Notícias 12.02.09

LEC – Já estão em vigor as condições de contratação da Linha Especial de Crédito (LEC) para produtores de leite e derivados. A Portaria Interministerial nº 144, publicada nesta quarta-feira (11), no Diário Oficial da União (DOU), define os limites do financiamento, beneficiários e os prazos de contratação. A medida foi anunciada em fevereiro durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite. “A medida permite que as agroindústrias e produtores rurais contem com um limite duas vezes maior de crédito para estocagem de leite no período de entressafra”, explica o secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ele observa que a LEC evita a venda de leite a preços inferiores aos de mercado, no período em que tendem a cair. (Ministério da Agricultura)

Balança Lácteos – Veja, abaixo, as tabelas abertas do saldo da balança comercial de produtos lácteos. Primeira tabela: saldo comercial em fevereiro de 2009 comparado com fevereiro de 2008; Segunda tabela: saldo comercial em fevereiro de 2009 comparado com janeiro de 2009; Terceira tabela: saldos acumulados de janeiro de 2009 a fevereiro de 2009 comparados com o mesmo período de 2008. (www.terraviva.com.br)

 

Longa vida – A indústria de leite longa vida (ultrapasteurizado e embalado em caixinha) projeta, mesmo com o agravamento da crise financeira internacional, um aumento de 5% no volume produzido em 2009 sobre o total do ano passado que, de acordo com os primeiros números, atingiram aproximadamente 5,1 bilhões de litros. “Desde outubro o consumo vem se mantendo normal, até com uma tendência de alta”, diz Laércio Barbosa, vice-presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV). Em 2008, o total produzido foi 2% superior ao do ano anterior. A associação estima também que as cotações do longa vida no atacado poderão sofrer um aumento entre 10% e 20% a partir de junho, período de entressafra. O longa vida atingiu o último pico de preços em 2007, quando a queda expressiva na oferta levou as indústrias a aumentar os preços para o patamar de R$ 2,10 o litro, no mês de julho. A média do ano chegou a um intervalo entre R$ 1,42 e R$ 1,47 por litro. No ano passado, a oscilação foi menor, e a cotação média encerrou o ano em uma faixa entre R$ 1,41 e R$ 1,45 por litro. Para este ano, as estimativas são de que o litro do leite longa vida possa chegar a um valor de até R$ 1,70 por litro. Conforme Barbosa, a crise financeira provocou uma mudança no perfil de consumo. Se em 2008 o consumidor recorreu a financiamentos para adquirir bens duráveis, este ano vem aplicando a maior parte da renda em alimentação. “O consumidor deixou de ter acesso a crédito e passou a comprar alimentos”, diz ele. A boa sinalização do mercado, segundo ele, tem incentivado as indústrias a deslocarem parte do volume de leite para a produção do longa vida, em vez do leite em pó, com foco no mercado interno. É o caso da Itambé, que pretende duplicar a produção este ano, para 400 mil litros ao dia. “Como a exportação de leite em pó diminuiu, vamos destinar esta produção para o longa vida”, informou o presidente da empresa, Jacques Gontijo. Apesar dos estoques baixos e da redução da oferta, o presidente da ABLV não acredita em falta de produto no mercado. “Não acho que vá ocorrer falta de leite”, diz ele. Da mesma forma, de acordo com ele, mesmo que os aumentos das cotações do longa vida sejam integralmente repassados ao produtor, os valores não serão suficientes para estimular a oferta. (Agência Estado)

Soro – Enquanto as importações brasileiras de lácteos da Argentina começaram a registrar queda em valores, da ordem de 49,25% em fevereiro ante o mês anterior, o segmento agora enfrenta problemas com a importação de soro, que está aumentando a cada ano. Segundo o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da FAEMG, Eduardo Dessimoni, em 2007 foram importadas 29,4 milhões de toneladas e no ano seguinte a alta foi superior a nove milhões de toneladas de soro. De acordo com Eduardo Dessimoni, essa importação preocupa o segmento de lácteos, uma vez que o soro é um excedente danoso ao mercado e, se continuar crescente, poderá trazer sérios problemas. “Estamos usando soro importado, enquanto as empresas têm que se desfazer deste produto. O questionamento se dá com relação à utilização deste excedente, uma vez que parte é utilizada apenas no mercado de sorvetes e confeitaria”, diz. (Diário do Comércio)

Negócios

Varejo – Na tentativa de driblar um período menos opulento para as vendas, as principais redes varejistas viram na classe “C”, um universo aproximado de 100 milhões de pessoas, e na Região Nordeste, especialmente beneficiada nos últimos anos pelos projetos sociais do governo federal, uma alternativa para continuar a crescer e a entregar resultados aos acionistas. Para atender esta demanda, empresas como o Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart, Casas Bahia e Única Indústria de Móveis traçaram planos ousados para investir até mais da metade do orçamento para esse público. Entre os supermercadistas, é consenso a expansão focada em modelos de lojas para o consumidor emergente, tanto que Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart destinarão a ele até 70% dos investimentos de suas bandeiras. (DCI)

Carrefour – A varejista francesa Carrefour terminou o ano de 2008 com queda de 45% no lucro líquido, e abaixo do previsto pelo mercado. Na França as vendas subiram 0,9%, e na Espanha teve um aumento de 5,7%. A crise atingiu as contas da maior varejista europeia, que com a queda nas vendas implementou uma política de descontos muito agressiva, reduzindo a margem de lucros. O faturamento bruto cresceu 5,9%, e na Europa as vendas totais subiram 5,1%, um crescimento sustentado pela Espanha, Romênia e Portugal. Entre os planos do Carrefour, destacam-se os investimentos previstos para os mercados emergentes, principalmente América Latina e Ásia. No caso da América Latina, a empresa teve vendas de 10,505 bilhões de euros, com elevação de 27,9%. Para este exercício, o Carrefour irá acelerar os cortes de preços e diminuir o gasto com capital para ajudar a retomar o crescimento das vendas e lidar com condições de negócios desafiadoras. (G1/Hipersuper)

Marcas/Espanha – A crise disparou o consumo de marcas próprias, mas também o seu preço, que aumentou, em 2008, 9% em relação a 2007. Enquanto os preços gerais (marcas próprias + indústria) cresceram 5%. Cada família espanhola gastou 652 euros por ano em produtos de marcas brancas, contra 581 em 2007, um aumento de 12%. (Hipersuper)

Soprole – A Soprole teve seus lucros reduzidos em 43,8% em 2008, em relação ao ano anterior. O resultado operacional foi 38,1% em relação a 2007. De acordo com a companhia, a queda ocorreu em decorrência do aumento dos custos de produção, 12,5%, alta no preço do leite e outras matérias primas, além do custo da energia. O faturamento foi 4% maior que em 2007 devido a uma atividade comercial agressiva e lançamento de novos produtos. (Diario Financiero)

Portugal – Os leites enriquecidos estão ganhando espaço no mercado português. Os leites vitaminados já são consumidos por um milhão de portugueses, segundo a Marktest. Já são consumidos 38 milhões de litros do leite com cálcio e só a marca Mimosa Cálcio é responsável por 82% das vendas, anunciou a Lactogal em comunicado. O semidesnatado é o preferido dos consumidores e representa 65% do volume total da marca. Para incentivar o consumo deste tipo de leite e dinamizar as vendas, a Mimosa investiu numa campanha publicitária desenvolvida pela MSTF Partners, sobretudo em televisão e no ponto de venda, onde um osso gigante, protagonista da campanha, está sendo alimentado por Mimosa Cálcio, metaforizando a relação de Mimosa Bem Especial Cálcio com a saúde dos ossos. (Hipersuper)

Simpósio – O tema da Terceira Jornada Internacional de Qualidade de Leite (JICAL III), a ser realizada entre os dias 26 e 28 de março em Buenos Aires, é Estratégias Aprovadas na Produção de Leite de Qualidade. Profissionais e técnicos da produção, da indústria e do consumo de lácteos, discutirão os novos desafios que são impostos neste século XXI para melhorar a qualidade do leite produzido na Argentina. O simpósio tem por objetivo mostrar os avanços da última década, expondo os instrumentos utilizados para obtenção de avanços a médio e longo prazo. Estará em destaque com a sofisticação de recursos disponíveis que permitem manter a qualidade sanitária do leite em níveis de excelência. (La Opinión)

 

Setoriais

Renda – A estimativa do Ministério da Agricultura para a renda agrícola (“da porteira para dentro”) das 20 principais culturas do campo nacional em 2009 foi elevada graças ao ajuste para cima efetuado pelo IBGE para a produção de grãos no país nesta safra 2008/09, cuja colheita está em fase adiantada. Segundo números atualizados – o último relatório do IBGE saiu na segunda-feira -, a receita conjunta deverá alcançar R$ 152,882 bilhões, 0,5% acima do montante previsto em janeiro (R$ 152,062 bilhões), mas ainda 6,2% abaixo do total calculado para o ano passado, quando o indicador bateu seu recorde histórico (R$ 162,904 bilhões). (Valor Econômico)

Liberação – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta quarta, dia 11, que serão liberados R$ 300 milhões para capital de giro das cooperativas até o fim deste mês. Em janeiro já haviam sido liberados R$ 700 milhões. Segundo o ministro, mais R$ 1 bilhão será liberado em 60 dias. (Agência Brasil)

 

Economia

Impostos – A carga tributária brasileira atingiu 36,56% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Com isso, a participação dos impostos no total produzido no país apresentou alta de 1,02 ponto percentual sobre 2007, quando fechou em 35,54% do PIB. O montante de impostos arrecadados em 2008 foi de R$ 1,056 trilhão, enquanto o PIB ficou em R$ 2,889 trilhão. Segundo as contas do IBPT, cada brasileiro pagou cerca de R$ 5.572 em impostos em 2008, contra R$ 4.920 no ano anterior. (Folhapress)

Emprego – O emprego na indústria nacional registrou queda de 1,3% em janeiro na comparação com o mês anterior, na quarta queda mensal consecutiva nessa base de comparação, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Frente a janeiro de 2008, a queda foi de 2,5%, a menor da série histórica do IBGE, iniciada em 2001. No acumulado em 12 meses, a alta de 1,6% foi a menor desde 2007. Desde setembro do ano passado, o emprego industrial acumula queda de 3,9%. Em janeiro, o contingente de trabalhadores reduziu-se em 2,5% na comparação com o mesmo mês de 2008. As reduções do emprego em São Paulo (-2,1%), região Norte e Centro-Oeste (-4,5%), Paraná (-4,5%) e Santa Catarina (-3,5%) exerceram as pressões mais significativas no total do país. (G1)

 

Globalização e Mercosul

Varejo/EUA – As vendas no varejo dos Estados Unidos cederam 0,1% em fevereiro na comparação com um mês antes e ficaram 9,8% abaixo do nível registrado em fevereiro de 2008. Os dados foram apresentados há pouco pelo Departamento do Comércio do país. Muitos economistas esperavam recuo de 0,4% no mês passado. O governo aproveitou para rever o comportamento das vendas varejistas em janeiro de 2009 – em vez de um acréscimo de 1%, houve elevação de 1,8%. (Valor Online)

Comércio – O volume do comércio mundial caiu 2% no ano passado, o que fez com que retornasse aos níveis de 1979. O único setor que mostrou alguma força foi o agrícola, no qual o volume superou em 1% o de 1981. Em termos de valor, a queda foi de 6%. Mas, as condições são favoráveis para a recuperação, embora o pleno potencial dessa recuperação só venha a ocorrer sob condições políticas apropriadas, que abranjam tanto a realização do sistema de preços quanto a liberação do comércio. (Gazeta Mercantil)

TEC – O Brasil indicou ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC) que uma proposta de aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para produtos lácteos, de couro, têxteis e de madeira, se for aprovada e implementada terá “abrangência muito limitada e para resolver situações muito específicas”. A proposta está em discussão no bloco desde novembro e vários parceiros comerciais pediram esclarecimentos sobre sua aplicação. (Valor Econômico)

Mercosul – A Nova Zelândia, um dos maiores exportadores de lácteos, quis saber a racionalidade de o Mercosul, hoje exportador desses produtos, aplicar taxa bem maior na importação, de 18,8%. O Brasil respondeu que enquanto persistirem os subsídios para lácteos no comércio internacional, a taxa não diminuirá. (Valor Econômico)

Brasil – Segundo o mediador do exame, o embaixador húngaro Istvan Major, o sentimento geral foi de que o Brasil, apesar da desaceleração econômica, “tem muito boas chances de resistir muito melhor na crise do que os outros”. Para ele, “o Brasil é um modelo a ser seguido”. Uma “apreciação generalizada” foi manifestada sobre a decisão do país de “resistir a pressões protecionistas” ao não expandir a abrangência de licenças de importação não-automáticas. Países pobres se manifestaram em peso elogiando o Brasil, mas também cobraram a promessa de acesso livre de cotas e tarifas para seus produtos no mercado brasileiro. Em relação ao exame realizado em 2004, a conclusão foi de que a política comercial hoje é mais aberta. (Valor Econômico)

UE – A União Europeia pediu ao Brasil que resista às tendências protecionistas e elimine as barreiras comerciais que dificultam a entrada de produtos comunitários. Durante a revisão da política comercial brasileira realizada esta semana na Organização Mundial do Comércio em Genebra, Bruxelas elogiou a posição responsável do Brasil no atual contexto de crise econômica e financeira, mas pediu ao governo brasileiro que intensifique os esforços para reduzir a burocracia nos processos de certificação. Bruxelas admitiu melhoras na proteção dos direitos de propriedade intelectual no Brasil, mas criticou o atraso na transformação de petições de patentes e marcas comerciais. A UE é o principal sócio comercial do Brasil e o Brasil é o destino comercial mais importante da UE na América Latina. (Hipersuper)

Já estão em vigor as condições de contratação da Linha Especial de Crédito (LEC) para produtores de leite e derivados. A Portaria Interministerial nº 144, publicada nesta quarta-feira (11), no Diário Oficial da União (DOU), define os limites do financiamento, beneficiários e os prazos de contratação. A medida foi anunciada em fevereiro durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite.

“A medida permite que as agroindústrias e produtores rurais contem com um limite duas vezes maior de crédito para estocagem de leite no período de entressafra”, explica o secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ele observa que a LEC evita a venda de leite a preços inferiores aos de mercado, no período em que tendem a cair.

Conforme a portaria, podem contratar a linha produtores, cooperativas rurais, beneficiadores e agroindústrias de leite. O limite para o financiamento deve ser calculado pelo resultado da quantidade adquirida do produto multiplicada pelo preço de referência estipulado na portaria, conforme o produto e a região. Para beneficiadores e agroindústrias o limite de contratação é de R$ 20 milhões.

O prazo para contratação da linha é junho de 2009 e o reembolso deve ser feito em até 180 dias.

As informações são do Mapa

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

Avenida Celina Chaves Kroeff, s/n
Parque de Exposições, Quadra 19
93270-530 – Esteio/RS
secretaria@apilrs.com.br