Notícias 18.10.2010

Relat – O cavalinho branco da Renner, marca tradicional de tintas no Brasil, agora leva a cor do leite para somar-se ao pólo de produção leiteira que cresce a cada ano no norte do Rio Grande do Sul. A primeira unidade do Laticínios Renner (Relat), em Estação (RS) que vai produzir soro de leite em pó, será inaugurada amanhã. O investimento de R$ 30 milhões está assentado em um terreno de 150 mil metros quadrados, com 6 mil de área construída. A torre de secagem de 30 metros de altura e equipamentos de última geração importados da Itália estão em teste para iniciar o beneficiamento de 1,2 milhão de litros de soro de leite por dia. A Relat vai gerar cem empregos diretos e outros cem indiretos quando estiver em pleno funcionamento e vai movimentar a economia do município de 6 mil habitantes. (Zero Hora)

< b>Soro – O soro do leite em pó será utilizado como insumo na fabricação de alimentos, como pães, biscoitos e massas, e na composição de sorvetes, chocolates, bebidas isotônicas, lácteas e leites modificados. A região foi escolhida pelo grupo Renner Herrmann porque num raio de 200 quilômetros de Estação (RS) é possível recolher até 2 milhões de litros de soro, das queijarias. Na queijaria Santa Clara, que processa 150 mil litros leite e produz queijo mussarela e prato diariamente, o soro era um problema. Com contrato fechado com a Relat, o coordenador de política leiteira da Santa Clara, Alessandro Bortolini, diz que a empresa passará a vender 120 mil litros diários de soro. Em um ano, o prejuízo vai se transformar em R$ 500 mil de lucro com a venda do subproduto, que antes era descarte. (Zero Hora)

Higiene – Higiene é a palavra de ordem para a produção de leite de qualidade. O produtor moderno deve implementar uma ordenha adequ ada para que o leite seja produzido e processado sob rígidas normas de higiene e controle. Além disso, o leite deve ser inspecionado pelos órgãos competentes, para que não deixe de ser um alimento importante da dieta humana e não se transforme em uma “arma” contra o consumidor e o próprio produtor. (Folha de SP)

CPLA – A direção da Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) está preparando uma grande campanha informativa sobre a importância do consumo de leite em qualquer fase da vida. A CPLA é responsável hoje pela produção e distribuição do alimento através do Programa do Leite, que atende mais de 50 mil famílias carentes em todo Estado. A ação será desenvolvida durante a 60ª edição da Exposição Agropecuária e Produtos Derivados de Alagoas (Expoagro 2010). (O Jornal – Alagoas)

Conaprole – A captação de leite nas fábricas da Conaprole está perto de 3,5 milhões/dia, próximo ao re corde de 2008. Wilson Cabrera, diretor da cooperativa, estimou que o volume total do ano deverá alcançar 1 bilhão de litros, superando o recorde de 2008. Cabrera confirmou também que a diretoria da cooperativa continua com a intenção de realizar uma distribuição de lucros no final do ano. Para Cabrera, as exportações da Conaprole, no período 2010/2011, deverão ser 20% maiores, superando os 200 milhões de dólares exportados no exercício anterior. (Espectador.com )

Chile – A Nestlé do Chile anunciou a 300 produtores, alta de 5 pesos no preço do leite padrão, e apresentou a nova política leiteira da empresa. Incorpora uma nova forma de pagamento, levando em conta o teor dos sólidos, aumento da bonificação por qualidade, sanidade e introduz uma nova bonificação: meio ambiente. “Está havendo uma orientação no sentido de que a cadeia láctea no Chile seja ambientalmente sustentável”, esclareceu o gere nte de Estratégia e Política Leiteira, Claudio Sarah. Isto se traduz no uso mais eficiente dos recursos, incentivo à utilização de energias renováveis, bem estar animal, manejo de resíduos e prevenção na contaminação das águas, entre outras boas práticas ambientais que atendam exigências dos mercados internacionais. (Fedeleche )

 

Negócios

Nilza – A assembleia para definir o novo plano de recuperação judicial da Indústria de Alimentos Nilza, de Ribeirão Preto, foi adiada para a próxima terça-feira por falta de quorum. A empresa enviou ao juiz Héber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível do município, o novo plano de recuperação judicial que tem como objetivo tentar evitar a falência. R$ 4,5 milhões podem vir da venda da unidade de Campo Belo, em Minas Gerais, para a Novamix Indústria e Comércio de Alimentos (produtos Quatá), que atualmente já é arrendatária da planta. O novo plano precisa ser aprovado até a próxima quinta-feira. (Folha de SP)

Coca-Cola – A Coca-Cola Femsa, maior engarrafadora da Coca-Cola na América Latina, chegou a um acordo preliminar para comprar o Grupo Indústrias Lácteas, uma produtora de laticínios do Panamá. O acordo dá direito a exclusividade durante as negociações, segundo comunicado da Coca-Cola Femsa divulgado na sexta-feira. O Grupo Indústrias Lácteas produz leite, iogurte, sorvete e sucos em três fábricas e é o maior comprador de leite do Panamá. Possui 1,8 mil funcionários. (Valor Econômico)

Cencosud – A varejista Cencosud comprou a cadeia de supermercados Bretas por R$ 1,35 bilhão. Segundo informou o grupo chileno, o negócio duplica sua presença no Brasil. O acordo deve ser concluído em 29 de o utubro. O pagamento se dará, de acordo com a Cencosud, parte por meio de recursos tomados em bancos e parte com o caixa da própria companhia. As negociações foram curtas, durando poucas semanas. “Para nós, o Brasil e o Peru são mercados estratégicos”, afirmou o gerente geral da Cencosud, Daniel Rodríguez. (Valor Econômico)

Setoriais

Defensivos – Entre janeiro e setembro, segundo estatísticas do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), pouco mais de 20 mil quilos foi o volume de defensivos agrícolas apreendidos no Brasil. Crescimento de 7,6% em comparação ao mesmo período de 2009, quando 18,6 mil quilos de produtos foram apreendidos. Até agora o mês de janeiro foi o de maior número de apreensões (7.614 quilos), seguido pelo mês de agosto (4.827 quilos). Em setembro foram apreendidos “apenas” 5 00 quilos, mas a expectativa é que nos próximos meses os volumes aumentem diante do avanço do plantio da safra no Brasil, que começou a ser semeada a partir de outubro. (Valor Econômico)

Milho/MG – Agricultores de Minas Gerais estão esperando um pouco mais de chuva para começar o plantio do milho. A reação no preço do grão deixou muita gente otimista. Em Minas, o milho da primeira safra deve ocupar praticamente a mesma área do ano passado, segundo a Conab. Na perspectiva mais otimista será 1,164 milhão de hectares. E o plantio está começando dentro de prazo previsto. (Globo Rural)

Milho/PR – Os agricultores do Paraná vão plantar menos milho na safra de verão. E pela primeira vez, a safra principal de milho no estado pode ficar menor do que a safrinha. O agrônomo João Paulo Schauff fez uma comparação das despesas do milho e da soja para a próxima safra no norte do Paraná. O custo total d e uma saca de milho chega aos R$ 17, e praticamente empata com o preço atual de mercado. Já a soja fica em R$ 26 a saca, contra um preço de venda de R$ 40. (Globo Rural)

PAA – A Conab lançou, hoje (18), às 10h, no auditório da matriz, o Portal Transparência do PAA – Programa de Aquisição de Alimentos. Trata-se de um aplicativo que será acessado a partir da primeira página do site da Companhia e que vai permitir o acesso público a informações como: as cooperativas inscritas no PAA, o valor que cada uma destas instituições recebeu por proposta, os agricultores que participam e os consumidores beneficiados. Os dados e informações disponíveis serão relativos a 2010 em diante. O PAA tem por objetivo apoiar a agricultura familiar, por meio da compra dos seus produtos a preços justos e a sua doação a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. O Programa também destina esses alimentos à formação de estoques públicos estrat égicos. (Conab)

Economia

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou levemente na segunda semana de outubro, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice subiu 0,65% até a quadrissemana encerrada em 15 de outubro, após avançar 0,66% na prévia anterior, referente à quadrissemana encerrada em 7 de outubro. (Paraná Online)

IqPR – O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura de Estado -, encerrou a primeira quadrissemana de outubro com variação positiva de 5,98%. O salto foi determinado por ganhos do mesmo calibre tanto no grupo formado por seis produtos de origem animal (6,01%) quanto e ntre os 14 vegetais pesquisados (5,97%). Apenas três produtos da lista registraram quedas no período, de acordo com as informações do IEA: tomate para mesa, leite C e ovos. (Valor Econômico)

IGP – 10 – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou levemente e subiu 1,15% em outubro, após avançar 1,12% em setembro, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado anunciado hoje ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro, que esperavam taxa entre 0,72% e 1,18%, com mediana de 1,00%. (Estado de SP)

Cesta Básica – O preço da cesta básica, formada por 31 produtos, aumentou 2,66% entre setembro e agosto, passando de R$ 292,21, em 31 de agosto, para R$ 299,99 em 30 de setembro, segundo o levantamento mensal feito pelo Procon-SP em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os vilões fo ram o feijão (28,83%), o queijo muzzarela (15,23%), o frango (8,99%), a farinha de trigo (8,96%) e o açúcar (6,12%). A cebola caiu 22,29%, seguido por variações negativas do arroz (-4,31%), do leite em pó (-2,65%) e do extrato de tomate (-1,80%). (R7)

Inflação – O mercado financeiro elevou a previsão para a alta de preços acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano e em 2011, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação em 2010 subiu de 5,15% para 5,20%, em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Já a estimativa para o IPCA em 2011 teve um leve ajuste para cima, de 4,98% para 4,99%. (G1)

Financiamento – Foi uma operação financeira de “apenas” R$ 17,3 milhões, mas pode ter ajudado o mercado a finalmente entender e estimular a utilização de Certificados de Recebíveis do Agr onegócio (CRAs) como ferramenta de apoio ao financiamento da produção agrícola no Brasil. Estruturada pela Ecoagro, securitizadora especializada no ramo, e coordenada pelo Banco Fator, que atuou também como distribuidor do papel, a emissão do CRA foi concluída nas últimas semanas e está ajudando oito produtores de soja do Cerrado do país a plantar a safra atual. (Valor Econômico)

Globalização e Mercosul

Rússia – Por baixo do brilho dourado que cobre a fazenda Outubro na região de Tambov, no cinturão de grãos da Rússia, o solo árido está marcado por fendas profundas. “Perdemos um terço de nossa colheita de trigo neste ano”, diz Maxim Zhalnin, diretor do grupo agroindustrial que cultiva a área. O destino de Zhalin, que estima as perdas de sua empresa neste ano em quase US$ 700 mil após a pior seca e onda de calor já registradas na região, é compartilhado por milhares de outros agricultores russos. A crise mundial de alimentos de 2007 e 2008 levou o Kremlin a formular uma doutrina de segurança alimentar na qual se fixou a meta de que a Rússia produzisse ao menos 80% dos cereais, carne e leite que consome até 2020. Desde a seca, Putin incrementou ainda mais a meta, defendendo que a Rússia se torne exportador líquido de alimentos, dependendo dos mercados externos apenas para produtos exóticos, como frutas tropicais. (Valor Econômico)

Dólar – Os Estados Unidos resolveram partir para o tudo ou nada para relançar a sua combalida economia, com o Federal Reserve (Fed, banco central americano) disposto a inundar o país de dólares. Com a atual interligação financeira global, o resultado é que o resto do mundo terá de pagar a conta, com grande valorização das moedas em geral ante o dólar. (Paraná Online)

Política Externa – Os ministérios da Fazenda e de Relações Exteriores dividirão, neste fim de governo, o protagonismo na atuação da política externa em matéria econômica. Em um campo, pelo menos, nenhum dos dois ministérios deverá exercer muita atividade: as negociações multilaterais de comércio, na OMC, ou negociações entre Mercosul e outros parceiros, como União Europeia, estão em modo inercial: haverá reuniões de técnicos e autoridades para discutir o assunto, mas ninguém em Brasília põe muita fé em resultados práticos. (Valor Econômico)

Ásia – Uma missão empresarial brasileira desembarca hoje na Ásia. O grupo vai à Malásia e à Indonésia onde discute medidas para aumentar o comércio entre o Brasil e os dois países. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, a Malásia e a Indonésia têm grande potencial por causa do tamanho dos mercados internos. A Malásia respondeu com 0,53% da pauta exportadora brasileira de janeiro a setembro deste ano No mesmo período, a Indonésia respondeu por 0,66% de tudo que o Brasil vendeu ao exterior. (Valor Econômico)

Iraque – Os produtos brasileiros no Iraque são pouco conhecidos, por isso, para a organização da Feira Internacional de Erbil, a presença do Brasil no evento, que será realizado de 18 a 21, no Curdistão Iraquiano, é indispensável. “O público em geral associa o Brasil apenas a alimentos e bens de consumo imediato, mas o país tem muitos outros serviços e produtos a oferecer”, afirmou à ANBA por e-mail, o gerente-geral da empresa organizadora International Fairs & Promotions (IFP), Hamad Khalil. (Agência de Notícias Brasil-Árabe)

Faturamento do setor de longa vida deve crescer

A indústria de leite longa vida (UHT) pretende encerrar 2010 com crescimento de 4% a 5% em suas vendas, faturamento de R$ 9,4 bilhões e 5,5 bilhões de litros vendidos. O setor pretende, ainda, repetir o desempenho de incremento de vendas em 2011. No ano passado, por conta da crise global, o setor recuou 0,9%, com 5,308 bilhões de litros vendidos.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Cláudio Teixeira, disse que o principal fator de impulso desse desempenho é o incremento de renda e ascensão social da população, que influencia no poder de compra do consumidor.

Em 15 anos, a produção brasileira de leite longa vida saltou de 300 milhões de litros para 5,5 bilhões de litros em 2010. O mercado interno absorve 97% dessa produção. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV), Nilson Muniz, o crescimento do setor foi conquistado a partir de um trabalho de identificação do produto pelo consumidor e um novo posicionamento da indústria no mercado. “O leite longa vida ganhou participação no consumo pela praticidade e capacidade de penetração em mercados mais distantes”, explicou

Atualmente, o leite longa vida está presente em 85% dos lares brasileiros e representa 76% do leite fluido de consumo. Esse porcentual ainda é menor do que nos países da Europa – Bélgica, Espanha, França e Portugal -, onde o produto longa vida domina o mercado de leite, com 97% de participação. Na América do Sul, outras nações também consomem mais o produto, como Chile (98%) e Argentina (87%).

A expansão do setor tem sido puxada, também, pelo crescimento do mercado do Nordeste. A região, que historicamente tem uma penetração menor do que a média nacional, por conta da distância dos grandes centros produtores e baixa produção leiteira na região, vem crescendo cerca de cinco pontos porcentuais a cada ano, desde 2008. De acordo com a ABLV, neste ano, o leite longa vida deve alcançar 60% de penetração nos lares nordestinos ante 55% de 2009 e 51% de 2008. “Há 16 anos, o foco era resolver as questões de base do setor, como a identidade do produto, isonomia tributária. Hoje, temos trabalhado no incentivo do consumo do leite longa vida”, disse Muniz.

Volatilidade e pulverização são desafios da indústria

A perspectiva de crescimento da indústria do leite longa vida são boas, mas o setor tem seus percalços: o preço de sua matéria-prima é altamente volátil. “Para trabalhar com leite não dá pra pensar tanto em grandes margens”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Cláudio Teixeira. As baixas margens também são consequência de um ambiente extremamente competitivo, pela quantidade de players do mercado. “Temos que ir atrás de ganhos de escala, buscar mais eficiência operacional e baixarmos o nosso custo de produção”, disse Teixeira.

Nos últimos anos, a indústria tem iniciado um movimento mais intenso de consolidação. “Entretanto, o setor ainda é muito pulverizado. Esse movimento de consolidação continuará e ainda levará muito tempo para o setor ficar concentrado”, declarou o presidente da ABLV. A associação possui atualmente 30 empresas filiadas, que representam 80% da produção de leite longa vida no País. Os outros 20% da produção estão nas mãos de mais de 40 companhias.

As informações são da Agência Estado

Associação das Pequenas e
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