Exportações – Veja as exportações de lácteos em março de 2010 comparadas com março de 2009 e fevereiro de 2010. Em seguida, as exportações acumuladas de janeiro a março de 2010 comparadas com o mesmo período de 2009. (www.terraviva.com.br)
Preço/RS – O preço do leite longa vida atingiu em março, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o maior aumento para o período, desde 2002. O preço médio saltou de R$ 1,64 em fevereiro para R$ 1,80, alta de 9,76%. O diretor superintendente da Cooperativa Piá de Nova Petrópolis, José Mário Hansen, atribui o fato à escassez da matéria-prima. A produção nacional não cresceu nada em 2009 e a local pouco mais de 1,5%. A isso se acrescentou a chegada de grandes grupos leiteiros, gerando uma guerra de preços. Bom para o produtor, que recebe entre R$ 0,80 e 0,90, nível poucas vezes atingido antes, ruim para o consumidor. Um dos problemas do leite é a excessiva flutuação de preços. Na safra, baixam muito, desestimulando o produtor, e sobem muito na entressafra. O ideal seria entre R$ 1,50 e 2,00 a caixinha, o que daria entre R$ 0,60 e 0,70 ao produtor para um custo de R$ 0,40. Razoável aos dois, diz Hansen. (Jornal do Comércio/RS)
Preço/PR – O trimestre começou positivo para os produtores de leite e já acumula alta superior a 24%, segundo dados do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Paraná (Conseleite-Paraná). A elevação de fevereiro para março, foi de aproximadamente 6%, quando o valor de referência do produto passou de R$ 0,6780 para R$ 0,7196. Os aumentos são reflexos de três fatores principais: maior demanda por indústria multinacional de lácteos, que adiantou aquisição de matéria-prima para estocagem; elevação da taxa do produto importado; além do período da entressafra (fevereiro e março), quando o produto é mais escasso. A alta já representou incremento de R$ 0,14 (valor de referência). Na Cooperativa Agroindustrial Leite Oeste (Coopermilch), os produtore s já recebem R$ 0,17 a mais por litro, em comparação ao valor praticado no mês de dezembro. (Jornal O Presente)
Parceria – O Paraná deverá fechar, ainda neste ano, uma importante parceria que irá incentivar e incrementar ainda mais a produção de leite no Estado. O acordo será em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG). Ela é uma das uma das 40 unidades da Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que objetiva desenvolver pesquisas e transferir tecnologias que melhorem a qualidade do leite, aumentando a produção nacional e diminuindo os custos para produtores e consumidores. O acordo prevê, em um primeiro momento, a presença de técnicos da Embrapa para auxiliar os produtores paranaenses. Depois, o Paraná irá contar com um Centro de Inteligência do Leite (CILeite) e também de Totem de Tecnologias da Embrapa Gado de Leite, em uma a tividade que envolverá também as cooperativas do Estado. (Paraná Online)
Produção/PR – O Paraná é um dos maiores produtores de leite do Brasil. Atrás apenas dos estados de Minas Gerais e Goiás, com produção aproximada de 2,7 bilhões de litros por ano, o que corresponde a 10% do total produzido no País. São 118 mil produtores, espalhados por todo o Estado, com destaque para as regiões oeste, sudoeste e os Campos Gerais. Tem como característica o fato de que 55,3% do leite vir da agricultura familiar, com produção média de 50 litros por dia. (Paraná Online)
Leite/BA – Com o ingresso da Bahia no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), os laticínios baianos poderão comercializar seus produtos para todo o país. A informação foi prestada pelo secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, que analisou o cenário atual do setor e falou dos esforços do governo p ara sanar as deficiências e organizar toda a cadeia produtiva, por meio da Câmara Setorial do Leite. “Produzimos leite em todo estado da Bahia, sendo que 80% dessa produção é oriunda do segmento familiar. É preciso inserir o pequeno produtor. Queremos um programa conjunto com as representações sociais e as indústrias”, afirmou Salles. A Bahia produz 920 milhões de litros de leite ao ano, mas o consumo anual é de 1,5 bilhão de litros, o que representa um déficit de 580 milhões. (Agecom/BA)
Queijos/BA – A Bahia deverá, ainda este ano, produzir queijos finos, dos tipos gouda, estepe e queijo bola. Uma empresa do Sul de Minas Gerais, que atua em Salvador há mais de 15 anos, como distribuidor, está concluindo uma unidade de processamento no distrito de Santa Maria Eterna, no município de Belmonte, sul do estado. A indústria terá capacidade de processamento inicial de 15 mil litros por dia e abastecerá o mercado interno, além de emprega r diretamente inicialmente 20 funcionários. “Já nesse primeiro semestre, produziremos queijos tradicionais, do tipo prato, muzzarela e provolone. Em seguida, agregaremos valor a esse beneficiamento do leite, melhorando o nosso ganho e tornando o produto, de melhor qualidade, mais acessível à população baiana. Com a popularização do queijo fino, ganha o empresário e o consumidor”, declarou o empresário Sílvio Fredericci, durante o Encontro das Indústrias Baianas do Setor de Leite e Derivados. (Agecom/BA)
Interdição/SP – A linha de produção de leite pasteurizado da Indústria de Laticínios Alta Mogiana, localizada em Batatais, sofreu uma interdição cautelar depois de inspeção feita por equipe do Sipag (Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura de SP), na última semana de março. A empresa, segundo a fiscalização, não cumpriu prazo para correção de irregularidades verificadas em fiscalizaç ões anteriores que apontaram deficiências técnicas nos maquinários em todas as fases de produção de leite pasteurizado e derivados. Toda a linha de produção (queijos, requeijão e iogurte) da fábrica foi interditada. Assim que as exigências forem atendidas, nova auditoria do Ministério da Agricultura no estado avaliará a linha de produção para possível normalização das atividades. (Diário de Franca)
Chile – Analistas concordam que deverá haver aumento no preço do leite aos produtores do Chile, em decorrências das boas perspectivas no mercado mundial. No último Leilão da Fonterra o leite em pó integral atingiu o maior valor em dois anos, sinalizando a tendência mundial. A seca na Austrália que provoco u a queda de produção é a causa apontada para o aumento, uma vez que é a região onde o custo de produção é o mais baixo. Então os aumentos virão inclusive aos consumidores e produtores, mesmo porque o terremoto afetou a distribuição e estoques. As indústrias terão mais opções. Consumo interno e exportações, com aumento de rentabilidade. (Fedeleche)
Exportações/AR – A Argentina exportou 5.659 toneladas de leite em pó integral em março, a um valor médio de US$ 3.310 a tonelada, e um preço máximo declarado de US$ 4.000, com destino à Venezuela. Em fevereiro o preço médio foi de US$ 3.205; em janeiro US$ 3.302; em dezembro US$ 3.223; em novembro US$ 3.005 e em outubro US$ 2.729; em setembro US$ 2.479 e em agosto US$ 2.306. Os principais destinos foram: Brasil (32,4%); Venezuela (28,4%); Cuba (16,3%); e Argélia (6,6%). Entre os meses de janeiro a agosto de 2008, os preços médios declarados foram sempre superiores a US$ 4.000 a tonelada, batendo o recorde de US$ 4.422 em abril. Em setembro de 2008 a cotação já foi inferior a US$ 3.500 a tonelada e não parou mais de cair até janeiro de 2009, quando atingiu o menor valor: US$ 1.984. Desde então está havendo uma recuperação progressiva. (La Opinión/Rafaela )
Negócios
Pão de Açúcar – O presidente do grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana, afirmou que a companhia registrou forte movimento de vendas nos três primeiros meses do ano. Após um quarto trimestre em que as bandeiras do grupo, que atua em varejo de alimentos, móveis e eletrodomésticos, tiveram performance positiva. “As vendas do primeiro trimestre foram muito boas, acima da média do mercado”, afirmou Pestana a jornalistas dura nte fórum de executivos de finanças. O grupo divulga resultado dos três primeiros meses do ano em 13 de maio e a previsão de vendas em 2010 é de crescimento de 15%. Pestana comentou ainda que as vendas do período da Páscoa também foram fortes. No quarto trimestre de 2009, o grupo teve vendas líquidas de R$ 7,43 bilhões, expansão de 44,6% sobre o mesmo período de 2008. (Brasil Econômico)
Laboratório/RS – Com investimento de R$ 900 mil, o Laboratório do Leite da Univates, de Lajeado, inaugurado na sexta-feira, atenderá a 180 municípios nos Vales do Taquari, Rio Pardo, Paranhana e do Caí, além de região Metropolitana, Litoral Norte e Serra. O local, já em funcionamento, atende a requisitos da Rede Brasileira de Qualidade do Leite, do Ministério da Agricultura, relativos à instrução normativa n 51, além de uma variedade de análises adicionais. (Correio do Povo/RS)
Leite/AL – Os secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, e da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, Jorge Silva Dantas, reúnem-se com produtores e industriais da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados (CPLD) nesta segunda-feira (12), para debater as ações desenvolvidas no ramo de laticínios e realizar a avaliação dos resultados dos projetos elaborados para a melhoria do setor no estado de Alagoas. Durante a reunião serão apresentados o cronograma e as ações desenvolvidas pelos projetos Alagoas Mais Leite, que está em processo de licitação, e Alagoas Balde Cheio, que atende atualmente a quatro grupos, número que será aumentado em mais trinta. (Agência Alagoas)
Jogo Sério – A Divisão de Inteligência Artificial do TECPAR está desenvolvendo um conjunto de jogos sérios (serious games) relacionados ao dia a dia da propriedade leiteira. O objetivo é a identificação e divulgação de boas práticas da produção de leite. Jogos sérios são dedicados, principalmente, à educação, capacitação e treinamento, dedicando-se à transmissão e popularização de ideias, sem deixar de considerar o fator diversão. Este projeto surgiu da percepção de que os jogos e experiências interativas são ferramentas poderosas para a transferência de conhecimento permitindo uma demonstração divertida e efetiva das oportunidades, ganhos e do dia a dia real de uma fazenda. (Galaxis Farm)
Setoriais
Estiagem/RJ – A chuva trouxe de volta o verde e a alegria aos produtores rurais de Santa Maria de Campos. O leite é a base da economia do distrito. Mas o ano não começou nada. Uma forte seca atingiu o setor e deixou muito produtor endividado. A estiagem de 2010 em Santa Maria de Campos foi a pior dos últimos oito anos. O gado ficou sem pasto e a produção de leite caiu 40%. O pecuarista Eduardo Robanha trabalha duro para tirar os prejuízos que a seca deixou. Para a produção não cair durante a estiagem, teve de aumentar os custos. “Dava ração ao gado, silagem de milho ou cana com capim. Então, aumenta muito o custo”, avaliou. A rotina na cooperativa do distrito voltou ao normal e a chuva veio acompanhada de dias melhores. “Começou a chover, começou a recuperar o leite e já da para sorrir um bocadinho”, falou Sigmar Salles, presidente da Associação de Produtores Rurais de Santa Maria de Campos. (Globo Rural)
Grãos/AR – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) subiu a previsão da colheita argentina de soja para a safra 2009/10, calculando em 54 bilhões de toneladas, maior que a estimativa anterior de 53 milhões. O volume para exportação foi mantido em 7 milhões de toneladas. A projeção sobre a colheita de milho foi mantida em 21 milhões de toneladas, assim como o volume a ser exportado, 12 milhões de toneladas. A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de soja e o segundo maior exportador de milho. (Ambito.com)
Economia
INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE, registrou leve alta entre fevereiro e março, passando de 0,70% para 0,71%. Em março do ano passado, o INPC havia ficado em 0,20%. Pesou sobre o resultado do mês passado o avanço nos preços de produtos alimen tícios, que registrou variação de 1,68%. O acumulado no primeiro trimestre do ano é de 2,31%, superando a leitura apurada em igual período de 2009, de 1,15%. (Correio do Povo/RS)
ICV – O custo de vida na cidade de São Paulo em março subiu mais para as famílias de baixa renda do que para as de renda intermediária ou alta, segundo pesquisa do Dieese. A inflação para o conjunto das famílias, no período, foi de 0,47%, 0,12 ponto percentual menor que a de fevereiro (0,59%), segundo o Índice do Custo de Vida (ICV). Os maiores aumentos foram registrados nos grupos alimentação (1,54%), saúde (1,25%) e habitação (0,46%), que em conjunto contribuíram com 0,70 ponto percentual no cálculo da taxa de março, enquanto o grupo transporte (-1,65%) colaborou negativamente com – 0,27 ponto. Dentro do grupo alimentação, o subgrupo com maior aumento foi o de produtos in natura e semielaborados (2,41%), ficando em 0,98% para a indústria alimentícia e 0, 65%, na alimentação fora do domicílio. (Valor Econômico)
Globalização e Mercosul
Balança/China – A balança comercial (exportações menos importações) da China registrou um déficit de US$ 7,24 bilhões em março, primeiro mês de perdas em seis anos, informou ontem relatório da Administração Geral de Alfândegas. Em fevereiro, o comércio chinês mostrou um superávit de US$ 7,6 bilhões, mas economistas e o próprio primeiro-ministro, Wen Jiabao, já tinham adiantado que no terceiro mês do ano a tendência da última meia década poderia ser revertida. (Diário Catarinense)
Conflito/AR – A China proibiu a entrada de óleo de soja procedente da Argentina, por conterem resíduos de solventes acima de níveis aceitáveis. O país vizinho é o maior exportador mundial de óleo de soja, e o conflito poderá abri r oportunidades para os exportadores brasileiros, conforme afirmou o presidente da Associação brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais do Brasil (Abiove), Carlo Lovatelli. O Governo argentino atribui a atitude dos asiáticos à uma possível retaliação em decorrência das investigações antidumping impetradas pela Casa Rosada, contra produtos chineses. O fato é que a decisão dos chineses poderá causar uma queda de mais 1,6 bilhões de dólares na balança comercial argentina, e beneficiar o Brasil. (Ambito.com)
Uruguai – Começa hoje o embarque de ração, alfafa e cerca de 4.000 bezerras entre oito e dezesseis meses para a China. O Uruguai é o único país da América do Sul a fornecer gado em pé para o país asiático. Em abril do ano passado foram embarcados os primeiros animais, depois de seguirem um rigoroso protocolo sanitário, acompanhado pelos chineses, que ficaram satisfeitos com a compra. Os c hineses, que compravam gado apenas da Austrália e Nova Zelândia, estão vendo no Uruguai um grande potencial, mesmo porque é um dos cinco países do mundo que está livre da “vaca louca”. Também estarão sendo embarcados animais para o Brasil, antigo comprador de rebanho uruguaio, mas que estavam com as remessas bloqueadas, aguardando as licenças de importação de Brasília. (El País Digital
