Leite/AC – O Governo do Estado em parceria com os produtores rurais está investindo na instalação de tanques de resfriamento próximos às propriedades. Os produtores serão os responsáveis pela elaboração dos planos de gestão e pelo trabalho em equipe com a meta de aumentar a quantidade e a qualidade do produto. Primeiro serão instalados 22 tanques na região do Baixo Acre. A tecnologia adotada em outras regiões do país tem trazido inúmeros benefícios aos produtores. Os produtores participaram do Circuito de Capacitação da Pecuária Leiteira, quando foram debatidos os investimentos no setor e a Instrução Normativa 51. Para o produtor José Cesário Cândido a prioridade das pessoas que trabalham com pecuária de leite é o mercado. “Esses tanques vão melhorar em 99% nosso trabalho”. O Baixo Acre é responsável por 63% da produção de 18 mil litros de leite/dia do Estado. (Ecos da Notícias/AC)
Rio Leite – A Prefeitura de Macaé, em parceria com o Governo do Estado promove, no dia 30 deste mês, o Rio Leite, curso com duração de um dia, voltado aos pecuaristas da região. As palestras abordando temas como: pastagem, genética, gerenciamento de cooperativa e pagamento de leite, serão ministradas das 9h às 16 horas. Um dos objetivos é que até o final de 2009 o Estado do Rio volte a ser um dos grandes produtores de leite do Sudeste. Além do curso de um dia, o Governo está dando incentivos, como a redução de ICMS. De acordo com o subsecretário de Agricultura de Macaé, a prefeitura está empenhada em promover e colaborar com esse projeto. “A produção da cooperativa de leite de Macaé já chegou a ser de 60 mil litros por dia, hoje, é de 10 mil. O produtor quer crescer e agora, eles estão motivados para retomar a produção, melhorando a qualidade do rebanho, investindo na higiene e alimento.” (Prefeitura de Macaé/RJ)
Leite/MG – O consumidor não entende o motivo pelo qual preço do produto subiu neste período em todos os supermercados. O preço do litro do leite chegou a um patamar que não cabe mais no bolso do consumidor. Até em promoções ele custa caro, mesmo assim o produto está provocando briga nos supermercados, porque algumas marcas estão em falta. “No ano passado, tivemos problemas com a subida do preço, mas não houve desabastecimento. Estávamos no auge da inflação dos alimentos, que durou o primeiro semestre inteiro e juntou com a entressafra. Este ano é diferente. Não há pressão internacional, as commodities estão em queda, mas a expectativa que o preço continue o mesmo até agosto”, disse Regina Camargos, economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Uma promoção feita na semana passada por um hipermercado de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acabou em confusão. (O Tempo)
Queijo – Um queijo produzido com uma técnica nova está conquistando o gosto de muita gente na região serrana do Espírito Santo. Ele é do tipo minas, mas não tem lactose. E é ideal para quem não pode ingerir o açúcar natural encontrado no leite e em seus derivados. Para se chegar a esse resultado foi necessária muita pesquisa. Foram mais de cinco anos, no laboratório longe do campo. Não foi fácil chegar à dose certa da solução à base de lactase, a enzima que ajuda a digerir a lactose. O queijo sem lactose segue o caminho do agroturismo. É um caminho saboroso de pães, doces, frutas e queijos que enchem os olhos. O produto custa uma média de 30% mais caro. (Globo Rural)
Congressos – Os olhares do país se voltam para Juiz de Fora, que sedia, pela primeira vez e simultaneamente, o 26º Congresso Nacional de Laticínios, promovido pelo Instituto Cândido Tostes, e o 7º Congresso Internacional do Leite – Fórum das Américas, realizado pela Embrapa. A abertura oficial dos dois eventos, que prometem reunir mais de 15 mil pessoas até quinta-feira, aconteceu ontem, em solenidade que reuniu lideranças políticas e empresariais de todo o país. (Tribuna de Minas)
Fórum/RS – A Universidade de Cruz Alta, através do Curso de Medicina Veterinária em parceria com a Cooperativa Central Gaúcha Ltda- CCGL, promovem a XII edição do Fórum Produção Pecuária – Leite dias 11 e 12 de agosto. A programação acontece na Casa de Cultura Justino Martins e é destinada a produtores rurais, médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, técnicos, acadêmicos dos Cursos de Medicina Veterinária, Agronomia, Zootecnia, entre outros. Esta edição do Fórum tem como objetivos discutir alternativas para viabilizar o aumento na produção de leite na região e oportunizar integração, troca de idéias, conhecimentos e experiência entre produtores rurais e profissionais da área. (Unicruz)
Inovação – Por meio do Sistema Mineiro de Inovação (Simi) e do Polo de Excelência do Leite, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes) promove o Encontro de Inovação de Leite e Derivados, no dia 16 de julho, quinta, às 14h, no Salão VIP do Expominas, em Juiz de Fora, MG. O Encontro faz parte da programação do 7º Congresso Internacional do Leite e reunirá representantes, pesquisadores e stakeholders do setor com o objetivo de debater e analisar as oportunidades, bem como articular os atores pela inovação tecnológica. (Simi/MG)
Leite/UE – Menos de uma semana depois da reunião do G8, em que líderes internacionais se posicionaram contra o protecionismo, um posicionamento da União Européia (UE) chama a atenção. O bloco decidiu que pretende manter subsídios à produção de lácteos pelo menos até 2011. O Brasil criticou a decisão dos europeus e disse que a Organização Mundial do Comércio não dá atenção necessária ao problema. Já o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, reafirmou que, em tempo de crise, barreiras comerciais podem ser perigosas. A política de ajuda ao setor lácteo da Europa venceria no mês que vem. Mas as autoridades da UE disseram que os subsídios vão ajudar os produtores a enfrentar a crise e podem ser mantidos até 2011, medida que vai na contramão do discurso de autoridades internacionais na última reunião do G8, na Itália. (Canal Rural)
Espanha – Os produtos de primeira necessidade começaram a cair de preço nos supermercados espanhois, depois de meses de alta, com destaque para o leite. O preço médio do litro de leite de marcas de distribuição passou de 0,76 para 0,65 de euros, enquanto o pacote de 4 unidades de iogurte passou de 0,61 para 0,56 de euros. A redução foi menos significativa nas marcas de fábrica, tendo em conta que os aumentos anteriores também tinham sido maiores nos itens da distribuição. (InverNews)
Negócios
Pão de Açúcar – As vendas do Grupo Pão de Açúcar totalizaram R$ 10,9 bilhões no primeiro semestre, com crescimento de 10,7% sobre o mesmo período do ano passado. Considerando apenas o segundo trimestre, houve alta de 15,4%, chegando a R$ 5,6 bilhões. (Folha de SP)
Agronegócio – Embora tenha conseguido retomar o crescimento das exportações em dólar no mês de junho, a balança comercial do agronegócio teve queda de 6,9% nas vendas do primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Enquanto, nos seis primeiros meses do ano passado, o país tinha vendido US$ 33,785 bilhões em produtos agropecuários, o resultado agora foi de US$ 31,443 bilhões. (Agência Brasil)
Setoriais
Produtividade – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acaba de divulgar a atualização do estudo Fontes e Crescimento da Agricultura Brasileira (José Garcia Gasques, Eliana Teles Bastos e Mirian R. P. Bacchi – Mapa, julho de 2009), confirmando mais uma vez que “o aumento da produtividade tem sido o principal fator de crescimento da agricultura brasileira”. O resultado é mais visível – e impressionante – se traduzido em quantidades de alguns produtos: em 1975 produziam-se, em 1 hectare, 10,8 quilos de carcaça de carne bovina; hoje são 38,6 quilos. Nesse mesmo período a área de pastagem passou de 165 para 171 milhões de hectares, (3,6%), uma expansão insignificante, o que no caso é altamente positivo. A produção de leite por hectare multiplicou-se por 3,6, e a de carne de aves saltou de 372,7 mil toneladas, em 1975, para 10,18 milhões, em 2008. (O Estado de SP)
Milho – No momento em que o Brasil tenta se firmar como exportador de milho, a quebra na safra da Argentina, um dos maiores fornecedores mundiais do cereal, permite que o produto brasileiro chegue a novos destinos. A quebra da safra de grãos ar¬¬gentina abriu novos mercados para o milho brasileiro e permitiu que o país exportasse 38% mais soja no primeiro semestre de 2009. Foram 19 milhões de toneladas da oleaginosa exportadas entre janeiro e junho deste ano, contra 16,8 milhões de toneladas em igual período de 2008. (Gazeta do Povo – PR)
Soja – Na contramão do crescimento das exportações de soja em grão, o consumo interno irá recuar em 2009, prevê a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Para a associação, 43% da produção nacional, estimada em 57,4 milhões de toneladas, será pro¬cessada. Uma queda de 1% na comparação com o ano-comercial anterior, encerrado em janeiro de 2009. O esmagamento vai render ao país 24,1 milhões de toneladas de farelo e 6,05 milhões de toneladas de óleo de soja. O primeiro fica praticamente estável em relação ao ano anterior. O segundo apresenta queda de 2% ante o ciclo passado. (Gazeta do Povo – PR)
Soja/MT – Mato Grosso encerrou o primeiro semestre de 2009 contabilizando mais recordes para sua galeria de títulos obtidos por meio do comércio internacional. Depois de registrar o melhor mês de vendas, ao atingir o primeiro bilhão de dólares em negócios em um único mês em toda sua história, o Estado consolidou posição ao exportar 39% de toda a soja brasileira de janeiro a junho de 2009. (Diário de Cuiabá)
Maggi – O grupo André Maggi, um dos maiores exportadores de grãos do mundo, anunciou ontem que se tornou sócio majoritário da Denofa S.A., empresa norueguesa de esmagamento de soja. Somente uma das unidades da empresa processa 430 mil toneladas por ano. (Folha de SP)
Seguro – Com o desafio de evitar a repetição do endividamento no futuro, o Banco do Brasil (BB) faz algumas apostas, entre elas o seguro de preço para soja e milho. O público-alvo são médios produtores, pois o agricultor familiar conta com o PGPAF, e o comercial já opera com mercado futuro. Guedes estima que a nova modalidade represente 20% dos contratos de custeio das duas culturas nesta safra. Para popularizar o mecanismo, o banco fará palestras. (Correio do Povo – RS)
Fretes – Houve contração na demanda, mas a oferta de voos de carga continuou bastante grande – seja por meio de linhas puramente cargueiras, seja pelo uso dos porões de aeronaves de passageiros que fazem rotas de longo curso. Um efeito evidente da sobra de espaço foi a queda entre 25% e 30% das tarifas, fazendo empresas trocarem o frete marítimo pelo aéreo em alguns destinos. Apesar da redução de cargas para Estados Unidos e Europa, houve expansão para a Colômbia (onde a frequência de navios diminuiu) e para a Venezuela, cuja importação de alimentos perecíveis do Brasil, como leite e ovos, provocaram crescimento de 4% na carga aérea neste ano. (Valor Econômico)
Rastreabilidade – Governo e produtores trabalham para que a Guia de Trânsito Animal (GTA) seja implantada em todo o país até o final do ano. Por enquanto, apenas Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo estão com o sistema funcionando. A intenção é garantir que o gado brasileiro comercializado no país ou exportado tenha procedência legal. A GTA eletrônica vai ajudar principalmente os produtores da Amazônia que sofrem com a desconfiança quanto à origem dos animais. Alguns chegaram a ter as propriedades embargadas, acusados de criar gado na floresta. (Canal Rural)
Economia
Tributos – Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o ministro da Fazenda Guido Mantega disse que o governo brasileiro está preparando grandes cortes nos custos trabalhistas. Isso seria uma forma de estimular a produtividade e o crescimento econômico. O impacto no setor rural pode ser pequeno. Para o pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA) José Sidnei Gonçalves, o motivo é a informalidade. No agronegócio, as agroindústrias seriam as mais beneficiadas. “Toda a agroindústria vai ser beneficiada com essa desoneração. E que numa economia em crise, isso leva você a ter uma melhor condição de competitividade quando essa economia alavancar, quando ela crescer, você tem uma maior possibilidade de ampliar o emprego”, disse o pesquisador do IEA. (Canal Rural)
Impostos – A Câmara de Comércio Exterior (Camex) renovou até 31 de dezembro de 2010, o regime de ex-tarifários de 270 produtos, findo em 30 de junho de 2009. A maioria dos produtos beneficiados é do setor de bens de capital. A renovação do regime foi autorizada pelas resoluções 38 e 39, publicadas ontem no Diário Oficial da União. (Correio do Povo – RS)
Consumidor – A procura do consumidor por crédito cresceu 4% em junho na comparação com maio e superou os índices do início da crise econômica no Brasil, em outubro de 2008, segundo dados da Serasa. Junho representou o quarto mês consecutivo no crescimento da demanda do consumidor por crédito. (O Jornal – AL)
Saldo da Balança – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 639 milhões na segunda semana de julho. As exportações no período somaram US$ 2,719 bilhões, média diária de US$ 543,8 milhões, enquanto as importações ficaram em US$ 2,080 bilhões, média diária de US$ 416 milhões por dia útil. (Valor Econômico)
Varejo – As vendas do comércio varejista subiram 0,8% em maio na comparação com abril, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pela Agência Estado (de -0,40% a 0,90%). A alta quebra uma sequência de dois meses de queda nas vendas do setor. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Subsídios – Na semana passada, não faltaram promessas de não adotar medidas que distorcem o comércio mesmo com o pretexto de combater a crise. Também nessa segunda-feira, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, disse que a crise está longe do fim e que alguns países precisam acabar com barreiras protecionistas. Para ele, esse tipo de medida acaba isolando os mercados e aumentando as dificuldades em um momento de demanda reprimida. (Canal Rural)
Mercado BR – O grande potencial do mercado consumidor brasileiro virou alvo do Investimento Estrangeiro Direto (IED), enquanto o investimento total na economia do País encolhe. Entre janeiro e maio deste ano, os estrangeiros aplicaram aqui US$ 11,2 bilhões na ampliação da capacidade das fábricas, no comércio, na agricultura e nos serviços. “É a segunda maior cifra de IED da década para o período”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. (O Jornal – AL)
Pobreza – A crise internacional vai ter como consequência a volta de 8 milhões a 13 milhões de pessoas para um patamar abaixo da linha da pobreza na América Latina. A informação é de Pamela Cox, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, que diz que isso vai representar um aumento de 1 a 2 pontos na taxa de pobreza no continente. (Valor Online)
UE: subsídios aos lácteos serão ampliados até 2011
A União Europeia (UE) anunciou ontem (13) que quer ampliar até 2011 os subsídios agrícolas para os produtores do setor lácteo para ajudá-los a enfrentar a crise econômica. A medida é vista como mais uma distorção no comércio e foi criticada pelo Brasil e vários outros países. Ontem, em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) para lidar exatamente com medidas protecionistas, o Brasil alertou para sinais de “nacionalismo” comercial em vários setores e criticou a OMC por não dar a atenção adequada ao impacto negativo dos pacotes de estímulo no comércio.
Nos últimos encontros do G-20 e do G-8, governos de todo o mundo insistiram em fazer promessas de que não recorreriam a medidas que distorcem o comércio para proteger seus trabalhadores diante da pior crise em 70 anos. Mas cresce o número de governos que cede à pressão de seus eleitores e setores organizados. Em uma demonstração nítida de que a pressão protecionista ganha terreno, os ministros de Agricultura da UE decidiram ontem prolongar os subsídios, diante da queda da demanda e da superprodução que já existe na região.
O plano, que venceria em agosto, era para ter sido uma ajuda temporária, mas agora a previsão é de que seja ampliado até fevereiro de 2010 ou mesmo até 2011. A UE simplesmente irá comprar o excedente produzido pelas empresas de produtos lácteos da região, mantendo os preços de forma artificial e prejudicando concorrentes externos.
Segundo os europeus, a queda no preço do leite fez com que a renda dos produtores também sofresse uma redução. “No médio prazo, esperamos que a demanda volte a crescer e que os preços se estabilizem”, afirmou a comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel.
O retorno dos subsídios foi duramente atacado pelo Itamaraty. O embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo, fez questão de criticar um levantamento feito pela entidade. Segundo ele, os subsídios agrícolas não haviam recebido a atenção adequada por parte da secretaria da OMC.
“O Brasil está desapontado com a falta de ênfase do relatório sobre a reintrodução de subsídios à exportação de leite, exatamente quando os preços estão em queda. Os subsídios vão agravar ainda mais a situação”, disse Azevedo. Ele também quer saber qual o valor dos subsídios no setor do algodão.
A matéria é de Jamil Chade