Notícias 14.05.2010

Produtores de leite aceitam os 5% oferecidos pela Fazenda

O crédito presumido será para a produção de queijo

 Os integrantes da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil) aceitaram a proposta da Secretaria da Fazenda em dar crédito presumido de 5% na entrada do leite para a elaboração de queijo limitado a produção de 40.000 mil litros/dia, não incluindo a bebida láctea. Conforme o secretário-adjunto da Secretaria Estadual da Fazenda, Leonardo Gaffree Dias, “o próximo passo é a reunião que ocorrerá na semana que vem com o Sindilat onde vamos explicar a situação a eles. Sobre a bebida láctea, estudaremos no segundo semestre. Já referente aos 7% solicitado pela categoria, nos comprometemos em realizar um estudo mais aprofundado para tentar achar a viabilidade de concretizar essa proposta.”Conforme o presidente da Apil, Clovis Roesler, “aceitamos os 5% mas queremos que a Fazenda analise a possibilidade de nos dar os 7%, além de incluir a bebida láctea. Saímos daqui com a satisfação de termos sido recebidos tanto pelo Secretário da Fazenda como pelo Secretário-Adjunto durante as negociações que começaram em 2009. Estamos satisfeitos com o Governo por nos ouvir e ponderar nossa proposta e o apoio da deputada Zilá Breitenbach (PSDB) foi imprescindível nas negociações.”Ao todo já foram quatro reuniões.  Em abril, os integrantes da Apil estiveram propondo ao Secretário da Fazenda o crédito presumido sobre a matéria prima de 7% do ICMS para queijo e bebida láctea para quem produz até 50 mil litros/dia. (Camila Ferro)

 Balança Lácteos – Veja, abaixo, as tabelas abertas do saldo da balança comercial de produtos lácteos. Primeira tabela: saldo comercial em abril de 2010 comparado com abril de 2009; Segunda tabela: saldo comercial em abril de 2010 comparado com março de 2010; Terceira tabela: saldos acumulados de janeiro de 2010 a abril de 2010 comparados com o mesmo período de 2009. (www.terraviva.com.br)

 

Laticínios – O crédito presumido para laticínios d eve ser de 5% na aquisição de até 40 mil litros para processamento por dia. Segundo o presidente da Apil, Clóvis Roesler, a proposta foi apresentada pelo secretário adjunto da Fazenda, Leonardo Gaffrée, em resposta ao pedido de 7%. A Fazenda confirmou a negociação, mas os valores não teriam sido fechados. (Correio do Povo/RS)

PAA – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, anunciou ontem, em Porto Alegre, que serão investidos R$ 40 milhões na compra de leite de produtores gaúchos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com limite de R$ 8 mil por família. E prometeu que o recurso chegará às mãos dos agricultores já na próxima semana. Os R$ 40 milhões serão aplicados em duas modalidades: Compra Direta da Agricultura Familiar e Apoio à Formação de Estoques pela Agricultura Familiar. Cassel acredita que é necessário intervir para evitar queda de preços do leite no Rio Grande do Sul. Ele destacou que o prod uto representa capital de giro para o produtor. O leite terá como destino cestas básicas, merenda escolar e outros programas nacionais. (Correio do Povo/RS)

Balança – O déficit na balança comercial de lácteos aumentou 420% em abril na comparação com os números de março, atingindo valor negativo de US$ 19,05 milhões. O valor é resultado de US$ 13,4 milhões em exportações e US$ 32,5 milhões em importações. Em março deste ano, o saldo negativo na balança de lácteos havia atingido US$ 3,65 milhões, representando US$ 12,07 milhões em exportações e US$ 15,72 milhões em importações. Em abril do ano passado, a balança comercial de lácteos foi deficitária em US$ 6,21 milhões, ou seja, houve um crescimento de 206% do resultado negativo na comparação com abril deste ano. (Jornal do Comércio/RS)

Leite/RS – O mercado gaúcho de laticínios nunca esteve tão aquecido. Com investimentos somados de até R $ 400 milhões, adicionaram à capacidade de beneficiamento local pelo menos em 5 milhões de litros de leite/dia. O Estado alcançou condições de industrializar 15,2 milhões de litros/dia. O resultado disso é que a maior parte das indústrias gaúchas está trabalhando com ociosidade. Estimativa do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) aponta que seria necessário aumentar a produção estadual em até 70% para atender a essa capacidade. O problema é que a produção no campo, estimada atualmente em 9 milhões de litros de leite por dia, não acompanhou esse boom e deixou máquinas paradas por falta de matéria-prima. (Zero Hora/RS)

Leite em pó/RS – Até 2007, a maior parte da indústria gaúcha produzia leite em saquinhos ou em embalagens longa vida. De lá para cá, o investimento em unidades com capacidade para produzir o leite em pó está mudando a realidade do setor. De todo leite captado no campo, no ano passado, pelo menos 30% foram transformados em pó. A previsão é de que em cinco anos metade do leite produzido no estado vire leite em pó. A Cooperativa Sul-Rio Grandense de Laticínios Ltda (Cosulati), que tem unidade em Capão do Leão, aposta no produto para sobreviver à concorrência com grandes grupos lácteos. Pioneira na fabricação desse derivado, hoje destina 80% do leite captado para esse fim. (Zero Hora/RS)

Chortitzer – A cooperativa paraguaia Chortitzer Ltda anunciou que vai encerrar as atividades da unidade sul-mato-grossense, Chortitzer Komitee, e culpou os altos impostos estaduais pela decisão. A empresa distribuía cerca de 25 mil litros de leite por dia a partir de Campo Grande. (Midiamaxnews)

Produção/Oceania – A produção de leite na Nova Zelândia caiu acentuadamente na Ilha Norte, onde a falta de umidade reduziu o crescimento das pastagens, e os produtores anteciparam o fi m da temporada, ou ordenhando o rebanho apenas uma vez, ou secando as vacas. Na Ilha Sul houve aumento de 8%, em relação ao ano passado, mas o peso da produção total do país é pequeno. Nessas condições, é difícil acreditar que o volume de leite desta temporada possa superar o da safra 2008/2009. Na Austrália, embora nos nove primeiros meses da temporada 2009/2010 o volume de leite produzido tenha ficado 5,8% menor que o período 2008/2009, os analistas estão otimistas, prevendo uma queda final de 4%, tendo em vista a boa recuperação que vem ocorrendo neste último trimestre. (Usda)

Preços/Oceania – Os preços das commodities lácteas continuam firmes. O ligeiro recuo apresentado no último leilão da Fonterra não surpreendeu os analistas que já estavam preocupados com os aumentos ocorridos nos últimos tempos. O declínio abrupto da produção neozelandesa alterou muito tarde a programação das indústr ias, desequilibrando os estoques, que agora estão aquém das necessidades projetadas. O curioso foi os preços do leite em pó caírem nos contratos de curto prazo. As negociações de queijo já estão sendo feitas só para depois do início da temporada 2010/2011. Com relação à manteiga, os comerciantes começam a ter problemas para atender os compromissos. (Usda)

 

 

Europa – Surpreendentemente a produção de leite na Europa está aumentando nas últimas semanas. Em muitos países o volume já está maior do que no ano passado nessa mesma época. O clima de primavera ficou atrasado em 2 ou 3 semanas, em relação há anos anteriores, mas as condições meteorológicas atuais são favoráveis. Observadores não acreditam que isso seja duradouro, e o clima pode ficar frio e úmido novamente. O Comitê de Negócios Lácteos reunido no dia 6 de maio, não viu mudanças significativas no mercado de produtos lácteos. A produção excedente de leite tem sido deslocada para a fabricação de produtos com estoques baixos, como o butter oil, ou queijos, cuja demanda russa continua forte. O leite em pó tem sido industrializado de acordo com os interesses dos compradores domésticos e internacionais. 

 

 

 

Negócios

Búfalos – Estará à venda no campo experimental da Embrapa Rondônia, 26 machos da raça murrah com aproximadamente um ano de vida. Os reprodutores com características genéticas para ganho de peso e produção de leite poderão ser adquiridos através de carta consulta nesta sexta-feira, dia 14. O preço terá como patamar inicial o valor da arroba de vaca leiteira. Os animais foram acompanhados desde o nascimento pelos pesquisadores da Embrapa Rondônia, permitindo a comparação com búfalos de outras partes do país. Ao nascer, os bezerros tinham em média 42 quilos, contra 37,7 quilos em média observados em estudos realizados em São Paulo. Além dos reprodutores, serão colocadas à venda 23 fêmeas, algumas com bezerros. A raça murrah tem como característica a docilidade e a produção de leite. (Nordeste Rural)

Agroleite – O Agroleite 2010, principal evento do setor leiteiro nacional, que acontece de 10 a 14 de agosto, no Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro (PR), já registra 90% dos espaços vendidos. Em sua 10 edição a feira, que terá como tema central a vitrine da tecnologia do leite no Brasil, vai destacar o potencial produtivo da região. Castro consolida-se há vários anos em primeiro lugar como município de maior produção anual de leite, mantendo uma segura distância do segundo colocado, o município de Marechal Cândido Rondon. Nos cinco dias do evento são esperadas 42 mil pessoas. Em negócios a feira pretende comercializar R$ 10,5 milhões. Ao todo 120 empresas vão expor seus produtos e serviços. (Safras)

Papelão – O ritmo de vendas da indústria brasileira de papelão ondulado continuou forte em abril, segundo dados preliminares divulgados pela Associação Brasil eira do Papelão Ondulado (ABPO). O setor comercializou 207,924 mil toneladas no mês passado, uma expansão de 18,27% em relação a igual período de 2009. No acumulado de janeiro a abril, as vendas do setor somaram 809,489 mil toneladas, expansão de 19,34% ante o primeiro quadrimestre de 2009. A média mensal de vendas do setor em 2010 é de 202,372 mil toneladas, o equivalente a uma expansão de 6,8% em relação à média mensal do acumulado de 2009, que foi de 189,489 mil toneladas. (Agência Estado)

JBS – A JBS teve lucro líquido de R$ 99,4 milhões no primeiro trimestre de 2010. O resultado representa uma mudança de direção em relação ao montante apurado nos três primeiros meses do ano passado, quando a empresa registrou prejuízo de R$ 322,7 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 862 milhões, quatro vezes mais do que os R$ 211,5 milhões de janeiro a março de 2009. A mar gem Ebitda saiu de 2,3% para 6,9%. A receita líquida ficou em R$ 12,550 bilhões, expansão de 35,4% perante os R$ 9,267 bilhões do trimestre inicial do ano passado. (Valor Econômico)

Setoriais

Milho – Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil exportou menos de 2 milhões de toneladas de milho, muito abaixo dos 7 milhões a 10 milhões de toneladas que analistas e o próprio governo consideram ser necessário embarcar ao exterior este ano para evitar que os preços internos do grão afundem numa temporada de safrinha recorde. Real valorizado em relação ao dólar, que deixa o milho brasileiro caro no exterior na comparação com outros produtores, e concorrência forte da Argentina, que voltou ao mercado depois de um ano de quebra na safra, explicam as exportações ainda aquém do esperado. No mesmo período de 2009, as vendas externas do Br asil somaram 2,927 milhões de toneladas. (Valor Econômico)

Commodities – As turbulências financeiras derivadas da crise europeia, a valorização do dólar no mercado internacional e o aperto monetário chinês no início deste ano deverão resultar em preços menores das commodities – inclusive não agrícolas – no fim deste ano. O diagnóstico é de Fabio Silveira, da RC Consultores. Em suas projeções, em dezembro as cotações estarão 5% abaixo dos patamares praticados no mesmo mês do ano passado. Trata-se de uma visão geral, e a variação negativa estimada é para o índice internacional CRB. (Valor Econômico)

 

Economia

IGP-10 – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou em maio e subiu 1,11% este mês, após avançar 0,63% em abril, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A FGV também divulgou o resultado dos três indicadores que compõem ao IGP-10 de maio. O Índice de Preços por Atacado – 10 (IPA-10) teve alta de 1,34% este mês, após subir 0,51% em abril. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10) desacelerou para 0,64% em maio, em comparação com a alta de 0,80% no quarto mês do ano. Já o Índice Nacional de Custos da Construção – 10 (INCC-10) teve taxa positiva de 0,77% em maio, em comparação com o aumento de 1,01% em abril. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Alimentos – O Brasil pode chegar a 2050 como um dos líderes na produção mundial de alimentos. Essa é uma das conclusões do Fórum de Agricultura. A oferta de comida precisa dobrar nos próximo s 40 anos e a demanda por combustíveis deve crescer ainda mais. Muitas dúvidas ainda precisam de resposta: plantar para alimentar pessoas ou abastecer veículos? Usar a água para matar a sede ou irrigar lavouras? O certo é que o sistema de cultivo precisa mudar. Todos concordam que o Brasil tem potencial para expandir a produção de alimentos e de biocombustíveis. Porém, o país ainda vai ter que superar alguns obstáculos. Um deles é a falta de integração nas ações do governo. Outro desafio é trabalhar em conjunto com os demais países latinos. (Canal Rural)

Rússia – O governo brasileiro quer não só ampliar o valor do comércio com a Rússia, depois de uma queda de 40% por causa da crise mundial, mas também diversificar as exportações, que hoje são concentradas em produtos alimentícios. “Queremos mostrar que temos outras coisas para oferecer; novos produtos. Não podemos ficar só na exportação de carne e importação de petróleo”, disse Nor ton Rapesta, diretor do departamento de promoção comercial do Itamaraty. (Jornal do Comércio/RS)

Associação das Pequenas e
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