Queijo/SE – O processamento artesanal do leite em Sergipe é fonte de renda para muitos produtores do Alto e do Médio Sertão. O território queijeiro, assim denominado por Sônia de Souza Mendonça Menezes, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), conta com 131 fabriquetas e gera 519 postos de trabalho. Um total de 3.360 agricultores fornece os 7.300 litros de leite por mês. Diferente do mercado formal, os envolvidos na atividade possuem laços estreitos e as fabriquetas se constituem na única via de comercialização para esses produtores. José Unaldo Neto conta que chega a produzir 100 kg de queijo por dia para as feiras livres de Aracaju, Lagarto, Itabaiana e Simão Dias. A produção artesanal possibilita também a comercialização do soro. Os agricultores, fornecedores do leite, utilizam o soro na alimentação de porcos. A pesquisa revelou ainda a produção de mussarela, para atender a demanda das pizzarias de Sergipe e de outros estados. A mussarela das fabriquetas é mais saborosa e possui um preço menor em relação à industrializada. (Plenário/SE)
Informalidade – A informalidade é um fator de enfraquecimento da produção. Existe o risco das fabriquetas sucumbirem, por não cumprirem a legislação, que é voltada para o mercado formal. Isso pode acarretar o fim desses alimentos tradicionais que fazem parte da identidade do estado. O queijo coalho tem uma identidade própria. Até alguns anos atrás era o queijo que nós, em nossa região, conhecíamos. Para ampliar a percepção da fabricação artesanal de queijo, a pesquisadora expandiu seu campo de pesquisa para outros estados, como Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde já se reconhece a relevância da atividade. Em Minas, por exemplo, há leis voltadas para esse tipo de produção e o Queijo Minas artesanal é reconhecido como patrimônio cultural e i material do estado e do Brasil. Para a pesquisadora, iniciativas semelhantes podem ser realizadas em Sergipe. Em 2000 eram vendidos 3.165kg de queijo coalho, agora passou para 4.170kg. O produto continua sendo demandado pelos consumidores, pois está na raiz da identidade dos sergipanos. (Plenário/SE)
Agroindústria/MG – Levantamento, realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em 70% dos municípios mineiros, revela que apenas 6% dos estabelecimentos têm alvará sanitário e 9% têm regularização ambiental. Os objetivos do levantamento foi justamente levantar a realidade da agroindústria artesanal mineira e orientar as políticas públicas voltadas para esse setor. Outro ponto importante levantado é que 72% dos estabelecimentos pesquisados são empreendimentos familiares individuais, enquanto apenas 17% são administrados por associações de produtores e apenas 1% pertencem a cooper ativas. No quesito matérias-primas, 85,8% dos produtos processados derivam do leite, da cana-de-açúcar e de vegetais. (Página Rural)
Fiscalização/MT – Para regularizar a fiscalização do comércio de leite in natura no município de Barra do Garças (MT), o Ministério Público Estadual (MPE), notificou a Vigilância Sanitária Municipal. De acordo com o MP, constatada a prática irregular, o órgão fiscalizador deverá apreender e inutilizar o produto para o consumo humano. De acordo com o promotor Marcos Brant, a venda de leite ‘in natura’ no município foi tema de uma audiência pública, promovida no dia 17 de dezembro de 2009 e, na ocasião, ficou acordado um prazo para a regularização. “Informamos aos proprietários de laticínios, produtores de leite, revendedores e população em geral que a venda de leite cru no território nacional é proibida e que é necessário a adequação às exigências legais. Foi fixado um prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, em caso justificado, para a regularização das condições de produção e comercialização do produto”, informou. (Circuito MT)
Riscos – A Promotoria alertou que muitas doenças podem ser transmitidas pelo leite cru como a cólera, difteria e leptospirose. A Organização Mundial de Saúde comprovou a existência de sete doenças viróticas básicas e 16 doenças bacterianas provocadas pelo leite. “É comum encontrar pessoas vendendo o produto pelas ruas da cidade, em calçadas, mercados, padarias, feiras livres, em carroças, carrocerias de caminhonetes, entre outros. A prática põe em risco a população”. “É dever do município, fiscalizar e controlar a produção, industrialização, distribuição, publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do consumidor”, afirmou a promotoria. (Circuito MT)
< b>“Leite para vida” – A Prefeitura Municipal de Governador Mangabeira (BA) está realizando o projeto “leite para vida”, que produzirá iogurte e leite pasteurizado na micro-usina de Encruzo, que tem capacidade para processar 1.000 litros de leite/dia. O empreendimento, de R$ 200.000,00, fora a contrapartida do município, faz parte do Programa Municipal de Fortalecimento da Agricultura Familiar, desenvolvido em convênio com a Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais do Governo do Estado da Bahia. O projeto visa atender prioritariamente os 5.009 alunos da rede de municipal de ensino que consomem mensalmente 4.600 litros de leite em pó adquiridos fora do município. Serão atendidos também nutrizes, idosos com 60 anos ou mais e 1500 famílias em situação de risco, da comunidade local e de municípios circunvizinhos. (Agência de Notícias)
Chile – Entre secas e preços ruins, os produtores chilenos finalizaram 2009 com um par de cabelos brancos a mais, mas entram em 2010 com esperanças. Duas secas que afetaram o custo dos alimentos e baixa dos preços desmotivaram o setor. De janeiro a outubro de 2009 o preço médio do leite ao produtor no país caiu 26%, chegando a 153 pesos o litro [US$ 0,30], longe da média de 206 pesos [US$ 0,40] obtida no mesmo período do ano anterior. Em outubro do ano passado, o produtor chileno chegou a receber 145 pesos pelo litro, equivalente de US$ 0,28. Mas, as más notícias parecem estar no fim. Alguns preços de insumos também caíram como uréia, que houve queda de 64%, em relação ao ano anterior. A mesma coisa aconteceu com o milho que teve redução de 37% no preço, entre um ano e outro. Os preços internacionais reagiram, e a Soprole anunciou aumento 15 pesos chilenos, o que significa passar para US$ 0,31, e a Nestlé 13 pesos a mais a partir da segunda quinzena de dezembro. (Infortambo
Preços/UE – O mercado lácteo na União Europeia (UE) apresentou uma forte recuperação de preços no terceiro trimestre de 2009, depois de quedas inéditas em meses anteriores. Para a Comissária da Agricultura, Mariann Fischer Böel, “a situação geral está melhorando continuamente desde julho, depois de alcançar o nível mais baixo no final da primavera e início do verão”, assegurou a comissária na reunião de ministros ocorrida em Bruxelas, no final do ano. Os preços dos lácteos na Europa haviam caído a tais níveis que os protestos se fizeram sentir em vários países. Segundo Fischer Böel, a produção de leite nos nove primeiros meses de 2009 permaneceu ligeiramente abaixo dos níveis de 2008, confirmando as previsões. (Infortambo)
Negócios
Fu sões – O número de fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras caiu 5% em 2009, segundo levantamento da Deloitte. Apesar da retração provocada pela crise internacional, a expectativa é positiva para 2010, com alta de 10% a 15% caso o ritmo siga a tendência dos últimos meses do ano passado, com cerca de 60 negócios ao mês. “Desde o último trimestre de 2009 os investidores voltaram a pensar ativamente em fusões e aquisições”, disse Reinaldo Grasson, sócio de Corporate Finance da Deloitte, especializado em fusões e aquisições. Segundo ele, o crescimento de 5% esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve atrair o interesse de empresas estrangeiras ao País, especialmente para os setores ligados a consumo e varejo, uma vez que outras regiões como Europa e Estados Unidos ainda não voltaram aos níveis anteriores à crise mundial. (Jornal do Comércio/RS)
Brasil Foods – Enquanto aguarda o Cade, a Brasil Foods mostr a certo otimismo em relação ao mercado este ano. Segundo Fay, já se vê uma recuperação das exportações para Oriente Médio, Japão e África. “O problema persiste na Europa, onde existe sobreoferta”, diz. Outro dado positivo é o dólar, que dá sinais de mais estabilidade, avalia. O executivo não espera alta de custos este ano, já que a América do Sul colhe uma “bela” safra de soja e o dólar está mais baixo, na média. (Valor Econômico)
Pesquisa – A Nestlé inaugurou, em Santiago do Chile, um novo Centro de Pesquisa para desenvolver uma nova geração de bolachas e snacks à base de cereais integrais, frutos e frutos secos, com o objetivo de diversificar os produtos. O Centro de P&D de Santiago reúne especialistas de diversas áreas para o desenvolvimento de novas tecnologias que reduzam os níveis de açúcar e gordura dos produtos sem comprometer o sabor e a textura. Serão desenvolvidas bolachas com ingredientes bioativos que melhorem a d igestão e ricos em micronutrientes. O negócio de bolachas da Nestlé, em 2008, chegou a quase um bilhão de euros. 60% das vendas foram registradas na América Latina. (Hipersuper)
Setoriais
Campo – A Sociedade Nacional de Agricultura, em parceria com a comissão de agricultura da Assembleia Legislativa do Rio, apresentará em abril, ao governo do Estado, uma proposta de incentivo à produção leite e hortifrúti, com base em levantamento, que começou a ser feito neste mês. (Folha de SP)
Chuvas – As perdas no meio rural de Santa Cruz do Sul (RS) devido às fortes chuvas do início do ano atingem R$ 64 milhões. A informação é do coordenador da Defesa Civil no município, José Osmar Ipê da Silva, que recebeu na segunda-feira os laudos da Se cretaria Municipal de Agricultura e da Emater. Os levantamentos apontam que as localidades de Monte Alverne, Pinheiral, Rio Pardinho, São José da Reserva e Carlota foram as mais atingidas. Os maiores problemas ocorreram na produção de feijão, arroz, fumo e hortigranjeiros, com prejuízos superiores a 60% em algumas culturas. A pecuária leiteira sofre com os danos nas pastagens e apresenta queda de 30% na produção. (Correio do Povo/RS)
Financiamentos – A Diretoria Agrícola do Banco do Brasil divulgou balanço no qual registra desembolsos de R$ 21,8 bilhões, de julho a dezembro do ano passado, para financiamento e custeio da safra agrícola 2009/2010. O dinheiro equivale a aumento de 19% em relação aos recursos financiados pelo banco em igual período de 2008. Do total, R$ 14,8 bilhões foram destinados a operações de custeio, e os R$ 7 bilhões restantes para investimento e comercialização da safra compreendida entre julho de 2009 e junho de 2010, A agricultura empresarial contratou R$ 16,6 bilhões (18% a mais), enquanto a agricultura familiar ficou com R$ 5,2 bilhões, ou 23% a mais que no mesmo período da safra anterior. Na agricultura empresarial, o destaque são as contratações do Proger Rural, que totalizaram R$ 1,6 bilhão em 36,5 mil contratos. Na agricultura familiar, o destaque é o Programa Mais Alimentos, que contratou R$ 850 milhões, totalizando mais de 18,6 mil operações. (Agência Brasil)
Assistência Técnica – O presidente Lula assinou a Lei de Assistência Técnica Rural. Ela estabelece novas formas de repasse de recursos do governo para instituições de assistência aos pequenos produtores. O orçamento prevê para este ano R$ 636 milhões em investimentos no setor. De acordo com a nova lei, os serviços de assistência técnica passam a ser contratados por atividade e não mais por de convênios, e o governo só vai pagar pelo serviço depois que ele for concluído, garantindo assim a execução total dos trabalhos. “O agricultor vai ter agora uma assistência técnica mais voltada para os seus interesses. Se ele trabalha com leite, nós podemos encaminhar uma assistência técnica voltada para o leite ou para aquela cadeia produtiva. Se ele trabalha com turismo rural a gente pode focar nisso. Se ele trabalha com produtos orgânicos, a gente pode dar para ele uma assistência técnica voltada para o mercado de produtos orgânicos e não de forma genérica, como era feito até agora”, explicou Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário. (Globo Rural)
Soja – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa da safra 2009/10 de soja do Brasil para um recorde de 65 milhões de toneladas, ante 63 milhões na previsão de dezembro, em meio a condição favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. Na safra anterior, quando a área plantada foi menor e uma seca prejudicou as pla ntações no Sul, o Brasil produziu 57 milhões de toneladas. A previsão do USDA está em linha com a do governo do Brasil, que estimou na semana passada a safra 09/10 em 65,1 milhões de toneladas. Em seu relatório para oferta e demanda mundiais, o USDA manteve inalterada a sua previsão para safra de milho brasileira em 2009/10, em 51 milhões de toneladas, mesmo volume registrado na temporada anterior. A safra da Argentina, terceiro produtor mundial de soja após o Brasil e Estados Unidos, foi estimada em 53 milhões de toneladas, sem alterações na comparação com a previsão anterior. (Reuters)
Economia
ICV – O Índice do Custo de Vida (ICV) acumulou alta de 4,05% no ano passado em São Paulo, de acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos S ocioeconômicos (Dieese). O resultado ficou abaixo da inflação apurada pela instituição em 2008 (6,11%) e representou a segunda menor taxa da série nos anos 2000, superando apenas o resultado de 2006 (2,57%). Entre os grupos pesquisados, o Dieese avaliou que os aumentos verificados em 2009 deram-se de maneira “bastante heterogênea”. As altas acumuladas mais significativas foram apuradas nos grupos Despesas Pessoais (10,85%), Educação e Leitura (7,80%) e Habitação (5,78%). As taxas negativas foram observadas nos grupos: Vestuário (2,19%) e Equipamento Doméstico (1,16%). Os grupos Saúde (3,34%), Transporte (3,22%), Despesas Diversas (3,10%), Alimentação (2,95%) e Recreação (2,04%) variaram positivamente, mas abaixo da taxa geral. (Agência Estado)
Pobreza extrema – O Brasil poderá acabar com a “pobreza extrema” até 2016, caso mantenha o ritmo de desempenho que teve entre 2003 e 2008. A conclusão é de estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. A pobreza extrema é considerada para famílias com renda de até um quarto de salário mínimo per capita (R$ 127,50). Também há expectativa de alcançar uma taxa nacional de pobreza absoluta (até meio salário mínimo per capita, R$ 255,00) de 4% em 2016, o que, segundo o Ipea, significa quase a sua erradicação. Em 2008, o índice era de 28,8%. Para isso é preciso acelerar o crescimento econômico, melhorar os gastos públicos, dar continuidade a programas de distribuição de renda e fazer uma reforma tributária com peso maior sobre os mais ricos. (Correio do Povo/RS)
Cesta/BA – A queda de 8,63% no preço dos alimentos que compõem a cesta básica em Salvador foi a maior entre as capitais brasileiras no mês de dezembro. A cidade terminou o ano de 2009 com a quinta cesta mais barata do País, custando R$ 183,15. Produtos que chegaram a aparecer como “vilões” há alguns meses, como o leite e o açúcar, pesaram menos no bolso dos consumidores, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Entretanto, a queixa de alguns é de que produtos que ajudaram a baixar os preços no mês passado já estariam aumentando agora em janeiro. É normal que os preços dos alimentos variem no decorrer do ano. Em 2009, essa variação aconteceu diversas vezes para cima na capital baiana. “Salvador, que sempre esteve entre as capitais mais baratas na pesquisa, teve grandes aumentos no decorrer deste ano”, lembra a supervisora-técnica do Dieese na Bahia, Ana Georgina Dias. (A Tarde)
Indústria/SP – A produção de dezembro da indústria paulista deve cair 0,1% no confronto com mês anterior. É o que mostra o Sinalizador da Produção Industrial (SPI) de São Paulo, divulgado hoje. Em novembro, o SPI subiu 3,2% na série com ajuste sazonal. O resultado ficou acima da taxa oficial, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que mostrou alta de 1,6% na produção industrial paulista em novembro ante outubro. Mas o desempenho do SPI no último mês de 2009, embora negativo, é considerado uma estabilidade, por ser muito próximo de zero. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Recuperação – As economias emergentes da América latina começaram a consolidar o processo de recuperação, depois da crise financeira internacional, segundo um índice elaborado pela Universidade de Palermo. No acumulado de 12 meses, a região sofreu um retrocesso de 10,7%. O Índice Econômico da América Latina (IEAL) analisa variáveis das oito principais economias da América Latina. Em outubro passado mostrou melhora de 6,3% em r elação a setembro, e constatou que começa a se consolidar a recuperação, menos na Colômbia e Venezuela. Essa recuperação é liderada pelo Brasil, e em menor grau, pelo Chile e Argentina. No acumulado nos primeiros meses de 2009, comparado a igual período de 2008, mostra um profundo retrocesso para todos os países que integram o índice, com exceção da Colômbia. As maiores quedas foram observadas no Chile, Equador e Brasil, e a menor foi a Venezuela. (La Opinión Rafaela)
EUA – Mesmo com a crise as importações dos Estados Unidos seguem em níveis elevados. Em outubro último foi cerca de meio PIB argentino. A principal origem das importações americanas é a China, sem contar Hong Kong que até outubro foi responsável por quase 20% das compras americanas no exterior. O déficit não foi maior porque a China é também o terceiro comprador estrangeiro dos Estados Unidos, superando inclusive o Japão. De todas as formas a China compra dos Estados Unidos, quase cinco vezes mais que as compras feitas pelos americanos ao gigante asiático. Os Estados Unidos teve até outubro déficit com 29 países considerados individualmente e superávit somente com doze. A Argentina deu aos EUA o 10º intercâmbio mais favorável, acima da Polônia e Espanha. O Brasil ficou no 6º lugar e o Chile em oitavo. A Argentina foi até outubro o comprador número 27 dos Estados Unidos, em uma lista encabeçada pelo Canadá e seguida pelo México. Na frente da Argentina estão Brasil, o número 10 e o Chile, número 24. (La Nación)
Venezuela – O México é o país da América Latina que mais vende para os Estados Unidos. Surpreendentemente, em segundo lugar está a Venezuela, que ocupa o 10º lugar no ranking geral e tem um superávit comercial de quase 15 bilhões de dólares, semelhante ao obtido pelo Canadá. Chávez vende aos Estados Unidos, mais que Taiwan, Itália e inclusive outros países produtores de petróleo como Arábia Saudita, Malásia e Rússia. O déficit dos Estados Unidos com a Venezuela é o 7º no ranking dos países. A Argentina, ao contrário, compra nos Estados Unidos muito mais do que vende. Foi o vendedor número 35 bem abaixo do 32º lugar obtido pelo Chile e o 16º obtido pelo Brasil. A ante-americana Venezuela foi o comprador número 21, bem acima da Argentina, Colômbia, Espanha e Tailândia, por exemplo. (La Nación)
EUA: até outubro, exportações caíram 46% frente a 2008
O desempenho de exportações de lácteos dos Estados Unidos melhorou em todas as categorias de produtos em outubro, com os volumes gerais sendo maiores que do ano anterior pela primeira vez desde agosto de 2008. As exportações totais de lácteo em outubro tiveram o valor de US$ 224,7 milhões, 26% a mais do que o ritmo nos primeiros nove meses do ano, de acordo com dados comerciais divulgados pelo Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 10 de dezembro. O dado de outubro ainda é 18% menor do que no ano anterior e as exportações nos primeiros dez meses de 2009 caíram 46%, para US$ 1,83 bilhão.
Em outubro, os Estados Unidos exportaram 29.275 toneladas de leite em pó desnatado, 19% a mais do que no ano anterior. Essa foi a primeira vez em 12 meses que os volumes de leite em pó desnatado aumentaram com relação ao ano anterior. Os envios ao México, maior mercado dos EUA, aumentaram 27%, e as vendas ao Sudeste da Ásia caíram 5%. Ao mesmo tempo, grandes envios para o Paquistão foram registrados em outubro. Durante o período de janeiro a outubro, as exportações de leite em pó desnatado foram de 214.546 toneladas, 40% a menos que o ritmo do ano anterior.
As exportações de queijos em outubro foram de 9.244 toneladas, 5% a menos que no ano anterior. As vendas ao México e ao Japão se mantiveram estáveis e as vendas ao Caribe foram maiores, mas foram compensadas pelos declínios nas vendas à Coreia do Sul e Oriente Médio. Nos primeiros dez meses do ano, as exportações foram de 86.638 toneladas, 24% a menos que no ano anterior.
As exportações de proteínas do soro do leite foram significativamente maiores em outubro. As vendas de soro de leite desidratado foram de 21.305 toneladas, 13% a mais que em outubro de 2008. As exportações de concentrado de proteína de soro de leite foram de 12.328 toneladas, aumento de 33%, e os envios de isolado de proteína do leite foram de 1.199 toneladas, aumento de 36%. As exportações totais de proteína do soro do leite aumentaram em 20% com relação ao ano anterior. As exportações, nos primeiros dez meses do ano, de proteínas do soro de leite foram de 281.764 toneladas, queda de 1%.
As exportações de lactose dos Estados Unidos foram de 19.704 toneladas em outubro, 33% a mais que no ano anterior. Os principais clientes foram Japão, China e Sudeste da Ásia. As exportações nos primeiros dez meses do ano foram de 182.907 toneladas, aumento de 17%.
As exportações de óleo de manteiga continuaram melhorando em outubro, com envios de 3.984 toneladas, mais que a média de apenas 1.525 toneladas por mês exportadas de janeiro a setembro. Os principais destinos foram Egito, Arábia Saudita, México e África do Sul. Entretanto, os dados de outubro ainda foram 40% menores do que no ano anterior, com as exportações nos primeiros dez meses do ano caindo 79%.
Nos primeiros dez meses do ano, as exportações dos Estados Unidos foram equivalentes a 33% do leite em pó desnatado produzido, 48% das proteínas do soro de leite, 68% de lactose, 2,3% de queijos e 3% de manteiga.
As informações são do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (U.S. Dairy Export Council – USDEC)