Notícias 13.05.09

Balança Lácteos – Veja, abaixo, as tabelas abertas do saldo da balança comercial de produtos lácteos. Primeira tabela: saldo comercial em abril de 2009 comparado com abril de 2008; Segunda tabela: saldo comercial em abril de 2009 comparado com março de 2009; Terceira tabela: saldos acumulados de janeiro de 2009 a abril de 2009 comparados com o mesmo período de 2008.

 

Preços/NZ – Os preços das commodities lácteas mostraram tendências mistas no Leilão da Fonterra, realizado ontem. O valor médio de US$ 2.144/ton. para todos os produtos e períodos contratuais foi 4,1% menor que no mês passado. Porém os contratos para entrega em julho aumentaram 1,6% em relação ao mês passado, enquanto os contratos para os dois períodos subseqüentes caíram 6,9% e 6,3% respectivamente. “O mercado continua cauteloso, e o resultado confirma as expectativas. Os preços dos lácteos no médio e longo prazo continuam incertos. Esperamos, no entanto, que, eles se mantenham nos níveis atuais”, disse Nigel Kuzemko, diretor da Fonterra Global Trade. (Fonterra – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 

 

Protestos/França – Cerca de 50 produtores de leite protestaram contra a baixa no preço do leite, colocando tratores e animais diante das portas da usina da Danone no Norte da França. De acordo com os dirigentes sindicais o preço de 303 euros por mil litros de leite, em abril de 2008, caiu para 211 euros em abril desse ano. O produtor Max Bottier estima uma perda de 3.000 euros em abril, com a sua cota de 500.000 litros de leite mensal. Outros 60 produtores, no sul do país, jogaram leite e leite em pó nos representantes da Lactalis [maior receptora de leite francesa], que ajustou, unilateralmente, o preço do leite para 200 euros por mil litros. A Federação Nacional dos Produtores de Leite (FNPL) anunciou no dia 05 de maio o fracasso total das negociações sobre o preço do leite, e alertou as cooperativas e indústrias sobre o risco de protestos. (Agrisalon )

Negócios

Sorvetes – A indústria de sorvetes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) está de vento em popa. De 2006 à 2008, as 20 fábricas associadas ao Sindsorvetes experimentaram crescimento no faturamento global na ordem de 62%. A expectativa para 2009 é manter os mesmos números. O segredo para o avanço está no Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), utilizado pelas empresas desde 2006. No intervalo de dois anos, as 20 empresas fabricaram juntas 10,96 milhões de litros – 86% superior ao volume produzido em 2006 (5,86 milhões de litros). Para Roberto Botão, presidente do Sindicato das Indústrias de Sorvete do Ceará, ´as ações de marketing, de vendas, custos, customização captadas pelos associados foi determinante para que juntos atingíssemos esse incremento´. (Diário do Nordeste/CE)

Pão de Açúcar – O Grupo Pão de Açúcar fechou o primeiro trimestre com crescimento de quase três vezes no lucro líquido. O resultado foi apoiado por controle de custos e aumento de vendas. O período, diferente do primeiro trimestre do ano passado, não incluiu o movimento do feriado da Páscoa. A empresa encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 94,9 milhões de reais ante 33,2 milhões de reais um ano antes. A companhia, que opera 600 lojas, informou que incluindo ajustes para tornar o resultado de janeiro a março de 2008 compatível, o resultado do primeiro trimestre do ano passado somou 74,5 milhões de reais. Este resultado gera um crescimento de 27,3% contra o primeiro trimestre de 2009. (O Tempo/MG)

Pão de queijo – O pão de queijo mais famoso do Brasil volta para as mãos dos mineiros. Nesta quarta-feira, a Forno de Minas passa a pertencer novamente à família Couto Mendonça, responsável pela receita e desenvolvimento do produto congelado que conquistou o Brasil na década de 1990. A negociação envolve tanto a marca quanto a fábrica, que fica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e emprega cerca de 500 funcionários. A assinatura do contrato será feita por representantes da gigante multinacional General Mills, dona da Forno de Minas desde 2001, e por Helder Mendonça, presidente da Laticínios Condessa e sócio da MK Empreendimentos. Os detalhes sobre as negociações entre a General Mills e a Laticínios Condessa serão informados nesta quarta-feira, depois da assinatura do contrato. (Estado de Minas)

Orgânicos – A princípio limitada a feiras especializadas e a um circuito de entrega em domicílios, a venda de alimentos orgânicos ocupa mais espaço nas prateleiras dos supermercados do país. Enquanto o Carrefour prefere não citar números, o Pão de Açúcar e o Wal-Mart relatam crescimento, respectivamente, da ordem de 40% e 20% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Isso para produtos que, com oferta ainda restrita, custam de 15% a até 100% mais que os considerados convencionais. (Folha de SP)

Crescimento – O apelo à vida saudável faz com que o mercado de alimentos orgânicos tenha crescimento expressivo ano a ano. A estimativa é que tenha movimentado, em todo o mundo, US$ 45 bilhões em 2008 e chegue a US$ 50 bilhões neste ano. Austrália e Brasil se destacam em área usada pela agropecuária orgânica, que deixa de lado insumos polêmicos, como sementes transgênicas. No consumo, a dianteira pertence a Estados Unidos e União Europeia, com Alemanha à frente. Norte-americanos e europeus também são importantes produtores. (Folha de SP)

 

Setoriais

Chuva/RS – A chuva generalizada no Estado trouxe esperança aos agricultores. Os problemas com a seca não serão resolvidos imediatamente, mas a perspectiva é que a umidade possibilite a semeadura das culturas de inverno, como a canola em Bagé, que já estava 20 dias atrasada. Já o reflexo da captação de leite deve demorar mais 60 dias. O gerente da Emater em Bagé, Oriberto Adami, informa que a coleta está 40% menor nos 70 municípios da região. Em Santana do Livramento, onde a captação de leite caiu 50%, os produtores devem iniciar o plantio de forrageiras ainda nesta semana. (Correio do Povo/RS)

Rotulagem – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou projeto de lei que determina que os alimentos que contenham em sua composição mais de 1% de organismos transgênicos devem informar a presença desses elementos em suas embalagens. Os produtos sem os organismos poderão trazer nos rótulos a frase “livre de transgênicos”, desde que existam similares transgênicos no mercado brasileiro. (Valor Econômico)

Adubo – A entrega de fertilizantes entre janeiro a março foi de 4,1 milhões de toneladas, queda de 23% em relação aos três primeiros meses de 2008. De acordo com representantes do setor, a queda reflete os investimentos do setor nas culturas de inverno. (Gazeta Mercantil)

 

Economia

Confiança – A confiança do consumidor paulistano voltou a crescer em maio com a expectativa de melhora na economia brasileira, segundo pesquisa da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo). O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) ficou em 125,7 pontos no mês, um avanço de 0,7% na comparação com abril, quando o indicador recuou para 124,9 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador teve queda de 15,6%. Mesmo com a redução, o indicador ainda se mostra positivo. Em uma escala de zero a 200 pontos, o índice aponta pessimismo abaixo de cem pontos e otimismo acima desse patamar. (Valor Econômico)

Consumo – A crise financeira mudou a forma de o brasileiro consumir alimentos, bebidas e gastar com lazer. Pela primeira vez desde 2004, o gasto com esses produtos e serviços consumidos dentro de casa cresceu mais que o dos mesmos itens fora do lar, revela pesquisa da LatinPanel. De acordo com a pesquisa, o consumo de alimentos, bebidas e lazer dentro do lar aumentou 7,8% em 2008, na comparação com o ano anterior, já descontada a inflação do período. Enquanto isso, a despesa com o consumo desses itens fora de casa foi apenas 3,6% maior no mesmo período. Em 2007, o gasto com esses produtos e serviços dentro do lar havia caído 5,4% ante 2006 e a despesa com alimentos, bebidas e lazer fora de casa tinha crescido 8,5%. Um dado surpreendente é que o Brasil ocupa a terceira posição num ranking mundial de volumes de bens não duráveis comprados pelas famílias nos últimos 12 meses até fevereiro deste ano. (O Estado de SP)

Emprego – A ocupação na indústria recuou 5%, em março, se comparada com o mesmo período de 2008, constituindo a maior queda nesse tipo de comparação apurada pelo IBGE desde o início da série da pesquisa, em 2001. O emprego industrial no país caiu 0,6% em março, em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou o IBGE. É o sexto resultado negativo do dado na comparação em base mensal. No acumulado do primeiro trimestre de 2009, o emprego industrial recuou 4%, comparado ao mesmo período de 2008. A queda trimestral no emprego interrompe uma sequência de dez trimestres de taxas positivas. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Segurança – As empresas de alimentos General Mills, Kraft Foods e Kellogg iniciaram novos programas para melhorar a segurança dos alimentos e trocar informações de substituição de produtos sem intervenção do governo federal. As empresas também estão se esforçando para que sejam realizadas mais auditorias de segurança e planejam promover atualizações nos padrões de “melhores práticas” para a produção de alimentos. As intervenções governamentais em questões de segurança alimentar podem aumentar, já que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, busca um aumento de US$ 511 milhões no orçamento da Agência de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), depois de surtos de salmonela.O FDA receberá mais US$ 259 milhões para promover a segurança alimentar e aumentar em 20% o número de inspetores alimentares, hoje em 2.165. As produtoras de alimentos pagarão US$ 94 milhões em comissões para o aperfeiçoamento das inspeções e cumprimento das normas de segurança. Informe do Centro para a Prevenção e Controle de Doenças dos EUA mostra que a intoxicação alimentar atinge 76 milhões de pessoas por ano no país, sendo que 300 mil requerem atendimento hospitalar e 5 mil morrem. (Valor Econômico)

Varejo/China – As vendas no varejo da China cresceram 14,8% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2008. Os dados informados pelo governo chinês mostram que a expansão foi praticamente a mesma de março, de 14,7%. Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas no varejo da China tiveram aumento de 15% sobre o total do mesmo período do ano passado, para 3,874 trilhões de yuans (US$ 567,852 bilhões), segundo o comunicado do Escritório Nacional de Estatísticas. O ritmo de crescimento ficou inalterado em relação ao registrado no período janeiro-março. De acordo com os dados, as vendas no varejo das áreas urbanas aumentaram 13,9% em abril e, nas áreas rurais cresceram 16,7%. (Agência Estado)

Safra – Os Estados Unidos exportaram e moeram mais soja nesta safra. O resultado foi a projeção de estoque final de apenas 3,5 milhões de toneladas na virada desta safra, em agosto. A safra dos EUA que está sendo plantada ocupará 30,8 milhões de hectares, praticamente estável, mas deverá render 87 milhões de toneladas, 8% a mais do que em 2008/9, na avaliação do Usda (Departamento de Agricultura Americano). O Usda diz que Argentina e Brasil retomam o ritmo de produção em 2009/10. Com isso, a safra mundial, que deverá cair para 213 milhões de toneladas em 2008/9, sobe para 242 milhões. A Argentina colherá 51 milhões e o Brasil, 60 milhões. A safra 2009/10 de milho fica estável em 307 milhões de toneladas nos EUA, mas os estoques finais deste ano-safra, que termina em agosto, recuam para 40,6 milhões de toneladas, abaixo da expectativa de mercado, segundo a AgRural. (Folha de SP)

França – O preço dos alimentos tiveram um aumento de 0,1% em abril, acumulando uma alta de 1% em um ano, de acordo com dados do Instituto de Estatística (Insee). O preço de produtos frescos subiu 1%, mas acumulam queda de 0,7% em um ano. Os produtos lácteos continuam em queda, principalmente queijos, com uma queda de 0,6%, acumulando perda de 0,8% em um ano. Iogurtes e sobremesas lácteas caíram no mês 0,4% e no ano 2,5%. Mas a manteiga aumentou 0,4%, apesar de acumular queda de 6% nos últimos 12 meses. (Agrisalon)

Distribuição – A estratégia da Mercadona de retirar das gôndolas mil produtos de marcas próprias e de fábrica, em outubro do ano passado, parece estar dando resultado. As últimas estatísticas mostram que entre fevereiro a abril, a empresa aumentou quatro pontos na sua cota de mercado, passando para 52%. O número de clientes aumentou 6%. (Hipersuper)

Marcas Próprias – As marcas próprias dão “possibilidades” a pequenas e médias empresas espanholas, que têm produtos de qualidade, mas que não investem em publicidade, disse Aurelio del Pino, diretor geral da Associação de Cadeias Espanholas de Supermercados. Acrescentou que a venda de produtos de marcas próprias está crescendo porque o consumidor é “exigente e compara preços”. “As distribuidoras investem em suas marcas, e fazem grandes esforços para que seus produtos sejam baratos e de qualidade”, destacou. A percentagem de venda destes produtos aumentou em três pontos na Espanha, passando dos 29,5% em 2008 para os 32,5%”. Explicou também que os supermercados apostam nas marcas próprias porque “levam o seu nome” e é mais uma opção para o consumidor. (Hipersuper)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

Avenida Celina Chaves Kroeff, s/n
Parque de Exposições, Quadra 19
93270-530 – Esteio/RS
secretaria@apilrs.com.br