Notícias 20.01.2011

Leite/PB – A produção leiteira paraibana vem crescendo e ganhando destaque. Segundo estimativas do SEBRAE, são 215 mil litros de leite de vaca/dia, captado por 35 usinas, que geram quatro mil empregos no meio rural. “A gente percebe que o produtor rural permanece mais na atividade e alguns estão até retornando, por conta da valorização do preço do leite”, diz Érica Albuquerque, do SEBRAE. Uma cooperativa da região do Cariri começou a atividade em 1997, com 20 produtores. Hoje capta leite de 1.000 deles, em 30 municípios. São 60 mil litros/dia, transformados em queijo, iogurte, manteiga e requeijão. Parte da produção integra o Programa Fome Zero do governo federal. Outra parte ainda é vendida nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. (ADLLink)

Leite de Cabra/PB – Cabe destacar ainda que na produção de leite de cabra, 18 mil litros por dia, a Paraíba ocupa o 1º lugar do Brasil. (ADLLink)

Bom Gosto – Aquisições da empresa de laticínios Bom Gosto foram aprovadas na sessão de ontem de julgamentos do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que retornou de recesso. Os conselheiros aprovaram as compras do laticínio Santa Rita, da Líder Alimentos e do Grupo Cedrense. Também foi aprovada a aquisição de alguns ativos da Parmalat no Brasil. Mas o Cade decidiu multar em R$ 1,46 milhão a empresa por comunicar com atraso a consolidação das operações. Procurada, a Bom Gosto não comentou a decisão. A fusão da Bom Gosto com a LeitBom, anunciada em dezembro, ainda não foi apreciada pelo Cade. (Folha de SP)

Perdas/R J – O governo do Rio de Janeiro espera ter até o final da semana um mapeamento dos prejuízos causados pelas inundações e deslizamentos de terra aos produtores rurais da região serrana. Com isso será possível estimar o volume de recursos necessário para recuperar o sistema produtivo da região, responsável por cerca de 50% da oferta de verduras e alguns legumes no Estado. Além da produção de verduras, a de leite também foi bastante afetada. Cerca de 500 mil a 1 milhão de litros de leite deixaram de ser comercializados nos últimos sete dias. (Agência Estado)

Seca/RS – A cidade de Aceguá, no Rio Grande do Sul, decretou situação de emergência por conta da estiagem. Com isso, sobe para 12 o número de municípios que enfrentam dificuldades com a seca, segundo informações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Candiota, Pedras Altas, Herval, Hulha Negra, Cerrito, Santana do Livramento, Lavras do Sul, Pedro Osório, Bagé, Pinheiro Machado e Piratini. A localidade de Dom Pedrito continua com Notificação Preliminar de Desastre (Nopred). A preocupação maior é com a falta d’água e com a saúde do gado. Em Pinheiro Machado, a prefeitura calcula perdas de 50% na produção de leite. As perdas na produção de leite na metade sul do Estado já ultrapassam os 40%, e o gado está emagrecendo. (e.Band)

Laticínios Halal – Há três anos, a empresa de laticínios Pic Nic obteve a certificação halal da Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal (Cibal Halal). Hoje, 100% da produção da companhia é realizada sob as regras islâmicas. São queijos, concentrados de soro, manteigas, requeijões e cremes de leite, sendo que 90% do total é vendido para grandes fabricantes de alimentos e 10% para o consumidor final. Agora, a meta da Pic Nic é começar a exportar. A empresa já está buscando a habilitação para vender para os países do Mercosul, mas sabe que a produção halal é uma porta ab erta para exportar aos árabes. (Agência de Notícias Brasil-Árabe)

Hipertensão – É possível prevenir a hipertensão, reduzir a tensão arterial e atenuar os outros fatores de risco em doenças cardiovasculares, praticando atividade física regular, consumindo bebidas alcoólicas com moderação e reduzindo o consumo de sal. Vários estudos, incluindo o estudo DASH – com sua dieta rica em frutas e legumes e contendo 3 porções de produtos lácteos por dia – demonstram também o papel benéfico do consumo suficiente de produtos lácteos no controle da pressão. (MdeMulher – Abril.com)

Leite Orgânico – Um novo estudo publicado no Journal of Dairy Science sugere que o leite orgânico dos supermercados pode oferecer um teor nutricional melhor que o leite convencional. Os pesquisadores da Universidade de Newcastle analisaram o teor nutricional de 22 marcas de leite em anos e estações diferentes. Eles constataram que o leite orgânico possuía concentrações mais elevadas de ácidos graxos benéficos à saúde, incluindo os ácidos graxos poliinsaturados e os ácidos graxos linoléicos. Os pesquisadores coletaram 12 marcas de leite convencional e 10 marcas de leite orgânico, entre janeiro de julho de dois anos diferentes. (DairyReporter)

 

Negócios

Supermercados/RS – A estiagem que afeta os municípios da Metade Sul do Estado e o excesso de chuva que provoca catástrofes climáticas no Sudeste não afetaram os preços da carne, do leite e dos hortifrutigranjeiros nos supermercados gaúchos. Segundo o gerente executivo da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Francisco Schmidt, o preço da carne tem subido desde setembro, mas “tende a estabilizar, pois o consumidor já está substituindo a carne de gado principalmente pela de frango”. Além disso, a região afetada pela estiagem responde, segundo ele, por cerca de 10% da produção de leite do RS. Mesmo ocorrendo uma quebra de 50%, o preço do produto não seria afetado. A Agas também considera que as altas pontuais verificadas no preço dos hortifrutigranjeiros são normais. (Correio do Povo/RS)

Tirolez – Buscando acompanhar o crescimento do mercado alimentício, a Tirolez Queijos lança a Manteiga Tirolez, que vem em potes de 200 e 500g revestidos com filme plástico impresso (sleeve). Ainda, segundo a empresa, a embalagem é 100% reciclável, seu material é mais resistente e não possui eletrostática, algo que provocaria o acúmulo de poeira em sua superfície externa, ou seja, o pote se mantém sempre limpo. (Brasil Alimentos)

Duvale – No mercado desde julho de 2008, o Laticínio Duvale, de Paulo Afonso, gera 12 empregos diretos e 20 indiretos. Busca aprimorar o processo de beneficiamento dos 190.000 litros de leite/mês que capta em sua fábrica. Nos últimos anos vem aumentando a produção de queijos de qualidade, mussarela e coalho, como também leite pasteurizado e iogurte nos sabores morango, frutas e ameixa de 200, 500 e 950g. 40% da produção vai para o mercado local, e os 60% restantes são comercializados para outros municípios da região. Um dos fatores que muito tem contribuído para a aceitação dos produtos Duvale é o preço, em media 20% mais barato. Outro fator é a matéria prima. O leite é fornecido pela fazenda Baixa, no município de Gloria-BA, considerado pelos laboratórios de leite do estado como um dos melhores da Bahia. (PANotícias)

Búfalos – Os búfalos se apresentam como uma das alternativas do sistema de produção de carne e leite existentes no Brasil. O grupo de pesquisa UNESP-Botucatu-Búfalo trabalha há aproximadamente quinze anos com a linha de pesquisa “Produção de Búfalo – carne e leite” e tem procurado consolidar o búfalo como opção real. Para divulgar os trabalhos, será realizado entre os dias 7 e 9 de abril, o II SIMPÓSIO DA CADEIA PRODUTIVA DE BUBALINOCULTURA, na Fazenda Experimental Lageado da Faculdade de Ciências Agronômicas / Unesp – Campus de Botucatu-SP. (Unesp)

 

Setoriais

Estiagem/RS – O chefe de gabinete da prefeitura de Aceguá, Maurício Porto, disse que de acordo com dados da Emater e da cooperativa Camal as perdas no município chegam a R$ 10 milhões. O percentual de queda nas produções está em 15% do sorgo, 20% da soja, 35% do leite e 10% da pecuária de corte. Na segunda-feira o prefeito Gerhard Martens deve ir ao Ministério da Integração Nacional, em Brasília, solicitar recursos para sanar o problema da falta de água. (Jornal do Comércio)

Agronegócio/SP – As exportações do agronegócio de São Paulo em 2010 somaram US$ 20,20 bilhões, desempenho que representa um crescimento de 27,02% em comparação ao ano anterior. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura do Estado, as importações do agronegócio paulista aumentaram 27,9% para US$ 8,06 bilhões, fazendo com que a balança comercial do setor registrass e um superávit de US$ 12,14 bilhões, com crescimento de 26,5%. (Valor Econômico)

Milho – Atentos de que parte da área plantada com soja na safra verão será semeada com milho transgênico o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta os produtores da necessidade de obedecer a Resolução Normativa nº 04/2007 da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Esta prevê uma distância mínima obrigatória para a coexistência entre lavouras transgênicas e convencional. O assessor técnico para a área de grãos da Faeg, Leonardo Machado, explica que o espaço entre lavoura convencional e transgênica deve ser igual ou superior a 100 metros. Machado avisa também que o Mapa deve intensificar a fiscalização e o produtor pode ser multado. (FAEG)

Soja/Argentina – A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimou a colheita de soja da Argentina, em 47 milhões de toneladas, devido à seca. As preocupações com a possibilidade de quebra da safra argentina pressionaram os preços futuros da soja, nos Estados Unidos. A revista alemã Oil World diz que “a menos que melhorem bastante as condições, é cada vez mais provável que a colheita de soja da Argentina fique abaixo de 46 milhões de toneladas.” Mesmo com prognósticos de precipitações nas zonas produtoras, a Oil World advertiu de que seriam necessárias chuvas abundantes para reverter o quadro. (La Opinion – Tradução Livre: Terra Viva)

Milho/China – No final de 2010 o governo chinês considerava a possibilidade de importar milhões de toneladas de milho, mas fontes da indústria disseram que a ideia foi abandonada. A compra estaria relacionada à inflação dos alimentos na China, mas, os altos preços do milho no exterior, levaram Pequim a descartar a iniciativa. Os preços do milho nos Estados Unidos na semana passada atingiram o maior valor em 30 meses, principalmente depois que o Departamento Americano de Agricultura (Usda) reviu para baixo o nível dos estoques. (La Opinion)

Economia

Selic – O Banco Central aumentou ontem a taxa básica de juros (Selic) de 10,75% para 11,25% ao ano, na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) no governo Dilma Rousseff. A alta era esperada pela maior parte do mercado e dá continuidade ao trabalho iniciado em 2010 pelo governo para frear o consumo e segurar a inflação. (Folha de SP)

 

Globalização e Mercosul

PIB/Alemanha – O governo da Alemanha revisou para cima sua projeção de crescimento econômico em 2011, preve ndo uma expansão consideravelmente mais robusta que a estimada em outubro do ano passado. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumente 2,3%, ante 1,8% previsto anteriormente. Em 2010, a economia alemã apresentou o maior ritmo de crescimento desde a reunificação, ocorrida em 1990, com seu PIB se expandindo 3,6%. (NewsComex)

PIB/China – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China acelerou inesperadamente no quarto trimestre, a despeito de uma série de medidas de aperto tomadas por Pequim, e a inflação declinou em dezembro graças à moderação nos preços dos alimentos. O PIB chinês cresceu 9,8% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2009, acima da taxa de 9,6% apurada no terceiro trimestre, informou o Escritório Nacional de Estatísticas. O resultado também ficou significativamente acima das expectativas dos economistas, que previam aumento de 9,2%. No acumulado de 2010, o PIB da China cres ceu 10,3%, acima da expansão de 9,2% verificada em 2009. (Agência Estado)

Varejo/China – As vendas no varejo chinês aumentaram 18,4% em 2010, totalizando 15,455 trilhões de yuans (US$ 2,34 trilhões), segundo a agência estatal de notícias chinesa Xinhua. Descontada a inflação, o crescimento foi de 14,8%. O índice de preços ao consumidor chinês subiu 3,3% em 2010. As vendas de bens no varejo urbano subiram 18,8%, para 13,369 trilhões de yuans, enquanto o comércio em áreas rurais teve elevação de 16,1%, para 2,087 trilhões de yuans. (Valor Online)

Conseleite/PR projeta recuo de R$ 0,02 para janeiro

Segundo dados do Conseleite do Paraná, o preço de referência do leite padrão projetado para janeiro (pago em fevereiro) mostra reajuste negativo de 3,2%, com valor de R$ 0,6416/litro para o produto Posto Propriedade*, uma baixa de R$ 0,0214 por litro em relação à média obtida no mês anterior (R$ 0,6630/litro). Trata-se de uma nova projeção baixista do Conseleite.

Os preços de referência do leite acima do padrão e abaixo do padrão projetados para janeiro apresentaram variação similar a do leite padrão, sendo valorados em R$ 0,7378/litro e R$ 0,5833/litro, respectivamente, para o produto Posto Propriedade*.

Tabela 1. Valores projetados de referência da matéria-prima (leite) para janeiro e valores finais de referência da matéria-prima (leite) de dezembro, em reais por litro.

*Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está inclusa a CESSR (ex-Funrural) de 2,3% a ser descontada do produtor rural.

Segundo Ronei Volpi, presidente do Conseleite, “a tendência é de que teremos um bom ano em relação aos preços ao produtor. A projeção de queda para janeiro se deu exclusivamente pelo grande recuo nos preços dos queijos, mesmo com a produção na região sinalizando queda a partir da 1ª quinzena de janeiro”.

As informações são do Conseleite, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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