Preços – O ano de 2009 foi considerado bastante ruim para os pecuaristas de leite, não só em Goiás, mas em todo o País. Segundo dados da Cepea/Esalq, em 2008 a queda no preço do leite foi de 18% e em 2009 acumulou prejuízo de 4,2%. O custo de produção no ano passado aumentou entre 0,74% e 0,88%, e a mão de obra, 11,04%. Segundo a assessora técnica da Comissão de Pecuária de Leite da Faeg, Christiane de Paula Rossi, o aumento no preço do leite registrado nos últimos dias, é resultado da recuperação dos valores que estavam defasados com a crise econômica. Outros fatores para os reajustes do preço do leite em plena safra são: o aumento das exportações; alta nos preços internacionais; ca ptação reduzida em 2009; chuvas em demasia em algumas regiões; e seca no Sul do País. (Faeg)
Rede Leite/RS – Reunião das 10 instituições fundadoras da Rede Leite, entre elas Embrapa, Emater/RS-Ascar e Universidades, definiram ações estratégicas para 2010. Dotadas de mais recursos, as instituições pretendem manter a sociedade informada sobre os resultados e os benefícios do programa, que em muitos casos, são impressionantes. A propriedade de 5 hectares da família Wunch, interior de Esperança do Sul, uma das Unidades de Observação, aumentou a produção de leite de 200 litros ao dia, em 2008, para 300 litros, atualmente. O que está fazendo a diferença é o esforço da família e dos pesquisadores em melhorar, não apenas a produtividade, mas a qualidade de vida dos agricultores. As 17 vacas passaram a dormir nos piquetes, a sala de ordenha ganhou água e as bezerras recém nascidas ganharam abrigo. Às 20 horas do dia gastas com o trabalho, passaram para 15. A irrigação estratégica e o consórcio entre várias espécies de forrageiras, aumentou de 6 para 10 meses, o tempo de pastoreio, aumentando a produção de leite e economizando com a produção de silagem. (Emater/RS)
Produção/AL – A implantação do Programa Alimentos Seguros (PAS), expansão dos Programas Alagoas com Balde Cheio e Alagoas com a Palma na Mão, fortalece a Cadeia Produtiva do Leite e Derivados (CPLD), em Alagoas. O secretário da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, citou outros passos dados para a consolidação da cadeia produtiva, como a aquisição de 30 tanques de resfriamento, e o estudo sobre a cobrança de ICMS do leite in natura que é produzido em Alagoas, mas comercializado fora do Estado. A cadeia do leite representa hoje para Alagoas a geração de mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. A produção diária de 600 mil litros representa a segunda atividade mais importante do agrone gócio alagoano, propiciando uma receita média mensal de R$ 8 milhões. 80% da produção é consumida no Estado, mas 20% é exportada. O setor possui mais de 40 indústrias formalizadas e 200 não registradas, com capacidade total instalada de 650 mil litros ao dia, produzindo leite longa vida, leite pasteurizado, iogurte, bebidas lácteas, queijos, dentre outros. (Cada Minuto/AL)
Búfalos/SP – Com o apoio do Programa de Melhoria da Pecuária Leiteira do Vale do Ribeira, promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) os 50 integrantes da Associação dos Pecuaristas e Produtores de Leite do Vale do Ribeira (Proleite) ampliaram em 500% a produção de leite de bubalinos desde 2005, e preparam-se para atender à crescente demanda de laticínios, estimada em 15 mil litros diários. A produção atual é de 3 mil litros de leite por dia, contra 200 litros diários em 2002. O presidente interino da Proleite, Luiz Car los Cônego Portella diz que: “O valor do litro do leite de búfala, que era de R$ 0,60, passou a ser de R$ 1. No final de 2009, com a comercialização de leite, derivados e animais, os produtores fizeram circular cerca de R$ 1,5 milhão no município”. (SEBRAE/SP)
Proleite/SP – Nas propriedades dos associados da Proleite podem ser notados avanços na qualidade do leite e na gestão. São 3,8 mil cabeças de búfalos espalhados pelos municípios de Barra do Turvo, Iporanga e Eldorado, o equivalente a quase 20% do total de animais do Vale do Ribeira. Pelo Programa de Melhoria da Pecuária Leiteira do Vale do Ribeira, em parceria com a Universidade de São Paulo, houve melhorias na alimentação dos animais, aumento da qualidade de pastagem e genética. Desde 2003 o Escritório Regional do Sebrae-SP no Vale do Ribeira realiza oficinas, como Tecnologia de Produção de Leite, Técnicas de Manejo Produtivo e Qualidade do Leite, e missões para que os pro dutores possam conhecer outros pólos criadores no Estado. Os produtores esperam aumentar a produtividade em mais 30% este ano. (SEBRAE/SP)
Uruguai – O governo uruguaio não acredita que o aumento da concorrência pelo leite cru, com a entrada em funcionamento das fábricas da Shreiber Foods e Bom Gosto, seja necessariamente benéfico para o produtor. Uma concorrência intensa poderá gerar desequilíbrios que causarão prejuízos às indústrias, ao ficarem com capacidade instalada ociosa. Proteger as indústrias locais, também não seria uma política adequada. Para o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), José Alpui, as indústrias deveriam investir na formação de novas bacias leiteiras e crescimento da produção primária, em linha com o pensamento do Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Tabaré Aguerre, que declarou: “o mais difícil não é fazer a fábrica, a verdadeira arte é manter as famílias no campo”. < STRONG>(El País Digita)
Produção/UE – A produção de leite dos 27 países da União Europeia (UE27) caiu 1,7%, entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009. A maior queda percentual foi na Bulgária, 15%, mas, em volume, a França apresentou a maior redução, 50.600 toneladas, segundo a Eurostat. Na Dinamarca, houve aumento de 3,5% na entrega de leite, comparando-se dezembro de 2008 e 2009. Na campanha 2009/10, nos três primeiros meses, as entregas foram maiores, se comparadas com o mesmo período da campanha anterior 2008/2009. Mas, em outubro/2009 foi registrado o maior decréscimo de entrega (-1,9%), em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em valores acumulados, os primeiros noves meses da campanha 2009/10, registra 0,2% de queda, em relação ao mesmo período da campanha 2008/09. (Agrodigital)
Rótulos/UE – O Parlamento Eur opeu aprovou, preliminarmente, a menção obrigatória da origem geográfica nos rótulos de diversos produtos. A medida, bastante polêmica, já era utilizada para carnes, em conseqüência da crise da “vaca louca”, peixes, frutas, legumes, ovos, mel e vinho. Agora a lista foi ampliada, com a inclusão de carne de frango, produtos lácteos, tomates e azeite de oliva. A conservadora alemã, Renate Sommer, criticou o relator do projeto, que “estaria incentivando o nacionalismo e protecionismo”. A comissão europeia, responsável pelos textos legislativos, acredita que a medida pode encorajar o patriotismo alimentar e prejudicar o comércio. (Agrisalon)
Negócios
Activia – O novo sabor Aveia light de Activia tem 0% de Gordura, 61 calorias por unidade de 100 gramas e vem em bandeja de quatro unidades. Segundo a empresa, todos os produtos light Activia 0% contém baixas calorias e também o benefício do bacilo DanRegularis, que é capaz de sobreviver ao sistema digestivo e chegar vivo e em grande quantidade ao intestino. Para que o consumidor identifique melhor a versão light do iogurte funcional da Danone, a embalagem tradicional verde de Activia ganhou também uma faixa azul que destaca a linha 0%. Além da nova versão Aveia, a categoria 0% de Gordura de Activia conta também com os sabores Maracujá, Ameixa, Pêssego e Morango (todos na versão bandeja de 400g com quatro potes de 100 g); Ameixa, Morango e Frutas Vermelhas nas garrafinhas de 180g, e Ameixa e Morango no garrafão líquido econômico, com 900 g. (Brasil Alimentos)
Páscoa – O setor supermercadista projeta um crescimento de 8,8% nas vendas dos produtos de Páscoa este ano, em relação a igual período de 2009, segundo pesquisa da A ssociação Brasileira de Supermercados (Abras). O feriado é a segunda melhor data para o setor e a maior parte dos entrevistados, 51%, está otimista, enquanto 37% preveem estabilidade nas vendas e 12% acreditam em recuo no faturamento. As perspectivas positivas não parecem abaladas pelo aumento dos preços que o consumidor enfrentará. A Abras verifica um aumento médio de 5,2%, em relação a igual período de 2009. A alta, porém, seria menor do que a do ano passado, de 6,8%. Todos os pedidos aos fornecedores foram ampliados. Em peixes, o aumento de pedidos foi de 10,7%, em ovos de Páscoa, 8,2%; e bombons e chocolates, 6,4%. (Valor Econômico)
Vendas Online – As vendas por meio da internet apresentaram um crescimento de 30% no ano passado em relação a 2008, atingindo uma receita bruta de R$ 10,6 bilhões, segundo informou a empresa de monitoramento de comércio eletrônico e-bit. Para 2010, a expectativa é de repetição do aumento de 30% nas vendas. O número de consumidores que fizeram compras na internet no ano passado passou para 17,6 milhões de pessoas, uma alta de 33% em relação a 2008. Em 2010 a estimativa é de que ele chegue a 23 milhões, o que representaria uma elevação de 35%. (América Economia)
Chocolates – A fabricante suíça de chocolates Lindt&Spruengli prevê queda nos preços do cacau se compradores especulativos deixarem o mercado. — Os preços da amêndoa podem cair de 10% a 20% — disse Ernst Tanner, executivo-chefe da companhia. O preço para cada tonelada de cacau gira em torno de 2,2 mil libras, nível que muitos observadores consideram demasiadamente elevado. Eles culpam as compras especulativas pelo alto valor. Segundo Tanner, a Lindt&Spruengli, que nesta terça reduziu sua meta para 2010 em razão das difíceis condições de mercado, pretende continuar independente. A fabricante suíça tem sido apontada pela imprensa como alvo de aquisição nos último s meses. (Agência Estado)
Mastellone – A Mastellone apresentou um resultado líquido de quase 55 milhões de pesos, e um aumento de 9,9% na captação de leite, em 2009. Em 2008, a indústria láctea havia apresentado perdas de 265,3 milhões de pesos. A recuperação coincide com 80º aniversário da empresa, que prevê aumento do preço do leite ao produtor, este ano, custo que não poderá ser repassado integralmente ao consumidor. A Mastellone produz essencialmente para o mercado interno e deverá ficar em posição desfavorável em relação à concorrência, devido ao aumento do preço das commodities no mercado internacional e à desvalorização do dólar. A Mastellone prorrogou por mais duas semanas o prazo para que os credores aceitem a proposta de reestruturação de US$ 222,5 milhões em dívida, apresentada em janeiro. A empresa já recebeu aprovação de investidores que representam 83,6% da dívida e poderia seguir adiante com a reestruturação, mas es pera chegar aos 97% para não ter de submeter a proposta aos tribunais. (Infortambo)
Setoriais
Transgênicos – A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ganhou um reforço em sua disposição de alterar as regras de monitoramento pós-liberação comercial de organismos geneticamente modificados no país. A consultoria jurídica do Ministério da Ciência e Tecnologia preparou um minucioso parecer para embasar a tendência majoritária da CTNBio de isentar as empresas de biotecnologia das atuais obrigações de monitorar e reportar eventuais problemas com transgênicos no Brasil. O texto dará respaldo jurídico ao funcionamento de uma subcomissão criada pelo novo presidente da CTNBio, Edílson Paiva, para estudar as mudanças. (Valor Econômico)
Safra – A safra deste ano será rica, mas sem renda para o produtor, segundo o analista José Pitoli. A produtividade da soja vem crescendo 36%, em média, no Paraná, mas a receita bruta do produtor vem caindo 7% em relação à obtida em 2009. Devido aos custos menores de produção, a conta final pode até indicar receita líquida, mas não o suficiente “para colocar a casa em dia”, diz ele. A produtividade média do Estado é de 3.000 quilos por hectare, mas a saca de soja está a R$ 30,80. (Folha de SP)
Grãos/SC – O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, afirma que a grande preocupação dos agricultores é com a comercialização. Alguns preços estão lá embaixo. A saca de milho caiu de R$ 20 para R$ 15, e a da soja, de R$ 45 para R$ 31. (Diário Catarinense)
Soja – Depois de duas safras sem apoio do governo à comercialização, os produtore s de soja querem ajuda para escoar a produção e garantir preço para a safra recorde deste ano. Isso porque a farta produção do grão no Brasil, Estados Unidos e Argentina está fazendo com que o preço da commodity caia. (Agência Estado)
Sanidade/RS – O projeto de lei (PL) 128/2009, que cria o Código de Defesa Sanitária Animal do Estado, deverá ser apreciado na próxima terça-feira pelo Plenário da Assembleia Legislativa. Ontem, o texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A elaboração do PL foi coordenada pelo deputado Jerônimo Goergen com técnicos do Executivo gaúcho e federal. O parlamentar o encaminhou ao Piratini, que o remeteu à Assembleia em junho de 2009. Conforme Goergen, se aprovado, o projeto significaria, na prática, regras claras e atuais para a fiscalização da produção e do trânsito de alimentos de origem animal no Rio Grande do Sul. Por ser um avanço para a defesa sanitária, ele acredita que a chancela da legislação possa representar uma ampliação do potencial comercial das cadeias produtivas gaúchas. (Correio do Povo/RS)
Cerrado – O Ministério do Meio Ambiente propõe restrição de crédito para quem desmatar o Cerrado. Essa é uma das medidas do plano, divulgado pelo governo para controlar a destruição do bioma. O Cerrado ocupa 24% do território brasileiro e até 2008 teve quase metade da vegetação nativa devastada, segundo dados do Ibama. A meta do governo é reduzir em 40% a destruição do bioma. Para isso, pretende frear a expansão da agropecuária, negando financiamentos para o agricultor que desmatar a vegetação. (Canal Rural)
Economia
IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo caiu para 0,51% na segunda apuração do mês, seguindo alta de 0,61% na leitura inicial de março. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe). Transporte, que tinha avançado 0,44% no começo do mês, registrou agora variação nula. Vestuário, por sua vez, acentuou a tendência de baixa, indo de um recuo de 0,25% para uma queda de 0,45%. Habitação deixou um acréscimo de 0,60% na primeira prévia de março para 0,50% no estudo seguinte. Educação partiu de 0,16% para 0,15%. Saúde abandonou elevação de 0,46% para 0,33%. Subiram mais entre um levantamento e outro Alimentação (1,20% para 1,27%) e Despesas Pessoais (0,37% para 0,43%). (Valor Online)
IPC-S – A inflação em São Paulo mostrou mais fôlego na segunda quadrissemana de março, segundo informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) passou de 0,81% para 0,87% na capital paulista, entre a primeira e a segunda quadrisseman a de março. Das sete capitais pesquisadas, quatro apresentaram taxas de inflação mais intensas. Além de São Paulo, a inflação acelerou no Rio de Janeiro (de 1,14% para 1,30%), em Brasília (de 0,40% para 0,44%) e no Recife (de 0,74% para 0,79%). As demais capitais apresentaram desaceleração. Este é o caso de Porto Alegre (de 1,37% para 1,36%), Salvador (de 0,42% para 0,34%) e Belo Horizonte (de 0,85% para 0,81%). (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Preços/EUA – O índice de preços ao produtor nos Estados Unidos diminuiu 0,6% em fevereiro, invertendo a direção tomada na abertura do ano, de avanço de 1,4%. Sem alimentos e energia, itens considerados voláteis, o indicador subiu 0,1%, depois de alta de 0,3% em janeiro. No mês passado, os preços dos alimentos avançaram 0,4 %, mesma taxa do início de 2010, mas os da energia declinaram 2,9%, seguindo acréscimo de 5,1% em janeiro. Em 12 meses, o indicador de preços ao produtor aumentou 4,4%. (Valor Online)
Trading – A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem, em decisão final, a isenção de Imposto de Renda na fonte sobre juros e comissões de empréstimos obtidos por todos os produtores rurais do país no exterior. O benefício envolve apenas o crédito à produção agropecuária voltada à exportação. Hoje, apenas grandes produtores fazem operações diretas de exportações, sem a necessidade de auxílio de tradings. Pela lei atual, somente esses produtores, classificados como exportadores, têm acesso a crédito externo sem o ônus tributário sobre juros e comissões dessas operações. A legislação veda o benefício fiscal a quem não faz operações diretas no exterior. (Valor Econômico)
PIB/China – O Banco Mund ial revisou hoje sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da China para 9,5% em 2010 e 8,7% em 2011. Em janeiro, a instituição havia estimado expansões de 9% neste ano e no próximo. De acordo com o Banco, a recuperação mais forte que a esperada do país após a crise econômica global significa que as autoridades deverão colocar freios sobre a política monetária e permitir alguma apreciação cambial, para evitar uma bolha de ativos. (Agência Estado)
Carne/AR – O presidente da Câmara de Carne, Miguel Schiaretti, considerou desalentadora a medida tomada pelo governo argentino de reduzir as exportações de carnes, e fixar preço para determinados cortes, para o mercado interno, como forma de baixar os preços. A decisão deve desempregar de 15 a 18 mil pessoas. (Ambito.com )