Notícias 20.03.09

Audiência/RS – O ministro Reinhold Stephanes leva para Brasília uma carta do agronegócio com reivindicações dos setores de carnes, lácteos e grãos, entre as quais desoneração tributária, redução do preço do óleo diesel, liberação de crédito para capital de giro e revisão dos preços mínimos e das dívidas. O documento foi elaborado em audiência conjunta das comissões de Economia, Agricultura, Finanças e do Mercosul da Assembleia Legislativa com representantes de diversas entidades. (Correio do Povo/RS)

Leite/TO – A Superintendência Federal da Agricultura do Tocantins (SFA-TO) reuniu cerca de 30 proprietários de laticínios, para comunicá-los que a fiscalização no setor será reforçada. O encontro ocorreu na sede da SFA, em Palmas, e foi comandado pela chefe do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários (Sipag), Adriana Carla Floresta. Segundo Adriana, “o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem buscado meios para que seus fiscais possam atuar com mais precisão em termos de analises físico-químicas”. Ressaltou que agora a fiscalização será mais eficiente. “E caso alguma empresa esteja fora do padrão, ela entrará em regime especial de fiscalização e não poderá comercializar seu produto”, enfatizou. Ela ressalvou, no entanto, que Tocantins apresenta bons resultados nessa área e praticamente não existem fraudes no leite vendido no Estado. (O Popular/GO)

Integralat – A empresa Integralat, um empreendimento da Parmalat, quer estabelecer uma parceria com os assentados rurais. O objetivo é criar condições favoráveis para o aumento da produção leiteira, criando uma nova alternativa de renda para os pequenos produtores rurais. A proposta foi apresentada esta semana no Assentamento Itamarati. A idéia é aproveitar a mão-de-obra existente no Assentamento e, com isso, incrementar a produção de leite. O representante da Integralat, Carlos Enrique Ferraz, informou que a empresa possui 9 mil vacas disponíveis. Os animais seriam repassados aos pequenos produtores que pagariam com uma parte do leite produzido. Foi possível projetar uma produção de cerca de 100 mil litros de leite/dia, no município. A empresa estuda a criação de uma estrutura para efetuar a desidratação do produto. Desta forma Ponta Porã teria uma indústria de leite em pó com potencial para exportar. (AgoraMS)

Balança/Lácteos – Depois do resultado negativo de US$ 8,35 milhões, registrado em janeiro, a balança comercial brasileira de produtos lácteos voltou a apresentar saldo positivo, em fevereiro. Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve um superávit de US$ 7,6 milhões. O superávit comercial apresentado pelo setor de lácteos mostra alta de 191% em relação ao mês de janeiro. Quando comparado a fevereiro de 2008 – mês em que o saldo positivo foi de US$ 6,7 milhões – a alta é de 14%. O preço médio do leite em pó integral importado foi de US$ 2.169 a tonelada. (O Popular/GO)

Tendências – O preço das commodities do leite parece ter começado a recuperar. A Conaprole comemorou o aumento dos preços registrados no último leilão da Fonterra. “A novidade foi para nós um alívio, porque mostra que o mercado está disposto a pagar melhores preços”, disse o vice-presidente de Conaprole, Alvaro Lapido. Também o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou os valores do leite em pó mudando de tendência, tendo um aumento de 3% para o leite em pó integral e desnatado, em relação à quinzena anterior, indo para US$ 1.900 e US$ 1.800, respectivamente. No Chile a Nestlé dá meia volta, anunciando a redução de 60% das importações de leite para o Chile, priorizando o mercado nacional, dizendo que embora possa parecer contraproducente do ponto de vista comercial, é preciso ter uma visão de longo prazo, preservando seus fornecedores. (Cronista.com)

Negócios

Parceria – Os professores da Universidade Estadual do MS, Marcus Vinicius Morais de Oliveira (Coordenador da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite do Estado) e Andre Rozemberg Peixoto Simões (Coordenador do Programa RIO DE LEITE), vão nesta sexta feira (20/03/2009) à Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, para firmar parceria de transferência tecnológica. O objetivo da missão, que será acompanhada pela Secretaria de Estado de Produção e Turismo (SEPROTUR), é conhecer detalhadamente a metodologia de cálculo do preço de referência do leite pago ao produtor no Estado. Espera-se que com este contato, inicie-se o trabalho de cálculo do preço de referência do leite pago ao produtor rural no Mato Grosso do Sul. Esta ação faz parte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Câmara Setorial do Leite que tem como objetivo alavancar toda a cadeia produtiva de maneira sustentável. (AgoraMS)

Turismo Rural/NE – Começa o Programa Nacional de Turismo Rural no nordeste, com o objetivo de agregar valor e renda para agricultura familiar. O programa é desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), prefeituras municipais, sindicatos e associações de trabalhadores rurais. O investimento financeiro gira em torno de R$ 250 mil. A primeira atividade acontece no Rio Grande do Norte, no município de Sítio Novo, na região do agreste. O objetivo do Programa Turismo Rural na Agricultura familiar é promover a potencialidade turística de forma a melhorar a geração de renda da comunidade, por meio da comercialização dos produtos. Também abrange ações como: diagnóstico histórico geográfico e sócioculturais dos municípios; além de cursos, oficinas, seminários, caminhadas e intercâmbios intermunicipais e interestaduais. O projeto ainda tem como metas: diversificar a oferta turística, estruturar os destinos e qualificar o mercado de trabalho. (Nordeste Rural)

Wal-Mart – O Wal-Mart anunciou detalhes sobre o relançamento da sua marca própria Great Value, adiantando que os produtos irão chegar às lojas ainda este mês. A marca própria da Wal-Mart foi introduzida no mercado em 1993, abrangendo mais de 100 categorias, constituindo-se como a marca de alimentos com maior venda, tanto em volume como em valor. Com forte enfoque na qualidade, a Wal-Mart trabalhou com diversos fornecedores e unidades de análise, de modo a testar mais de 5.250 produtos contra as marcas líderes a nível nacional, com o objetivo de assegurar que a qualidade da Great Value fosse semelhante, ou melhor. Foram mais de 2.700 consumidores que testaram sabores, aromas, texturas, cores e apresentação de produtos. A companhia alterou as fórmulas de cerca de 750 deles, incluindo cereais, bolos, iogurtes, detergentes e guardanapos. Introduziu mais de 80 novos produtos, indo de pizzas, a caramelos, passando por iogurtes, entre outros. Andrea Thomas, vice-presidente para a marca própria da Wal-Mart, disse que: “Através deste relançamento, estamos oferecendo não só produtos de melhor qualidade aos nossos consumidores, como produtos que eles precisam a um preço compatível, ajudando-os a poupar e viver melhor”. As novas embalagens oferecem informação nutricional e fotografias mais atrativas. (Hipersuper)

Setoriais

Adubo – As entregas das misturadoras de fertilizantes às revendas do país somaram 1,39 milhão de toneladas em fevereiro, 3,5% mais que em janeiro, mas ainda 24,7% abaixo de fevereiro de 2007, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Na comparação entre fevereiro, a importação caiu 83,8% e a produção nacional recuou 26,7%. (Valor Econômico)

Safra/RN – Boas expectativas para a safra agrícola do Rio Grande do Norte em 2009. Em sua primeira estimativa do ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta um crescimento de 8,81% na área a ser colhida, na comparação com o ano passado e um acréscimo de 1,26% na produção em toneladas no estado. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a boa expectativa foi motivada pelas previsões de chuva dentro do normal para o RN. Mesmo assim, no campo, ainda há temores em relação aos alagamentos ocorridos em algumas regiões no ano passado. Com relação à área plantada em todo o estado (referente apenas a sete produtos), espera-se que o incremento seja de 21,32% em relação ao ano passado, totalizando mais de 197,8 mil hectares. No que se refere à produção, o acréscimo será de 29,45% com 33,3 mil toneladas colhidas. (Tribuna do Norte)

 

Economia

PIB – O governo reduziu para 2% a projeção do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. O parâmetro consta do decreto de programação orçamentária que está sendo apresentado neste momento pelo Ministério do Planejamento. O orçamento da União para 2009, aprovado pelo Congresso em dezembro de 2008 projetava expansão real de 3,5%. Entre os novos parâmetros macroeconômicos, o governo trabalha com taxa nominal de crescimento da massa salarial de 6,29%, a metade da taxa que estava no Orçamento, de 12,95%. A previsão para a cotação média do dólar neste ano avançou dos R$ 2,04 do projeto aprovado no Congresso para R$ 2,30 no decreto atual. Já a projeção para a taxa básica de juros Selic caiu de 13,57% para 10,80% anuais. O decreto de programação orçamentária também contempla um corte de R$ 21,6 bilhões nas despesas previstas para o ano. O valor é inferior aos R$ 37 bilhões contingenciados no início do ano. (Valor Online)

Globalização e Mercosul

Crescimento – “A taxa de crescimento do Brasil neste ano deve ficar ligeiramente acima da linha [superior a zero]”, disse Angel Gurría, secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), entidade com sede em Paris que reúne 30 das economias mais ricas do mundo. O número será divulgado no fim do mês e acompanha a percepção do mercado. Segundo a pesquisa Focus, do Banco Central, a economia brasileira deve crescer 0,59% neste ano, depois de avançar 5,1% em 2008. Apesar da projeção, Luiz de Mello, chefe da área que reúne Brasil, América do Sul e Indonésia no Departamento Econômico da OCDE, definiu o país como “mais bem preparado do que há cinco ou dez anos”. A OCDE também divulgou estudo que avalia os efeitos da globalização e o desempenho dos países emergentes. Nesse item, a organização faz severas críticas ao Brasil, sobretudo à lenta liberalização. (Folha de SP)

OCDE – No relatório, a OCDE analisa as políticas agrícolas dos sete países emergentes. No contexto de volatilidade do setor, África do Sul, Brasil, Chile, Índia, Ucrânia, China e Rússia adotaram medidas específicas para garantir o abastecimento de alimentos. “As medidas mais constantes foram redução dos direitos de importação de alimentos, ou impor obstáculos à exportação”, diz Andrzej Kwiecinski, coordenador do estudo, duvidando da eficácia das medidas. Critica a ajuda concedida aos agricultores com subvenções de sementes, defensivos, e outros recursos que estimulem e aumentem a produção. Recomenda aos governos desses países a desenvolver iniciativas mais liberais como seguros que cubram riscos econômicos, sanitários ou climáticos, incentivando os empresários a formular estratégias adaptadas a gestões de riscos. É adequado os países da OCDE dar lições aos países emergentes? Eles são os que mais usam de intervenção, e destinam 368 bilhões de dólares para sustentar suas agriculturas, ou seja, 5 vezes mais que os 7 países estudados. (Le Monde)

Argentina – Agricultores argentinos declaram que estão decididos a pressionar o Congresso nesta semana. Pretendem sensibilizar os parlamentares em relação aos efeitos das sobretaxas sobre as exportações de produtos agrícolas. A decisão de recorrer ao legislativo ocorre após obterem poucos avanços nas tentativas de romper um impasse com o governo que tem abalado o mercado de grãos. Os líderes dos quatro maiores grupos agrícolas da Argentina disseram que o governo ainda se recusa a reduzir os impostos de exportação sobre a soja, principal produto agrícola do país. O governo alega que esse tributo é uma fonte de receita num momento de desaceleração econômica global. Os agricultores decidiram então se voltar ao Congresso, marcando manifestações para a quinta-feira em frente à sede do Legislativo, para fazer um apelo aos parlamentares para que discutam um projeto de lei, de autoria de um legislador da oposição, que reduz a incidência de impostos sobre a soja, o milho e o trigo. (Gazeta Mercantil)

Produção/AR  – Produzir leite na Argentina continua complicado. Mudanças constantes e atrasos nos pagamentos são apenas alguns dos problemas. Depois das chuvas, trabalha-se arduamente para restabelecer as pastagens, e implantação de forragens de inverno, mas as chuvas foram poucas, e o resultado será lento. De outro lado há a necessidade de suplementar com grãos e concentrados. É um esforço muito importante em busca da eficiência e manutenção do faturamento para compensar a queda dos preços. Uma tentativa de não minar a estrutura, e que no caso de ser desmontada será muito difícil de reagir, dada as características da atividade leiteira. Atrasos e mudanças de datas de pagamento tornou-se um hábito nos últimos meses, revelando um claro abuso de poder econômico das indústrias, que o praticam e torna impossível o manejo adequado do fluxo de caixa e cumprimento de compromissos. Desta forma se transfere involuntariamente os problemas aos fornecedores. Vive-se com mais incertezas e desconfianças, e se agravam os efeitos de uma crise que começa a chegar aos lugares mais longínquos. Os produtores de leite movimentam o comércio do interior do país, e são responsáveis pelas economias locais. E, tudo tem limites, e estes já foram ultrapassados. É hora de exigir os prazos de pagamento imediatamente, e recuperar um mínimo de apego à formalidade e cumprimento dos compromissos. (Infortambo)

Chile – Apesar da crise, a confiança dos consumidores vem aumentando, ainda que se mantenham pessimistas. O Índice de Confiança dos Consumidores (ICC) chegou a 41,9 pontos, 3 pontos mais que no último trimestre de 2008. Esta é a 3ª alta consecutiva e vai de mãos dados com a queda da inflação. Sem dúvida ainda está longe dos 50 pontos que seriam necessários para sair do nível “pessimista”, mas está havendo melhores expectativas na situação do país. (Diario Financiero)

Varejo/USA – As vendas nos EUA em fevereiro registraram uma queda de 0,1% face ao mês anterior, informou o Departamento de Comércio do país. Mas, em relação ao mesmo mês do ano anterior, a queda foi acentuada: 8,6%. Em janeiro o varejo havia crescido 1,8% em relação a dezembro de 2008, depois de seis meses negros com sucessivas quedas. (Hipersuper)

USDA: Preços internacionais têm leve recuperação

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos na Oceania e no Oeste da Europa, entre 05 e 19 de março, mostram leve reajuste para a maioria dos produtos, comparados à quinzena anterior, exceto o óleo de manteiga, no Oeste da Europa, e a manteiga, na Oceania, cujos valores permaneceram estáveis.

Nas últimas três semanas, o mercado internacional vem dando sinais de estabilidade e, agora, já alguma recuperação. Os estoques de leite em pó da Nova Zelândia estão diminuindo, em consequência à queda de produção esperada para a época. O volume de produção dos Estados Unidos também recuou, sendo que o volume produzido em fevereiro foi 2,8% inferior em relação ao mesmo período de 2008, o que fez o USDA revisar para baixo a previsão para a produção de 2009.

Os preços futuros do leite Classe III, de acordo com o CME Group, estão subindo. Na sessão de quarta-feira (18), a média dos valores dos contratos para o segundo semestre foi de US$ 0,3267/quilo, o maior valor desde dezembro/08.

No Oeste da Europa, o leite em pó integral teve preço médio de US$ 2.287,5/t, com valores variando entre US$ 2.200/t e US$ 2.375/t, mostrando alta de 5,2% em relação à quinzena anterior. O preço médio do leite em pó desnatado (US$ 2.087,5/t) teve alta de 3,1% em relação à média da quinzena anterior, com valores entre US$ 1.950/t e US$ 2.225/t. Os valores para o soro de leite oscilaram entre US$ 475/t e US$ 575/t, média de US$ 525/t, alta de 5,0% em relação à quinzena anterior.

Na Oceania, os valores do leite em pó desnatado ficaram entre US$ 1.600/t e US$ 2.050/t, média de US$ 1.825/t, um acréscimo de 1,39% em relação à quinzena anterior. O preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 1.950/t, com valores entre US$ 1.700/t e US$ 2.200/t, alta de 2,63% em relação à ultima quinzena.

Os valores médios da manteiga foram de US$ 1.850/t na Oceania, estável em relação à quinzena anterior, e US$ 2.500/t no Oeste da Europa, alta de 1,5%. Na Oceania, o preço médio do queijo cheddar teve alta de 6,12% em relação à quinzena anterior, chegando ao preço médio de US$ 2.600/t, com valores entre US$ 2.300/t e US$ 2.900/t.

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

Avenida Celina Chaves Kroeff, s/n
Parque de Exposições, Quadra 19
93270-530 – Esteio/RS
secretaria@apilrs.com.br