Notícias 13.04.2010

Importações I – Os números preliminares da média diária de abril de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 120,05% maiores que a média de março de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.

 

 

Importações II – Veja as importações de lácteos em março de 2010 comparadas com março de 2009 e fevereiro de 2010. Em seguida, as importações acumuladas de janeiro a março de 2010 comparadas com o mesmo período de 2009. (www.terraviva.com.br)

 

Laticínios – Pequenos produtores de leite das localidades Km 44 e Distrito de Calógeras, em Arapoti, nos Campos Gerais, estão se unindo para abrir uma cooperativa de laticínios. O propósito é agregar valor a esse produto para aumentar o rendimento das famílias e gerar empregos. Consequentemente, o município ganhará na arrecadação e toda a população será beneficiada, pois o imposto coletado será revertido em melhorias para a cidade. Dentro das formas de agregação de valor ao leite, em Arapoti pretende-se produzir o leite empacotado, requeijão, iogurte e doce de leite. “Achamos que a própria cidade vai consumir estes produtos, não sendo necessário, pelo menos no início, vender para fora”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Chaowiche. Mas ele a dianta que a intenção é dar qualidade ao produto de forma que ele possa ter acesso a outros mercados. (JM News)

Fonterra – Para a Fonterra, maior exportadora de laticínios do mundo, sua ambição na China não azedou com a experiência passada. A cooperativa neo-zelandesa enfrentou seu pior momento em 2008, quando o preço do leite em pó desabou e veio à tona um escândalo na China sobre a venda de lotes contaminados por produtos químicos que provocaram a morte de pelo menos seis pessoas e deixou 300 mil bebês doentes. Agora, a Fonterra volta a considerar uma expansão no país, maior mercado mundial de leite, que se recupera da crise de desconfiança dos consumidores. “A China vem comprando bem mais produtos importados, portanto há fortes vendas de produtos neo-zelandeses”, afirmou o executivo-chefe da empresa, Andrew Ferrier, ao “Financial Times”. “Mas também produzimos leite na China e estamos pensando em ter mais fazendas lá.” A Fonter ra é importante não apenas para a economia da Nova Zelândia, mas para o mercado mundial de laticínios. (Valor Econômico) 

Tecnologias/PE – O Agreste Meridional recebe neste semestre o Instituto de Laticínios, um centro tecnológico que vai funcionar em Garanhuns para qualificar a pecuária leiteira e a indústrias de laticínios da região. Fruto de uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal, o instituto vai capacitar trabalhadores e incentivar a implantação de novas tecnologias nas empresas. Para que espaço fosse montado, foi investido cerca de R$ 1 milhão. A coordenação do projeto será do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (Itep). “O primeiro passo, depois de iniciados os trabalhos, s erá a formação de turmas para o curso técnico em laticínios, cujas aulas começam ainda neste primeiro semestre. No segundo semestre, haverá cursos de curta duração sobre tecnologia de laticínios”, informou o coordenador da implantação do instituto, Benoit Paquereau. (Jornal Commercio/PE)

Produção – Benoit também encabeça o Comitê Articulador de Educação Profissional da Pecuária Leiteira (Cepe Leite), formado por 34 entidades como universidades, instituições privadas e o Sistema S. Eles pretendem formar trabalhadores qualificados capazes de fabricar novos produtos. “Hoje, o que se produz na região, em 38 municípios, é consumido pelas classes C, D e E. Vamos aprimorar a tecnologia industrial para fazer bebidas lácteas, sorvetes e principalmente queijos finos em grande variedade. Queremos nos preparar para atingir também as classes A e B, e em nível nacional”, diz. O coordenador explica que há na bacia leiteira dez mil produtores. E m Pernambuco, são mais de 100 empresas registradas, sendo 70% situadas na bacia leiteira. “Através do ensino, queremos que empresas informais, se profissionalizem e sejam enquadradas dentro da formalidade”, completou Benoit. (Jornal do Commercio/PE)

 

Negócios

Mococa – O primeiro dia da feira de alimentos Djazagro, que começou ontem (12) na Argélia, rendeu contatos promissores para a empresa Mococa, do setor lácteo. “Fizemos contatos importantes”, afirmou o gerente de comércio exterior da companhia, Sandro da Conceição. Essa é a primeira vez que a empresa participa da feira, que está com um estande brasileiro organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pelo Ministério das Relações Exteriores. Segundo Conceição, o mercado argelino é bem interessante para os produtos da empresa. Leite condensado, achocolatados, doce de leite e outras sobremesas e bebidas lácteas fazem parte do mostruário da Mococa na feira. De acordo com Conceição, os países árabes estão entre os mercados que a empresa está trabalhando para aumentar as exportações. (ANBA)

Seminário – A sustentabilidade da pecuária será o centro das discussões no I Seminário Pecuária Sustentável no Recôncavo Baiano, organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), pelo Serviço de Aprendizagem Rural (Senar-Bahia) e Sindicato dos Produtores Rurais de Santo Amaro (Sinprosafras). O evento será realizado no próximo sábado (17/04), no auditório da Câmara de Vereadores de Santo Amaro, BA. O presidente da Faeb, João Martins da Silva Júnior, e o presidente do Sinprosafras, Edson Moniz, abrirão a programação oficial. Para João Martins, o evento é um esforço conjunto que tem como principal objetivo levar aos produtores rurais do Recônc avo Baiano informações sobre como produzir com qualidade. (Globo Rural)

Papelão – A indústria brasileira de papelão ondulado registrou vendas de 221,172 mil toneladas em março de 2010, o novo recorde mensal do setor desde o início do levantamento feito pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), em 2000. O resultado, ainda preliminar, representa uma expansão de 16,52% em relação a fevereiro deste ano (quando as vendas foram de 189,812 mil toneladas) e de 20,56% sobre março do ano passado (183,459 mil toneladas). O setor, considerado um dos termômetros da indústria brasileira por estar ligado diretamente à produção de alimentos e eletroeletrônicos, entre outros segmentos, registra recordes mensais de vendas desde agosto do ano passado. Com isso, o resultado no acumulado do primeiro trimestre de 2010 somou 601,611 mil toneladas, expansão de 19,72% sobre igual período do ano passado e levemente acima da projeção anterior da entidade para o período. (Agência Estado)

Pão de Açúcar – O Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do Brasil, informou na noite desta segunda-feira que suas vendas líquidas no primeiro trimestre do ano cresceram 50,2 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, para 6,9 bilhões de reais. De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o crescimento das vendas líquidas do grupo varejista foi de 23,2 por cento quando excluídas as operações da rede Ponto Frio. No conceito “mesmas lojas”, que inclui somente as lojas com no mínimo 12 meses de operação, o que deixa de fora as unidades do Ponto Frio, as vendas líquidas registraram incremento nominal de 18,1 por cento. (Reuters)

 

Setoriais

Selo de q ualidade – A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou na quarta-feira (7) proposta de criação de um selo de qualidade ambiental para produtos de origem animal. Conforme a proposta, o selo funcionará como um atestado de que o animal usado na produção foi criado em condições adequadas do ponto de vista ambiental. O texto foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) ao Projeto de Lei 5973/09, do deputado Antônio Roberto (PV-MG). O substitutivo adapta a redação à legislação atual, que remete ao Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro) a competência para emitir o selo. O substitutivo aprovado retirou o caráter voluntário de adesão ao sistema de certificação, presente no projeto original, e o prazo de 180 dias para a regulamentação da lei. (Agência Câmara)

Agronegócio/MG – As exportações do agronegócio mineiro em março somaram US$ 565,3 milh ões e são as maiores dos últimos 17 meses. O valor negociado só fica atrás das exportações de setembro e outubro de 2008, quando as vendas foram de US$ 616 milhões e US$ 643,1 milhões, respectivamente. Os números foram analisados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com base nos dados do Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com março de 2009, quando Minas Gerais comercializou US$ 401,4 milhões, a evolução das vendas do agronegócio mineiro foi de 40,8%. (Agência Minas)

VBP – Levantamento mensal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que o Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais lavouras poderá chegar a R$ 160,56 bilhões, em 2010, percentual de 2,32% superior ao valor obtido no ano passado. A estimativa de março, já descontada a inflação, é a segunda maior da série histórica, iniciada em 1997. A análise é feita com base nas pesquisas de safra do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cuja previsão é de produção 8,5% superior à de 2009. O coordenador de Planejamento Estratégico, José Garcia Gasques, afirma que as boas condições climáticas deste ano são o principal fator que contribui para o resultado favorável de 2010. (Mapa)

Soja – Levantamento da consultoria Céleres indica que o ritmo de colheita da safra de soja está adiantado no Brasil. Mais de 80% da safra já foram colhidos até a última sexta-feira, ante os 69% registrados no mesmo período do ano passado. (Valor Econômico)

Milho – A exportação de milho, que atingiu 7,8 milhões de toneladas em 2009, ainda patina e somou 1,8 milhão no primeiro trimestre deste ano. O volume é 30% inferior ao de igual período anterior, e as vendas externas deste ano estão abaixo das expectativas de mercad o, segundo a consultoria Céleres. A comercialização externa de milho será mais difícil neste ano, principalmente devido à reposição mundial de estoques e safras elevadas nos EUA e na Argentina, dois dos principais exportadores mundiais. O Irã é um dos pontos de sustentação das exportações de milho do Brasil. Em março, o país ficou com 22% de todo o milho exportado pelos brasileiros. (Folha de SP)

Economia

Balança – A balança comercial brasileira teve um superávit de 790 milhões de dólares entre os dias 1 e 11 deste mês. No período, com seis dias úteis, as vendas para o exterior somaram 4,711 bilhões de dólares e as importações ficaram em 3,921 bilhões. De acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil registrou um superávit de 1,682 bilhão de dólares desde o mês de janeiro até o dia 11 de abril. As vendas externas corresponderam a 43,940 bilhões de dólares, e as compras, a 42,258 bilhões de dólares. (Correio do Povo/RS)

IPC-C1 – A inflação sentida em março pelas famílias de baixa renda, com ganhos mensais entre um e 2,5 salários mínimos, foi recorde, segundo série histórica do indicador, iniciada em 2004. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 1,40% no mês passado, após avançar 0,90% em fevereiro. Os preços dos alimentos, que subiram 3,31%, de 1,41%, na mesma base de comparação, representaram a maior contribuição para a formação do resultado do indicador e também registraram em março a mais intensa elevação dos últimos seis anos. Na prática, a maioria dos alimentos mais consumidos entre os mais pobres mostrou inflação intensa em março, o que levou à taxa maior do indicador. Mas segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, a pressão na inflação sentida pelos mais p obres em março veio principalmente de alimentos in natura. Outro destaque foi o preço do leite tipo longa vida, que também mostrou aceleração (de 4,63% para 8,16%) na passagem de fevereiro para março. (Hoje em Dia/MG)

Globalização e Mercosul

Barreira – De cada três pedidos da indústria por proteção contra supostas práticas desleais de comércio, apenas um se tornou uma barreira efetiva à entrada de produtos importados no Brasil. Nos últimos quatro anos, o governo brasileiro recebeu 187 solicitações de medidas antidumping e salvaguardas. Desse total, 139 já foram analisadas, mas apenas 46 resultaram na aplicação de sobretaxas. Levantamento do Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento, mostra que é difícil convencer o governo a iniciar uma investigação contra práticas desleais de comércio. Das 139 pe tições analisadas pelo Decom entre 2006 e 2009, 78 foram descartadas. Mas, uma vez que os processos tiveram início, 75% resultaram em sobretaxas contra produtos importados. (O Estado de SP)

Crescimento – As economias líderes mundiais deverão continuar crescendo nos primeiros meses de 2010, embora algumas estejam mostrando sinais de desaceleração no ritmo de crescimento, de acordo com uma pesquisa sobre indicadores antecedentes divulgada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) hoje. Os dados sinalizam uma expansão das economias desenvolvidas como um todo, embora França e Itália – que lideraram o avanço nos primeiros estágios da recuperação – estão agora mostrando sinais de um ritmo mais lento de expansão econômica. (Hoje em Dia/MG)

Uruguai: Conaprole volta a aumentar preço do leite

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) anunciou aumento de 5% na bonificação de inverno sobre os preços base do leite enviado à indústria a partir de março. A indústria de lácteos uruguaia está otimista com os reajustes de preços no mercado internacional e com a abertura do mercado brasileiro.

Após um aumento de 21% registrado no leilão da Fonterra, com a tonelada de leite em pó chegando a US$ 3.959, a Conaprole resolveu aumentar novamente o valor do leite, que chegou a 6,567 pesos (US$ 0,33) por litro.

O presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL) do Uruguai, José Noel Alpuín, mostrou-se satisfeito com o novo valor e disse que, considerando a situação do mercado internacional, os sinais são muito positivos no sentido de melhoras contínuas no preço pago ao produto.

“Os leilões estão pagando excessivamente bem, somos otimistas de que os preços vão se adequar à situação. São boas as notícias em relação ao mercado brasileiro, já que o mesmo se abriu”, disse Alpuín.

Ele agregou que a preocupação agora é o baixo nível de produção de leite, devido à diminuição de 25% no número de animais prenhes. “Se não tiramos leite, não há preços que nos satisfaçam. Esperamos que a produção de leite comece a subir”, completou Alpuín.

Em 09/04/10 – 1 Peso Uruguaio = US$ 0,05074

18,8078 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

As informações são do Espectador.com

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