Notícias 20.01.09

Importações – Os números preliminares da média diária de janeiro de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 60,25% maiores que a média de dezembro de 2008. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Preço – O Conseleite divulgou ontem o preço de referência do litro do leite padrão entregue em janeiro, R$ 0,5583, R$ 0,0013 acima do valor do produto entregue em dezembro. O diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que não há balanço dos efeitos da estiagem. Mas comentou que os reflexos devem ser notados na entressafra, quando os animais seriam alimentados com a produção de milho. (Correio do Povo/RS)

Roquefort – Os Estados Unidos decidiram triplicar a taxa sobre a importação do queijo francês Roquefort, em resposta à recusa da União Européia de suspender a proibição da entrada de carne bovina americana com hormônios, em vigor há 10 anos. De acordo com o ministério da agricultura francês, recentes estudos mostraram que o oestradiol representa risco para a alimentação humana. A França espera o início da administração Obama para negociar a flexibilização da medida. Os produtores penalizados com a medida exportam 2% de sua produção aos Estados Unidos. (Le Figaro/França )

Comércio – A Venezuela importou da Argentina perto de 50 mil toneladas de leite em pó em 2008, convertendo-se no principal comprador de lácteos argentinos (45%), segundo balanço do Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (Senasa). A maior parte foi realizada pela SanCor, seguida pela Williner, Nestlé, Manfrey, La Sibila e Verônica. O preço máximo em novembro foi de US$ 3.214 para as 882 toneladas, em embalagens de 25 kg, enviadas pela SanCor. Graças a esse aporte venezuelano, e em menor medida ao Brasil, as exportações argentinas de lácteos não entraram em colapso. (Sector Inteligente/Infortambo)

Lácteos UE – As entregas de leite na UE-27 durante os 8 primeiros meses da campanha 2008/2009 (março a outubro) subiram 0,2% mesmo tendo caído 0,1% em outubro, em relação a outubro de 2007. O Conselho de Ministros de Agricultura da União Européia aprovaram as medidas de intervenção para o setor lácteo, restabelecendo as restituições à exportação de leite e de determinados queijos e as compras de intervenção de leite em pó e manteiga, para absorver os excedentes. (Agrodigital/UE)

Uruguai – O reflexo da crise financeira internacional e a seca que afeta o Uruguai repercute com tal intensidade no setor leiteiro que já começaram a fechar as propriedades produtores por falta de água, disse o diretor da Conaprole, Wilson Cabrera. Isso nunca se viu. A projeção para o outono, diante dessa situação, é de pouco leite. As cooperativas estão avaliando a quantidade de leite que receberão e farão produtos com maior valor agregado para poder pagar melhor ao produtor. As consequências das crises, tanto financeira como por efeito da seca está sendo paga pelos produtores. Na indústria acomodamos margens, tratamos de ser mais eficientes. Diante dessa conjuntura, a Conaprole elaborou um plano de fechamento temporário de fábricas de forma a salvaguardar a viabilidade econômica da cooperativa. (Observa/Uruguai)

Negócios

Sorvetes  – Do Ceará para outros estados do Nordeste. Em 2009, com a migração para novos mercados como Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, os produtores cearenses de sorvete devem continuar apostando em mais qualificação, ampliação de investimentos — seja em unidades fabris, como em lançamentos de produtos e publicidade — e, sobretudo, darão continuidade à Central de Negócios fundada em 2008, por 22 empresas do setor. ´Após a criação da Central, o setor conseguiu barganhar descontos de até R$ 150 mil para a compra de leite. Para este ano que chega, com a adesão de mais empresas, devemos dobrar esse valor´, projeta o presidente do Sindicato das Indústrias de Sorvetes do Estado do Ceará (Sindsorvetes), Roberto Botão de Aquino. Outra meta conforme o Sindisorvetes, é dar continuidade à política de incentivo ao consumo dos produtos. ´É um alimento rico em cálcio e em vitaminas do Complexo B, muito importantes para crianças e para a terceira idade´, argumenta o titular da entidade. Com a melhoria no poder de compra das classes socioeconômicas mais baixas, diversificar as linhas e os preços também pode ser uma boa aposta para ganhar novos públicos. Segundo o presidente do Sindisorvetes, o ano que passou foi um marco para os fabricantes, que incluíram em sua lista de prioridades capacitações de seus funcionários e assessorias para os cálculos de custos e preços. Hoje, respondemos por 65% desse consumo´, salienta o empresário. (Diário do Nordeste/CE)

Consumo  – A Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis) registra, no período entre setembro e março, o consumo de 70% dos mais de 900 milhões de litros produzidos anualmente pelas empresas nacionais, incluindo sorvetes de massa, picolés e o sorvete “soft”. As previsões para os próximos dez anos são otimistas: investimentos vêm sendo feitos na expansão das empresas e na importação de maquinário. Apesar do alto consumo no verão, os números podem crescer muito, principalmente se comparados aos de outros países. O brasileiro consome em média 4,7 litros anuais, menos de um terço do consumo per capita em alguns países nórdicos, como a Dinamarca e a Finlândia. Segundo Eduardo Weisberg, presidente da Abis, a causa dessa diferença de consumo nestes países é cultural. “Os brasileiros são educados a acreditar que tomar sorvete no inverno faz mal, provoca gripes e resfriados. Para mudar esta realidade e movimentar ainda mais o setor, a Abis tem trabalhado na conscientização popular de que o sorvete não é apenas uma guloseima, mas sim um alimento nutritivo e que pode fazer parte do cardápio do dia-a-dia do brasileiro. (Diário do Nordeste/CE)

 

Setoriais

Soja – Foi dada a largada para a colheita de soja da safra 2008/2009 na região norte do Mato Grosso. Apesar das diferenças de calendário e dos problemas durante o plantio, (chuvas, falta de financiamentos e preços de adubos), a safra promete dar bons resultados. É que mesmo os três mil hectares colhidos até hoje em Sinop já mostraram boa produtividade, 55 sacas de soja por hectare. De acordo com Antônio Galvan, presidente do Sindicato Rural do município, “Não podemos nos queixar disso. Estamos com um revezamento entre dois e três dias de sol e um de chuva que tem sido excelente para a cultura. Se continuar assim teremos ótima produção”, comemora. (Diário de Cuiabá)

Seguro rural – O projeto de subvenção ao prêmio do seguro rural no Estado de São Paulo bateu recordes de pagamentos e participações. No ciclo agrícola de julho de 2007 a julho de 2008 foram 2.717 subvenções, totalizando R$ 2,63 milhões. O segundo semestre de 2008 totalizou 5.013 subvenções com R$ 7 milhões pagos ao agricultor. Outros 2 mil pedidos com recursos de até R$ 2,8 milhões estão em análise. (Valor Econômico)

Milho – O Brasil exportou 6,37 milhões de toneladas de milho no ano passado, 42% menos do que em 2007, segundo a Secex. Já as receitas, com a elevação média dos preços internacionais, recuaram apenas 29,8%. Os preços médios do milho sustentaram as receitas em 2008, diz a Céleres. Os negócios ficaram em US$ 167,2 por tonelada, 30% a mais do quem em 2007. Com isso, as receitas somaram US$ 1,32 bilhão. (Folha de SP)

Fertilizantes – A crise de crédito que golpeou o agronegócio brasileiro no último trimestre de 2008 deixou sua marca sobre a demanda por fertilizantes no país. Com a freada das vendas do insumo a partir de meados de setembro, aprofundada pelos preços ainda elevados de então, as entregas das misturadoras (fabricantes de produtos finais como Bunge, Mosaic, Yara e Heringer) às revendas confirmaram as expectativas e fecharam o ano em 22,429 milhões de toneladas, 8,9% menos que em 2007, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). A principal preocupação do segmento, os estoques de passagem ficou em torno de 6 milhões de toneladas, duas vezes superior à média dos últimos 15 anos. Eduardo Daher, diretor-executivo da Anda, afirma que qualquer projeção para 2009 é prematura, mas que um empate, em volume, com 2008 já será uma vitória. (Valor Econômico)

Demanda – As commodities agrícolas devem apresentar forte desempenho em 2009, com os preços se recuperando das perdas acentuadas dos últimos meses. A demanda se mostra firme, apesar da desaceleração econômica, disse o Commerzbank ontem. O Commerzbank disse que o milho é a commodity que deve se sair melhor, subindo cerca de 50% até o final do ano, para US$ 6 por bushel. “A economia começará a melhorar durante o ano e os preços do petróleo subirão”, segundo o relatório. O grão é amplamente usado nos EUA na fabricação de álcool. A soja deve subir quase 20%, para US$ 12 por bushel. (Folha de SP)

 

Economia

Emprego – O campo teve a segunda maior redução de vagas no mercado de trabalho em dezembro. É a maior queda dos últimos seis anos. No acumulado de 2008 foram geradas mais de 18 mil vagas. O balanço do Ministério do Trabalho mostrou que em todo o Brasil, a queda na geração de empregos foi de 2,11% no último mês de 2008. Em relação a novembro houve uma redução de aproximadamente 654,95 mil postos. O primeiro lugar ficou com a indústria de transformação, com menos 273,24 mil vagas. A agricultura aparece em segundo, com uma queda 134,48 postos, baixa de 8,14%. Tradicionalmente o mês de dezembro apresenta números negativos, mas segundo o Ministério do Trabalho, o aumento em 2008 é um efeito da crise financeira internacional. (Canal Rural)

Globalização e Mercosul

Seca/AR – O Governador de Entre Rios declarou região de calamidade agropecuária, enquadrando o território na lei de desastre e emergência. A seca severa por que atravessa a província é inédita e convocou os representantes do campo a retomarem os trabalhos conjuntos para encontrar soluções para a situação. Apesar disso, os produtores de leite asseguram que a capacidade produtiva ainda está intacta. O decreto terá validade até 30 de junho, e abrange os cultivos de soja, sorgo e milho, da safra 2208/2009. (Ambito.com/Argentina)

China – Mesmo com a crise na economia mundial, a China pretende aumentar a importação de produtos brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se reuniram nesta segunda, dia 19, com o ministro chinês de negócios estrangeiros para tratar do assunto. Em 2008, a balança comercial Brasil-China fechou com déficit brasileiro em torno de R$ 4 bilhões. O ministro chinês afirmou que além da importação, a idéia é aumentar também investimentos e a cooperação técnica nas áreas financeira e tecnológica. Ele afirmou ainda que o pacote de US$ 500 bilhões lançado pela China contra os efeitos da crise mundial abre oportunidades para aumentar as exportações para aquele país, que devem crescer 9% neste ano. (Canal Rural)

Argentina – A Mutual SanCor Salud reuniu projetos isolados para formar um corredor turístico Lácteo-Cultural abrangendo as províncias de Santa Fé, Córdoba e Santiago del Estero. Disponibilizados em mercados varejistas e agências de viagens, os roteiros com visitas a museus, igrejas e lugares históricos, incluirá criações de animais, processos de ordenha e industrialização de leite, passeios à reserva natural de Laguna Mar Chiquita e banhados do Rio Dulce, tudo acompanhado com pratos típicos de cada lugar. (Informtambo/Argentina)

Orgânicos – Ainda é um paradoxo. Quatro entre cinco famílias asseguram que se preocupam em preservar os recursos do planeta, segundo estudo do TNS Worldpanel. No entanto, apenas 1,7% do orçamento é destinado à compra de produtos orgânicos, verdes ou saudáveis. Os preferidos são: ovos, leite, iogurtes, chás, mas também produtos de beleza e hidratantes para o corpo. “Os preços são altos, diz Claire Diemer da TNS. Em um contexto de baixo poder aquisitivo e crise econômica, os franceses não se sentem inclinados a comprá-los, mesmo que o queiram.” O importante foi mostrar que os “biocidadãos”, são famílias que possuem crianças e jovens casais com renda alta. (Le Figaro/França)

Fair Milk – A exemplo que ocorre na Áustria, o selo colocado nos produtos lácteos, garantindo que o leite foi pago cobrindo o custo de produção, a entidade representativa dos produtores da comunidade européia, EMB (European Milk Board) disse que o mesmo sistema deverá ser implantado nos países membros da União Européia. Produtores denunciam que em algumas regiões os preços estão sendo pagos abaixo dos 30 centavos de euros, que custa produzir. (DairyReporter.com/UE)

O Conseleite/RS divulgou ontem (19) o preço de referência do litro do leite padrão entregue em janeiro, R$ 0,5583 – uma leva alta de R$ 0,0013 em relação ao valor do produto entregue em dezembro.

O diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que não há balanço dos efeitos da estiagem, mas comentou que os reflexos devem ser notados na entressafra, quando os animais seriam alimentados com a produção de milho.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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