Notícias 1º.10.09

Preços  – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro a setembro de 2009, e igual período de 2008, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil.

 

 

Preços  – Em setembro, o preço do leite pago ao produtor caiu 3,2 centavos por litro, ou 4,1%, na média do RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA, conforme levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No pagamento de setembro, referente à produção de agosto, a média ponderada foi de R$ 0,7426/litro, valor bruto. A fundamentação para as quedas está no aumento do volume do leite recebido pelas empresas e nas fortes desvalorizações de derivados no segmento atacadista. As maiores quedas foram registradas na região Sul do País e no Rio de Janeiro, onde o recuo foi de 8 centavos/litro. A desvalorização mais acentuada no Sul ocorreu no Paraná, onde o valor pago pelo litro caiu 7,3 centavos, indo para R$ 0,7227. Em Santa Catarina, a média foi reduzida em 6,4 centavos/litro, fechando em R$ 0,6905; no Rio Grande do Sul, com 3,7 centavos a menos, o preço médio foi de R$ 0,7136/litro. (Cepea)

Minas Leite – Até o final do ano vai subir para 390 o número de fazendas que contam com a assistência do programa Minas Leite. As propriedades são beneficiadas por ações de modernização que alcançam também os demais segmentos da cadeia produtiva do leite cadastrados no programa. Com apoio tecnológico de baixo custo, os produtores têm condições de aumentar a produtividade e melhorar a renda, oferecendo um produto de qualidade. No ano passado, eram 144 fazendas cadastradas. “O trabalho para a inclusão de novas propriedades continua, e a meta para o próximo ano é contar com 500 unidades sob assistência”, informa o coordenador do programa, Rodrigo Puccini Venturin, e “a projeção para 2011 é de mil fazendas cadastradas”. Em 2009, a adesão foi de fazendas localizadas nos municípios de Almenara, Guanhães e São Francisco. Lançado em setembro de 2007, o Minas Leite teve como piloto o município de Curvelo e depois alcançou Montes Claros, Patos de Minas, Alfenas e Juiz de Fora. (Secretaria de Estado de Governo/MG)

Produção/MG – A produção média de leite, por animal, nessas regiões, antes do Minas Leite, ficava em torno de 4,6 litros/dia. Com o acompanhamento técnico, passou para 7,2 litros/dia e atualmente é da ordem de 8,2 litros/dia. Minas Gerais tem o maior rebanho leiteiro do país, composto por 7,2 milhões de vacas. O Estado é o maior produtor nacional de leite, com 7,8 bilhões de litros/ano, totalizando um terço de toda a produção do Brasil. Lidera a produção o Sul de Minas, com 18%, e a região Central, com 16% do volume. A atividade leiteira no Estado apresenta também um importante papel social, respondendo por cerca de 1,2 milhão de empregos. Mais de 70% dos produtores são de pequeno porte, com a retirada abaixo de 100 litros por dia. Os integrantes desse grupo podem se cadastrar no Minas Leite, nas unidades da Emater-MG, devendo comprovar a sua condição de agricultores familiares. (Secretaria de Estado de Governo/MG)

 

Negócios

Agrotecnoleite – O Rural Eventos vai debater as perspectivas da produção leiteira no Brasil nesta quinta, dia 1º, a partir das 14h. O cenário para a discussão será a cidade gaúcha de Passo Fundo, onde ocorre, até sexta, dia 2, a Agrotecnoleite 2009. O Fórum Rural: Perspectivas do Mercado Leiteiro terá a participação de especialistas do setor e será transmitido, ao vivo, no Canal Rural. Participam o comentarista do Canal Rural Miguel Daud; o presidente do grupo Bom Gosto, Wilson Zanatta; o pesquisador da Embrapa Trigo e professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), Renato Serena Fontanelli; e o médico veterinário, professor do curso de medicina veterinária da UPF e responsável pelo Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (SARLE), Carlos Bondan. (Canal Rural)

Itambé – Apesar da intensa movimentação no setor de alimentos, a Itambé mantém a estratégia de crescer de forma orgânica. Devido à informalidade, a empresa deixou de atuar no segmento de queijos, como muzzarela e prato, mas hoje estuda reativar a fábrica de Piracanjuba ou construir uma nova unidade no Estado do Paraná. A companhia tem planos de abrir no ano que vem uma unidade de produção de leite longa vida em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para produzir 300 mil litros por dia, e atender o mercado de São Paulo e a região Sul. A companhia mantém suspenso o projeto de quase duplicação da fábrica de leite em pó de Uberlândia, cujo aumento de capacidade seria voltado quase que exclusivamente à exportação. Mas, prevê dobrar a capacidade de leite da fábrica de Pará de Minas, para 600 mil litros diários. A Itambé tem, atualmente, capacidade para produzir 4,5 milhões de litros de leite por dia, mas sua produção atual está na casa dos três milhões de litros. Diante dessa capacidade ociosa, a empresa não vislumbra realizar aquisições. (Bolsa de Gêneros Alimentícios – BDA/RJ)

 

Setoriais

Soja – A cultura da soja foi a que mais se expandiu no país na última década. Com um aumento de 88,8% na produção, foram produzidos, em 2006, 40,7 milhões de toneladas, em 15,6 milhões de hectares. A área colhida teve aumento de 69,3%. Ao todo, a produção de soja gerou R$ 17,1 bilhões para a economia brasileira. O grão foi cultivado em quase 216 mil propriedades, localizadas principalmente no Centro-Oeste. Esse cenário confirma o avanço da fronteira agrícola sobre a região, impulsionado pelo deslocamento de produtores rurais vindos, na maioria, do Sul, em busca de terras com preços mais acessíveis. Com isso, o estado de Mato Grosso se tornou o maior produtor nacional de soja (10,7 milhões de toneladas), o que representou 26,2% da produção nacional no ano de 2006. Os dados foram apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte do Censo Agropecuário 2006. (Agência Brasil)

Censo – A agricultura familiar tem forte peso na cesta básica dos brasileiros, segundo revela o Censo Agropecuário do IBGE. Dos 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários do País, 4,4 milhões, ou 84%, eram desse tipo. Para o secretário executivo e ministro interino do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Daniel Maia, isso é motivo de comemoração. “Há um conjunto de ações que garantem segurança e estabilidade para o produtor, como o Pronaf (Plano Safra da Agricultura Familiar) e a Previdência Rural. Antes, os produtores migravam para a cidade e agora podem ficar no campo.”O alcance da agricultura familiar na produção de algumas culturas brasileiras impressiona. Esse tipo de exploração da terra foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos. No entanto, a área média dos estabelecimentos familiares (18,37 hectares) é muito inferior a dos não familiares (309,18 hectares). (O Estado de SP)

Transgênicos – Cientistas do Brasil, Colômbia, Costa Rica e Peru vão desenvolver pesquisas conjuntas para proteger o meio ambiente de efeitos negativos da produção de alimentos transgênicos. Serão liberados US$ 5 milhões do Fundo Internacional da Convenção da Diversidade Biológica para a realização dos estudos. A troca de experiências entre os pesquisadores dos quatro países visa, principalmente, a assegurar a liberação de produtos geneticamente modificados de forma segura para o meio ambiente, que não comprometa as variedades convencionais. O coordenador geral do projeto, William Roca, lembra que os países envolvidos têm uma grande biodiversidade que precisa ser preservada. Os estudos transgênicos vão priorizar as análises da batata, milho e algodão, quanto à mandioca que é nativa do Brasil, as pesquisas estarão voltadas para a proteção das variedades silvestres. (Canal Rural)

 

Economia

IPC-S – A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou ligeiramente em setembro, refletindo uma reversão dos custos dos alimentos, que passaram a cair. O indicador subiu 0,18% em setembro, ante elevação de 0,20% em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quinta-feira. Os preços do grupo Alimentação caíram 0,11% em setembro, ante alta de 0,40% em agosto. O arrefecimento decorreu de menores elevações nos custos de Frutas e Hortaliças e legumes. As maiores quedas individuais de preços em setembro foram todas de alimentos: leite longa vida, cenoura, melancia, melão e banana prata. As principais altas foram de limão, gás de butijão, batata-inglesa, mamão papaia e açúcar refinado. (Reuters)

 

Globalização e Mercosul

FMI – A economia brasileira está encolhendo 0,7% neste ano e crescerá 3,5% no próximo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). As duas projeções são mais favoráveis que as divulgadas em julho, quando se estimava uma contração de 1,3% em 2009 e se previa um crescimento de 2,5% em 2010. A recessão global está acabando, segundo o Panorama Econômico Mundial. Mas o tom de otimismo é logo moderado por uma advertência: a recuperação atual é fraca, o crédito continuará restrito e haverá desemprego ainda por um bom tempo. A reação tem sido puxada pelo vigoroso desempenho das economias da Ásia e pela estabilização ou modesto crescimento noutras áreas, observam os autores do relatório. Pelas novas contas, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve diminuir 1,1%, em 2009, e aumentar 3,1%, no próximo. Esses números ocultam, no entanto, amplas diferenças entre as condições dos países mais desenvolvidos e as dos demais. A produção das economias mais avançadas deve diminuir 3,4% antes de passar a uma expansão de apenas 1,3%, em 2010. (Agência Estado)

Aquecimento Global – Multinacionais do setor lácteos, dentre elas Fonterra, Nestlé, Tetra Pak, De Laval e CampinaFriesland, estarão trabalhando em conjunto para enfrentar as alterações climáticas. A Fonterra desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da Agenda Global do Leite para as alterações climáticas, assinada recentemente na Cúpula Mundial de Lácteos em Berlim. A Agenda destaca o empenho da indústria do setor lácteo para enfrentar as alterações climáticas. E, chama a atenção para que as decisões políticas, ao regulamentar o setor, não comprometam o bem-estar nutricional e social. Na Nova Zelândia a Fonterra incentiva os produtores a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, bem como investe em pesquisas que ofereçam soluções. Enquanto na Agenda Global o aproveitamento do metano deve ser implantado até 2015, a Fonterra e os produtores, neozelandeses, já estarão utilizando quantidades significativas do gás, na produção de eletricidade e combustível, até julho do ano que vem. (Rural News)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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