Notícias 18.05.09

Entre os fatos de destaque divulgados pelo Selectus na semana anterior estão: as importações de leite e derivados em maio de 2009; as exportações e importações de lácteos em abril de 2009; o sindicato nacional dos fabricantes de queijos da Holanda informou que a crise mundial também afeta as vendas do setor; o Brasil filiou-se, à Federação Internacional de Laticínios (FIL); saldo da balança de lácteos em abril de 2009; produtores franceses protestam contra a baixa no preço do leite; a seca na região Sul do Brasil, no Uruguai e Argentina, além das chuvas no Nordeste deve criar uma ‘bolha’ do leite em Mato Grosso; neste mês de maio o consumidor de Campo Grande/MS está tendo que desembolsar mais para comprar o leite e o queijo; o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreende mais de 100 mil litros de leite por suspeita de fraude e a partir de junho será intensificado o trabalho em busca da melhoria da qualidade do leite em Minas Gerais. (www.terraviva.com.br)

Preços/Oceania – Os preços do leite em pó integral durante a quinzena mostraram-se constantes, embora no leilão da Fonterra tenha interrompido dois meses de alta. Para contratos até julho houve aumento nos preços, mas, a queda foi acentuada para as entregas entre agosto/2009 e janeiro de 2010. Analistas e consultores tiveram opiniões diversas sobre o resultado, mas calcula-se que os compradores estão vendo recuperação no curto prazo, mas, não querem se comprometer no longo prazo. (Usda/Clal)

 

 

Leite/RS – A perspectiva de ampliação mensal da produção leiteira de Livramento de 1 milhão para 5 milhões de litros foi um dos desafios lançados no Seminário da Bacia Leiteira, encerrado ontem. O presidente da Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira-Oeste, Itacir Soares, informou que a entidade desenvolve projeto de agroindústria para beneficiar parte da produção dos assentamentos da região. (Correio do Povo/RS)

Preço/RS – A Comissão Estadual do Leite da Fetag deverá se encontrar para avaliar o pagamento aos agricultores pelo leite. A atividade está prevista para depois da reunião do Conseleite, na próxima sexta-feira, quando será divulgado o preço final de abril e de referência para o mês atual. Conforme o presidente da Federação, Elton Weber, há registro de pagamento de até R$ 0,08 a mais, para o valor pago pelo leite entregue em abril, depositado na última semana. O assessor de política agrícola da Fetag, Airton Hochscheid, comentou que há variação nas regiões. Além disso, a tendência é de nova alta em maio. (Correio do Povo/RS)

Produção/RS – O preço da carne bovina e do leite deve subir nos próximos meses. A projeção leva em consideração a seca, que se prolongará sobre a produção devido ao período necessário à recomposição de pastagens e à crise econômica. A avaliação foi feita pelos participantes do ‘Correio Rural’, na Rádio Guaíba AM 720. ‘Teremos crescimento pequeno na produção mundial em 2009, muitos países com decréscimo, o que causará reação automática no preço’, frisou o presidente da AGL, Ernesto Krug. Ele avaliou que a demora do repasse de aumento ao produtor retarda o incremento da oferta. (Correio do Povo/RS)

Espanha – Um grupo de produtores pertencentes a Produtores Reunidos da Espanha retiraram leite francês das prateleiras de um supermercado em Santiago de Compostela, abrindo as embalagens e jogando no chão. Isto foi mais uma forma de protestar contra os baixos preços do leite e a importação. Dirigentes da entidade disseram que esse seria o primeiro protesto, mas que outros viriam nos dias seguintes. Nas imediações da Catedral de Santiago, os produtores distribuíram 5.000 litros de leite, aos pedestres, e pretendem continuar com esse tipo de ação em outras localidades. Organizações agrárias denunciam a entrada a través das redes de distribuição de leite francês, a preços mais baixos do que os de produção na Espanha. (Finanzas.com)

França – A queda no preço do leite pago aos produtores em 15 de maio é inaceitável. 210 euros por mil litros de leite. 30% menor que um ano atrás. Uma queda sem precedentes, desde a instauração das quotas em 1984. Os produtores, que já bloqueiam laticínios, estão de olho na distribuição. O organismo de defesa dos consumidores, da concorrência e repressão a fraudes, (DGCCRF), apóia o fim da intervenção no setor, por causa das distorções na concorrência. Os industriais que estão com grandes estoques de manteiga e leite em pó, e que ainda contam com uma pequena queda de consumo, optou por fixar um preço muito baixo. Para os produtores que não pouparam nos tempos em que os preços eram recordes, a situação agora é catastrófica. “Como os custos não baixaram, era necessário receber 300 euros pela tonelada,” diz um produtor que bloqueia a fábrica da Danone em Senoble. (Le Monde)

Crise/UE – < Cerca de 70 produtores de leite bloqueiam desde domingo à noite, uma central de compras de um Supermercado no Oeste francês, impedindo caminhões de entrar e sair para protestar contra os preços. Os produtores lançarão a partir dessa segunda feira uma série de manifestações em uma jornada de mobilização nacional, para denunciar a queda no preço do leite, mas também a política que é responsável pela crise. Os produtores receberam entre 213 e 210 euros por mil litros de leite, neste final de semana, e acreditam que foi dado início a uma crise europeia do leite. O preço justo seria de 400 euros por mil litros, para os 14 países da Europa. (Le Point)

Negócios

Supermercados – O setor de supermercados brasileiro deve crescer apenas 2,5% neste ano, segundo estimativas da Apas (Associação Paulista de Supermercados). Em 2008 o setor registrou um crescimento real bem mais significativo, de 10,5%. Apesar da expectativa modesta para 2009, o setor não foi tão profundamente abalado pela crise, segundo João Sanzovo Neto, presidente da Apas. “Basta olhar para perceber como as lojas estão cheias. O segmento de alimentação fora do lar sofreu com a crise. Os consumidores deles foram para onde? Para os supermercados. O produto de primeira necessidade é o último a sentir a crise.” Em São Paulo, o setor faturou R$ 49,3 bilhões em 2008, ante R$ 42,3 bilhões de 2007. O Estado representa 31% das vendas do país. No Brasil todo, o faturamento foi de R$ 158,5 bilhões, acima dos R$ 136,3 bilhões do ano anterior. (Folha de SP)

Marca própria – A percepção do consumidor em relação à qualidade e ao preço dos produtos de marca própria melhorou bastante no último ano, segundo uma pesquisa da LatinPanel, feita em parceria com a Abmapro, a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização. O percentual de pessoas que considera a qualidade desses artigos boa ou muito boa passou de 31% em 2008 para 36% este ano. Em relação ao preço, a aprovação ainda é alta, apesar de ser menor que a do ano passado. Em 2008, 67,3% consideravam os preços bons ou muito bons. Este ano, o número de pessoas nesse conjunto caiu para 63,2%. (Valor Econômico)

 

Setoriais

Preços – O IqPR, índice de preços pagos aos produtores paulistas pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado – encerrou a primeira quadrissemana de maio com variação positiva de 2,22%. Já o índice da RC Consultores que mede o comportamento de uma cesta de 17 produtos no atacado não variou. Para a alta do IqPR, pesou o salto de 3,02% observado no grupo de produtos de origem vegetal. Neste, os destaques foram as valorizações de banana nanica (56,77%), soja (3,38%), trigo (3,33%) e cana (3%). Não fosse a alta da cana, carro-chefe do agronegócio em São Paulo, o IqPR teria subido apenas 1,68%. No grupo de produtos de origem animal – que, em média, subiu 0,23%, subiram carne suína (14,12%), carne bovina (2,3%), leite C (1,94%) e leite B (1,26%). (Valor Econômico)

Soja – Sementes de soja transgênica tolerante à estiagem devem chegar ao mercado nacional em 2015. Esse é o prazo previsto para desenvolvimento de pesquisa da Embrapa e liberação do plantio comercial pela CTNBio. O início dos testes a campo ainda depende de autorização. A expectativa é que isso ocorra na safra 2009/10. Os experimentos serão feitos com duas linhagens no Paraná, que apresenta as condições de clima e solo necessárias. O projeto faz parte de convênio de R$ 6 milhões com o Centro de Pesquisa Internacional para Ciências Agrícolas do Japão (Jircas). O Brasil não possui soja tolerante à seca, apenas variedades que reagem melhor por características como enraizamento mais profundo Para o vice-presidente da Abrasem, Narciso Barison Neto, o Brasil está atrasado. Nos Estados Unidos, o produto deve ser comercializado a partir de 2010. (Correio do Povo/RS)

Agricultura – O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação do pagamento de prestações de operações de custeio e investimento do Pronaf em regiões atingidas por enchentes ou seca. O conjunto de medidas foi anunciado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e totaliza R$ 950 milhões, sendo R$ 600 milhões para agricultores gaúchos. As dívidas de custeio poderão ser repactuadas em até três anos, com o primeiro vencimento em 2010. O CMN ainda aprovou a criação de Linha Especial de Crédito (LEC) para os agricultores de municípios em emergência de R$ 285 milhões. O limite é de R$ 1,5 mil por agricultor, com juros de 0,5% ao ano e prazo de dois anos. Os recursos devem estar nos bancos em dez dias. O conselho também regulamentou o repasse de R$ 5 bilhões aos bancos para concessão de crédito a agroindústrias, indústrias de máquinas e implementos e cooperativas. Os outros R$ 5 bilhões estão disponíveis apenas no BNDES. (Correio do Povo/RS)

Economia

IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,48% na segunda medição do mês, seguindo alta de 0,57% na abertura de maio. Influenciaram nesse abrandamento os grupos Alimentação, que saiu de um avanço de 0,61% para 0,11%, Saúde e cuidados pessoais, que passaram de 1,10% para 0,95%, bem como Transportes, que caíram 0,14% depois de baixa de 0,13% na leitura inicial de maio. Em sentido contrário, a pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada nesta segunda-feira mostrou elevação mais marcada entre a primeira e a segunda prévia do mês nos ramos Habitação (0,39% para 0,53%), Despesas diversas (3,53% para 3,97%) e Vestuário (0,48% para 0,58%). Educação, leitura e recreação declinaram 0,04% neste levantamento após recuo de 0,09% na apuração anterior. (Valor Online)

Papelão – As vendas de papelão ondulado somaram 175,9 mil toneladas no mês de abril último, valor que representa uma queda de 4,1% na comparação com março passado e de 8,8% em comparação com o total registrado em abril de 2008, quando somou 192,9 mil toneladas. O mês de abril registrou a melhor média diária do ano com 7.331 toneladas/dia, total 3,9% superior ao registrado em março, de 7.056 toneladas por dia. Em quatro meses o setor acumula vendas de 678,4 mil toneladas, ante 734,6 mil toneladas vendidas no mesmo período do ano passado, de acordo com divulgados pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado. (Gazeta Mercantil)

Globalização e Mercosul

Recessão – A zona euro mergulhou ainda mais na recessão no primeiro trimestre deste ano, com um recuo de 2,5% de seu PIB em relação ao trimestre anterior, uma queda sem precedentes. O resultado foi puxado pela retração alemã de 3,8%. A região registrou o quarto trimestre consecutivo de queda da atividade. Comparada ao primeiro trimestre de 2008, a queda foi de 4,6%. A União Europeia registrou uma contração de sua economia de 2,5%, após a queda de 1,5% no trimestre anterior. Em um ano, o recuo foi de 4,4%. (Valor Econômico)

Taxa – A União Europeia (UE) suspendeu uma tarifa de importação de 29,9% sobre o herbicida glifosato, fornecido por China, Taiwan e Malásia, em resposta ao aumento do preço do insumo, usado largamente na agricultura. Medida semelhante já havia sido adotada pelo Brasil em fevereiro deste ano, e sob o mesmo argumento de que a redução ajudaria a combater o aumento do custeio da produção agrícola no país. (Valor Econômico)

Alimentos/EUA – Os preços no atacado nos EUA subiram em abril, puxados pela alta dos alimentos. O aumento foi de 0,3%, superando previsões de economistas. Em março, os preços haviam caído 1,2%, segundo informações divulgadas ontem pelo Departamento do Trabalho. Sem contar os preços de combustíveis e alimentos, os preços subiram 0,1%, como previsto. Alguns analistas acreditam que com os sinais de que o pior da recessão já passou, os preços das commodities poderão subir num ritmo mais forte, afastando os fantasmas da deflação. (Valor Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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