 64,2 milhões na Argentina em 2010, acres centando 23 novas lojas, às 185 já existentes. (Diario Financiero)

Setoriais

Milho – A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) trabalha com uma redução de 10% no plantio do milho safrinha no Paraná, como consequência dos baixos preços do produto e da falta de apoio do governo na sustentação do preço mínimo. ”Milho a R$ 17,30 a saca não dá para pagar os custos”, disse à esta coluna João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar. Diante dos baixos preços do milho e da soja, quem saiu favorecido é o produtor de aves e suínos. ”No caso da avicultura, há uma utilização muito expressiva de milho. Isto vai ajudar a diminuir o custo e melhorar a rentabilidade do produtor”, comenta o presidente da Ocepar. Há um bom número de produtores no Paraná que praticam as três atividades: milho, soja, aves ou suínos. Normalmente, quem trabalha com milho e soja, tem avicultura. E muitos produtores também produzem leite. (Folha de Londrina)

Insumos – As importações de adubos e fertilizantes somaram US$ 17 milhões por dia útil nas três primeiras semanas deste mês. Se esse ritmo for mantido até o final do mês, os gastos de abril superarão em 41% os de março e em 130% os de igual período do ano passado, segundo dados da Secex. (Folha de SP)

 

Economia

Balança – A balança comercial brasileira registrou déficit na terceira semana do mês, entre os dias 12 e 18. A diferença entre as exportações e as importações ficou negativa em US$ 108 milhões. As vendas externas do país somaram US$ 3,292 bilhões e compras, US$ 3,400 bilhões. Na média por dia útil as exportações registraram US$ 658,4 milhões e as importações, US$ 680 milhões. Com o resultado, o saldo acumulado no ano ficou em US$ 1,574 bilhão, com média por dia útil de US$ 21,9 milhões. Ambos os valores representam queda de 66,2% e 65,7% respectivamente na comparação com igual período de 2009. (Agência Brasil)

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,50% na segunda prévia de abril, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em igual período do mês passado, o indicador teve elevação de 0,91%. Teve impacto nesse abrandamento do ritmo de alta o comportamento dos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, saiu de 1,10% de avanço na segunda pesquisa de março para 0,38% no levantamento atual. Os produtos agropecuários deixaram acréscimo de 2,92% para 0,59% e os produtos industriais, de 0,52% para 0,32%. Dos três estágios do IPA, as Matérias -Primas Brutas declinaram 0,44% na segunda medição de abril. Bens Finais e Bens Intermediários, porém, registraram ampliação, de 0,57% e 0,72%, na ordem. (Valor Online)

 

Globalização e Mercosul

Intoxicação/China – Mais de 200 estudantes apresentaram sintomas de intoxicação depois de tomar leite no café da manhã da escola em duas cidades ao noroeste da China, informa o jornal China Daily. Mais de cem estudantes do ensino médio e fundamental em Mian começaram a vomitar e tiveram dores de estômago após beberem o leite e 27 foram hospitalizados. Em Ankang, quase cem alunos tiveram os mesmos sintomas. Vinte deles estão sendo tratados com medicação nas veias. O leite contaminado foi entregue às escolas pela empresa Shaanxi Renrengao Dairy, uma grande processadora e fornecedora de leite da região. Autoridades locais investigam o caso; os estudantes não correm riscos de morte, de acordo com o jornal. (R7 Notícias)

Comércio Agrícola – Produtores dos principais países exportadores de produtos agrícolas pediram, ontem, que seus governos cheguem rapidamente a um consenso nos termos de um novo acordo de livre comércio global. Os comentários dos agricultores foram feitos depois de uma reunião de ministros de Comércio do Grupo Cairns (GC), que envolve 19 nações exportadoras de produtos agrícolas, realizado no Uruguai. ”Os líderes produtores pedem aos ministros do GC que determinem rapidamente os meios para estabelecimento de um cenário de comércio agrícola mais justo e regulamentado”, afirmaram em pronunciamento conjunto. Eles se disseram ”frustrados” com o que chamam de falta de vontade política dos governos para chegar a um novo acordo de comércio. (Agência Estado)

A rgentina – Embora a maioria dos produtores esteja preocupada com os subsídios agrícolas e as barreiras comerciais em outros países, os argentinos – historicamente grandes exportadores de carne bovina, milho, soja e trigo – disseram que seus problemas são, em grande parte, domésticos. Eles reclamam do controle de preços e tarifas de exportação realizada pelo governo da Argentina. Um porta-voz do GC também demonstrou a decepção do grupo sobre o fracasso do mundo em chegar a um novo acordo de livre comércio. ”É claro que estamos decepcionados com o fracasso da Rodada Doha”, comentou o ministro de Comércio da Austrália, Simon Crean, nos bastidores do encontro de dois dias. Embora os 19 países do GC discutam sobre a Rodada Doha, sua agenda se restringe a assuntos do setor agrícola. (Agência Estado)

Vulcão – Se elas paralisam reatores e turbinas, as cinzas do vulcão islandês se infiltram igualmente na economia. Depois do transporte aéreo, o turismo é o setor mais afetado, num primeiro momento. Mas, se a interrupção do transporte perdurar, os estoques estarão esgotados, principalmente de alimentos e bens industriais. A produção começará a ser atingida e os preços também. A produção asiática ficará retida, e os japoneses ficarão sem o sushi, por falta de salmão norueguês. (Le Monde)

EUA: produção em março sobe 0,6% frente a 2009

A produção de leite nos 23 estados de maior produção dos Estados Unidos durante março de 2010 totalizou 6,965 bilhões de quilos, apresentando leve alta de 0,9% frente a fevereiro e de 0,6% em relação ao mesmo período no ano anterior, segundo dados do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (National Agricultural Statistics Service – NASS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção revisada de fevereiro de 2010 para os 23 estados foi de 6,196 milhões de toneladas, praticamente estável (-0,1%) frente a fevereiro de 2009.

A produção de leite por vaca em março foi de 837,3 quilos, 12,4% maior do que a produção revisada de fevereiro de 2010 (744,8 quilos). O número de vacas leiteiras foi de 8,320 milhões de cabeças, 162 mil cabeças a menos que em março de 2009, e quantidade praticamente estável se comparado a fevereiro de 2010, quando o rebanho nos 23 estados de maior produção totalizou 8,319 milhões de cabeças.

Tabela 1. Produção de leite e número de vacas por mês nos 23 estados de maior produção nos EUA – 2009/2010.

Gráfico 1. Produção total de leite nos Estados Unidos, em milhões de quilos.

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As informações foram divulgadas pelo USDA

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