Notícias 14.04.09

Importações – Os números preliminares da média diária de abril de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 22,56% menores que a média de março de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Barreiras – A criação de barreiras à importação de leite em pó do Mercosul, especialmente da Argentina, foi reivindicada, ontem, pelo secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, em audiência pública, com a bancada federal gaúcha. Segundo ele, a entrada do produto a preço inferior ao praticado no Brasil, pode afetar a continuidade de investimentos na área e reduzir o valor pago ao produtor. Em março de 2008, as importações de leite em pó da Argentina somaram 2 toneladas e, no mesmo mês deste ano, 11,7 toneladas. ‘O preço ofertado pela Argentina é muito aquém do custo de produção. Para sermos competitivos, teríamos que pagar a metade ao produtor.’ Enquanto no RS, o litro vale R$ 0,60, o do vizinho custa R$ 0,38. Palharini destacou que o leite importado tem como destino o centro do país, onde as indústrias da região Sul também vendem seus produtos. ‘Não sei se criar uma cota seria a posição mais correta, mas é preciso negociar para que este saldo não fique tão a favor da Argentina’. (Correio do Povo/RS)

Balde Cheio – Acontece nesta terça-feira (14), a terceira rodada de sensibilização do projeto “Balde Cheio”. O encontro será às 9h no auditório do Mapa, em Várzea Grande. O projeto recebe apoio da Embrapa, Sebrae, Famato, Sindicato das Indústrias de Laticínio do Estado de Mato Grosso (Sindilat), além do governo do Estado. O foco dos encontros é fortalecer a Cadeia Produtiva do Leite entre os Consórcios Intermunicipais. De acordo com o coordenador da Cadeia Produtiva do Leite, Carlos Guilherme Dorilêo Leite, a proposta inicial do governo do Estado é atender cerca de 10 mil produtores em um prazo de cinco anos. Segundo o coordenador da Cadeia Produtiva, o objetivo principal é a capacitação do produtor e também dos técnicos e profissionais do setor. Ele destacou a importância da participação das entidades ligadas ao programa no sentido de fomentar a produção leiteira de Mato Grosso. “De fato, além da produtividade é possível produzir, com lucro, leite em pequenas propriedades, garantindo a fixação do pecuarista no campo”, apontou Carlos Guilherme Dorilêo Leite. (Diário de Cuiabá/MT)

 

Preço do Leite – O valor bruto do leite pago aos produtores em março teve alta de 1,78%, o que representou R$ 0,01 a mais no preço do litro, que ficou em R$ 0,6087. A média nacional – ponderada por volume – foi calculada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e abrange sete estados, incluindo Minas Gerais. O valor médio pago aos produtores mineiros teve alta de 2,43%, ficando em R$ 0,6057/litro. Em função deste pequeno incremento, que interrompe uma sequência de queda, a expectativa para o segmento é de estabilidade nos preços. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Alessandro José Rios de Carvalho, naturalmente o período é de certa alta nos preços em função da menor produção de leite no país, explicou. “Está ocorrendo um sinal claro de potencial estabilidade nos preços para o produtor e a expectativa é que a partir de maio ocorra alguma reação, ainda que lenta”, projetou. De acordo com Carvalho, os preços do leite em pó e queijos (mussarela e prato) estão muito baixos e ainda sofrem concorrência quando os produtos são fabricados com leite importado da Argentina, dentro do regime especial do Mercosul, que chegam a preços mais baixos no país. “Se este cenário permanecer, o segmento não vai ter capital para aumentar o valor pago pelo litro ao produtor, podendo afetar a produção”, alertou. No mercado, atualmente, os preços do queijo prato e mussarela estão em torno de R$ 7,00 o quilo para o produtor enquanto que no início do ano o preço estava entre R$ 8,00 e R$ 8,40 por quilo, comparou o dirigente. Por sua vez, o leite em pó se mantém estável no mercado internacional, com cotação em torno de US$ 2,5 mil a tonelada, o que pressiona para baixo os preços no mercado interno, uma vez que uma parte da produção está ficando no mercado nacional, explicou. Para o dirigente, caso as importações de leite sejam reduzidas, o setor poderá ter recomposição de preços e uma possível alta, conseguindo ser mais significativa para o produtor.(Diário do Comércio/MG)

Uruguai – A Conaprole anunciará o preço do leite para o mês de março, mantendo-o no mesmo nível de fevereiro. A produção dos cultivos de verão foi boa graças às chuvas, possibilitando fazer silo para alimentação de inverno e melhorando a expectativa do produtor. Mesmo assim muitos podem desaparecer, em consequência da baixa rentabilidade, queda dos preços e altos custos. Alejandro Pérez Viazzi, vice-presidente da Asociación Nacional de Productores de Leche, disse que o mercado internacional começa a melhorar, permitindo manter os preços pelo segundo mês consecutivo. Observou, no entanto, que a indústria deve se esforçar para transferir ao setor produtivo um pouco da renda, para evitar a perda de produtores. Pesquisas recentes constataram que alguns produtores deverão abandonar a atividade, se não forem restabelecidas as margens de lucro. (Infortambo – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Argentina – No encontro entre produtores do Oeste de Buenos Aires e a Mastellone não se chegou a um acordo sobre o preço do leite, mas foi decidido manter reuniões periódicas e a necessidade de melhorar a previsibilidade e informações entre a indústria e produtores. Agradecendo a disponibilidade da Mastellone em atender prontamente à convocação, os produtores expressaram a necessidade de mudar a forma atual de vínculo comercial entre a indústria e produtores, mantendo colaboração mútua, para solucionar problemas de curto e longo prazo. Os produtores enumeraram as mudanças ocorridas nos últimos tempos, e que melhoraram a capacidade de pagamento das indústrias: a) aumento dos preços internacionais; b) desvalorização do peso; c) queda de impostos. Consideraram que por isso, não só é urgente, mas também possível que repasse aos produtores parte desse ganho, melhorando os atuais preços do leite. (Infortambo – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

ARG: Peços de Exportação se mantém estáveis – A Argentina exportou 12.341 toneladas de leite em pó integral a granel em março, contra 13.624 toneladas em fevereiro, a um valor médio de US$ 2.213 por tonelada, um preço 1,5% superior ao registrado no mês passado (US$ 2.180/tonelada). Entre os meses de janeiro e agosto de 2008, os preços médios mensais de exportação de leite em pó integral a granel da Argentina foram sempre superiores a US$ 4.000 por tonelada, com um pico de US$ 4.422 por tonelada FOB em abril. Porém, a partir de setembro, o preço começou a cair para menos de US$ 3.500 por tonelada e, desde então, não parou de cair até janeiro de 2009, quando chegaram ao mínimo de US$ 1.984 por tonelada. De qualquer forma, o alcance de preços declarados segue registrando uma ampla dispersão, com uma brecha de 86% entre o valor superior e inferior. Os principais destinos declarados em fevereiro foram Venezuela, com 40,5% do total; Brasil, com 14,6%; Nigéria, com 12,1%; e Senegal, com 7,3%.(MilkPoint)

Mastellone – Os representantes da Mastellone disseram compreender e estar conscientes da difícil situação dos produtores, mas na realidade a indústria precisa cobrir perdas para melhorar os balanços e facilitar a obtenção de créditos para pagamento de dívidas da empresa. Os produtores discordaram, acreditando que os fornecedores de matéria prima vêm em primeiro lugar, e criticaram a atitude da empresa em fixar um percentual de leite “exportação” para abril e maio, que será pago a preço menor. Apesar das enormes dificuldades do momento, os produtores não devem perder de vista o médio e longo prazo do negócio, e é preciso muita união e trabalho para mudar o vínculo com a indústria, até que se consiga uma relação mútua de colaboração mais equilibrada. (Infortambo – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Negócios

Pão de açúcar – O Grupo Pão de Açúcar teve no primeiro trimestre do ano vendas brutas 6% maiores em relação ao mesmo período de 2008, totalizando R$ 5,3 bilhões. As vendas líquidas foram de R$ 4,6 bilhões – alta de 9,4% no período. Na comparação pelo critério “mesmas lojas” (excluindo as abertas nos últimos 12 meses), as vendas brutas cresceram 4,6%, enquanto as líquidas tiveram alta de 7,9%. O desempenho de vendas no conceito “mesmas lojas” continuou a apresentar crescimento expressivo nos meses de janeiro e fevereiro, superior às expectativas da companhia e acima da inflação. Ainda no conceito “mesmas lojas”, os produtos alimentícios apresentaram crescimento em vendas brutas de 3,1%, em função do efeito sazonal da Páscoa ocorrido em março do ano passado, com destaque para as categorias de bebidas, perfumaria e limpeza e perecíveis. (Valor Econômico/InvestNews)

 

Setoriais

Laboratório – O Senai de Londrina inaugura o Laboratório de Medida Exata (metrologia e alimentos) para analisar produtos alimentícios e ferramentas para produção metalúrgica, durante a 5ª edição da Feira de Eletromecânica e Eletrônica 2009. O novo espaço de análise é pioneiro no Paraná, e agregará confiabilidade e competitividade aos produtos de 2,5 mil empresas metalúrgicas e outras 1,6 mil do setor alimentício da região de Londrina. O Laboratório de Medida Exata é dividido em duas unidades: metrologia e de alimentos, obedecendo às exigências técnicas do Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO). O de alimentos obedece às exigências legais do Ministério da Agricultura. Serão analisados grãos, alimentos processados, cereais, carne e leite, avaliando e certificando a composição e qualidade nutricional. Micros e pequenas podem procurar o Sebrae ou o próprio Senai para receberem o bônus metrológico, que garantirá um custo menor nas análises. (Folha de Londrina/PR)

Agronegócio – A crise financeira mundial atingiu em cheio o agronegócio brasileiro. O maior reflexo é o fechamento de postos de trabalho no campo. De acordo com o Ministério do Trabalho, o agronegócio brasileiro perdeu cerca de 153 mil empregos. A indústria frigorífica foi uma das que mais demitiu: segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), os postos de trabalho fechados neste segmento podem superar 50 mil. Na agroindústria, pelo menos 53 mil vagas foram perdidas no período. O setor sucroalcooleiro viu 15 projetos de novas usinas serem adiados, deixando de lado a contratação de 22 mil trabalhadores, segundo dados da Unica. De acordo com a Anfavea, na indústria de máquinas agrícolas, mais 1,5 mil pessoas perderam seus empregos nos últimos seis meses. (Canal Rural)

Seca – Sete municípios de Santa Catarina estão em situação de emergência por causa da seca. O problema é mais crítico no oeste do estado. Em Chapecó, as propriedades agrícolas dependem dos caminhões-pipa. Não chove em boa quantidade na região desde 27 de fevereiro. Oitenta mil litros de água chegam diariamente às propriedades que mais sofrem com a estiagem. As pastagens de outra propriedade estão praticamente secas, o que prejudica a alimentação do gado. Com isso, a produção de leite já baixou cerca de 50%. Ivete Girardi tirava 450 litros de leite por dia. Agora, só consegue cerca de 200 litros. Sem pastagem suficiente para alimentar as vacas, ela ainda está gastando mais com ração e sais minerais. “Tem que dar uma medida só para manter”, afirmou. (G1)

Economia

Balança – A balança comercial teve superávit de 749 milhões de dólares na segunda semana do mês, acumulando 1,34 bilhão em abril. A média diária das importações foi de 415,4 milhões, 29,2% abaixo da média de abril de 2008. A média/dia das exportações alcançou 606,4 milhões, queda de 9,4%. (Correio do Povo/RS)

Cesta/SP – O preço da cesta básica em São Paulo subiu 0,66%, no período de 3 a 9 de abril, segundo pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). O preço médio, que no dia 2 de abril era de R$ 282,51, passou para R$ 284,38. Na variação semanal, dos 31 produtos pesquisados, 20 apresentaram alta de preços, 6 baixaram e apenas cinco permaneceram estáveis. Entre os destaques, o grupo de limpeza subiu 1,57%, higiene pessoal avançou 1,02%, seguidos por alimentação que aumentou 0,50%. (InvestNews)

ICMS – A redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos alimentos quase não trouxe efeitos práticos para o bolso do consumidor. Desde o início de abril, vários itens de alimentação tiveram a alíquota do tributo diminuído de 18% para 12% por conta da minirreforma tributária realizada pelo governo do Estado. Um levantamento realizado pelo serviço Disque Economia da Secretaria de Abastecimento de Curitiba, a pedido da Folha, mostra que, na média, o preço dos alimentos e produtos de higiene caiu apenas 0,58%. A pesquisa foi realizada com base nos preços dos dias 4, 11, 18 e 25 de março e 1º e 8 de abril em 16 supermercados de Curitiba. O Disque Economia pesquisa diariamente o preço de 268 itens. O coordenador do serviço, Henri Paulo Lira, acredita que a medida de redução do ICMS só vai ter repercussão para o consumidor final daqui um mês. ”Depende do estoque e do giro dos supermercados”, disse. (Folha de Londrina/PR)

Indústria – O nível de emprego da indústria de transformação paulista recuou 0,2% em março ante o mês anterior, com ajuste sazonal. Os dados não ajustados, entretanto, mostram alta de 0,31% no mês passado. A variação sem ajuste equivale à abertura de 7,5 mil postos de trabalho. Apesar do pequeno recuo observado na versão com ajuste sazonal, pode perceber-se uma recuperação no emprego industrial paulista, visto que em fevereiro houve queda de 2,15% ante janeiro.Segundo levantamento divulgado há pouco pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o indicador registrou recuo de 5,34% em relação a março de 2008, com 133 mil empregos a menos. No acumulado do primeiro trimestre, o setor eliminou 66,5 mil vagas, o que representa uma variação negativa de 2,73% ante o número apresentado no fim de 2008. (Valor Online)

Globalização e Mercosul

OMC I – O Brasil alerta hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC) que governos estão driblando as regras internacionais e adotando um número cada vez maior de medidas protecionistas. Para o Itamaraty, o novo protecionismo é hoje mais sofisticado, o que está dificultando a abertura de queixas legais contra os países autores das novas barreiras nos tribunais internacionais. A solução, portanto, seria a conclusão da Rodada de Doha para limitar a atuação desses países. Hoje, a OMC reunirá os 150 países-membros e alertará que os governos não estão resistindo às pressões protecionistas diante da crise. A OMC ainda aponta que barreiras podem afetar o impacto dos planos de recuperação da economia mundial que estão sendo lançados. O Brasil insistirá que há uma alta no número de medidas protecionistas no mundo e que muitas políticas sequer têm seu impacto ainda conhecido. O temor é de que, mesmo as medidas que aparentemente estejam dentro das regras, acabem distorcendo o mercado mundial e prejudicando exportadores de países emergentes. Por isso, o embaixador brasileiro, Roberto Azevedo, pedirá na OMC que a Rodada de Doha seja concluída para que se possa reduzir a margem de manobra dos países ricos em criar políticas que acabam prejudicando os países emergentes. Subsídios e medidas para incentivar compras governamentais de fornecedores locais são duas dessas medidas que dificilmente conseguiriam ser condenadas nos tribunais, mas que prejudicam a competitividade dos produtos estrangeiros. A constatação do Brasil é de que, com as atuais regras, contestar as medidas protecionistas tem seus limites e países estão se aproveitando das lacunas para atuar. Por enquanto, porém, a Rodada de Doha ainda vive um momento de incerteza. (Jornal do Comércio/RS)

Commodities – Quebra de safra e apetite chinês estão trazendo os fundos especulativos de volta ao mercado de commodities agrícolas. A porta de entrada está sendo a soja em razão do aumento da demanda pelos asiáticos. O Brasil tem sido um dos maiores beneficiados por esse crescimento. Até março, a China mais que dobrou as importações de soja em grão do País, para 1,48 milhão de toneladas ante 675 mil toneladas no primeiro trimestre do ano passado. Na última semana, quando os chineses compraram 110 mil toneladas da oleaginosa de origem norte-americana, em um único dia os fundos compraram cerca de 4 mil lotes futuros, o que equivale a 544 mil toneladas de soja. Durante o mês de março, o interesse desses grupos de investimentos voltou a se direcionar para o mercado de soja. (DCI)

Danone – O argentino Mariano Lozano assume a presidência da Danone no Brasil em 4 de maio, substituindo o conterrâneo Gustavo Valle, que já está nos Estados Unidos, à frente da Dannon Company, subsidiária da multinacional francesa no país. Além da ascendência, os executivos têm em comum a La Serenissima no currículo. A fabricante de laticínios argentina formou uma joint venture com a Danone em 1996, para produção, venda e distribuição de produtos. No mercado platino, por sinal, a marca La Serenissima predomina, enquanto a da Danone é coadjuvante. Lozano terá um desafio maior pela frente. Até agora, o executivo comandava a Danone Clover, uma joint venture mantida pela multinacional francesa na África do Sul, país que está entre os 15 maiores mercados da Danone no mundo para produtos lácteos frescos (PLF). Já o Brasil figura na dianteira do ranking de PLF, entre os cinco grandes mercados mundiais. (Valor Econômico)

 

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