Noticias 18.01.2011

Importações – Os números preliminares da média diária de janeiro de 2011 das importações de leite e derivados, em dólar, são 30,33% maiores que a média de dezembro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Leite/GO – O leite, apontado como o terceiro produto que mais subiu na cesta básica, tanto na pesquisa do Dieese (25,10%, em Goiânia) quanto na da ADC-GO (28,21%), apresenta uma conjuntura de mercado desfavorável para os pecuaristas, segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Faeg, Antônio da Silva Pinto. De 2009 para 2010 houve uma queda sensível na produção de leite em Goiás. “Há uma série de fatores que contribuíram para isso”, explica. Segundo ele, a mão de obra está cara, e a energia elétrica, além de cara, é de péssima qualidade. Além desses problemas, há a situação climática. “Foram 190 dias sem chover. O ideal é que esse período fique entre 150 e 160 dias”, avalia. Em 2009, Goiás era o terceiro colocado na produção de leite. No ano passado, caiu para o quarto no ranking. (Tribuna do Planalto)

Preços/SC – O leite está mais caro na sua mesa. O custo da produção não diminuiu em relação ao ano passado. O problema do setor está no baixo poder de competitividade dos empresários catarinenses frente a outros estados e países do Mercosul. Em 2010, as marcas importadas tinham preço médio de R$ 1,44 a caixinha nos supermercados de Tubarão. Entre as nacionais, o valor médio era de R$ 1,66. Agora, o menor preço encontrado é na faixa de R$ 1,59 (importado) e R$ 1,99 (nacional). Hoje, o custo da produção de leite (média de R$ 0,50 a R$ 0,60 por litro) é alto perto do lucro que gera – aproximadamente R$ 0,65. Mas as novas regras do mercado podem ser ditadas a partir de abril, quando começa a entressafra. (NotiSul/SC)

Produção/SC – A produção leiteira da região sul de Santa Catarina é responsável por mais de 8% do total coletado por ano no estado. O Vale do Braço do Norte é o maior produtor de leite do sul do estado. A agroindústria processa, em média, 350 mil litros por dia. Mais de 1,6 pequenos produtores e 11 lat icínios atuam na região. A maioria deles em Braço do Norte. A mesorregião do sul é a terceira maior em produção leiteira de Santa Catarina. É a responsável por 8,2% do total gerado no estado. (NotiSul/SC)

Competitividade/SC – Nesta quinta-feira, produtores e empresários do setor lácteo reúnem-se em Santa Catarina para tentar subsídios ao setor. Um dos principais assuntos será a importação, principalmente do Mercosul. Os países vizinhos têm vantagens econômicas, devido ao sistema cambial, que impactam negativamente no mercado interno, tanto na indústria, como para os produtores. Justamente por isso, o setor quer, para este ano, uma política inclusiva e unificada. “Não queremos vantagens, mas igualdade de condições de competição com o restante do país e com o mercado internacional”, pontua o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados de Santa Catarina (Sindileite), Arley Felipe. (NotiSul/SC)

Produção/BA – Neste semestre, o Governo da Bahia vai investir R$ 3,6 milhões em projeto de Inclusão Socioprodutiva, com recursos próprios e oriundos de parceria com o governo federal, que beneficiarão integrantes do projeto ‘Terra de Valor’. Para a caprinocultura de leite, o projeto construirá três mini-usinas, e entregará para cada grupo de 20 famílias, 100 matrizes e quatro reprodutores. As unidades de produção de leite serão implantadas numa distância de 50 a 60 quilômetros da mini-usina de beneficiamento. Os pequenos agricultores beneficiados também terão capacitação tecnológica em 140 turmas de 60 horas, com 25 alunos cada, compreendendo 90 cursos. No total, as 50 unidades de produção atenderão a mil pequenos agricultores familiares, com cinco mil matrizes, 200 reprodutores, 50 resfriadores e 50 kits de irrigação. (Tendências e Mercado)

Leite orgânico – Verões mais úmidos e frescos podem ter efeit o no leite que bebemos, de acordo com uma pesquisa publicada pela Universidade de Newcastle este mês. Durante a pesquisa foi constatada uma diferença considerável entre o leite do primeiro período da amostra (julho de 2006 e janeiro de 2007) e o do segundo período, o verão de 2007, com 30% mais de chuvas e temperatura 12% mais baixa que em 2006. , no qual o leite coletado tinha alto nível de gordura saturada e poucos benefícios à saúde. — Estas condições podem afetar o comportamento das vacas, reduzindo a ingestão de pasto e a característica do leite — acredita Gillian Butler, autora do estudo. — Os fazendeiros frequentemente aumentam os suplementos alimentares para manter a produção nessas condições. (O Globo)

gDT – O leilão da Fonterra, globalDairyTrade (gDT) encerrado nesta tarde, registrou uma alta de 1,2% em relação ao primeiro evento do ano, obtendo uma média geral ponderada de US$ 3.960 a tonelada. As ofertas desse leilão f oram idênticas aos volumes de 04 de janeiro, exceto o leite em pó integral (WMP), que foi menor. Os preços alcançados por produto foram: AMF (Anhydrous Milk Fat/Gordura Anidra de Leite), US$ 5.946 (-0,3%); BMP (Butter Milk Powder/Leitelho em Pó), US$ 3.880 (+14,5%); SMP (Skim Milk Powder/Leite em Pó Desnatado), US$ 3.579 (+2,4%); e WMP (Whole Milk Powder/Leite em Pó Integral, US$ 3.780 (+0,5%). (globalDairyTrade – Tradução Livre: Terra Viva)

Uruguai – Na primeira quinzena de janeiro o Uruguai exportou US$ 251 milhões, aumento de 27,4% em relação ao mesmo período de 2010. O mesmo ocorreu com as importações que totalizaram US$ 276 milhões, 43,7% a mais que na primeira quinzena do ano passado. Os principais itens exportados foram trigo, carne bovina e madeira. Mas, o principal importador foi o Brasil, responsável por 22,8% do valor exportado, comprando principalmente, trigo e leite. (El País Digital)

< p align=justify>Leite/UE – A chave para a recuperação da União Europeia (UE) será o desenvolvimento de produtos com alto valor agregado para atender a crescente demanda dos consumidores europeus, mas também encontrar mercados importantes em países fora da UE, mesmo com a queda do dólar. De acordo com a Comissão Europeia (CE), em 2010, as vendas de queijo para fora da UE cresceram 30%, compensando a estabilidade dos volumes de leite em pó e manteiga. (Agrisalon)

 

Projeções/UE – A produção de lácteos frescos deverá aumentar em torno de 8% até 2020, e de queijos 10%. A valorização do euro não afetará o dinamismo do setor exportador. Apesar disso a participação da UE no comércio mundial cairá de 24%, em 2009, para 21%, em 2020. No documento elaborado pela CE “Perspectivas do Mercado Agrícola”, a CE não teme a liberalização da produção de leite. Projeta um crescimento de 4% na produção de leite dos 27 países de UE, até o ano de 2020. Mas, os produtores não devem ter muitas ilusões em relação aos níveis dos preços do leite. Estes continuarão ligados à conjuntura mundial das commodities. (Agrisalon)

 

Negócios

Casino – O grupo varejista Casino Guichard-Perrachon SA, da França, informou que suas vendas no quarto trimestre cresceram 13%, para 8,3 bilhões de euros, ajudadas pelo forte crescimento na América Latina e na Ásia, que compensou a lenta expansão na França. No ano de 2010, as vendas cresceram 8,7%, para 29 bilhões de euros, favorecidas pelas taxas de câmbio, sobretudo pela valorização de moedas da América Latina e da Ásia em relação ao euro. As vendas no exterior cresceram 30% para 3,5 bilhões de euros entre outubro e dezembro passado, ajudadas pela consolidação da cadeia brasileira Casas Bahia no Grupo Pão de Açúcar. (Agência Estado)

Compras – O consumidor pega o pão e o leite na prateleira e sai da loja. Não há mais caixas, cartões e dinheiro em papel. No caminho, ele passou por uma porta de metal que leu o preço pelo chip dos produtos e identificou o smartphone que estava no bolso, debitando o valor. Em alguns anos, fazer compras será assim. É o mobile commerce, a tendência mundial e o principal assunto da 100ª edição da National Retail Federation – NRF, ocorrida semana passada em Nova Iorque. (Jornal do Comércio/RS)

 

Setoriais

Preços – As chuvas do início do mês já provocam estragos nos preços dos produtos agropec uários no atacado. Na segunda quadrissemana de janeiro, legumes, frutas, grãos, carnes, leite e ovos subiram, em média, 2,44%, segundo o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pela Secretaria da Agricultura. Foi a segunda aceleração consecutiva do indicador. Na primeira quadrissemana, a elevação havia sido de 1,71%. O movimento de alta dos preços dos produtos agropecuários no atacado é um indicador antecedente importante da inflação no varejo. Normalmente quando os preços sobem para o produtor, nas semanas seguintes as cotações seguem a mesma tendência para o consumidor final. (O Estado de SP)

Habilitação – As pequenas agroindústrias de Minas Gerais terão que se ajustar à lei 19.476, que vigora desde 11 de janeiro deste ano. As empresas que atuam com produtos de origem animal deverão se habilitar junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Secretaria da Agricultura. Já as que atuam co m produtos vegetais terão o controle da secretaria de Saúde. Segundo Lucas Scarascia, superintendente de Segurança Alimentar e Apoio à Agricultura Familiar, a habilitação exigirá princípios de higiene e saúde, para garantir a qualidade e a segurança dos produtos. (Valor Econômico)

Grãos/GO – A produção de grãos goiana deve manter o ciclo de crescimento na safra 2010/2011. Após alcançar índices recordes em 2010, o volume produzido pode saltar de 13.463,7 milhões de toneladas no período 2009/2010 para 13.573,5 milhões de toneladas no final deste ano. As estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que indicam uma alta de 109, 8 mil toneladas, são puxadas pela recuperação dos preços das commodities agrícolas, mas dependem também das variações climáticas. Para a safra nacional, é previsto um aumento de 0,1% na produção que deve chegar a 149,4 milhões de toneladas contra 149,2 milhões de toneladas em 2010. A área destina da ao cultivo deve atingir 48 milhões de hectares, com 1,3% a mais do que no período anterior. (Tribuna do Planalto)

Transgênicos – Três em cada quatro hectares cultivados com soja na safra 2010/11 – que está em curso – utilizaram sementes geneticamente modificadas no Brasil. No caso do milho, mais da metade da área foi plantada com as variedades transgênicas disponíveis, enquanto no algodão, quase um terço do plantio está sendo feito com sementes modificadas. Considerando as três culturas juntas, a área alcança 25,8 milhões de hectares, a maior taxa de adoção de transgênicos da história da agricultura nacional, segundo levantamento da Céleres. “Esse é um caminho que não tem mais volta, e a tendência é que a adoção dessa tecnologia aumente cada vez mais”, diz Leonardo Menezes, pesquisador da Céleres. (Valor Econômico)

 

Economia

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou alta de 0,86% na segunda quadrissemana de janeiro, acelerando em relação à taxa de 0,61% apurada na primeira quadrissemana. O IPC acelerou também na comparação com a segunda quadrissemana de dezembro, quando havia ficado em 0,57%. Na comparação entre a primeira e a segunda prévias de janeiro, cinco dos sete grupos pesquisados registraram aceleração da alta de preços: Habitação (de 0,21% para 0,23%), Alimentação (de 1,39% para 1,54%), Transportes (de 0,77% para 1,66%), Despesas Pessoais (de 0,37% para 0,61%) e Educação (de 0,96% para 2,29%). Os preços desaceleraram no grupo Saúde (de 0,17% para 0,15%) e o grupo Vestuário passou de uma inflação de 0,26% para uma deflação de 0,03%. (Agência Estado)

Balança – A balan ça comercial teve superávit de US$ 496 milhões entre os dias 10 e 16, invertendo a direção registrada uma semana antes, quando houve déficit de US$ 486 milhões. O resultado, alcançado em cinco dias úteis, decorreu de exportações no valor de US$ 3,883 bilhões e de importações de US$ 3,387 bilhões. Assim, nas duas primeiras semanas deste ano, formada por dez dias úteis, a balança comercial foi superavitária em US$ 10 milhões, devido a vendas externas de US$ 6,664 bilhões e compras de US$ 6,654 bilhões. (Valor Econômico)

Globalização e Mercosul

Paralisação/AR – Produtores de soja e grãos da Argentina iniciaram ontem uma paralisação de uma semana de suas vendas como parte de um protesto contra as restrições do governo às exportações do setor. Organizações de produtores têm pressionado pelo fim das cotas de exportação, que limitam vendas lucrativas fora do país bem como os preços nos mercados domésticos, considerados muito baixos. No movimento, que está sendo chamado de greve pelos produtores, eles pedem US$ 225 pela tonelada de trigo. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo e de óleo de soja e o segundo maior exportador global de milho. Os produtores dizem que os protestos não deve ter impacto sobre a oferta doméstica de alimentos. Analistas não esperam impacto imediato nos preços internacionais. (Valor Econômico)

Investimentos – O fluxo internacional de investimentos estrangeiros diretos (IED) somou US$ 1,122 trilhão em 2010, ante US$ 1,114 trilhão no ano anterior, de acordo com levantamento divulgado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Enquanto a entrada de capitais nos países desenvolvidos caiu 7%, houve crescimento de 9,7% no ingresso de recursos nas nações em desenvolvimento. O dinheiro que entro u nos países emergentes e nas economias em transição – as que pertenciam ao antigo bloco soviético – responderam por mais de 50% da movimentação mundial de IED. De acordo com a Unctad, houve forte retomada dos investimentos na América Latina e na Ásia emergente. Para 2011, a Unctad espera um fluxo mundial de IED de US$ 1,3 trilhão a US$ 1,5 trilhão, ainda bem abaixo do recorde de US$ 2,1 trilhões registrado em 2007. (Agência de Notícias Brasil-Árabe)

Analistas duvidam do crescimento em lácteos da Rússia

Uma importante empresa analista do mercado de queijos levantou dúvidas sobre o potencial da Rússia e citou África, Oriente Médio e América Latia como regiões que devem ser observadas nos próximos anos. Após o anúncio da PepsiCo sobre a aquisição da Wimm-Bill-Dann, foram feitas muitas previsões sobre o crescimento do mercado lácteo russo. Existem poucas dúvidas de que o mercado tem um bom registro recente – expandiu-se em cerca de 22% em 2007/08, de acordo com o Euromonitor.

Porém, a firma de pesquisa analista do mercado de queijos, Proteus Insight, disse que a Rússia pode não ser a “terra prometida” como muitos preveem. A Rússia e o Leste Europeu têm tido desempenho nulo nas importações de queijos da Europa Ocidental nos últimos tempos, mas ambas as regiões foram bastante afetadas pela recessão global.

Mesmo que a recessão tenha terminado, a análise não está convencida das previsões de crescimento de longo prazo na Rússia por razões demográficas. A população russa tem caído desde o final do comunismo e alguns analistas sugerem que o declínio poderá continuar por muitos anos. Um recente relatório das Nações Unidas indicou que o país poderá perder outros 11 milhões até 2025 com relação ao seu nível atual, de cerca de 141,9 milhões.

Com o menor número de consumidores sendo um importante fator quando se considera o crescimento potencial em um mercado de alimentos, o analista da Proteus disse que o tamanho da população poderá ser um obstáculo para o crescimento para empresas, como a PepsiCo na Rússia.

Além da Rússia, a Ásia é outro destino muito citado para as companhias alimentícias, mas no caso dos queijos, esse não é realmente o caso. O queijo é um produto novo na Ásia e não parece se adaptar bem ao gosto do paladar local. Apesar disso, algum crescimento é esperado de um nicho emergente para queijos cremosos e processados e a demanda de uma comunidade em expansão de ocidentais que vivem na região.

Mercados emergentes de queijos muito mais significantes são África do Norte, Oriente Médio e América do Sul. Queijos brancos ralados dominam os mercados da África do Norte e do Oriente Médio, apesar de os queijos processados estarem crescendo a uma taxa mais rápida e alguns queijos tradicionais estarem ganhando alguma visibilidade.

Na América do Sul, o porta-voz da Proteus disse que a Argentina está surgindo como uma potência global de lácteos e o Brasil também tem bastante potencial, apesar de não ser um país grande consumidor de queijos.

Para o futuro, ele disse que a África é o mercado para se mirar, à medida que as grandes cidades buscam se desenvolver nos próximos anos, trazendo com elas uma maior demanda por alimentos processados. Além disso, o continente não tem problemas de aceitação de mercado que estão restringindo as vendas de queijos na Ásia.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

 

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